No ultimo episodio de Maldosas

“Quando eu espera o café eu fiquei olhando pela janela  e meus  pensamentos foram longe.

Eu nunca me dei muito bem com a minha irmã, mas mesmo assim eu a amava, e agora eu sinto tanta falta dela!

Quando voltei  para a terra eu percebi que tinha um garoto me olhando.Um lindo  garoto loiro de olhos claros.”

Quando me dei conta já estava olhando fixamente praqueles olhos azuis, estava perdida em outro mundo, como se quisesse desvendar o mistério por  trás daqueles olhos , um mistério talvez que nem existisse,mas mesmo assim eu ainda olhava para aqueles lindos olhos azuis.

Então me dei conta de que eu olhava ele, ele me olhava, e agente nem se conhecia, isso era no mínimo tenso.Então ele se levantou e  tava vindo na minha direção, eu olhei pra janela fingindo que estava pensando em qualquer besteira, na esperança que ele fosse embora e que eu não tenha que explicar pra ele por que eu estava olhando pra ele, por que nem eu mesma sabia que diabos eu estava fazendo olhando pra ele!

Bom, parece que não adiantou de nada eu ter feito isso por que ele agora estava na frente da minha mesa, e eu tenho que dizer que isso me deixava super envergonhada.

-Será que posso me sentar -agora eu fui obrigada a olhar pra ele, e ele era mais lindo de perto.

-É...pode- eu disse e ele sentou no banco  a minha frente.

-Então qual é o seu nome?-a voz dele era calma e doce, meio rouca, bem, deveria ter pegado um resfriado, já que estávamos no inverno.

-É Sophi, e o seu?

-David,então, é nova na cidade?-disse ele.

-Sim, como sabe?

-Bem, eu sei de varias coisas, e conheço muitas pessoas nessa cidade, e adivinhe eu nunca tinha te visto antes aqui, é só ligar os pontos pra saber-ele disse piscando pra mim.

-Hum, parece que você é esperto.

-E bonito- ele disse e eu ri de leve.

-E muito modesto.

-Há é, claro, modesto também- então aí sim começamos a rir,sabe fazia muito tempo que eu não ria assim.

Então a garçonete chegou com o meu pedido, ela deixou na mesa e foi em borá.

-Então, a quanto tempo você mora aqui?-eu perguntei quebrando o silêncio.

-A mais ou menos  1 ano e meio, minha mãe conheceu um cara,começaram a namorar, eu não gostava dele, fiz um monte de coisas pra me livras dele, mas mesmo assim ele continuou com a minha mãe, de alguma forma isso agradou a minha mãe, então eles resolveram se casar, e agora eu tenho que morra com esse infeliz, triste historia- depois disso ele ainda fazia aquela  cara de drama, e o que eu fiz?Eu simplesmente comecei a rir sem parra, ele simplesmente ficou olhando pra mim com uma cara de taxo.

-E o que foi que você aprontou com ele?-eu perguntei quando já conseguia controlar o riso.

-Bem varias coisas, uma vez quando ele veio lá em casa eu peguei uma barra de chocolate e coloquei na poltrona que ele sempre sentava, e ele sentou, quando ele levantou o chocolate já tinha derretido  e ficou aquela bola  d coisa marrom, aí eu disse “nossa mãe, parece que seu namoradinho andou borrado a causa” o cara saiu correndo olhar no espelho, aí minha mãe viu o chocolate  e acho que alguém tinha deixado sem querer o chocolate aberto e ele tinha sentado, o cara é tão idiota que enfiou o dedo no traseiro e colocou aquilo na boca pra confirma que era chocolate e ainda disse que era bom -a esse ponto eu e ele estávamos a ponto de morrer de tanto rir.

-Ui, mas que nojo-eu disse quando consegui respirar e parra de rir.

-Foi a mesma coisa que eu disse-  nesse momento uma garota de lindos cabelos castanhos entrou pela porta e sentou do lado dele.

-Há, finalmente te encontrei- ela disse já sentando ao lado dele.

Ela era bonita, tinha pele branca,cabelos castanhos e olhos da mesma cor.

Deveria ser namorada dele, como que eu não imaginei que um cara lindo  e divertido como esse não tivesse namorada?

-Há,oi- ela disse olhando pra mim, parece que só agora que ela percebeu a minha presença-então quem é a sua amiguinha nova?-ela perguntou pra ele ainda olhando pra mim com um sorriso gentil.

-Essa é a Sophi, e Sophi essa é a Alissa- David disse.

-Então vocês namoram a quanto tempo?-as palavras saíram da minha boca automaticamente, e nesse momento eu quis me matar, eles começaram a rir sem parar.

-Nos não namoramos, ai que nojo, ele é quase meu irmão-ela disse ainda rindo, eu estranhei já que ele não mencionou nenhuma irmã.

-Essa piralha veio junto com o idiota que é casado com a minha mãe-ele disse e ela deu um taba  de leve nele.

-Eu não sou piralha tenho a mesma idade que você- nesse momento eles já estavam parando de rir, e eu morrendo de vergonha- mas me diz Sophi, o que vocês estavam conversando?

