Rodrigo olhou para o homem a sua frente, alto, loiro e com olhos tão azuis quanto o mar.
Rodrigo: preciso que descubra tudo sobre Mark Sunsex.
Philipe sorriu, com um ar vitorioso.
Philipe: um detetive recorrendo a outro, senhor Guerra?
Rodrigo: acontece que esse caso é mais importante, preciso resolvê-lo depressa, por isso quero uma fonte mais segura.
Philipe: e eu sou a fonte mais segura?
Rodrigo: você sabe que é.
Philipe sorriu, e Rodrigo sabia que tinha acertado no ponto fraco dele, o ego.
Philipe: te entrego tudo hoje a noite.
Rodrigo: obrigada.

Valéria fechou o livro e o guardou rápido na mochila, queria sair rápido par não dar tempo de Paulo vim falar com ela, logo que bateu o sinal, pegou todo os seu material e saiu quase correndo, Paulo, percebendo a pressa dela, imaginou o que teria acontecido. Dulce atravessou o pátio da escola praticamente correndo, o seu corpo ainda doía, mas não podia encontrar Paulo, sentou-se no carro evitando olhar para Mark, que a avaliava, vendo como ofegava, tentou imaginar o que ela andara fazendo. Rodrigo pegou o grande envelope de cor alaranjada, onde tinha escrito em letras grande e de forma: “PARA O SERNHOR GUERRA”, abriu o envelope e encontrou uma pasta e um bilhete de Philipe, explicando o motivo de não entregar o envelope pessoalmente. Depois de ler o bilhete, Rodrigo pegou a pasta onde tinha um adesivo escrito “Mark Sunsex”, abriu e começou a ler. Mark nascera em 1963, tinha 48 anos, já fora casado duas vezes, com Maria Das Doures Ferreira e antes com uma mulher, que se chamava Mariana Neil Sunsex, que era sua prima, que morrera em 1992, com 22 anos, tinha nascido em 1970 e se casara com Mark em 1990, ele tiveram uma filha, Rodrigo leu surpreso, Lara Sunsex, nascera em 1990, hoje estava com 18 anos, era ela quem deveria encontrar, ela morava em uma cidadezinha perto da  cidade onde moravam, na rua Edgar numero 32. Valéria entrou em casa e se dirigiu rapidamente ao banheiro, enquanto tomava banho, pensou na mãe e em épocas mais felizes. Mark tinha ido trabalhar e durante todo o caminho pensou em Valéria, e em como havia se enlouquecido pela mãe dela na primeira vez que a vira, mas a beleza de Maria Das Doures nem se comparava com a de Valéria, que ele começou a perceber quando a menina fez 11 anos de idade, então se apaixonara por Valéria, sempre fora rejeitado por ela.

Paulo estava tentando, em vão, concentrar-se no trabalho de geografia, quando ouviu o celular tocando quase caiu da cadeira.
Paulo: Alô?
Rodrigo: Oi Paulo.
Paulo: Tio, e ai descobriu algo?
Rodrigo: sim, esse tal de Mark já foi casado antes, com uma prima.
Paulo: e ela?
Rodrigo: morreu depois de 2 anos de casados, eles tiveram uma filha.
Paulo: foi?
Rodrigo- foi.
Paulo: e a menina esta viva?
Rodrigo: sim, com 18 anos hoje.
Paulo: você vai procurá-la?
Rodrigo: sim, quer vim comigo?
Paulo: até que eu queria, mas não dá, tenho um trabalho de geografia para fazer.
Rodrigo: ok, manda um beijo pro seu pai – disse em tom de gozação - tchau.
Paulo riu antes de desligar, seu tio era ótimo. Valéria arrumou toda a casa, fez a comida e acabou uma hora antes do previsto, subiu as escadas correndo, entrou no quarto, e pegou um livro que tinha achado perdido pela casa, leu o título, “Fortaleza Digital” de Dan Brown, e sorriu, deitou-se na cama, viajando na história do livro.

Rodrigo parou diante de uma bonita casa azul, com um muro branco e um belo jardim, passou pelo portão, que estava aberto, entrou e bateu na porta, uma linda menina de olhos castanhos, cabelos loiros escuros, longos na altura da cintura, altura mediana, ela sorriu.
Lara: olá.
Rodrigo: olá.
Ele sorriu também, tentando parecer simpático, mas a verdade é que estava nervoso, mesmo sem entender por que.
Lara: gostaria de falar com quem?
Rodrigo: com Lara Sunsex, ela mora aqui?

Ela sorriu.
Lara: sim ela mora, ela sou eu, quer entrar senhor...
Rodrigo: Rodrigo Guerra.
Lara: senhor Guerra.
Ela abriu a porta dando espaço para que ele passa-se, ele entrou, analisando a casa.
Lara: senti-se senhor Guerra.
Rodrigo sentou.
Rodrigo: me chame só de Rodrigo, Senhor Guerra faz com que eu me sinta mais velho do que realmente sou.
Lara: ok, e então o que o sen..digo você deseja?
Rodrigo: quero saber sobre o senhor Mark Sunsex.
Ela empalideceu e falou com um fio de voz.
Lara: por que quer saber dele?O que você é dele?
Rodrigo: dele eu não sou nada, mas meu sobrinho acha que ele maltrata uma jovem que é enteada dele.
Lara: eu não duvidaria que ele fosse capaz disso.
Rodrigo: o que disse?
Lara: esse senhor, Rodrigo – ela tomou fôlego - Esse senhor foi o responsável pela morte da minha mãe. 

Valéria fechou o livro, marcando a pagina que parara de ler, olhou para o relógio e faltavam cinco minutos para as seis horas da tarde, Mark já deveria esta chegando, desceu as escadas, arrumou a mesa, ouviu o som da porta se abrindo e batendo logo em seguida, os passos vindo em direção a cozinha, fechou os olhos e viu dois homens entrarem na cozinha, um era Mark e o outro Valéria não conhecia.
Mark: Valéria este é meu colega, Arthur, ele vai jantar aqui hoje.
Valéria: sim.
Arthur observou que ela corara de leve. Valéria aproveitou o momento em que eles estavam sentando para olhar melhor para Arthur, ele era muito mais jovem que Mark, deveria esta começando agora na empresa, aparentava ter vinte e poucos anos, cabelos pretos, bagunçados, o que lhe davam um certo charme, olhos castanhos claros, magro e alto, Valéria se perguntou por que Mark o levara para jantar lá.
Mark: a Valéria deve esta estranhando – disse de repente - o moço tão jovem trabalhando comigo.

Arthur sorriu, claramente constrangido.
Mark: Ele esta fazendo um estagio Valéria, vai ser um grande administrador de empresas.
Valéria sorriu, Arthur gostou do sorriso.
Valéria: não duvido, para começar em uma empresa tão importante, tem que ser bom no que faz.

Ela falou constrangida e com medo de Mark, Arthur percebeu essa hesitação, mas não comentou.

Mark: sim, ele é um dos melhores da universidade que ele esta fazendo.
Valéria: parabéns.

Disse para Arthur.

Arthur: obrigado.

Valéria começou a servi o jantar, ouvindo a conversa que eles tinham.