No Olho Da Tempestade escrita por P r i s c a


Capítulo 12
Perigo! Perigo! parte 2


Notas iniciais do capítulo

ATUALIZADO 14-05 [HOJE MESMO]

Desculpa gente, percebi agr que coloquei o capitulo anterior junto desse xD Vou apagar e completar, pois há uma partezinha da história que faltou terminar o raciocínio do Bel.

GOMEN! GOMEEEEEN!

*isso que dá postar as coisas às pressas... ¬¬

ooo

Ah, eu sei que to atrasada, gomen! gomen!
Mas a Puri vai compensar vocês... essa semana eu posto o próximo sexta ou sábado, talvez antes se der!!!!!!



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“Parem de brigar! Haru não consegue entender o que estão dizendo!”

E os homens continuavam a esbravejar entre si. Por homens entende-se Squalo, Hayato e Levi... Bel parara uns segundos na mesa, apoiando a testa coberta pela franja com as mãos e com ombros tremendo como se não fosse nunca mais capaz de parar de rir. E Lussuria...

“Maa, Haru...chan” e parou, claramente ponderando as palavras. Ele tinha um sorrisinho nervoso e esfregava as palmas enluvadas uma na outra, fazendo o possível para mudarem de assunto “Não acha maelhor sairmos pra deixá-los.. ahn, hn... se resolverem? Haha...”

“Não!” e não pode conter bater o pé no chão como uma criancinha contrariada. Se uma sala repleta de homens formados, mafiosos e assassinos não sabia se comportar como gente, Haru não via porque ela deveria. “Haru quer respostas e quer AGO-”

“Ano...” e uma cabecinha azulada de abacaxi pipocou na entrada da sala. “A-algum problema?”

“CHROOOOOOOOOOOOOOOOME-CHAAAAAAN!”e correu para abraçar a amiga com passos saltitantes, a memória claramente tão poderoso quanto a de um peixinho de aquário morto.

“Ah, Haru...!” a mais velha olhou para o chaos em volta. Seu tempo como auxílio da vária não era longo, mas até um macaco compreenderia os movimentos desesperados do Guardião do Sol, implorando para que tirasse a morena de lá. Rá-pi-do! “Eu...estava indo tomar banho e...”

Chrome não precisou dizer mais nada.

“BANHOOO!!!” mas porque é que a Miurinha tinha que gritar cada palavra que lhe soasse agradável?! Bom, não importava... No momento, o homem pavão só precisava se concentrar em tirá-la de lá.

“Ara, que ótima ideia! Vou já preparar um banho bem quentinho para as duas! Ohohohoho...!” e, ao puxá-las para fora do recinto, fechou a por trás de si, deixando os enfurecidos (e o risonho) cuidarem de seus problemas sozinhos.

Quando a menina estava finalmente fora de suas vistas, Squalo larga Gokudera. Levi continuava a gritar e gritar e por isso o socou para calar a boca. Ainda à mesa, Belphegor parecia, finalmente, ter começado a se recompor, reduzindo seu acesso ao seu irritante risinho já característico.

O Guardião da Chuva respira fundo. Massageava as têmporas como se tentasse atravessar os dedos para alcançar o cérebro e estourá-lo ele próprio para por fim à sua atual situação. Sem sucesso.

“Antes de qualquer outra bobagem que eu venha a fazer...ou dizer” E olha para o garoto Vongola que se levantava ainda bem irritado com o que não estava entendendo. “..de quantos anos... exatamente... você veio?”

“Dois.” Fora a resposta.

‘Dois...’ repetia para si Squalo, estregando o rosto como se fosse o próximo a ter um insano acesso de riso.

“Então vocês então ainda não foram pra Itália...” prosseguiu.

“Não.”

“E a menina não nos conhece.” Já não era uma pergunta.

“Só de vista.” e ouvidos. Embora não tenha ouvido direito, ao que parecia. Espera... aquilo queria dizer que foram atrás dela logo depois que Juudaime e eles se foram pra Itália?

“Certo.” E bateu ambos os braços nas laterais do corpo, conformado. “Nada mais a declarar.” e se retirou imediatamente da sala, determinado a não abrir mais a boca enquanto estivessem com passado e presente (ou presente e futuro, tanto faz) misturados.

“Oi! Me explique isso direito, o que tem “os Miuras”? Porque não pos- meu eu do futuro não pode se aproximar deles?”

À porta, sem parar de andar, o homem de longos cabelos brancos simplesmente cospe um “Essa é uma briga que você ainda vai comprar, não pense nisso agora.” E se retirou.

Gokudera virou os olhos para Levi que finalmente se recuperara do soco do capitão.

“Me conte.” sua voz emanava ameaça.

“Ahhh...” novamente pego de surpresa. O homem olha em volta até parar e fitar Bel, próximo à mesa, sorrindo. Ele estava olhando... para Belphegor em busca de ajuda...?!

