Capitulo 5 - A primeira Aula de Poções

Em uma das torres do sétimo andar, Lia já estava de pé, se arrumando para depois ir ao salão principal tomar seu café da manha. Ela vestia seu uniforme da Grifinória modificado por Sara: uma calça colada, a blusa com o primeiro botão aberto e a gravata um pouquinho frouxa, e com um all-star preto. Depois de pronta ela pegou sua mochila e desceu para o salão.

Já nas masmorras Sara ainda estava deitada. Com muita preguiça ela se levantou e caminhou para o banheiro tomou um banho demorado e depois se vestiu, com seu personalizado uniforme da Sonserina que era uma saia quatro dedos acima do joelho, a mesma bota cano médio preto e a gravata frouxa com os dois primeiros botões da camisa aberta. Quando ela olhou para seu relógio, não acreditou no horário, pois estava dez minutos atrasada, rapidamente ela pegou sua mochila e saio às presas para o salão principal.

O salão principal já se encontrava um pouco cheio quando Lia chegou, ela deu uma olhada para a mesa da Sonserina, já sabendo que sua irmã não estaria ali, lentamente ela caminhou para a sua mesa, um pouco tímida pelos olhares que recebia devido ao seu uniforme, sentou em um canto mais vazio da mesa para tomar seu café, a mesa dos professores estava cheia, Dumbledore e Minerva conversavam animadamente, já Snape estava com sua cara habitual de sempre.

Todos já estavam com seus horários em mãos, e indo em direção as suas salas, Lia mais uma vez olhou para mesa da Sonserina e não encontrou sua irmã, já estava ficando preocupada, mas logo essa preocupação passou quando Sara entrou correndo pelo salão. Ela se aproximou de onde Lia estava pegou uma maça e falou:

– Droga! Dormi de mais, não estou acostumada a acorda cedo assim!

– Aqui está nosso horário e é melhor você se apresar, pois a primeira aula é de poções. – disse Lia entregando o horário a Sara.

As meninas se dirigiram para a sala de poções que ficava nas masmorras.

– Sara você num tem medo daqui não? – indagou Lia observando cada detalhe das masmorras.

– Aff Lia! Se você não lembra, eu cheguei aqui ontem à noite e ainda não tive tempo para nada, e fala serio né, a medrosa de nós duas e você e não eu, filhinha do papai! – respondeu Sara com uma cara de deboche e mostrando a língua para ela.

– Chata!

As gêmeas adentraram a sala e se sentaram no fundo do ressinto, e enquanto o professor não chegava elas conversavam em sussurros.

– Dizem que as aulas dele são muito chatas, e que por qualquer motivo ele tira pontos ou da detenção, principalmente da Grifinória. – sussurrou Lia.

– Então acho melhor você se cuida, pois fiquei sabendo que ele protege a todo custo os da Sonserina.

– Eu estava lendo um livro de poções e gostei muito dessa matéria, espero aprender muito.

– Aff! Você é sua nerdice! Eu dei uma olhada do livro e só tinha coisa chata.

– Você abriu o livro sem o professor mandar. Nossa o mundo vai acabar! – comentou Lia com uma voz de surpresa e diversão.

Sara apenas vez uma careta mostrando a língua para ela, e nessa hora a porta da sala se fechou com força e um homem alto dos olhos e cabelos negros, vestido todo de preto, entrou na sala assustando a todos que no mesmo momento pararam até de respirar.

– Não admito brincadeiras bestas, uso de feitiços, conversar ou qualquer outra coisa. – disse Snape em um tom frio e letal.

As gêmeas continuavam a observá-lo, Sara achava-o bem interessante, Lia tinha um pouco de medo dele.

– O estudo de poções tem o objetivo de ensinar a criação de líquidos mágicos com a mistura de vários ingredientes, criando porções da mais simples até as mais perigosas podendo levar a morte.

– Você, diga-me para que serve Felix Felicis? – perguntou apontando para Sara.

Sara não fazia ideia do que fosse aquilo, porém tinha certeza que sua irmã saberia a resposta já que antes das aulas começarem já tinha lido todos os livros pelo menos duas vezes.

Lia tinha total certeza que sua irmã não sabia a resposta, logo murmurou:

– Porção da sorte, quem a bebe se torna a pessoa mais sortuda.

Porém Sara não consegui entender, e quando Lia ia repetir mais uma vez, o professor falou na tonalidade rígida:

– Vejo que você não sabe né, não me admira muito, todos vocês são um bando de cabeças ocas.

