Três Sentidos escrita por Teme e Dobe
Notas iniciais do capítulo
UHULLLLLLLLLLLLLLLL! Capítulo para pedido de perdão!
GENTE PERDÃO! Sei que atrase, sei que tem gente querendo me matar ( normal, mas mesmo assim...) e agora a história ganha rumo!
Está maior que os outros, aproveitem! Vou tentar ficar semanalmente, mas não prometo!
Depois da Lua vermelha, tudo ocorreu tranquilamente, Léo estava aprendendo a se controlar, aos poucos, e Débora também, os dois estão prontos para atacar qualquer um, só abaixar a guarda. Bell's estava com problemas não quer sair do quarto e só quer dormir, mais que o normal! E Matheus estava tentando voltar à vida normal, mas a cada dia ficava pior...
- Cara foi demais, consegui me controlar mais um pouco! E a Elena novamente tentou dar em cima de mim, não sei o que eu faço, fico ou não com ela? E a Débora ela também está se saindo bem - Léo chegou ao quarto e Matheus estava na cama escrevendo em seu caderno - agora estou preocupado com a Bell's, pensei que era bobeira dela, mas agora acho que não é!
- Que bom que... - Matheus começou a falar.
- Cara, eu tenho que ir! - Léo entrou no banheiro.
- Tchau - Matheus fala para a porta e volta a escrever.
No outro quarto...
- Bell's levanta! - Débora estava em pé na frente da cama de Bell's - Vou te tirar daí a força!
- Não - Bell's falou com a cara no travesseiro - é sério não estou bem, caramba.
- Então fala o que é! - Débora anda e fica ao lado de Bell's.
- Eu não sei! - Ela fala quase inaudível.
- Vou chamar a namorada do Renato - Débora pega o celular- cara, tu viu meu colar? Ele me protege...
Ela estava esperando Renato atender e começa a conversar com ele e pede que a namorada dele venha.
- Ela já vem? - Bell's perguntou fraca.
- Deve chegar daqui a pouco - Débora olhou em volta - acho que está no banheiro...
- Ela está no banheiro? - Bell's perguntou levantando o rosto - vou morrer só esperando!
- Não, meu amuleto - Débora foi para o banheiro.
- Hm... - Bell's abaixou o rosto - cadê aquela mulher?
- Achei! - Débora gritou - nossa não fui eu que pus ali!
- Onde? - Bell's perguntou quase caindo no sono.
- De baixo das suas roupas! - Débora voltou para o quarto - ainda bem, vou ter que sair...
- E abandonar sua amiga aqui, passando mal? - Bell's perguntou ofendida.
- Tchau! - Débora saiu do quarto cantarolando.
- Eu não mereço... - Bell's se cobriu com o lençol.
Matheus terminou de fazer seu trabalho e resolveu dar uma volta.
- É melhor eu respirar ar puro - Matheus pensou quando fechou a porta - mesmo que tenha preconceituosos ao redor.
Matheus foi para o pátio, e andou até o grande carvalho.
- Ufa - Matheus sorriu ao ver o carvalho imponente - voltei...
- Finalmente! - uma voz soou do além.
- cara... - Matheus se assustou -... Ca.
- Se assustou? - uma risada soou - acho que estou melhorando.
- Quem é? - Matheus perguntou olhando ao redor.
- Poxa, pensei que você reconhecesse minha voz! - a voz soou novamente, só que mais alta.
- Deveria? - Matheus continuou a procurar o dono da voz.
- Claro - a voz se tornou mais familiar a Matheus - nenhum nome?
- Thamiris? - Matheus perguntou olhando para o carvalho.
Uma risada apareceu e fez sua graça, Matheus sorriu, alguém veio socorrer-lhe. Thamiris saiu de trás do carvalho, reluzindo ao sol.
- Minha coisinha grande - Thamiris abraçou Matheus fortemente - saudade de você!
- Também minha coisinha vermelha - Matheus sorriu em meio ao abraço - você não sabe como foi aqui.
- Sei, vi tudo - Thamiris levantou o rosto - acredite, eu sei.
Matheus sorriu algo de bom aconteceu.
- Mas não posso ficar não tão perto - Thamiris arrancou a felicidade que ela pôs - não agora.
- Por quê? - Matheus perguntou em desespero e soltou Thamiris.
- Porque, caso não tenha percebido, sou uma Nekomata e sou maior de idade; você, por hora, ainda é humano, você tem aula; e outra, estou em missão aqui - Thamiris falou cruzando os braços - e você tem o carvalho.