“Shishishi... pode ir, velhote... eu cuido disso.”

E com isso Levi A. Than também se retirou, colhendo rápido os pedaços partidos de pratos e fechando a porta.

O silêncio que seguiu, desnecessário dizer, era da mais profunda tensão. Sendo o bastardo que era, ficava óbvio que o loiro não fazia a menor questão de acabar logo com a agonia do rapaz de cabelos prata. Não. Bel iria torturá-lo fria e lentamente, com todas as oportunidades que lhe fossem dadas. A começar por tortura psicológica.

“Então...?” ah, o Vongola estava bravo. Estava e estava ao ponto de fazer os punhos tremerem ante a força com a qual cravava as unhas em sua palma. Bel se perguntava o que o estava agonizando mais e o que faria para prolongar esse nervosismo tanto quanto possível.

E seu sorriso maníaco se alargou mais.

“Então...” repetiu, apenas para atiçar. “...tem certeza de que não é você quem devia estar se explicando?” e para, dando um tapinha de realização na própria testa e enchendo a voz com uma dissimulação tal qual nunca“Ah, é... você não sabe das coisas...Shishishi...”

“Ora, seeeu...” e respirou fundo, pensando consigo mesmo ‘se o matar... é aí que não me explicará nada.’ Feito um mantra. Não adiantou de muita coisa... “ENTÃO ME CONTE!”

E Bel inclina devagar. De frente para o pirralho de dezesseis, mesmo sendo um dos menores da vária (sendo Mamon o menor), o loiro era ainda meia cabeça mais alto que o estressadinho à sua frente. Ele dá outra pausa dramática, saboreando cada explosão de fúria que passava pelos olhos verdes dele.

“Não.” Disse em fim, soltando outro infame risinho. “ ...eu decidi que quero vê-lo descobrir...Testar o quão genial você é em relação a mim. Embora, convenhamos... nisso também eu ganho de você.”

E saiu. Gokudera podia ouvi-lo voltar a gargalhar do corredor, até sumir com a distância.

O jovem guardião Vongola pisca algumas vezes, o cérebro, mesmo genial, ainda processando o que acabara de ouvir.

Nisso... também?!

ooo

Estava tarde. Bom, mais ou menos. Não dava pra saber ao certo, mas, segundo o homem pavão, estariam agora preparando o jantar que, claro, Haru se voluntariara a ajudar.

Gokudera preparou-se para entrar no banho e aproveitar o tempo pra por os pensamentos em ordem. Estava especialmente irritado com Hibari. Quero dizer, se o palhaço fizesse logo o trabalho que se propusera a fazer, ele e Haru já teriam voltado para a droga de sua época e ele poderia voltar à paz dos dias em que nem ela nem a Varia haviam se conhecido.

Pelo menos... durante um tempo.

Sacudiu a cabeça, espirrando água pra todo lado. Não! Ele era Hayato Gokudera! Um gênio (da matemática) e ele não se conformaria com aquele futuro!

Che.

Afundou o corpo inteiro mais metade do rosto na água quente, sentindo arder alguns cortes e arranhões.

Agora... qual, exatamente, era o envolvimento da Mulher Estúpida e do Bastardo das facas daquele futuro...?

Hmmmph...

“AFASTE-SE DOS MIURA!” gritara o maldito Squalo.

Gokudera afundou por completo na água borbulhante, querendo afogar sua raiva em rápida expansão.

ooo

Na cozinha, o animado Guardião do Sol cantarolava alegre enquanto picava os legumes para por no panelão com água fervendo. Sentada à mesa (ainda não aquela grande que tanto usar no ‘futuro-passado’) Haru estudava o livro de receitas, escolhendo o que fariam pro almoço do dia seguinte.

Não que era quisesse se rpeparar para mais um dia presa na época errada... Haru com certeza ficaria mais do que grata de Hibari-san acabasse logo com os marginais, mas...

“Ohooo!” sorria o homem pavão, claramente contemplando o maravilhoso sabor da própria receita. O musculoso assassino especialista em artes marciais usava o uniforme habitual da vária, mas, no lugar de seu casacão emplumado, um róseo avental com os dizeres “Melhor Mama Mafiosa” protegia sua frente contra eventuais respingos.

E ele também usava uma redinha no colorido moicano, para proteger a comida.

Haru não conseguiu segurar o riso.

“Lussuria-san parece mesmo uma Mama Mafiosa...”

Haru dera um pulo quando o homem começou a gritar.

“AHHHHHHHHHHHHHH! HARU-CHAN ACHA MESMO?” e se aproximava dela com ambas as mãos no rosto, encabulado como se tivesse recebido o elogio de sua vida “Ohohohoho! Voc~e sabia, Haru-chan... Eu sou a Virtuosa Mama da Varia! Temos uma espécie de famiglia aqui...”