Sara não aguentou o insulto e o respondeu na mesma tonalidade:

– Acredito que nem todos aqui sejam cabeças ocas, pois minha irmã sabe a resposta.

Alguns alunos a olhava admirado, Lia simplesmente baixou a cabeça e ficou levemente corada, pois não estava acreditando que sua irmã a tivesse colocado no meio.

Severus a olhava com raiva e admiração por tê-lo respondido.

– Vejo senhorias Swants que vocês duas não tem medo, então me diga qual é a resposta!

Lia estava perplexa com a situação, Sara teve que lhe dar uma pequena cotovelada, para que ela pudesse responder com uma voz mais calma possível.

– Felix Felicis é uma porção da sorte, quem a bebe se torna a pessoa mais sortuda do mundo, entretanto é uma poção muito complexa e leva meses para preparar.

– Se é tão inteligente assim diga-me para que serve a poção wiggenweld? – perguntou novamente em um tom irônico.

Ainda com muita calma e delicadeza Lia o respondeu:

– Serve para restaurar as forças de uma pessoa que estava desmaiada, fraca ou doente.

Severus parecia está-la testando, pois novamente vez outra pergunta e mais outra e mais outra e todas Lia respondeu perfeitamente e com calma.

– É a porção Veritaserum?

Lia tinha uma grande paciência mais essa já tinha acabado e com um tom bem serio respondeu.

– Veritaserum é a porção da verdade. E professor, vamos para o questionário porque o senhor já sabe todas as respostas.

Todos a olharam surpresos por sua resposta até mesmo Sara que não esperava isso da irmã, depois de alguns segundos, Lia baixou a cabeça percebendo a burrada que tinha feio.

– Olha aqui garota eu exijo respeito, está ouvindo, menos dez pontos para Grifinória – disse Snape com um ódio mortal.

Sara não aguentou e levantou-se da cadeira e disse raivosamente.

– Ela respondeu a todas as perguntas que você fez, e em vez de ganhar o senhor tira pontos? Isso não é justo!

– Sara cala a boca! – sussurrou Lia.

– Não calo não! Não é justo, você respondeu todas as perguntas que ele fez, era para você ganhar e não perder pontos! – revidou Sara.

– Pois eu acho bom você calar se não quiser ganhar uma detenção no primeiro dia de aula.

Lia a puxou imediatamente de volta a cadeira evitando que houvesse uma briga entre Sara e Snape.

Severus virou-se para volta a sua mesa, por sorte ou por azar das meninas ele escutou um comentário feito por Sara em um murmuro.

– Velho chato do meu nojo!

– Sara! – repreendeu Lia, mas era tarde depois, pois Snape já havia escutado.

– Dez pontos a menos para cada uma e detenção comigo hoje. A aula está encerrada saiam todos, menos as senhoritas Swants. – disse em voz fria e rígida.

Todos rapidamente pegaram suas mochilas e esvaziaram o recinto, sobrando apenas às gêmeas Swants e o professor Snape.

– Quero vocês duas hoje às nove horas em minha sala e não tolero atrasos, agora sumam da minha frente.

Sara deu um olhar mortal para ele e saio furiosa da sala sendo seguida por sua irmã. Já nos corredores longe das masmorras Lia falou:

–Muito obrigada mesmo, no meu primeiro dia de aula já perdi vinte pontos para minha casa e ainda ganhei uma detenção.

– Deixa de reclamar porque eu também fiquei de detenção.

– Grande coisa você já tem costume, sempre ficava de castigo na antiga escola, já eu é a primeira vez na minha vida que recebo uma detenção.

– Não sei do que está reclamando, foi você quem disse que ele já sabia as respostas, não eu!

– Mas foi você quem o chamou de velho chato!

– Né verdade!

– Mesmo assim não justifica você ter me colocado no meio! – Exclamou Lia com um tom um pouquinho elevado.

– Vejo que já estão discutindo novamente. – disse uma voz atrás das meninas.

As gêmeas levaram um leve susto e se viraram, encontrando um olhar divertido de Dumbledore.

– Professor você não vai acreditar, essa chata me fez perder vinte pontos e ainda ganhar uma detenção no meu primeiro dia de aula! – exclamou Lia novamente dando um olhar mortal para Sara.

Dumbledore simplesmente sorria e se divertia com a discussão das irmãs. Após alguns segundos de encaração, Dumbledore as convidou para um chá ao final do dia.

