Três Sentidos escrita por Teme e Dobe


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

GENTE AMADA!!!!!!!!!!!!!!1
Sei que sumi! Foi mal! Perdoem-me! Foi uma loucura aqui nos últimos dias!
Mas agora posto esse e mais trade, hoje mesmo, posto outra.



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O luar estava magnífico, a cor estava em um amarelado quase vermelho, poucas nuvens e estrelas reluziam firmemente. Uma ou outra nuvem passeava em sua beleza oculta, sombria e grandiosa. Dando ao céu uma bela imagem, digna de um grande artista.

– Não consigo esperar - Léo proclamou.

– Vigésima nona vez que diz isso - Matheus marcou um traço em uma folha - relaxa, e afinal o que é quê vai acontecer?

– Não posso falar - Léo respondeu rapidamente.

– Por que não? - Matheus tentou sondar.

– Simplesmente não posso - Léo falou frio e foi para a janela - não insista.

– Hm - Matheus suspirou desistindo da causa perdida.

Sem opção, Matheus voltou a sua atenção ao trabalho que estava tentando fazer. Léo ficou quieto apreciando o luar.

– Já vou - Léo falou rápido pegando a jaqueta que estava jogada em cima da cama.

– Tchau - Matheus respondeu simplesmente ao vento, pois Léo já havia se retirado - de novo...

Léo anda apressado pelos corredores vazios. Seus passos soavam solitários por corredores desapegados a vida, e rápidos quase em uma batida musical.

– Não posso chegar atrasado - Léo pensava enérgico - hoje é um dos dias, ou noites, mais importantes da minha vida!

E assim, ele, correu passando por portas trancadas e armários fechados a cadeado e seus corredores morbidamente vazios. Após alguns minutos finalmente a porta tão desejada, não perdendo tempo, Léo voou a mão na maçaneta adornada e abriu a porta de madeira que rangeu sonoramente.

– Cheguei! - Léo fala alto ao passar pelo portal.

No cômodo havia poucas pessoas, na verdade, quatro. Léo olhou o local. Esse era um cômodo relativamente pequeno, sem mobília, a única coisa que realmente estava ocupava espaço era um círculo ao chão.

– Que isso? - Léo falou chegando perto do círculo.

– Um círculo - um dos que estavam no local brincou.

– Jura? - Léo cruzou os braços - para que serve?

– Você verá - o mesmo que falou antes respondeu sem interesse.

(...)

– Droga - Débora gritou - cadê minha bolsa?

– Ah, deve estar no meio dessa bagunça ai - Bell's falou enquanto lia uma revista.

– Vai ou não? - Débora começou a procurar a bolsa e jogava tudo para cima.

– Achei - Bell's apontou para a porta do banheiro na qual a bolsa repousava.

– E eu não vi? - Débora voou para a bolsa.

– Cega! - Bell's falou desinteressada.

– Ah, vai-te catar! - Débora ser olhou no espelho - vou indo, devo estar atrasada.

– Só uma coisa - Bell's parou Débora na porta do quarto - hoje é muito importante, você deve estar nervosa, mas se acalme, aproveite!

– Valeu - Débora abraçou forte a amiga - agora as sombras me aguardam!

Débora saiu do quarto e foi em direção contrária a Léo. Mas as mesmas características, tudo vazio, tudo silencioso, envolto em sombras as únicas sons eram as próprias palpitações de Débora, a respiração dela e seus passos.

– Que droga - Débora pensou - deveria ter pegado outra sapatilha! Essa faz um barulho do caramba.

E nesse embalo Débora andou por vários corredores até chegar a uma porta de madeira simples, mas com uma maçaneta muito bem adornada. Débora pousou a mão calmamente respirou fundo, duas vezes, e abriu a porta.

– Oi? - Débora falou ao entrar na sala - alguém?

– Só umas quatro pessoas - uma voz feminina soou - bem vinda.

