-Tem certeza?

-Tenho sim,meu marido não vai se opor,nem pode por que afinal a vampira sou eu!-Jacqueline se gabou.

-Tudo bem,então ser seu hóspede em sua casa.

-Traga as suas malas amanhã.

-Certo.

***

-Olá Stefan.-disse Marie o cumprimentando quando ele chegou com as malas-A Jackie teve que sair para encontrar o Nate,ele veio de surpresa.

-Quem é Nate?

-Nathaniel,o amante dela.

Ele estranhou.

-Não se preocupa com o fato dela trair seu pai?

-Nem um pouco.Stefan você não sabe o inferno que era a minha vida,desde que minha mãe morreu meu pai passou a descontar a raiva e a frustração em mim,ele batia em todas as partes do meu corpo até cansar,eu já tentei fugir mas ele me encontrou e bateu ainda mais,se ela não tivesse se casado com ele eu poderia estar morta de tanto apanhar a essa altura,ela salvou a minha vida.

Ele assentiu compreendendo,Jacqueline podia ser uma das mulheres mais cruéis que já conheceu,senão a mais,porém ainda podia haver um resquício de bondade.

***

-Você gostou da Marie?

-Como assim?

-Gostou da minha enteada?

-Por que essa pergunta?

-Por que se ferir os sentimentos da Marie te quebro ao meio.E não estou falando em figura de linguagem,já fiz isso com o noivinho bostético dela na semana passada.

Ele revirou os olhos.

-Não vou ferir Marie.

-Acho bom,por que enteada é quase filha,e filha minha nenhum cafajeste machuca.

Uma idéia surgiu na cabeça dele.

-É o Damon não é?

-A fama de quebrador de corações do seu irmão o precede.Está avisado,quer a Marie fique com ela mas não se atreva nem a pensar em magoá-la.

-Tá bom mamãe.

Ao ouvir a palavra,Jacqueline ficou triste e baixou os olhos.

Como queria ver seus filhos só mais uma vez!

-Esteja pronto a noite.-ela avisou antes de sair do quarto dele.

***

-Que lugar é esse?

-Uma arena de luta ilegal.Vale tudo,socar,chutar,usar objetos cortantes e tudo mais,só é proibido armas de fogo por enquanto.

Os dois entraram no subterrâneo.O homem no ringue tinha mais de dois metros de altura,musculoso e com uma expressão assassina.Ao lado dele o anunciador perguntava quem iria desafiá-lo.

-Stefan,essa é a segunda lição.A primeira lição foi tortura,a segunda é a famosa dor.Sinta prazer na dor do seu inimigo,por que ele sentirá se causar a você.

Ela se levantou da arquibancada e caminhou até o ringue improvisado de lona e cordas.

-Eu o desafio.

-Senhorita...

-Senhora.-ela corigiu-O desafio é para quem aceitar não é?

Ela cumprimentou seu adversário pondo as mãos sobre o vestido e o afastando um pouco dos pés em uma pequena curvatura do corpo,digno de uma dama.

-Mocinha,saia daqui,não machuco mulher.

-Tá com medinho?-ela provocou jogando um beijo para ele-Eu pego leve bebê.

Ele riu da insolência dela.

-Tudo bem.Pode dar o primeiro golpe,afinal é o único que vai acertar.

Ela sorriu.

-Que cavalheiro,muito obrigada.

Deu um soco forte que o lançou contra as cordas.

-Venha bebê,eu quero brincar.-disse chamando com o dedo mindinho.

Ele ficou furioso e avançou na direção dela.

Jacqueline ficou parada.

Quando estava a poucos milímetros,desviou para o lado,e o acertou com um tapa no pescoço.

Ele ficou com ainda mais raiva e tentou atingí-la,mas ela agachou e o socou no estômago.

Ele caiu ajoelhado e ela o lhe deu um chute no rosto que o derrubou.

Caminhou graciosamente até ele,levantou sua cabeça e deu um tapa no rosto dele.

-Pede pra sair!

Deu outro tapa.

-Pede pra sair!

Mais um tapa.

-PEDE PRA SAIR!

-Eu saio!Eu desisto!Você venceu!-ele disse com lágrimas nos olhos.

-Tadinho do bebê,vai chorar vai?Volta pro colo da sua mamãe,bebê,ela deve estar com saudade.

O deixou cair no chão e saiu de lá puxando Stefan pelo braço.

-Isso foi cruel.-ele comentou.

-Essa é a intenção.-ela retrucou.