Lara: uau! - Foi a única coisa que ela conseguiu falar depois do beijo, ficaram assim durante cinco minutos.
Rodrigo: desculpa.
Lara: você quer que eu te desculpe por ter me beijado?
Rodrigo: sim.
Lara: é tão ruim assim me beijar?
Rodrigo: não, foi ótimo. - Ela sorriu e ele se arrependeu de ter falado isso.
Rodrigo: eu tenho 37 anos e você tem 18.
Lara: e daí?
Rodrigo: e daí? Lara são 19 anos de diferença, você poderia ser minha filha.
Lara: disse bem, PODERIA, mas eu não sou.
Rodrigo: não faz diferença.
Lara: faz toda a diferença.

Ela se aproximou novamente, mas Fernando entrou no local.

Rodrigo: oi mano.

Lara corou e se afastou de Rodrigo.

Fernando: o medico vai dar novas noticias da Valéria.

Os três foram novamente para a sala de espera, viram Paulo com um saco de gelo nos lábios, e Mark com um saco de gelo no olho.

Rodrigo: o que aconteceu aqui? Um furacão?
Alexandra: não uma briga, depois te conto.
Medico: bom – todos olharam para ele - a cirurgia correu muito bem.
Lara: Graças a Deus.
Medico: a senhorita Ferreira esta muito bem e será transferida para um quarto ainda hoje.
Paulo: isso é muito bom.
Medico: é sim, e ela poderá receber visitas.

Todos sorriram, até Mark demonstrou felicidade. As horas passaram bem rápido, Valéria fora transferida para um quarto, mas estava descansando por isso, eles esperaram para entrar para vê-la, Mark foi trabalhar, para alivio de todos. Estavam conversando quando um homem entrou na recepção perguntando por Valéria Ferreira.

Rodrigo: e quem é você?
XXX: Sou delegado da polícia oficial, meu nome é Marcos Caleith.

Todos analisaram o homem, não era velho, deveria ter no maximo 26 anos, alto, moreno, olhos cinzentos.

Rodrigo: não tem idade de um delegado.
Marcos: virei delegado a pouco tempo, meu pai era o delegado e eu virei logo depois dele.
Lara: desde quando um cargo na delegacia é hereditário?
Marcos: não é, senhorita, foi apenas uma coincidência, virei delegado cedo por que não fiz faculdade e entrei para policia com 18 anos.
Jéssica: entendemos.
Mario: mas o que você que aqui?
Marcos: recebemos as informações que a senhorita Ferreira já estava fora de risco, correto?
Rodrigo: correto.
Marcos: então vim para pegar o depoimento dela.
Sol: mas ela acabou de sair de uma situação difícil.
Luh:sim, não tem como você voltar amanha?
Marcos- não.
Lara: mas a menina esta descansando.
Marcos- eu espero.
Lara: mas nem a gente viu ela ainda! 
Marcos: eu espero.

Lara fechou a cara, furiosa. 

Rodrigo: ok, mas entraremos primeiro, já que somos amigos e estamos loucos para vê-la.
Marcos: entendo.
Lara: pelo menos você entende alguma coisa.
Rodrigo olhou para Lara, que sentou-se em um cadeira.
Paulo:será que ela já acordou?
Luana sorriu para Sol , que sorriu para Mario, que sorriu para Jéssica.
Sol,Luh,Jéssica e Mario:não sei.
Rodrigo: por que você não vai ver?
Paulo: e eu posso?
Rodrigo: ela já esta fora de risco, então você pode ir sim.

Paulo nem pensou duas vezes, e saiu quase correndo pelos corredores do hospital.

Ele abriu a porta um pouco receoso, quando entrou, viu ela, deitada na cama, estava pálida, mas mesmo assim conseguiu a achar linda, correu os olhos pelo quarto, e se aproximou da cama, sendo pego de surpresa pela voz fraca, suave.

Valéria: Paulo?

Ele sorriu quando ela virou o rosto para vê-lo.

Paulo: Valéria, meu amor, você esta bem? - Ele se aproximou da cama, olhando-a nos olhos, ela sorriu.
Valéria: sim.
Paulo: tem certeza? Não sente nenhuma dor?
Valéria: não, eles me deram remédio por causa da dor.
Paulo: você não deveria esta dormindo?
Valéria: eu prefiro falar com você. - Aquelas palavras aqueceram o coração dele, ele tomou impulso, dando um beijo suave nos lábios dela.
Valéria: e o Mark,Paulo? Cadê ele? Ele esta furioso não é?

Paulo: não pensa no Mark agora.
Valéria: eu tenho que pensar, afinal, depois que eu sair daqui, vou voltar a morar com ele... - Paulo a interrompeu.
Paulo: não você não vai.
Valéria: não?

Ele se aproximou da cama, tomando o rosto dela entre suas mãos, ela se sentou com um pouco de dificuldade.

Paulo: não, daremos um jeito para que você não fique mais com ele, você vai ver, vai da tudo certo.

Valéria ia protestar, mas sentiu os lábios de Paulo cobrirem os seus, com um suspiro feliz, ela aceitou o beijo que foi interrompido quando a porta do quarto se abriu.

Rodrigo: desculpa, não queria interromper – ele sorriu malicioso - mas você disse que ia vim ver se ela estava acordada e sumiu.  Paulo sorriu.

Paulo: estava falando um pouco com ela... Rodrigo esta é a Valéria.

Rodrigo se aproximou na cama, olhando-a amavelmente.

Rodrigo: olá Valéria, prazer.
Paulo: Valéria este é meu tio Rodrigo, ele é detetive e vai nos ajudar a fazer você não voltar para a casa do Mark.
Valéria: serio? - Ela olhou diretamente nos olhos dele.
Rodrigo: claro.