Depois da discussão e do convite, Lia e Sara seguiram para suas próximas aula que para a sorte de Lia não seriam juntas com sua irmã. O dia passou rapidamente e logo elas se encontraram de novo no final da tarde em frente à gárgula da fênix.

– Bolinhas de limão! – disse Lia enquanto Sara mangava da senha.

A gárgula deu espaço para uma escada que levava ao escritório do diretor, as meninas subiram conversando.

– Serio, quem criou essa senha deve ser muito idiota mesmo, bolinhas de limão, fala serio! – Comentou Sara aos risos. Lia que não segurou também achou graça.

Ao chegaram à porta, Sara deu dois leves toques na porta e esperaram um entrem, para poder abria a porta. Ainda rindo elas entraram.

– Boa tarde minhas caras! Sejam bem vindas ao meu escritório, sentem-se. – pronunciou-se um alegre Dumbledore.

Elas se aproximaram e sentaram nas cadeiras do lado direito sem da à mínima atenção para a sala.

– Vejo que já fizeram as pazes novamente! Posso saber de que se tratam os risos? – perguntou o diretor também com um sorriso abertamente no rosto.

– Queria saber quem criou a senha da gárgula, é uma senha muito idiota! – respondeu Sara voltando a achar graças.

– Bem minha menina todas as senhas são criadas por mim, acho elas bem criativas. – disse Dumbledore com o mesmo sorriso no rosto.

Lia na mesma hora parou de rir, já Sara comentou.

– Pode até ser criativas, mas são bem idiotas!

–Sara! – censurou Lia dando uma cotovelada em seu braço.

– Ai Lia! – disse Sara massageando seu braço. – É o que eu acho hora!

– Eu acho que senhorita deveria ter mais respeito! – comentou uma voz sombria, ao lado esquerdo da sala.

As garotas que até certo momento não tinham percebido, agora avistavam a figura de um homem sentando na cadeira, com as pernas cruzadas e as mãos sobre os braços da cadeira que estavam a observa-las.

– Severus não diga isso, ela está apenas brincando! E não se esqueça de que você também disse a mesma coisa ontem. Está lembrado?! – mencionou o diretor com um olhar de repreensão para o professor de poções.

As meninas deram um leve sorriso, enquanto Snape apenas olhava furioso para Dumbledore.

– Então minhas filhas o que estão achando de Hogwarts?

– Tirando o fato de já está de detenção, é incrível! – mencionou Sara.

– Sara! – adverti-o Lia novamente dando outra cotovelada na irmã.

– Lia para com isso, já está perdendo a graça. – reclamou a garota voltando a massagear o braço.

Snape as encarava com uma cara muito feia e o diretor com um de seus sorrisos divertidos.

– Meninas vocês aceitam? - esticando um potinho com algum tipo de docinhos, ofereceu o diretor.

Cada uma pegou uma e as colocaram na boca, e na mesma hora fizeram uma careta muito engraçada, pelo visto o sabor dos docinhos não era tão bom.

– Desculpa diretor, mas esse docinho é um pouco ruim. – comentou Lia um pouco encabulada.

– Um pouco ruim?! Isso é muito ruim, é horrível, tem um gosto péssimo, é azedo e enjoativo. – disse Sara cuspindo o doce.

A cara que Lia e Sara ainda faziam com o gosto do doce era muito engraçada fazendo Dumbledore dá pequenas gargalhadas e até Snape um pequeno e leve sorrisinho.

– Não vejo nem um pingo de graça nisso diretor! – exclamou Sara fazendo todos rirem, com exceção de Snape é claro.

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O tempo passou muito rápido, logo já estava na hora do jantar, as gêmeas já se encontravam no grande salão. Lia estava ao lado de Hermione conversando sobre um livro que elas tinham lido quando Harry e Rony chegaram.

– Oi! – disseram os garotos sentando-se à mesa.

– Oi meninos! – disse Hermione com um enorme sorriso. – Meninos quero que conheçam minha nova amiga Lia Swants.

– Olá meninos! – cumprimentou a morena.

– Oi Lia! – disseram simpaticamente.

A conversa com os meninos estava ótima e o jantar também, até Lia olhar para a mesa dos professores e não ver Snape ali, a fez lembrar a detenção. Ela rapidamente despediu-se de seus amigos e correu até a mesa da Sonserina puxou Sara pelo braço e saíram correndo em direção as masmorras, que por sorte não era tão longe do salão principal.