– É aqui? - Débora pergunta observando o local.

Era praticamente igual ao outro, só que em vez de um círculo era um triângulo.

– Para que serve isso? - Débora perguntou.

– Depois, agora tente relaxar - a voz soou calma - e tem outros que vão passar por esse mesmo processo, então serão companheiros de treinamento.

– Ok - Débora encostou-se à parede - relaxar...

(...)

Matheus terminou o trabalho. E vai para a janela ver a paisagem.

– Acho que vou dar um passeio - Matheus pensou - Deby e Léo estão fora, Bell's deve estar ocupada dormindo ou vendo anime, Nathália saiu com uma amiga. Bem pelo menos a lua está vermelha.

Matheus tranca o quarto e saí andando tentado esfriar a cabeça.

(...)

– Está na hora - Renato abriu a porta - vamos logo!

– Já? - Léo se assustou - hey espera!

Renato saiu em disparada quatro jovens atrás e do nada parou e abriu outra porta.

– Vamos, estamos atrasados! - Renato falou e saiu rápido.

Quando Léo e os outros três chegaram Débora saiu com outros quatro.

– Oi - Débora fala aliviada por ver alguém conhecido - com pressa?

– Todos nós estamos - Eles correram atrás de Renato.

Após a pequena maratona, recheada de curvas e correria.

– Pronto - Renato fala chegando perto de uma porta de ferro.

Dos nove somente quatro ficaram. Léo, Débora e aqueles que falam com os dois nas salas.

– Nos saímos bem - Renato sorri - dois repetentes e dois novatos. Realmente muito bem.

Débora e Léo se entreolham. E Renato prevê as perguntas.

– Tudo ao seu tempo... - Renato põe a mão na porta e empurra - agora a ascensão de vocês é mais importante.

Assim Renato abre totalmente a porta e se abre um caminho cheio de tochas e candelabros. E as paredes sinuosas com texturas irregulares e desgastadas pelo tempo.

– Sigam por esse caminho, ao final sigam o que acharem melhor - Renato saí dá frente abrindo caminho para os quatro, mas ninguém se mexeu, assim Renato foi obrigado a falar - andem logo! Vou ter que empurrar?

Léo toma a dianteira, mas Débora passa a frente e segue o caminho iluminado por velas com Léo e os outros ao seu encalço. O caminho era difícil com muitas subidas e descidas, até algumas plantas se mostraram pelo caminho, as curvas se tornavam, às vezes, escadas até que houve uma bifurcação.

– Qual lado? - Débora parou e perguntou ao grupo - Renato?

– Não está aqui, ele ficou - a garota, que tinha falado com Débora na sala anterior, disse.

– Esse lugar não corresponde à escola, andamos muito! - Léo reclama se jogando no chão - era para ser uma ascensão não uma excursão!

– Normal - o jovem que esteve na sala junto com Leonardo falou - aqui nada é como aparenta... E outra, temos que não decidir logo, a lua vermelha não vai nos esperar!

– O que a lua vermelha tem haver com isso? - Débora pergunta.

– É ela que nos elevará - o jovem cruzou os braços - acho que é melhor nos separamos aqui...

– É deve ser - a garota completou - Renato disse que íamos nos separar, e provavelmente haverá outra bifurcação!

– Então melhor irmos mais rápido... A lua vermelha não vai nos esperar! - o jovem andou e parou enfrente a bifurcação - vou à esquerda.

– Direita - a garota falou.

– Direita - Léo andou até a porta à direita.

– Vou à esquerda - Débora chegou perto do jovem.

E assim o quarteto se separou. Eles andaram cada um por seu caminho até que, como previsto, outra bifurcação.

– Acho que é para nós nos separarmos agora! - o jovem falou a Débora - se veio assim, é para acontecer!

– Então até - Débora disse meio envergonhada - nos falamos depois?

– Claro - o jovem sorriu - me chamo Arthur.