- Meu porto seguro - Matheus olhou para o carvalho - esse carvalho é lindo.
- Conhece a história desse grandão aí? - Thamiris pousou a mão na árvore.
- Não - Matheus sorriu - pode me contar?
- Claro - Thamiris sorriu - não te atiçaria a toa, vamos.
Thamiris pegou a mão de Matheus e guiou por entre as raízes e encontrou uma pequena fenda, na qual entraram, mostrando-se uma espécie de gruta.
- Aqui, ninguém te incomoda - Thamiris sorriu - só se souber coisa difícil.
- Aqui é perfeito - Matheus olhou para cima.
O local era bem iluminado e arejado, correntes de ar passavam, e bem grande, até aconchegante. E Thamiris começou:
- Aqui, no começo, não tinha muitas árvores, na verdade árvore nenhuma, pois estava começando a escola; e na primeira turma havia cinco amigos, três garotos e duas garotas, de diferentes tipos...
- Tipos? - Matheus perguntou.
- Matheus, essa escola é feita para tudo aquilo que humanos, como você, não gostam seres transformados, ou seja, monstros!
Matheus parou.
- Você não acha estranho os olhares?
- Sim...
- Sou uma Nekomata, de verdade.
- Isso me assustou, mas...
- Você é o único humano daqui!
- Mas e o Léo? Débora? Nathália?
- Agora todos eles também pertencem ao lado “monstro” da vida.
Matheus travou.
- A ascensão era isso, deixaram de ser humanos, para se transformarem em outra coisa...
Matheus continuou quieto.
- Então, cada um, os cinco amigos, plantou uma muda de carvalho; após alguns anos, um dos garotos morreu, e cada um seguiu a vida, acabaram casando... E algum sempre vinha ver as plantas, e elas cresceram, mas uma muda, mesmo tendo crescido, morreu, deixando um espaço, mas as outras cresceram e se uniram igual aos amigos, eles se casaram com eles mesmos, os dois garotos com as duas garotas, e tiveram um casal que acabaram se casando. E nasceu o diretor atual...
- Nossa - Matheus sorriu -... mas quantos anos ele tem?
- Vai saber, mais de 100 tem isto com certeza!
- Verdade.
Matheus pôs a mão na árvore e sorriu.
- Essa carrega uma história - Matheus olhou para cima - a história dessa escola...
- Sim - Thamiris sorriu - agora vamos você tem que fazer umas coisas.
- Que coisas?
- Ora, você é um humano em meio a seres letais a sua espécie, e você não quer se proteger?
- Ok, mas aonde vamos?
- Calma; nós não vamos...
- Mas...
- Você vai!
- Eu?
- É você vai falar com o diretor
- Eu o quê? - Matheus ficou branco - para o quê?
- Você saberá na hora...
- É sério?
- Não é brincadeira - Thamiris ficou séria e puxou Matheus pelo braço.
- Não me lembro de você tão forte!
Thamiris só sorriu e puxou Matheus para fora da árvore e começou a andar pelo pátio.
- Eu acho que ê por ali - e Thamiris carregou Matheus por vários minutos, por vários corredores...
Entraram em várias portas, voltaram para o pátio, saíram novamente para os corredores até que...
- É ali - Thamiris parou.
- Ufa - Matheus pôs as mãos na cabeça - pensei que não ia parar nunca...
- Um dia a gente chega né? - Thamiris apontou para uma porta normal, sem adornos ou qualquer coisa do tipo - pode entrar!
- Eu não! - Matheus deu um passo para trás.
- Anda logo, ou vai amarelar? - Thamiris sorriu.
- Coragem não é a questão - Matheus de outro passa para trás - se essa escola está cheia de seres que não fazem bem aos humanos, sendo eu um, como quer que, eu, entre na sala do mais forte?
- Boa pergunta - Thamiris cruzou os braços - anda logo, ele não morde!
- Hm - Matheus parou e cruzou os braços - se você não quer entrar, como eu vou querer?
- Outra boa pergunta - Thamiris cruzou os braços e respondeu com cuidado - por que o que ele tem para falar e só para você!
- Boa resposta - Matheus olhou para a porta com desgosto - está bem, você ganhou.
Matheus avançou para a porta, olhou para trás e viu uma Thamiris encorajando, abriu a porta e entrou devagar.
