Viajantes Dimensionais: A Missão De Mokona escrita por Mia Chase, Debbie


Capítulo 2
Capítulo 1: Viajantes Dimensionais




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O silencio predominava na sala. O “som de relógio de corda” ecoava nas cabeças de todos os presentes, apesar de que, bem, não havia nenhum relógio no quarto. Melissa fazia o som de relógio (“TIC, TAC, TIC , TAC, TIC, TAC”). De repente (apesar de estar mais para finalmente), o som parou por “um motivo misterioso” (Talvez o tapa que Yasmin havia dado na cabeça da garota tinha algo haver com isso).

– Moko-san... – Ela disse, lágrimas de anime escorrendo por seu rosto.

– Você estava me irritando. – Yasmin falou, dando um olhar seco para ela.

– Sinto muito, Moko-san! – Melissa gritou, pulando em sua amiga.

– Por mais que Mokona esteja se divertindo, Mokona tem que falar com vocês.

As duas garotas se viraram em direção a voz. A bola de pelos branca segurava um Toddynho em suas patinhas minúsculas, seus olhos estavam fechados desde que chegara e estava sorrindo. Liana encarava o bicho com um de seus olhos tremendo, sentada na cama em posição fetal. Yasmin, então, finalmente conseguiu empurrar a Silva de cima dela, que caiu no chão (“Moko-san” TT-TT). As duas sentaram na cama (Melissa pendurada no pescoço de Yasmin, que já tinha desistido de tirar a menina de lá), ao lado da ainda parada Liana.

– Agora que Mokona tem a atenção de vocês, Mokona vai responder as perguntas que Mokona tem certeza que vocês têm. – A bola de pelos falou com uma voz animada.

– Que tipo de bicho estranho é você? – Yasmin falou imediatamente.

– Mokona não é bicho estranho, Mokona é Mokona. – “Mokona” disse irritada. – Baixinha. – Ela acrescentou, com um sorriso.

– Como é que é?! – A Armadad gritou irritada, pronta para usar Mokona como uma bola de basquete. Mas o peso de Melissa a impediu de sequer se levantar (“É cada elefante que conheço...”). Ela pareceu se acalmar um pouco. – Ok, então, o que você esta fazendo no meu quarto? – Ela perguntou um pouco mais calma, mas ainda irritada.

– Mokona está em uma missão. – O ser “acoelhado”.

– E qual seria essa missão? – Yasmin já estava ficando impaciente.

– Mokona não vai falar. Você esgotou seu limite de perguntas com Mokona. – A afirmação fez a menina tombar estilo anime.

– Mas... Você... Ghrrr... – Qualquer um podia ver que a Armadad estava a ponto de bater na bola de pelos. – Então, quem pode te perguntar? – Ela perguntou rangendo os dentes.

– Ela pode, – Mokona falou feliz, apontando para Melissa que ainda estava pendurada no pescoço de Yasmin. – A propósito, acabou de gastar sua pergunta extra.

– Melissa, pergunte para ela qual sua missão antes que tenhamos churrasquinho de Mokona para o almoço! – Ela grunhiu e a garota animada (meio hesitante) largou seu pescoço.

– Hai, hai, Moko-san. – Ela disse, saltitando em direção a Mokona Modoki. Ela se ajoelhou na frente da criatura-coelho e sorriu, a pegando no colo. – Mokona-chan, qual sua missão?

– A missão que Mokona tem é a Missão Data Collection! – Ela disse feliz.

– Data Collection? – A Silva parecia confusa. – O que é isso?

– A missão que Yuuko deu para Mokona era coletar informações de todos dos universos possíveis, os mundos que vocês conhecem, mas não sabem que são reais. – Mokona explicou, se aconchegando no colo de Melissa.

– Como assim, Mokona-chan? O que quer dizer com “mundos que conhecemos, mas não são reais”? – Ela perguntou, olhando o pequeno ser “acoelhado” se aconchegar em seus braços.

– Mokona quer dizer que os mundos que vocês conhecem de livros e tudo mais são reais, só que vocês não acreditam que são reais! – Isso fez as duas que pareciam estar se movendo deram um pulo, Melissa ainda como Mokona em seus braços.

– Como? – Elas perguntaram ao mesmo tempo.

– Isso mesmo que você ouviu, Mel-tan. – Mokona falou, sorrindo, então se virou para Yasmin. – Fique feliz, baixinha, eu estou te dando um resposta de graça. – Yasmin jurava mentalmente que um dia ela estaria comendo churrasco de Mokona enquanto sentava em um tapete feito do pelo da mesma.

– Ta, ta, mas o que sua missão tem haver com o meu quarto? – A criatura branca a ignorou totalmente.

– Mokona-chan, o que a Moko-san quer saber é o que você veio fazer logo aqui. – A Silva falou docemente, sabendo que mais uma resposta de Mokona poderia acabar com a pequena em uma bandeja com uma maça na boca (por mais que ela estivesse com fome, ela não mataria algo tão fofo, mas Yasmin por outro lado...).

– Mokona quer que vocês ajudem com a Data Collect, afinal, Yuuko disse que Mokona precisa de um mestre para ajudar. – Mokona falou, sorrindo para Melissa que retribuiu o sorriso.

– Ok. – A morena falou. – Moko-san! Vamos ajudar a Mokona-chan! – Ela falou, chegando perto da garota com Mokona agora no topo de sua cabeça. Yasmin parecia mais do que perturbada.

– Espera, você quer que eu ajude esse bicho estranho (“Mokona não é bicho estranho, Mokona é Mokona!”), depois de ela ter invadido meu quarto, me insultado, e Me. Chamado. De. Baixinha (“Eu não sou baixa, só tenho ossos pequeno!”)? – Yasmin gritou, tentando entender a mente de sua amiga (por falta de melhor palavra). – E olha pra Liana! Ela está provavelmente traumatizada! – Ela acrescentou, olhando a amiga que estava praticamente em posição fetal e murmurando.