– Débora - eles apertaram as mãos timidamente como se uma corrente elétrica passasse por eles ao mínimo contato.

(...)

– Outra? - a garota quase desfaleceu - isso não é legal!

– Vamos nos separar? - Léo falou quase afirmando.

– Ok - a garota sorriu - eu me chamo Elena!

– Léo - e apertaram as mãos cordialmente - já nos conhecemos?

– Não, mas é uma pena - Elena piscou e avançou pelo caminho direito.

– É? - Léo pensou e foi pela esquerda.

(...)

– Vou pela esquerda - Débora falou firmemente.

– Então, vou pela esquerda - Arthur sorriu confiante - até nos ver!

E novamente cada um segue seu caminho pelos corredores frios e iluminados à vela.

Mas enquanto isso.

– Espero que eles não se metam em problemas - Matheus pensou preocupado - e o que é esta ascensão? E por que não fui chamado? Isso é preconceito! Só por que eu sou gordinho...

Matheus vagou, sem se preocupar com o caminho, afinal se perder em uma escola, naquela escola, era meio difícil.

– Tanta coisa para fazer, tantas vidas por aí sem uma segurança... - Matheus parou em um corredor - sou tão egoísta... Eles precisam de mim, e eu aqui, sentido pena de mim mesmo...

Matheus olhou para frente e viu um pequeno vulto. Ele avançou, pois o vulto chamava a atenção. E ele seguiu o pequeno vulto por muito tempo, até ele, o vulto, simplesmente desaparecer.

– Foi muito inteligente de minha parte seguir um vulto por aí, na noite - Matheus olhou a volta e reconheceu o local - foi aqui... O começo disso tudo...

A porta do teste, a sala com suas escadas. Nesse momento que tudo veio à ruína, pessoas o olhando torto, seus amigos se afastado aos pouco, seu isolamento quase total e pessoas o detestando só por existir.

– Se eu não tivesse entrado - Matheus tocou levemente a maçaneta - não seria assim...

Matheus ouviu uma voz, fraca chamar por seu nome, tão longe, quase inaudível, mas convidativa. Matheus por um impulso começou a girar a maçaneta, mas...

– Que saco! - Léo grunhiu - nunca que esse troço acaba!

Léo andou muito, reclamou por quase meio caminho. E Débora foi calmamente e cantarolou meio caminho.

– Quando o verei novamente? - Débora sorriu bobamente - o sorriso dele até que é bonito...

Enquanto isso...

– Acho que vou comer algo -Bell's coçou a cabeça - eles estão demorando, que saco.

Após muito caminhar, a luz ao fim do túnel... Todos correram para ela, como um ato de desespero. O local que se materializou a eles foi surpreendentemente chocante. Um pequeno jardim.

– Está de saca... - Arthur quase soltou - um jardim?

– Arthur? - Débora gritou de uma parte superior a ele.

– Débora? - Léo gritou do outro lado de uma parede que existia perto de Débora.

– Léo? - Elena gritou feliz abaixo de Débora e Léo.

– Parece que todos saíram bem perto - Renato apareceu na frente dos quatro - vocês em cima? Não me surpreende.

– Como assim? - Léo perguntou.

– Depois irão entender - Renato respondeu - agora vamos à ascensão!

Léo e Débora desceram do pequeno morro, se juntaram a Arthur e Elena, e seguiram, novamente, Renato.

– Já cansei de andar! - Elena resmungou - tem muito chão ainda?

– Não - Renato sorriu - é logo ali.

– Ali? - Elena pergunta cética - onde o mundo acaba?

– Exagerada - Renato replicou - é ali.

Renato apontou uma clareira em meio ao jardim. Um grande círculo, com algumas inscrições em alguma língua morta e outro círculo, menor, no meio dividido em dois.

– É agora - Renato olhou para o céu - já vai começar!

