No Olho Da Tempestade escrita por P r i s c a


Capítulo 6
Indigestão


Notas iniciais do capítulo

Bleh, tive que partir o capitulo em dois, de novo....
Começo a achar que essa fic alcançará 15 capitulos [lembrando que era pra ser uma one-shot q transformei em 5 capitulos e agr já tá assim xDDDDDDD]

Mas espero que gostem!!!!



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“Tá. Haru aceita.”

Na tela, um rude olhar horrorizado fora o que ela recebeu. Hahi, ele não sabia que era grosseria olhar daquele jeito para a mulher a quem propôs?

Mas primeiro...

“Haru tem, no entanto, algumas condições...”

Hayato não mudou a expressão, apenas erguendo a sobrancelha lentamente.

ooo

Conforme a (aparentemente sua) Mulher Idiota explicava, mais desacreditado Gokudera ficava com a enrascada na qual se metera. Percebia, para seu crescente terror, que fora arrastado para alguma forma distorcida e doentia de brincar de “casinha”. Aquilo seria bem melhor do que ela acreditar que se casaria de verdade com ele (não depois de todo o trabalho que teve pra concluir que o melhor era deixá-la longe da máfia), mas ainda assim...

“Haru não quer uma casa muito grande, dá trabalho demais pra limpar e... AH!! Haru quer um chachorrinho! Um Akita igual à arma Box do Yamamoto-kun... Na verdade, Haru quer um akita pra chamar de Yamamoto...”

“Opa, opa, opa, pode parar por aí” sua cabeça estava rodando. “Foi só uma piada, mulher e, ainda que o próprio Rei Alienígena Supremo me fizesse uma lavagem cerebral eu nunca, repito, NUNCA eu chamaria um bicho meu depois do Maníaco do Baseball!”

“Mas Haru sempre quis fazer homenagens a todos vocês! Ela até planejava chamar o primeiro filho dela de Tsuna...”

Suas bochechas estavam quentes. Ele via perfeitamente uma sorridente Haru de dez anos no futuro carregando uma criaturinha gorduchinha nos braços que um dia se tornaria a segunda geração de Braço Direito dos Gokudera...

“Diz ‘oi’ pro papai... Gokudera Tsuna-kun!”

PÁRA!

“Hahi, porque Gokudera-kun se estapeou?! Ficou doido?!”

Aquilo era uma doença, só podia...

“V-v-v-você é quem está doida se acha que vou concordar com isso, Baka!”

“O que me lembra a segunda condição: NADA DE CHAMAR SUA ESPOSA DE BAKA, AHODERA”

“ENTÃO NÃO ME CHAME DE AHODERA, NEM BAKADERA, NEM DERIVADOS” mas porque ele ainda estava participando daquilo?

“Por mim tudo bem.”

“Ótimo.” Hein? Não! “D-digo, NÃO!”

“Ahhhh~!” ela o estava ignorando. “Haru se pergunta quem ela chamaria pra ser padrinho dela desu~”

Ah, mas aquilo não ia ficar assim... Com ou sem contagem regressiva para se despedirem, ele era Gokudera Hayato e NÃO IA de maneira alguma permitir que...

“Ah! Haru ainda tem que fazer a janta! Tchau, Gokudera-kun! Depois você conta pra Haru como você quer que a casa seja! Bye~”

Desligou.

...

Hayato era uma vergonha para sua espécie...

ooo

Amanheceu.

Gokudera estava um lixo.

E ele ainda tinha que pensar em um jeito de não permitir que alguém soubesse da...

“HAYATOOO!” chamava Bianchi, não resistindo a alguns saltos de emoção. “Eu soube que você virou homem! Vamos co-me-mo-rar~!”

Bom... merda.

Gokudera nunca odiara tanto a era tecnológica e sua instantaneidade.

Assim que amanhecera a quarta-feira, Bianchi correra para o apartamento do irmão, decidida a ser a primeira a parabenizá-lo pelo passo dado à sua maturidade. Quando chegou, no entanto, aquele clima leve e acolhedor que vinha notando nas últimas visitas estava completamente desfeito. Na cozinha havia cheiro de queimado... em toda a casa aliás. A sala tinha duas das paredes carbonizadas, o pequeno gato/arma Box de Hayato parecia desesperado pra sair, pois arranhara a porta até quase abrir um buraco nela...

...mas a Escorpião Venenosa estava por demais feliz para se importar com aqueles detalhes.

“Onde está meu irmãozinho...? Me conte tudo sobre-” ao entrar no quarto, tropeçara em algo e quase derrubara a sacola com o café-da-manhã especial. Quando se virou, percebeu que tropeçara em seu irmão.