- Oi? - Matheus põem a cabeça dentro do cômodo - algum diretor?
- Ora... ora - uma voz grave soou - finalmente veio até mim...
- Quem é? - Matheus perguntou com medo.
- Aquele que tu procuraste - a voz soou mais calma e menos impactante - pode entrar, sinta-se em casa!
- Obrigado - Matheus entrou no cômodo, ele estava escuro só iluminado pela luz que entrava da porta.
- Bem, não precisa temer, sei que é humano, e sei que sabe que sou diferente -a voz transpassava as paredes com força, o cômodo se constituía em um corredor e outra parte, não visível ao Matheus - e ande, sente-se.
Matheus começou a andar pelo corredor, era simples, cor de pastel, e o piso de madeira, e avançou até onde a luz permitia.
- Quer que eu acenda a luz? - o diretor perguntou calmo e convidativo - prefere a cadeira de couro ou de madeira de cerejeira?
- Prefiro ficar em pé - Matheus respondeu assustado - o que quer falar comigo?
- Bem - O diretor levantou da cadeira que estava sentado - quer que eu acenda a luz?
- Por favor - Matheus mal acabou de responder a luz acendeu, causando um pequeno incômodo.
- Melhor? - o diretor perguntou - espero que você não se incomode com a bagunça...
- Que bagunça? - Matheus perguntou quando conseguiu enxergar direito.
A sala era perfeitamente arrumada, cheirava a lavanda, com suas mobílias antigas e imponentes, e a mesa do diretor: gigantesca e com muitos papéis e um monitor, a cadeira de madeira de peroba, com estofado em couro vermelho, e trabalhada em ouro e prata. E Matheus ficou boquiaberto.
- O que? - O diretor ficou preocupado - tem algo fora do lugar?
- Não - Matheus
Passou os olhos pela sala, à mobília lustrosa, os quadros de vários pintores renomados e novos, o trabalho das texturas das paredes, os tapetes e os lustres que estavam perfeitamente arrumados - está incrivelmente arrumado.
- Que bom - o diretor pareceu aliviado - não gosto que esse cantinho fique bagunçado.
- Cantinho? - Matheus pensou - essa sala é do tamanho do quarto!
- Eu sei que é grande como o quarto que está alojado, mas tenho um carinho especial por essa sala - o diretor levantou - me chamo Alexander.
- Prazer- Matheus estende a mão - eu sou...
- Matheus Pereira de Andrade, 16 anos, aluno de notas boas, comportamento pacífico, mas um pouco irritado, é pé no chão, mas sabe reconhecer quando a outra ideia é melhor que a sua, mesmo que demore a isso acontecer, é um bom garoto só que às vezes orgulhoso... Coisa de família; sei como é - Matheus novamente boquiaberto - vamos fale algo.
- Como sabe disso tudo? - Matheus pergunta pasmo.
- Sei muito mais, exemplo: nunca se apaixonou por qualquer garota, não quer casar, pois não quer estragar a outra pessoa, tirando a felicidade dela, e teme muito uma coisa...
- Impossível... Nunca falei nada disso a ninguém!
- Teme trair, teme não ser digno de uma amizade, teme ser igual a seu pai...
Matheus ficou quieto, tudo que mantinha em segredo fora revelado, e por uma pessoa que acabara de conhecer.
- Vou lhe ajudar, vou tirar seu monstro interior e revela-lo, prometo - o diretor Alexander olhou sério para Matheus que estava cabisbaixo - você é uma boa pessoa, é diferente dele, não quer que o orgulho lhe domine, isso já é uma prova que é diferente...
- Sou? - Matheus, ainda cabisbaixo, falou - acho que no final, sou igual a ele, tento não ser, é como lutar com algo imposto e impossível de se mudar.
- Deixe disso, lhe asseguro você tem gente que não vai permitir isso - o diretor Alexander pôs a mão no ombro de Matheus, que ainda estava cabisbaixo - e agora chega desse sentimentalismo que estamos atrasados, você passou uma lua vermelha e não ascendeu, vou ter que fazer intensivo contigo.
- Como? - Matheus levantou a cabeça assustado - intensivo?
- É simples - o diretor Alexander sorriu maleficamente - para mim, não para você.
- Sabia que tinha algo nessa história! - Matheus proclamou e suspirou - fazer o que, né? Numa escola de monstros, não ser monstro é suicídio.