-Ele tava me contando as coisas que ele aprontou com seu pai-eu disse e ela riu, provavelmente lembrando.

-Coitado do meu pai, esse garoto é uma peste-ela disse de uma forma divertida.

-Ei você não pode falar nada, você também já aprontou com a minha mãe -disse ele.

-Foi sem querer, era pra você ter sentado na cadeira-ela disse.

-O que você fez?-eu perguntei curiosa.

-É que no jantar que meu pai foi pedir a mãe dessa  coisa em casamento, a gente foi num restaurante chic  e estava cheio de amigos do meu pai e dela, e pessoas importantes e tal, aí antes de começar o jantar em fui  colocar aqueles sequinhos que quando aperta ou senta faz barulho de pum de baixo da almofada que  era pro David sentar-ela contava.

-Só que ela errou a cadeira e colocou na cadeira que a minha mãe iria sentar-ele a interrompeu.

-E na hora do jantar ela sentou, e toda vez que ela se movia acontecia o barulho de pum, e todo mundo olhava  pra ela, e ela tentava disfarça olhando pro garçom- ela continuou, eu  já ria litros, e eles também, eles lembrando do ocorrido e eu imaginando.

-Nossa, coitada dela, mas deve ter sido muito engraçado-  eu disse.

- E foi, mas e você Sophi, não tem nada que já aprontou?-perguntou David.

-Bem, uma vez, quando eu tinha  14 anos, a professora de historia tinha passado um trabalho sobre a revolução francesa, e eu dei minha alma por esse trabalho, eu fiquei tipo, uns 3 dias trabalhando só nisso, e chegou o dia de entregar, e eu acabei me atrasando, e quando eu cheguei não pude entrar na aula, aí quando o  professor saiu da sala eu entreguei pra ele, e eu tirei um B só porque  eu entreguei “atrasado”, eu fiquei com tanta raiva dele, e como faltava 5 dias pro Halloween eu aprontei com ele, eu forrei  o caro dele de papel  higiênico e quando ele foi pro estacionamento eu tava em uma sala do segundo  andar, e aí o cara pirou quando viu o carro dele, aí eu do segundo andar estava fantasiada e comecei a jogar  ovo nele, aí aquela anta em vez de correr se aproximou mais ainda pra tirara satisfação, foi  quando eu joguei leite azedo nele, ele ficou fedendo por dias, e nunca soube quem foi que fez isso com ele-os dois já riam muito.

-Uau, você é malvada, acho que gamei- David dizia dramático e isso só serviu pra eu e Allissa rir mais.

Então  o celular de David começou a tocar, ele pediu licença e foi atender.

-Então Sophi, aonde você ta morando?-ela perguntou.

-Num apartamento na cidade, e vocês aonde morram?

-Agente ainda ta com nosso pais, a gente estava pensando de morarmos juntos quando nos formarmos.

-A idéia é legal-eu disse.

-Você  é da minha sala, fazemos literatura juntas, e mais alguma outra aula também-ela disse sorrindo.

-É mesmo?Eu nem sabia, ultimamente eu ando muito desligada do mundo sabe-eu disse e ela riu.

-Eu sei como é, as vazes eu fico assim também-ela disse então David volto pra mesa.

-Allissa eu vou ter que ir quer uma carona?-ele disse.

-Sim, então tchau Sophi-ela disse pegando a sua bolsa e se levantando.

-Tchau Sophi, foi legal te conhecer -David disse.

-Igualmente,então até amanha?-eu disse.

-Até -os dois disseram juntos e então se foram.

Eu me levantei paguei a conta e fui pra casa, a pé, o que não foi muito legal por que estava muito frio, eu tive que caminhar algumas quadras para estar em casa, estava  no corredor parei pra encontrar a chave da minha bolsa, essa chave sabe se esconder muito bem.

-Vamos lá cara, você tem que falar com ela- eu ouvi uma voz masculina vindo do corredor, e demorei um pouco pra perceber que a tal voz era do Nicolas, vim de vagar e assim que eu vi eu não acreditei, Nicolas estava falando sozinho olhando pra minha porta, perai, eu entendi direito, ele estava tendo achar coragem pra vir falar comigo?O meu  Deus, eu não sei se isso é fofo ou idiotice.

-Oi- eu disse e ele olhou pra mim assustado, parecia que tinha visto até um fantasma.

-Eh....oi- ele disse meio nervoso.

-Tudo bem?-eu perguntei estranhando seu tom de voz.

-É...bem,comigo ta,com a gente não-ele disse olhando dentro dos meus olhos, sinceramente, eu fiquei  meio  tem com esse, “a gente”, sei lá, nunca existiu um “a gente”   com qualquer outra pessoa, isso meio que não faz sentido, mas mexeu comigo.

-Eh...como assim?-eu perguntei olhando pro chão meio desconfortável com a situação.

-Eu preciso falar com você, e não quero falar isso em um corredor, então quer entrar?-ele disse apontando pro apartamento dele.

-Ta bom -foi a única coisa que disse.