Bianchi lembra de colocar os óculos antes de acordar o indivíduo, então se abaixa para ajudá-lo.

“Hayato... mas o que houve?!” ele finalmente parecera ter percebido que haviam pisado nele, pois se levantava com a mão nas costas, esfregando-a como um velho de noventa anos. “Hoje era pra ser um dia de comemoração!”

Gokudera respirou fundo. Muito, muito, muito fundo mesmo, largando da dor nas costas para socorrer as têmporas.

Ele teria que contar.

Demorou não mais que uma hora pra colocar Bianchi a par de tudo. Como sua irmã já vinha acompanhando algumas das conversas com Haru, bom... ele podia prever que ela já sabia. Então só lhe restava contar sobre o que ele decidira e do, bem... o ‘acidente’ da noite anterior.

Era estranho.

Aquela coisa toda... ‘fraterna’ era muito estranha. Compartilhar o problema com a irmã e coisas assim... Ele não estava nada acostumado com aquilo. Não sabia o que esperar de sua aneki.

“Deixe me ver se entendi...” dizia depois de terminar o chá importado que trouxera pra ‘celebrar’. “Você gosta da Haru.”

Aquelas quatro simples palavras pareciam desencadear uma intensa repulsa por todo corpo de Hayato. No entanto, a resposta que recebera fora um resmungo, um estranho grunhido. Não houve sinal de negação, apenas... desconforto.

Ele provavelmente já tivera as próprias crises quanto ao que sentia e já as havia superado (o que explicava o lamentável estado carbonizado do apartamento). Que pena. Bianchi queria estar presente pra assistir.

“E decidiu que, por isso... Vai mantê-la... longe?”

“Pro bem dela.” Completou.

Quando acabou Bianchi o olhava com uma expressão em branco. Como a Hitman que era, seu natural era não deixar a emoção vazar, o que ela fazia muito bem, mesmo quando lançava sorrisos para as pessoas.

Finalmente, a mestre em envenenamento ergue uma apática sobrancelha.

“Aperte o cinto e segure firme, Hayato... Vou usar aquela palavra que você tem muito medo de ouvir...” antes que ele terminasse de perguntar ‘Mas que m- ’, ela cutuca-lhe a testa “...você não pode tratar o AMOR com tanto cálculo. Não é assim que ele funciona.”

Ele tira a mão dela de perto com um tapa.

“Não pode negar que estou com a razão.” E esfregou as têmporas “E, por favo,r não diga... essas coisas.”

A mais velha revirou os olhos.

“O verdadeiro AMOR é um equilíbrio entre razão e emoção Hayato. Não pode ser só emoção ou se envolverá com a pessoa errada... mas não pode ser só lógica e razão. Você claramente ama Haru, de verdade... E ela é ótima! Ótima pra você, especificamente. Não faça essa besteira.”

“Eu sei o que eu sinto, não vamos ficar verbalizando, certo?” Gokudera largou as têmporas para mexer nos anéis em seus dedos. Ele queria muito alcançar sua box e explodir algo... Quando a aneki ia voltar a falar ele levanta mãos espalmadas num claro sinal de ‘nada de termos românticos em minha casa’ enquanto continuava. “Não posso trair minha lógica. Não essa. Não quando ela fora dita tão claramente pelo próprio Juudaime-”

“Mas acontece que o Sawada está, sim, namorando a Sasagawa...”

“Isso é outra história.” E bufa daquele jeito irresoluto que o tornava tão mais menino e tão menos homem. “Minha decisão já foi tomada.”

E sua irmã retomou a expressão em branco. Quando achou que ela viraria a mesa e o café em sua cara, Bianchi se levanta (assustando-o um pouco), vira e segue rumo a saída. Só que tão logo chegara á porta sua irmã tomba na parede com um baixo “Urgh...”

Hayato se levantou para socorrê-la. A mais velha instantaneamente lhe levantou uma mão para que não chegasse perto.

“Por favor, não se aproxime.”

“Mas o que-”

“Sua incoerência amorosa me dá indigestão.” Disse em fim, dobrando-se sobre o abdome como ele quando a via sem os óculos. “Por favor morra, ou coloque isto.”

E lhe estendeu um saco de papel com os dizeres “Hayato Idiota” estampados.

“MORRA VOCÊ!”


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Notas finais do capítulo

gosto bastante de relação irmãxirmão [adoro torturar os meus] e sinto falta de um pouco mais de foco pra essa dupla q é Bianchi e Hayato [ainda q sejam irmãos só por parte de pai]

HARU ESTARÁ EXTREMAMENTE DE VOLTA NO PRÓXIMO CAP!

ATÉ AMANHÃ PESSOAL!



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