– Vamos lá, Moko-san, isso é apenas um sonho. – Melissa falou com uma cara de “duh”.

– Melissa/Mel-tan... – Pela primeira vez, Mokona e Yasmin pareciam concordar em algo. – Isso, bem, não é um sonho.

– Não seja boba, Moko-san. Por que mais Mokona Modoki de Tsubasa Chronicles estaria aqui? – Ela falou, rindo e subindo na cama. – Se isso fosse um sonho, eu não poderia fazer isso.

– Fazer o qu— Yasmin foi interrompida por um grito da Silva.

– Eu posso voar! – Melissa gritou, pulando em cima de Yasmin e Mokona, com Mokona saindo de baixo. A Armadad não teve tanta sorte.

Sinceramente, Mokona não tinha certeza se alguma delas ficaria bem tão cedo, já que Melissa atingiu Yasmin em cheio e a garota de cabelos pretos parecia meio tonta. Ela também não tinha certeza se a Mel-tan realmente acreditava que isso era um sonho ou tinha feito tudo isso para pular na baixinha (os sussurros de “Moko-san” eram uma boa pista). Então, ela resolveu falar com a única pessoa com quem ela ainda não tinha falado: Liana.

– Mokona quer saber se elas sempre são assim. – Mokona falou, sentando ao lado de Liana, quando ela viu que a menina não se mexeu, ela a cutucou. – Ei, você está bem... ?

– Meu... To... – Liana sussurrou baixinho, tanto que Mokona quase não ouviu.

– Mokona não entendeu. – Ela disse sozinha.

– Meu Toddynho... – Liana disse, se virando para a criatura branca. – Você tomou o meu Toddynho! – Com isso, ela pulou em Mokona.

Enquanto isso, Yasmin finalmente conseguiu jogar Melissa para um pouco longe.

– Melissa, nunca mais faça isso! – A Armadad gritou irritada, se levantando fracamente do chão. – Você pesa o tanto quanto um elefante.

– Foi mal, Moko-san. – A Silva respondeu, ajudando a amiga a levantar. – Pelo menos ninguém se machucou.

– Mokona discorda. – As duas se viraram e ficaram com gotas na cabeça pela cena.

Mokona estava pulando em cima de Liana, que estava quase inconsciente no chão. A menina parecia contrariada e fraca (o que ela era) e a criatura branca estava animada, pulando na barriga da garota, suas orelhas pululando com seus pulinhos.

– Liana também discorda. – Liana disse, fracamente.

– Ok, vamos começar. – Mokona falou, saindo de cima de Liana.

– Começar com o que? – A garota fraca falou, se levantando lentamente. (“Obrigado pela ajuda, meninas” “De nada, Liana-chan” “Melissa, ela estava sendo sarcástica” “Oh”).

– Começar com a cerimônia de eleição. – A criaturas “acoelhada” disse, indo para o meio do quarto. Logo, as três se reuniram ao redor dela.

– Eu não entendi. – Melissa falou, piscando os olhos.

– Mokona precisa de três pessoas para cumprir a missão: a líder, ela vai ser a mestra de Mokona após a missão e cuidará do báculo de viagens dimensionais. A combatente, ela será mestra de outra pessoa e cuidará do báculo de ataque, o que pode vir a ser necessário. A curandeira, ela vai cuidar da cura. – Mokona falou, sorrindo para as três. – Então, vamos começar. Quais seus nomes, inteiros, por favor.

– Yasmin Armadad. – A garota de longos cabelos negros e olhos da mesma cor falou.

– Ok, a baixinha se chama Yasmin Armadad. – Uma veia saltou na testa de Yasmin.

– Liana Lira. – A morena de cabelos encaracolados falou.

– Ok, a fraca se chama Liana Lira. – Liana ia protestar, mas parou.

–Eu nem posso discordar. – Ela disse, dando de ombros.

– Melissa Silva. – A garota de longos cabelos castanho claro e olhos da mesma cor falou.

– A única de que eu gostei se chama Melissa Silva. – Dessa vez, nenhuma das duas ficou com raiva.

– É um sentimento mutuo. – Elas murmuraram.

– Ok, então, se vocês conhecem Mokona, devem conhecer isso: “Chave que guardam o poder das trevas, mostrem seus verdadeiros poderes e os entreguem as valentes aprendizes: Melissa Silva, Yasmin Armadad e Liana Lira que aceitaram a missão Data Collect! Liberte-se!”. – Assim que Mokona acabou de falar, um grande vento tomou conta do quarto e três báculos apareceram na frente delas.

O primeiro era de uma cor âmbar, ele era bem simples em si e sua ponta era dourada, com um contorno prata em suas base. No seu topo, havia uma joia redonda de cor caramelo com duas asas brancas saindo dela. Ele foi em direção a Liana, que o pegou imediatamente.

O segundo era preta, com duas longas listras azuis escuros que subiam na vertical, sendo bem simples em si. Na base, perto da grande e redonda joia azul escura que havia no topo no báculo, tinha uma pequena joia da mesma cor que a maior que estava rodeada de um metal prateado. Ele foi em direção a Yasmin, que também o pegou imediatamente.

O terceiro era branco, sendo envolvido por duas faixas vermelhas que subiam pelo báculo como faixas em perna de bailarina. O topo era parecido com o báculo de Yasmin, só que era vermelho e tinha um laço amarrado em sua base. Ela foi para a Melissa, que o pegou hesitante.

– Agora, Mokona os nomeia Viajantes Dimensionais!


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