Única Esperança escrita por Wynara Rebel


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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Rodrigo: o que?Como sabe disso? Deveria ter somente dois anos na época em que sua mãe morreu.

Lara pareceu surpresa.
Lara: como sabe disso?
Rodrigo- é melhor não me pergunta isso, não queira saber como eu sei, no momento e como eu sei que tem algo obscuro nessa história, é melhor você só me contar o que sabe.
Lara: e como sei que posso confiar em você.

Por essa Rodrigo não esperava.
Rodrigo- estou aqui para ajudar meu sobrinho que esta apaixonada por essa garota e não sabe o que fazer para que possam ficar juntos, não sabe o que é amar?
Lara: não, nunca me senti apaixonada por ninguém.
Rodrigo: nem imagina o que esta perdendo.
Lara: acho que posso confiar em você.
Rodrigo: ótimo – ele sorriu - então me conte como é que sabe que ele foi o responsável se, naquela época, era um bebê?
Lara: minha tia, Lúcia, me contou, Mark não a conhecia muito, mas ela se correspondia por cartas com a minha mãe, ela sabe de tudo o que aconteceu com ela, e quando fiz quinze anos, ela deixou que eu lesse todas as cartas.
Lara agora tinha lagrimas nos olhos, Rodrigo sentiu-se comovido.
Rodrigo: sem querer incomodar, já incomodando, será que eu poderia ver as cartas?
Lara: sim.
Ela entrou por um corredor, desaparecendo de vista. 

Mark: acredito que você vai conseguir.
Afirmou enquanto levava um garfo cheio de comida a boca, Valéria estava parada, em pé, perto da mesa, esperando eles terminaram, como sempre fazia quando estava a sós com Mark. Arthur a olhou, parecia confuso.
Arthur: você não come nãoValéria?
Dava pra ver de longe que Valéria se assustara com a pergunta, Mark também.
Dulce: eu já comi.
Arthur acenou com a cabeça.
Arthur: e foi você quem cozinhou.
Valéria: sim.
Valéria sorriu.
Arthur: você cozinha bem.
Ao ver Valéria constrangida, Mark percebeu o erro que cometera ao levar Arthur para jantar em sua casa, nem ele sabia por que, mas havia simpatizado com o garoto, viu que Valéria estava corada e percebeu que se continuasse assim, a simpatia por Arthur poderia diminuir, bastante.
Valéria: obrigada, é bondade sua. 

Lara voltou com uma caixa grande, vermelha, quando ela colocou a caixa no centro da mesa, ele viu que em cima, tinha uma etiqueta colada, e alguém, que tinha uma letra linda por sinal, escrevera “As melhores das piores recordações”, deduziu que Lara escrevera.
Lara: bom acho que pode demorar, vou fazer um café, prefere puro ou com leite?
Rodrigo percebeu que, pelo tom de voz, ela não estava oferecendo e sim mandando ele aceitar o café.
Rodrigo: com leite, por favor.
Lara assentiu e entrou por uma porta, que ele deduziu ser a cozinha, tirando os pensamentos de Lara, ele abriu a caixa e viu muitas cartas, envelopes levemente amassados, parecia que alguém tinha lido aquelas cartas varias e varias vezes, pegou o primeiro envelope que viu, abriu e tirou a carta, era de 22 de Janeiro de 1992, Lara já deveria ter nascido. Ele começou a ler.

Querida Lúcia,

Minha vida vai de mal a pior, Lara esta linda, crescendo, só lamento ela ter um pai como Mark, eu quero fugir daqui, sim, quero ir embora com a minha filha, ele esta cada vez mais violento, Lê ele está me assustando, está indignado por causa do rapaz que veio trazer as compras do mercado, ele me bateu tanto, outro dia ele quase bateu na Lara, a vida aqui esta ficando impossível, eu te amo Lúcia.

Mil Beijos.

Com amor, de Mariana.
A carta era muito curta, e Rodrigo estranhou, pegou outra e começou a ler.

O jantar tinha acabado, Mark e Arthur foram para a sala, falar mais de trabalho, enquanto Valéria limpava as coisas, imaginando como um moço tão gentil tinha virado amigo de Mark. Mark olhou para Arthru que olhava uns documentos.
Arthur: esta muito bom.
Mark assentiu, de repente, foi tomado por uma idéia, iria afasta aquele cara que andava cercando Valéria na escola, com o Arthur, nenhum dos dois saberiam e o Arthur nem era louco de se aproximar da Valéria, ele perdia o emprego, tinha tudo em suas mãos.

Arthur: acho que já vou, esta tarde.
Mark: claro – ele virou-se em direção a cozinha - VALÉRIA!

Ela veio quase correndo, Arthur notou, por que será que toda vez que ela encarava Mark tinha esse brilho de medo nos olhos?