Ele abriu a porta e como um cavalheiro  ele deixou eu entrar primeiro, o apartamento era um pouco menor que o meu, mas era aconchegante.

-Não vai sentar não?-ele disse atrás de mim, eu olhei por trás do ombro e vi ele com um sorriso divertido no rosto, então me sentei.

-Então comece a falar-eu disse, ele  continuou de pé, mas deixei quieto isso.

-Bem..não vou enrolar e vou direto pro assunto, aquele beijo que você  viu, eu não queria  ter beijado ela, é que ela começou a falar  que estavam acontecendo  na  família dela, e ela estava triste, se lamentando comigo,e ela me beijou, e pra não deixar ela pior do que tava eu beije ela também, mas eu não queria ter beijado ela, foi um erro- sei bem, estava se lamentando, hoje em dia as vadias arrumam até desculpas que  ta triste pra dar em cima de um garoto bonito, e ele ainda se faz de ingênuo, mas tudo bem, os garotos são tapados mesmo.

-Tudo bem, mas a gente não tem nada juntos, por que ta me dizendo isso?-minha boca meio que falou no automático, então eu não sei por que eu falei isso.

-Sei lá, eu só sei que precisava te dizer isso- ele disse olhando pro chão parecia envergonhado.

-Ta -foi a única coisa que consegui falar.

-Então que uma carona amanha?-ele perguntou.

-Depende, a Mary vai ir junto com a gente?-eu disse.

-Não, amanha não-ele disse sorrindo.

-Então eu aceito-disse eu- eu tenho que ir agora-eu falei já me levantando.

-Ta bom, então até amanha-ele disse abrindo a porta.

Assim que a porta atrás de mim se fechou e suspirei aliviada.

-Que conversa foi aquela?-eu perguntei  pra mim mesma em um sussurro.

Entrei em casa, e minha casa estava uma bagunça, o  vaso de planta quebrado ainda estava no chão, e a terra tina se espalhado, como isso aconteceu?

Fui limpar isso, quando terminei olhei no relógio  e era 7::30 da noite, sentei no sofá e fiquei pensando.

Como que eu vou fazer pra pagar as contas do meu AP no final do mês,eu preciso arrumar um emprego.

Mas vou pensar melhor de barriga cheia.Então liguei pra um restaurante  japonês ,fiz o pedido e em poucos minutos o entregador apareceu na minha porta.

Fiquei comendo e assistindo  no sofá, tomei um banho e logo já era 10 horas e eu fui dormi porque amanha eu acordo  cedo.

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Minha  mão foi parra no despertador, será que ele não pode calar a boca por um segundo se quer?

Levantei e fui me arrumar, comi algo rápido e quando vi já eram 7 horas, peguei a minha bolsa, e quando abria porta Nicolas também tava abrindo.

-Oi- eu disse.

-Oi- ele  disse.

Fomos até o estacionamento, a viagem foi tranqüila, fiquei feliz por estar tudo bem entre nos.

Chegamos na escola, estava tudo normal, e com normal quero dizer chato.

A primeira aula era Historia, e a professora chata  ainda fez a proeza de fazer um comentário idiota, “Vejo que hoje a senhorita não se atrasou”, eu queria pular no pescoço dela porque adivinha, as pessoas começaram a rir.

Bem a única coisa que me deixou mais animada foi que  as duas ultimas aulas era de literatura.

O trabalho  a gente faria em dupla, e o professor deixou a gente escolher os pares, e eu   fui com a Allisa, a gente poderia  escolher as historias, e eu já sabia a historia perfeita pra gente fazer.

Eu e Allisa vamos fazer o trabalho juntas, e até já temos uma   idéia, a gente vai fazer  uma versão de chapeuziho vermelho, é tipo, a caçadora de lobisomens, a gente vai fazer como se acontece-se nos dias atuais, cominamos de fazer o trabalho na minha casa.

O sinal bateu  e eu fui até o estacionamento esperar  Nicolas, fiquei encostada no carro esperando ele, e lá vinha ele com Mary,  e parecia que eles estavam discutindo, ou algo do tipo, eu acho que ele não conseguia se livrar dela, ele me olhou com um olha implorando que eu lhe ajudasse, e foi o que eu fiz.

-Você vai comigo sim- dizia Mary, ele suspirava tentando se livrar dela, eu peguei o braço dele e disse.

-Depois você falar com ele  Mary, agora ele tem que me leva pra casa, tchau- eu disse rápido, ainda agarrada no braço dele fomos caminhando rapidamente   até o carro enquanto Mary ficava furiosa.

-Obrigada -ele disse.

-Ta me devendo uma -eu disse sorrindo.

-Eu sei -Ele disse sorrindo também.

Então chegamos no carro e eu tive que soltar o braço dele.

Entrei no carro e ele  também.

Então  eu fui  eu abri a minha bolsa procurando meu celular, e a chave do meu apartamento caiu, eu fui pegar ela e Nicolas também.

Nossas mãos se tocaram, e fui perceber o quanto nossos rostos estavam próximos.

Nos filmes era nesse momento que acontece os beijos, e estava tão igual aos  filmes agora.

Nossos rostos foram se aproximando e....