“Hahi!” e antes que pudesse impedir, ele se senta a seu lado na mesa, enumerando nos dedos cada membro da família.

“Squ, o estressadinho é o mais velho e Bel o caçulinha...! Levi é o segundo filho e seu maior herói é o papai Xaaanxus~!”

E Mamon é o sapo de estimação, mas o homem pavão não ousava dizer aquilo em voz alta.

“Que coincidência desu~! Haru também tem a Famiglia-chan dela”

“Kawaii~!!” gritavam ambos, de mãos dadas.

E fora essa sena que cumprimentara Belphegor quando entrara na cozinha. Seu plano era aproveitar a ausência do pirralho e traçar seu caminho direto à morena, mas...

“Haru vai desenhar a casa do Lus-chan do lado da dos Sasa-chan desu~”

“Haai! E não se esqueça de fazer uma mansão bem grande, porque meus filhotes são adoráveis de vista, mas simplesmente letais quando a menos de dez metros um do outro! Hohohohoho~!”

De repente Bel não tinha vontade sequer de comer.

Mas se forçou a sentar à mesa, quieto, só observando-os. Não podia correr o risco de ter sua real pessoas arrastada pra o passatempo tão ridiculamente banal daqueles de plebeus.

Desde que entrara para a Varia na madura idade dos oito anos, Belphegor achara Lussuria a aberração da natureza. Por isso e outras coisas, ao vê-lo ali, todo bobo ao lado da morena, era inevitável não sentir seu estômago real revirar... Pois não importava o quão fora do comum fosse o homem pavão, aquela menininha era capaz de acompanhá-lo em igual ou superior escala de bizarrice.

Bel não se moveu, mas, por baixo da espessa e dourada franja, os olhos astutos pararam sobre a menina. Estava com uma roupa que poderia ter sido emprestada pela garota Vongola de tapa-olho. Não se apegou aos detalhes da peça, não interessava. A forma delgada de ginasta não mudara muito em relação à Miura de seu tempo, ela basicamente só ficara mais alta (e não muito) e os cabelos, presos na mais nova, não eram curtos, passando até pouco depois da linha do pescoço. Mas os olhos... duas orbes castanhas de brilho contente e uma infantilidade enjoativa... eram simplesmente os olhos de uma outra pessoa. O Príncipe Retalhador sorriu. Perguntava-se de quem seria a culpa daquela mudança...

Shishishi.

Dois anos faziam MUITA diferença.

“Ah, é tão bom ter alguém que entende as alegrias de uma Famigliazinha!” de volta ao panelão, Lussuria cozinhava e olhava para Haru, perguntando à morena sobre a casinha dela.

Bel trincou os dentes em um sorriso desgostoso. Era sorrir ou vomitar e a segunda opção não era exatamente a mais nobre.

“Bom... Haru é da família Goku-chan...” já começou mal.

“Shishishishi... e posso perguntar de quem surgiu a ideia de juntá-la com o plebeu Vongola?”

Haru dera outro salto. Chegava a ser uma ofensa a garota sequer ter percebido que estava à mesa ouvindo-os havia tanto tempo.

“Bel, não se meta!” Lus nunca seria capaz de dizer tal frase de outra forma que não fosse doce. Mas como a dizia balançando o facão de cozinha para sua direção (e todos sabemos que facas são mais perigosas não mão de quem não sabe utilizá-las), o jovem Príncipe Estripador travou a língua. “Você nunca colaborou na minha brincadeirinha, não é na da Haru-chan que vai opinar!” e voltou a cortar carne para o ensopado.

E assim o cômodo voltou à paz habitual, com Lussuria cantarolando enquanto mexia o ensopado e Bel se perguntava das formas disponíveis para tirar a morena de baixo das asas do homem pavão.

Para sua sorte, a dita morena o estava encarando sem parar desde que notara sua real presença.

Shishishi. Aquilo seria mais fácil do que calculara.

“Gosta do que vê?”

E ela prontamente o responde com um:

“Porque você usa uma tiara?”

Lussuria engasga, quase cortando fora os próprios dedos e começa a rir.

“É UMA COROA! CO-RO-A!” ele rosna. Imediatamente buscou as facas que trazia consigo, sacudindo-as com um tique reprimido... e guardando-as. Ele a faria pagar por aquilo mais tarde. Quando achou que Bel a retalharia, Lussuria ficou assustado. Mas o que a
Unidade da Tempestade da Varia realmente fez, deixou o mais velho horrorizado “Se fosse você me acostumaria com isso... pode passar a usar uma muito em breve...” e saiu, soltando o bizarro risinho.

“Hahi?!”


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Notas finais do capítulo

Já falei que gosto muito do Bel? É tão engraçado imaginar tudo O que se passa [ou não] na cabeça dele xDDD
me digam o que acharam!!

Ja ne o//



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