Valéria: sim?
Mark: se despeça do Arthur, ele já esta indo embora.

Valéria virou-se para Arthur, e sorriu.
Valéria: foi um prazer conhecê-lo Arthur.
Arthur: digo o mesmo.

Ele sorriu e depois Mark o levou para porta.

Lara voltou com uma bandeja com duas xícaras de café quente, colocou e enquanto servia, Rodrigo continuava lendo as cartas, intrigado, cada carta revelava um sentimento de dor, sofrimento, estava se sentindo cada vez pior...

Lara: aqui seu café.
Rodrigo despertou de seus pensamentos, e pegou a xícara de café.
Rodrigo: Obrigada.

Ele sorriu, então um toque fônico invadiu a sala.
Rodrigo: Desculpa.
Ele disse pegando o celular, colocou a xícara no centro da mesa para atender.
Rodrigo: Alô?
Paulo: OI TIO
Rodrigo: fala Paulo, o que foi? Seu pai decidiu me matar por ser uma má influencia?
Paulo riu na linha, Rodrigo sabia que o irmão detestava seu trabalho.
Paulo: ainda não, eu liguei pra saber as coisas...conseguiu encontrar a menina?
Rodrigo: sim, estou na casa dela neste momento – ele olhou para Lara - parece triste o que foi?
Paulo: percebi que a Valéria nunca mais entrou na Rosa.
Rodrigo: ela deve pensar que não tem mais necessidade, já que você já sabe que ela é ela.
Paulo: mas eu fico nervoso, sem falar com ela.
Rodrigo: amanhã você fala com ela garoto e mata as saudades.
Paulo: acho que você tem razão, obrigado tio, amo você.

Rodrigo sorriu, um pouco emocionado.

Rodrigo: eu também te amo Paulo, só não deixa seu pai ouvir você falando isso, ele pode ficar com ciúmes.

Ambos riram e desligaram.

Lara: desculpa me intrometer, mas quem era?
Rodrigo: meu sobrinho.
Lara: ahh sim, parece que você gosta muito dele.
Rodrigo: eu o amo, por isso estou aqui, para ajudá-lo 

No outro dia, Paulo chegou cedo a escola, tinha falado com Rodrigo ontem, e ele lhe contara como tudo ocorrera na casa de Lara Sunsex, e que estava com algumas cartas para ler sobre a primeira mulher de Mark. Valéria estava sentada, lendo um livro, ele se aproximou, tirou-lhe o livro da mão e lhe beijou, sem dar chance dela dizer sim ou não, mas foi correspondido a altura.
Valéria: Você me assustou – ela disse depois do beijo – Paulo sorriu.
Paulo: e como você sabia que era eu?
Valéria: por que eu te reconheci, mas eu não quero mais que você...

Ele não a deixou terminar, beijando-a novamente, e por mais que ela quisesse resistir, não conseguiu e correspondeu o beijo. A aula passou quase tranqüila para Paulo e Lua, o problema era que Valéria sempre que podia fugia de Paulo que por sua vez, ia sempre atrás dela, até que na hora da saída, ele a prendeu na sala.

Paulo: o que foi que eu fiz?
Valéria: nada. – tentando sair
Paulo: então por que esta fugindo de mim?
Valéria: eu não estou fugindo.
Paulo: esta sim.
Ele foi andando na direção dela, a cada passo que ele dava, ela dava um pra trás, até que encostaram na parede da sala que estava completamente vazia, nenhum dos dois perceberam quando Arthur chegou e ficou olhando, escondido, através da porta.

Paulo: eu sei que você gosta de mim, então por que foge?
Valéria: por que não daria certo.
Paulo: como você sabe se não tenta...
Valéria: eu tenho certeza, Paulo, me escuta por favor, o melhor pra você é que você me esqueça;
Paulo: impossível. Valéria corou, e Paulo adorou, fazia certo tempo que não a via corar.

Paulo: adoro ver você corada.

Ela sorriu, sem graça, Arthur ouvia tudo atento.

Valéria: você deveria desistir de...

Ele a interrompeu. (Não morram srsrrs)

Paulo: eu te amo.

A declaração veio tão de repente que Valéria abriu a boca automaticamente, devido a surpresa, e Paulo aproveitando a deixa, beijou-a, como se quisesse demonstrar todo o seu amor.

Valéria: eu...

As falas de Valéria faltaram quando ela viu Arthur entrar na sala. 

Rodrigo pegou a caixa de cartas, já havia lido metade, era o suficiente para provar do que Mark era capaz, e foi direto para a casa de Lara, mas antes passou em um lugar.
Philipe: o que?
Rodrigo: isso o que você ouviu, quer provas?
Philipe: não, acredito em você.
Rodrigo: vou falar com Lara, se ela apoiar e quiser da depoimento será muito mais fácil, mas você deve seguir o Mark e tentar alguma prova de que ele maltrate a Valéria tanto quanto maltratava a Mariana.
Philipe: ok, boa sorte.
Rodrigo: obrigado.