– Finalmente - Léo deixou escapar.

– Agora Léo e Débora no círculo menor, Arthur e Elena nas pontas nas letras mais afastadas! - Renato comandou firme, olhando para o céu - é para hoje! Senão não vão se tornar como eu e os outros!

Todos correram apressados para a posição indicada e esperaram ansiosos... E esperaram... Esperaram...

– Nada? - Débora perguntou.

– Calma - Renato falou com os olhos pregados no céu - está quase lá!

A lua começou a trocar de cor, do amarelo avermelhado parque um vermelho, depois o vermelho foi ficando mais forte até ficar parecido com sangue.

– Bem vindos ao meu mundo! - Renato gritou.

Todos sentiram uma pontada no peito. Débora perdeu os sentidos e foi ao chão, tudo começou a girar e sua boca começou a doer, sentia seus caninos superiores doerem e muito, como se crescessem rapidamente e sua visão começar a ficar apurada, suas veias pulsavam e seu sangue ardia por suas veias, sua pele perdia a cor bronzeada ficando mais pálida, seus olhos ganharam uma tonalidade avermelhada e seus caninos triplicaram de tamanho, transformando-se em presas.

Léo sentiu um peso em seu corpo e algo dentro de si crescerem com muita velocidade, algo enlouquecedor, vivo e feroz, seus músculos doíam e começaram a crescer junto com a altura, pelos espessos cresciam pelo corpo, suas unhas viraram garras, seus dentes cresceram tornando-se cortantes, e ganhou feições mais felinas; e por fim uivou.

– Uhul! - Renato comemorou - novos participantes desse mundo!

Elena tornou-se igual ao Léo e Arthur, à Débora. Débora levantou do chão, vendo o mundo diferente. Léo em sua nova forma selvagem rosnava para Elena de forma perigosa.

– Acalmem-se - Renato falou - estamos em solicitando sagrado, nada de se pagarem e caírem no braço!

Assim ele conseguiu a atenção de todos. Cada um impaciente em sua forma.

– Agora vocês terão mais duas aulas - Renato voltou ao seu tom normal - saberão se controlar.

– Sede - Débora falou baixo - eu quero beber algo...

– Calma; vocês vão comer daqui a pouco, só me sigam...

Todos novamente seguiram Renato, Débora e Arthur normalmente, já Léo e Elena chamados quase toda hora, afinal seus instintos eram animais.

(...)

– Não faça isso - a mesma mulher de antes, no cômodo no meio do pátio estava lá segurando a mão de Matheus e empurrando o mesmo para longe da porta - não é hora...

– Você? -Matheus perguntou calmo - qual é o teste dessa vez?

– Nenhum - A mulher se pôs em frente à porta, separando Matheus de qualquer contato com ela - só estou evitando algo...

– Que não vai falar - Matheus concluiu a frase - pelo menos posso saber seu nome?

– Você sabe quem eu sou - a mulher cruza os braços mostrando suas patas de gato - estudei na mesma escola que você e sou sua amiga...

– Sem joguinhos - Matheus olhou triste e cansado - aqui sofri muito, em oito dias já descobri o que é preconceito de forma intensa...

– Imagino - a mulher pôs a mão no ombro de Matheus - sou sua amiga, sou sua amiga nekomata! Nossa amizade vale ouro...

– Só o nome - Matheus perguntou firmemente - só isso...

A mulher suspira e põe a mão na máscara e a retira devagar, primeiro revelando cabelos ruivos e encaracolados, após seu rosto é revelado deixando Matheus perplexo...

– É você... - Matheus falou não acreditando - impossível...


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Notas finais do capítulo

ODEIO QUANDO EU FAÇO ISSO! Tipo deixo vocês na maior vontade, sou mal muahahahaha!
Mas eu sei que vocês gostam! Vou postar o outro capítulo hoje! Então a curiosidade não vai corroer vocês!
Até o próximo!



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