The Humans In Aaa escrita por Juniper


Capítulo 4
For the tree house!




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POV- Nikoru


Depois da ligação, que aparentemente foi de Fionna, Marshall disse que teríamos que fazer uma visitinha à casa da árvore, pois haviam encontrado outra humana em Aaa.


A idéia de que essa humana seria a minha melhor amiga invadiu a minha mente, deixando-me cada vez mais curiosa.

Saímos da casa de Marshall, que para minha surpresa, ficava dentro de uma caverna.

Ele estava usando um chapéu, provavelmente para bloquear os raios solares, devido ao fato do mesmo ser um vampiro.

Quando já estávamos do lado de fora da gruta, ele me pegou pelos braços, e me levantou. Era a maneira mais rápida de chegar.

– Pensei que você não fosse tão pesada. – Marshall disse, com o sarcasmo quase transbordando de sua voz.

– Está me chamando de gorda? – Lancei um olhar ameaçador, que fez com que ele soltasse gargalhadas.

– Oh, não! Acho que toquei na ferida. – Seu sorriso irônico, de alguma forma deu-me esperanças de algum dia conseguir conquistar sua amizade.

– Idiota. – Murmurei para o nada.

– Como? – O mesmo se aproximou de uma forma zombeteira.

Eu sabia que ele havia escutado, mas estava perguntando somente para me irritar. Então, atendi às suas vontades.

– Idiota! – Exclamei, agora quase aos berros.

Como uma resposta, ele riu.


– Vamos brincar? – Marshall disse em um tom que me fez temê-lo.


– Brincar? – Perguntei, mesmo temendo a resposta.

– Sim. – Senti seus braços me apertando cada vez mais, e seus olhos tomaram uma cor estranha. Eles estavam demoníacos. – Uma brincadeira muito divertida.

Minhas mãos tocaram seu tórax, e num movimento rápido, o empurrei.

– Me ponha no chão. – Disse friamente encarando-o nos olhos.

– O que houve? – Agora seus cabelos flutuavam, e sua língua que aparentava ser de uma cobra, saiu de sua boca, deixando-o cada vez mais assustador. – Não gostou da brincadeira?

– Me solta agora mesmo! – Berrei, fazendo com que sua aparência física voltasse ao normal, e sua expressão fosse de puro tédio.

– Bem, - Suas mãos, que antes me apertavam, agora estavam me soltando. Literalmente. – Como quiser.


Marshall estava ficando cada vez mais distante. Mas ele mantinha seu olhar preso ao meu. Como se estivesse esperando que eu caísse para poder apreciar o “espetáculo”.


Senti minhas costas topando com algo fino, mas perigoso. Seriam galhos?


Eu havia caído em uma árvore. Os galhos, que pareciam espinhos, fizeram diversos cortes na minha pele exposta.


Ainda consciente, observei aquele borrão vindo lentamente em minha direção.

– Menina tola. – Pude ouvir sua distante voz.

A cada vez que meus olhos se fechavam, ele estava mais perto, até que sua mão fria tocou meu pescoço.

Reagi automaticamente. De súbito preparei meu punho, e acertei um soco na face de Marshall, deixando-o atordoado por alguns segundos.

– S-Seu idiota. – Gaguejei, pois as palavras estavam agarradas em minha garganta, fazendo com que meus olhos começassem a lacrimejar. – Por que você fez isso?

– Você não mandou eu te largar? - Ele deu um sorriso irônico.

– Não era para ser levado a sério, você é um babaca! – As lágrimas rebentaram em meu rosto, fazendo com que eu não visse nada a minha frente.

Marshall não disse mais nada, somente me pegou pelos braços novamente e voltamos a voar rumo ao nosso destino.


POV- May



Depois de uma noite toda na cela eu quase não reconhecia o reino doce. Tudo parecia tão iluminado e bonito.


Pensar na hipótese de encontrar Nikoru me deixava cada vez mais feliz e esperançosa. Sempre procurava no rosto de Gumball um “Chegamos, é aqui que ela está”, mas ele sempre desviava para cumprimentar algum camponês.

– Humana... – Murmurou Gumball cabisbaixo. – Qual seu nome?

Eu já havia me esquecido de me apresentar para Gumball, mas não era nada muito importante, afinal, por que um príncipe como ele iria querer conhecer alguém como eu? “Oh vossa alteza perdoe-me por tal sacrilégio.” Eu não teria paciência pra ser inferior á ele.

– Meu nome é May – Disse seca.

– Que nome agradável. – Ele sorriu tentando ser simpático.

O modo como ele usava as palavras me deixava um tanto desconfortável. Um vocabulário constantemente variado. Na maioria das vezes isso me deixava com mais certeza que ele era só um garoto mimado e mauricinho.

– O... Obrigada. – Respondi, embora não fosse propositalmente eu acabei gaguejando um pouco. Qual era meu problema?

– Você se lembra sobre aquela divida com o reino doce? – Ele perguntou um pouco corado, embora sua pele já fosse cor-de-rosa.

– Sim. – Disse olhando para o nada. – Por ter te mandado se calar.

– Bem... Apenas esqueça essa divida. – Ele deu um meio sorriso.

Por algum motivo aparentemente idiota senti minhas bochechas esquentarem e meu coração acelerar, embora eu o odiasse não conseguia entender esse sentimento. Eu tentava desviar sempre que ele me olhava, mas as vezes não conseguia evitar que nossos olhares se encontrassem. Eu devo ter me esquecido o modo como ele havia me tratado no inicio. Obrigando-me passar uma noite toda trancada em uma cela. É, eu, definitivamente o odeio.

– Chegamos. – Ele disse interrompendo meu devaneio idiota.

– Uma casa da árvore? – Disse surpresa.

– É uma casa bem diferente, não acha? – Ele riu – Quer ajuda pra descer?

– N... Não.

A casa era realmente grande e bonita, mas um tanto estranha, quando entrei pela porta pude notar que havia uma garota caída no chão. A reconheci pelos imensos cabelos negros caídos sobre o chão. Nikoru.

– Mais que horror! – Disse Gumball surpreso, assim como eu.

– Nikoru! O que fizeram com você? – Disse me aproximando dela, seu corpo estava coberto de espinhos e arranhões.


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