- Exatamente - o diretor Alexander sentou na gigantesca cadeira - você não sabe no que você pode se meter aqui dentro...
- Então o que vai fazer diretor? - Matheus perguntou cruzando os braços - você tem um grande problema em mãos, pelo que vejo.
- Nada de diretor, só Alexander; e com relação a você eu começo amanhã, preciso de tempo para arranjar algo para você e outra você tem aula, verei como posso encaixar no seu horário - o Alexander começou a assinar alguns papéis - agora é melhor você ir, deve ter algo para fazer, não?
- É, acho que sim - Matheus não gostou muito desse final da conversa - até...
- Tchau - o Alexander sorriu simpático.
Matheus saiu da sala com um rumo certo.
- É... Você vai sobreviver - a namorada do Renato falou - é só uma indisposição, normal...
- Obrigada por vir aqui - Bell's agradeceu - é...
- Vida - a garota se apresentou - Vida Albuquerque.
- Vida? - Bell's ficou surpresa - sério isso?
- É - Vida levantou-se da cama - meus pais são criativos, muito para falar a verdade.
- Imagino - Bell's sentou na cama - já os meus...
- Não ia querer ter os meus, tive um cachorro chamado pizza! - Vida foi no banheiro.
- Pizza? - Bell's riu - e o sobrenome? Calabresa ou portuguesa?
- Na verdade "de Atum" - Vida falou sorrindo quando voltou do banheiro - tempo saudades do Pizza de Atum, era tão fofo.
Bell's riu e Vida riu junto, depois Vida pegou a maleta que ela trouxe para o exame. Após ela se despediu e seguiu para a enfermaria e Bell's voltou para a cama.
- Oi - Elena cumprimentou - como vai?
- Ia bem - Léo rolou os olhos - está indo para onde?
- Estou indo para... - Elena parou e forçou a memória - esqueci...
- Uau - Léo pensou - além de chata, tem uma memória horrível!
- E você? - Elena se aproximou um pouco do Léo - indo para?
- Um lugar - Léo se afastou.
- Posso saber qual? - Elena deu mais um passo para o encontro de Léo.
- Não terá nada de bom lá - Léo deu um passo para trás.
- Você estará lá, isso para mim, é ótimo - Elena deu outro passo.
- Não... Terá muita gente lá - Léo, mais um.
- Ora, fale logo, posso ficar aqui fazendo esse joguinho por horas - Elena, outro.
- Banheiro masculino - Léo deu outro passo e encostou-se à parede.
- Entro lá sem problemas - Elena pôs uma mão de cada lado de Léo, impedindo a fuga do mesmo.
- É sério, saí - Léo falou firme, o local estava vazio.
- Que pena, não sabe o que está perdendo - Elena abaixou a mão esquerda e com a direita passou no rosto de Léo - tchau gatinho, melhor lobinho!
Léo suspirou aliviado quando a Elena saiu, e voltou a andar para a academia. Mas no meio do caminho, outra pessoa o atrapalhou.
- Ai - Léo e a garota se esbarraram no corredor, ela cheia de livros e cadernos nas mãos e Léo apressado - olha por onde anda!
Léo quando olhou para a garota quase babou, ela era branca como neve, mas agora ela estava vermelha de vergonha, cabelos castanhos claros, olhos negros como a noite, lábios de traços finos e com um sorriso tímido brincando com eles, corpo mediano, não chamaria a atenção em público, mas de perto era impossível não olhar e apreciar.
- Me desculpe - ela falou com a sua voz angelical - me desculpe.
- Não, eu que me desculpo - Léo estava encantado com a garota - me chamo Leonardo.
- Ágata - ela sorriu – eu me chamo: Ágata Alves.
Léo sorriu tímido, ajudou-a com os livros e papéis que ela levava ao término ele tentou uma abordagem diferente.
- Quer vir comigo, vou encontrar alguns amigos, é bom quando se é novo aqui, tiver pelo menos um amigo - Léo torceu para que ela aceitasse.
- Não obrigada, tenho outros planos para agora - Ágata saiu de perto de Léo quase correndo.
- Gostei dela - Léo sorriu bobamente.
Ágata andava praticamente perdida pela escola.
- Acho que é por ali - ela pensou tentando achar a sala do diretor.
Ela vira o corredor e novamente esbarra em alguém.
- De novo! - ela fala olhando para as folhas que voavam.
- Me perdoe - um garoto falou preocupado - você está bem?