Rodrigo saiu dali direto para a casa de Lara.

Arthur: Valéria, Mark pediu que viesse te buscar hoje.

Valéria estava nervosa, saiu do braços de Paulo, e correu até a frente de Arthur horrorizada.

Valéria: por favor, não conte para o Mark o que você viu, pelo amor de Deus, não conte, não conte para ele, por favor, pela minha vida não conte.

Paulo olhava a cena, abismado. Arthur viu os olhos de Valéria se encherem de lagrimas, ela estava tão desesperada, parecia que tinha sido pega fazendo algo horrível, como roubar , mas não estava só com um garoto, que ele julgava ser um namorado, ou quase isso. Ela continuava pedindo, Paulo se aproximou, Valéria começou a chorar, Arthur a segurou pelos braços, Paulo não gostou, não sabia quem ele era, mas não gostou de vê-lo tocando Valéria.

Arthur: calma Valéria, o que tem demais? Você esta com esse garoto, que pelo o que eu ouvi, te ama, o que tem de tão errado?
Valéria: você nunca entenderia, mas por favor não conte para Mark, por favor.

Arthur assentiu.

Arthur: não contarei nada, prometo, mas depois vai me explicar melhor esse história.

Ela sentiu e virou-se para Paulo, fez as devidas apresentações e depois foi embora com Arthur.

Lara: o que?
Rodrigo: isso o que você ouviu.
 

Lara tinha os olhos arregalados, estava surpresa, Rodrigo contara tudo a ela, sua profissão, o plano que tinha em mente, tudo.

Rodrigo: vai me ajudar?
Lara nem pensou.
Lara: Claro. - Ele sorriu.
Rodrigo: serio?
Lara: Claro, quero ver aquele crápula preso.
Rodrigo:ótimo, então eu vou encontrar com meu outro amigo agora ta? Qualquer coisa eu te ligo.

Ele se virou para sair, e logo depois voltou.

Rodrigo: Poderia me dar seu numero de telefone? Se não fica complicado ligar. - Ela riu.

No caminho para casa, no carro de Arthur, Valéria contou tudo, tudo o que tinha acontecido desde antes de sua mãe morrer e depois, não sabia por que, mas sabia que dependia disso, se não ele poderia voltar atrás, pensou nervosa, e contar para Mark o que vira, ela estaria morta e pior Paulo também, e ela o amava, admitiu para sim mesma.

Arthur: você tem que denunciá-lo.

Ele estava falando isto desde que Valéria terminara a história, já estavam na frente da casa dela.

Valéria: não posso, ninguém acreditaria em mim.

Philipe estava escondido nas moitas perto da casa.

Arthur: mas... - Ela o interrompeu.
Valéria: prometo que vou pensar esta bem?
Arthur: ok.

Se despediram e ela entrou em casa, dando de cara com Mark.

Mark: o que tanto você conversava com o Arthur no carro? 

Philipe viu Paulo chegar de bicicleta. Ele tinha ido lá, intuição, sabia que poderia acontecer algo.
 

Dentro de casa, Mark já gritava com Valéria a acusando de coisa que ela já não entendia, estava farta, então ele tentou beijá-la, ela se esquivou.

Valéria: NÃO.
Mark: EU TE DOU TUDO E A ÚNICA COISA QUE TE PESSO EM TROCA VOCÊ NÃO QUER ME DA.

Philipe chamou Paulo, que abandonou a bicicleta e se juntou a Philipe, ouvindo os gritos,cada vez mais altos.

Valéria: E NUNCA DAREI, NUNCA, TENHO NOJO DE VOCÊ!!!!!!!
Mark: SUA INGRATA, VOCÊ É TÃO FILHA DA PUTA QUANTO SUA MÃE, VOCÊ TINHA QUE ME AMAR.
Valéria: MAS EU TE ODEIO.

Mark partiu para cima de Valéria, deu um soco forte, os joelhos dela cederam e ela caiu no chão, bateu a cabeça. Paulo ouviu e levantou imediatamente, Philipe tentou impedir, mas não conseguiu, nesse momento, o carro de Rodrigo entrou pela rua, Philipe tinha ligado para ele, avisando sobre a presença de Paulo lá, ele tinha ido disposto a levar ele embora. Paulo não sabia de onde tinha tirado forças, mas conseguiu arrombar a porta, e viu Valéria no chão, Mark virou-se para ele.

Mark: o que esta fazendo aqui? 


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Notas finais do capítulo

Gostaram?odiaram?
falta pouco pro Mark pagar meus leitores lindos