The Humans In Aaa escrita por Juniper
POV- May
Abri meus olhos e me deparei com algo um tanto “bizarro”. Um garoto de cabelos rosados estava sentando ao meu lado com mais algumas criaturas.
– Oh, ela está acordando! – Disse o garoto abrindo um largo sorriso. – Você está bem?
– Nikoru... – Foi tudo o que conseguir dizer. Onde estaria Nikoru em uma hora dessas?
– Você está bem jovem humana? – Ele se curvou diante do meu rosto examinando minha expressão.
– Por que seu cabelo é rosa? Eu quero ir pra casa. – Disse confusa. Eu não fazia a menor idéia do que fazia ali, ao lado de um garoto cor-de-rosa.
– Eu sou Gumball. – Ele riu – Acho que você é realmente nova em Aaa, não é?
– Aaa? Isso me parece caracteres de vídeo-game.
– Como você entrou aqui? A Fionna é a única humana em todo Aaa. – Ele fez uma expressão preocupada.
– Eu só me lembro de encontrar um livro aberto, aquele mesmo livro exibiu uma luz ofuscante.
– Fionna deixou o livro no mundo dos humanos? Ela não é tão irresponsável assim. A menos que... Ice Queen!
Comecei a me irritar por não estar entendendo nada do que o garoto dizia, eu parecia completamente perdida. E talvez jamais conseguisse voltar pra casa. Eu sentia uma terrível dor em todo meu corpo, mas isso não impediu que eu levantasse.
– Você não pode! Está machucada. – Murmurou Gumball.
– Cale-se – Disse bruscamente.
Assim que as palavras saíram de minha boca me arrependi, logo querendo engoli-las de volta. Todos me olharam espantados com uma expressão realmente assustadora.
– Você não pode tratar o príncipe assim, ele foi tão gentil com você e é assim que retribui? – Gritou um dos guardas.
– Eu sinto muito humana, está contra as regras do reino doce tolerar qualquer tipo de comportamento arrogante direcionado a mim. Vou ter que prendê-la na masmorra.
– O que? Eu não queria dizer isso... Desculpe-me...
– Eu sinto muito, é meu dever prendê-la. – Ele acenou para que os guardas me jogassem na masmorra. – Até breve.
– Que príncipe gay. – Sussurrei para mim mesma.
Antes que pudesse me dar conta eu já estava em uma cela. O breu tomou conta do lugar me fazendo gritar com todas as forças. Eu sabia que a qualquer momento perderia o controle e começaria a chutar as grades, mas de nada iria adiantar.
As lagrimas começaram a cair de meus olhos automaticamente, eu já não tinha mais controle sobre minhas ações. Encostei minha cabeça na grade enferrujada da cela e fechei os olhos.
– Maldito príncipe cor-de-rosa, tudo por que eu o mandei calar a boca? Quanta autoridade ele deve ter? Ele vai se arrepender de ter me colocado atrás dessas grades.
Encolhi-me e fiquei pensando nos maus bocados que Nikoru deveria estar passando e eu tinha que salvá-la, mas agora, estava presa por causa de um pequeno xingamento.
POV- Nikoru
Dor, dor e mais dor. Era a única coisa que eu pensava naquele momento.
Abri os olhos, atordoada. Haviam três borrões na minha frente. Minha visão ainda estava meio confusa devido à queda. Mas logo todos eles foram tomando uma forma mais clara.
Todos ali presentes tinham uma aparência bem... exótica.
– Ela acordou. – Disse uma garota com uma mecha loira saindo de dentro de uma touca branca.
– Ela é humana? Se parece muito com Fionna. - Comentou a gata que estava me encarando com uma expressão um tanto estranha.
– Ainda acho que deveríamos matá-la. – Disse um garoto de cabelos pretos, com presas assustadoras. Ele estava flutuando.
Por alguns segundos, parei para pensar. Uma gata que fala? Um garoto que flutua , e ainda por cima com presas? O que estava acontecendo?
– Q-Quem são vocês? Onde eu estou? – Mesmo com dor, me afastei das três figuras, que a meu ver, eram assustadoras.
– Você está em Aaa, menina tola. – Respondeu friamente o menino.
– Eu sou Fionna, esta é Cake – Ela apontou para a gata que agora me dava um sorriso. – E ele é Marshall.
– Mas... como eu vim parar aqui? – Questionei, agora sendo fuzilada pelos olhos de Marshall.
– Não vai dizer seu nome? – O mesmo disse, mudando de assunto.
– Hm... Nikoru.
– Bonito nome para uma humana como você. - Ele deu um meio sorriso.
Senti minhas bochechas ficando extremamente quentes, e meu coração batendo tão forte quanto uma marcha militar.
– Marshall, como você disse que a encontrou? – Fionna perguntou, parecendo um pouco ciumenta.
– Eu estava indo para sua casa, e a encontrei desmaiada no chão, como estava com fome, resolvi trazê-la para cá e cuidar dela, pois eu não gosto de comida em mal estado. – Ele disse com um grande sorriso no rosto, o que fez com que uma expressão de medo tomasse meu rosto.
– Marshall, pare de assustá-la, ela mal sabe onde está! – Fionna exclamou, dando um soco no garoto.
Aquilo tudo me deixava confusa. Aquelas pessoas, ou seres, me deixavam confusa.
Levantei-me da cama em que estava deitada, e mesmo com uma dor tremenda, fui me aguentando em pé até certo ponto, onde caí de joelhos.
Fionna e Cake vieram correndo.
– O que pensa que está fazendo? Mal se aguenta em pé! – Uma delas disse, eu estava concentrada demais na minha dor para diferenciar suas vozes.
– Vamos, volte e se deite.
Me apoiei no ombro de Fionna e voltei a deitar na cama.
– Afinal, de quem é essa casa? – Disse, examinando o ambiente normal demais para abrigar pessoas tão estranhas.
– Minha. – Disse Marshall, que flutuava acima da minha cabeça, com os olhos fechados.
– Vocês também moram aqui? – Apontei para a dupla que estava a minha frente.
– Não, eu e Fi moramos na casa da árvore. – Explicou Cake.
– Hm... sem querer incomodar, mas... – Eu gaguejei, procurando as palavras certas. – Será que eu poderia passar a noite na casa da árvore de vocês? É que eu não tenho onde ficar... e...
– Acho melhor você ficar aqui por hoje. – A garota disse, me cortando.
– O quê? – Eu e Marshall fizemos um coro.
– Você mal se aguenta em pé, não aguentaria dar seis passos sem cair. – Ela completou. – Marshall, sem sustos, e NÃO tente matá-la.
– Mas... mas... – Eu tentava dizer, mas as palavras não saiam.
– Até mais. – As duas disseram, se virando e saindo pela porta.
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Na última atualização ninguém comentou :c
Então espero, que se você chegou até aqui deixe um review, ficaremos muito felizes.