- Estou, é que há 10 minutos eu esbarrei em alguém - Ágata começou a recolher os papéis, mas não sabia quem era a pessoa que esbarrou consigo - me entende?
- Claro - um pequeno riso dele soou - tome, me desculpe.
Quando Ágata olhou quem foi à pessoa que esbarrou nela e ficou boquiaberto só com os olhos castanhos dele. O jovem era branco, pálido, olhos castanhos e cabelos castanhos escuros, e um pouco acima do peso.
- Nada - ela falou perdida nos olhos dele - me chamo Ágata Alves...
- Sou... - um sinal bateu interrompendo o jovem -... Matheus Pereira.
Ágata sorriu, estava presa em algo nos olhos dele, não sabia o que era, mas era incrivelmente forte e magnético, muito mais forte que ela.
- E quem foi o último a esbarrar em você? - Matheus perguntou.
- Um Leonardo - Ágata tentava lembrar o nome.
- Era magro, moreno, cabelos pretos, um pouco mais baixo que eu e estava com lentes azuis? - Matheus descreveu o amigo.
- Sim - Ágata levantou com todos os papéis finalmente recolhidos e Matheus entregou-a o último livro e ficou de pé, revelando uma pequena diferença de tamanho entre os dois - isso mesmo.
- Meu quase irmão - Matheus sorriu.
- É, sem querer fazer fofoca, seu quase irmão estava indo encontrar alguns amigos, você sabe que essa escola é perigosa para quem não sabe ter cuidado - Ágata começou a andar e Matheus a acompanhou.
- Ele tem a vida dele, e sabe se cuidar sozinho, eu espero - Matheus parou - quer ajuda?
- Obrigada - Ágata ficou rubra - onde fica a sala do diretor?
- Saí dela agora - Matheus pegou uma parte dos livros, quase todos - vem te levo lá.
E os dois foram caminhando para lá, e acabaram por se conhecer melhor, descobriram coisas em comum, como: eles detestam futebol, tênis é demais, música clássica é boa, e outras; e coisa que nada combinavam, como: um concordava com o contratualismo e o outro não, política, e outros.
- Estamos quase chegando, e você está em qual ano? - Matheus perguntou enquanto abria porta.
- Sou professora, na verdade! - Ágata revelou e Matheus parou.
- Você tem a minha idade! Isso e impossível! - Matheus estava confuso.
- Bem, aqui na Terra devo ter sua idade, mais ou menos, mas no meu planeta já estou na terceira idade - Ágata sorriu e viu Matheus ficar boquiaberto.
- Terceira?
- É lá existem sete idades, a terceira é que a pessoa já está trabalhando e está solteira...
- Ufa - Matheus pendeu a cabeça e voltou a andar - pensei que você fosse uma velhinha...
- Não, estou longe disso! E você? Está em qual?
- Segundo do Médio...
- Legal, é por aí que começamos a descobrir nossos talentos e habilidades...
- É... Qual ano você está lecionando?
- Na verdade vim aqui para ensinar só um aluno, estou devendo uma para o diretor e assim que eu irei pagar essa dívida, tenho quedar aula para um humano... Você acredita que existe um humano aqui?
- Acredito - Matheus falou sério.
- Sabe quem é? - Ágata perguntou rápido, queria acabar logo com aquilo.
- Ficaria surpresa - Matheus sorriu.
- Sério? É o diretor?
- Não!
- Quem, então?
- Eu!
- Por favor, não nasci ontem! - Ágata bateu no braço de Matheus que quase derrubou os livros.
- É sério! Sou eu!
- Não acredito...
- Disse que ficaria surpresa.
Ágata parou e analisou bem, e concordou: Matheus não se parecia com nada que ela já tinha visto, e ela tinha visto muito! E continuou a andar só que quieta. Matheus ficou calmo, já esperava isso; o resto do caminho foi calmo e quando finalmente chegaram.
- Vou entrar - Ágata finalmente abriu a boca.
- Nos vemos? - Matheus perguntou esperando a resposta negativa.
- Sim - Ágata sorriu - e você vai se arrepender de ter nascido humano!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Viu? Está maior que os outros!
Agora sim, Matheus se arrepende! Léo gamou, (hehehe) mas a Ágata preferiu o Matheus! Que coisa não?
Elena, pobre coitada, leva toco que não se conta! Bem pelo menos a Débora está feliz, ou será que não? MUHAHAHAHA
Fiquem com curiosidade! Até semana que vem!