Valéria sorriu, achou ele incrivelmente gentil, simpatizou com ele.

Valéria: é um prazer conhecê-lo.
Rodrigo: que bom, vou chamar os outros, eles estão curiosos para ver você. - Rodrigo saiu da sala.
Valéria: outros?
Paulo: claro, tem muita gente aqui para vê-la.

Os olhos de Valéria brilharam, cada um foi entrando de cada vez, ela conversou com todos, riu com todos, Lara e Valéria se deram incrivelmente bem, se abraçaram e conversaram muito, Valéria agradeceu a Jéssica a ajuda, bem como com Sol, Mario e Luana, Valéria e Alexandra se animaram conversando e Fernando se encantou com ela , Mark não apareceu, para alivio de Valéria, depois de todo as visitas, Rodrigo voltou ao quarto dela, estavam sozinhos, Valéria e ele tinham ficado amigos, ele já havia ido lá muitas vezes.  

Rodrigo: agora Valéria vai vim aqui um detetive da policia, para pegar o seu depoimento.

Valéria: mas hoje? - Ele percebeu que ela estava nervosa, colocou as mãos no ombro dela, para reconfortá-la.

Rodrigo: calma, você tem que falar a verdade.
Valéria: eu não vou mentir.
Rodrigo: então não tem motivo para ficar nervosa.
Valéria: mas eu fico, e se ele me pressionar?
Rodrigo: calma Valéria, ele não pode fazer isso.
Valéria: serio? - Rodrigo sorriu.
Rodrigo: serio, agora fica calma esta bem? - Valéria assentiu.

Rodrigo saiu e chamou o delegado, os dois entraram, junto com o escrivão, Valéria e Marcos foram apresentados, quando Rodrigo ia sair, Valéria segurou o pulso dele.

Valéria: você não pode ficar aqui não?
Rodrigo: posso?
Marcos: por que você quer ele aqui?
Valéria: me sinto mais segura.
Marcos: ok, mas você não pode interferir no depoimento dela certo?
Rodrigo: certo.
Marcos: senhoria Ferreira o que aconteceu exatamente no dia em que a senhorita levou o tiro?

Valéria tomou ar antes de começar.

Valéria: o Mark estava furioso comigo, ele estava me batendo... O delegado a interrompeu.
Marcos: te batendo?
Valéria: sim.
Marcos: ele te batia sempre? - Valéria abaixou os olhos.
Lua: sim.

Marcos mandou o escrivão escrever alguma coisa e se virou novamente para Valéria.

 Marcos: continue.
Valéria: então ele gritava, e me batia, ai o Paulo entrou. Marcos a interrompeu de novo.
Marcos: com ele entrou?
Valéria: as vezes o Mark esquecia a porta aberta, mas se não foi isso eu não sei.
Marcos:certo, continue.
Valéria: então o Paulo entrou e começou a brigar com o Mark, os dois discutiram, até que o Mark pegou a arma, e apontou pro Paulo, eu estava tentando levantar mais meu corpo doía muito, devido a surra que Mark havia me dado, Paulo tentou tirar a arma da mão de Mark.

Ela parou um pouco e respirou fundo, Rodrigo compreendeu que estava chegando no momento mais difícil.

Valéria: então eu conseguir levantar, fui até eles, tentei afastá-los, então sentir o tiro, e não me lembro mais de nada.
Marcos: mas quem atirou?
Valéria: estava muito confuso, eu não vi quem foi.

Rodrigo levou a mão a testa, a expressão de Marcos ficou preocupada, Valéria percebeu que não tinha ajudado muito. Valéria terminou de da o depoimento.

Paulo: como será que ela esta?
Mario: você não quer saber o que ela disse?
Paulo: não me interessa, mas será que toda essa pressão em cima dela pode prejudicá-la? - Lara sorriu.
Lara: é incrível o poder de seu amor por ela.
Paulo: a amo muito.
Mark: pena que não era correspondido, Valéria ama a mim, somente a mim.

Ele tinha acabado de voltar, e se sentando em uma das cadeiras da sala de espera.

Paulo: ela te ama tanto que não quer te ver nem pintado de ouro.

Mark fitou Paulo com uma expressão assassina. Rodrigo, Marcos e o escrivão chegaram na sala de visitas.

Paulo: eu posso ir vê-la?
Marcos: não quer saber o que ela disse de você?
Paulo: não.
Marcos: então pode ir.

Paulo foi pelos corredores em direção ao quarto de Valéria.

Lara: e então?
Marcos: Ela não viu muita coisa.
Rodrigo: em outras palavras, o depoimento da Valéria ajudou, mas ainda não deu a resposta do caso.
Lara: o que ela disse?
Rodrigo: disse o que viu, e que o senhor Sunsex sempre bateu nela e outras coisas que eu prefiro não comentar agora. - Ele olhou para Mark.
Rodrigo: não sei como você ainda consegue se olhar no espelho.
Marcos: temos que ir. - Ele saiu com o escrivão, deixando todos ansiosos.

Paulo: não precisa me falar.
Valéria: você não quer saber como foi meu depoimento?
Paulo: não, eu confio em você e sei que só falou a verdade. - Valéria sorriu, enquanto ele lhe dava um beijo suave nos lábios.
Paulo: eu te amo, tanto. - Valéria sentiu que devia responder, mas a porta se abriu, interrompendo eles.
Mark: quero falar com a Valéria.

Paulo: pois então fale.
Mark: saia da que moleque.
Paulo: não saio.

Valéria prendeu a respiração e apertou a mão de Paulo, que percebeu que ela estava nervosa.

Mark: eu vou ter que tira-lo a força?

Valéria começou a sentir falta de ar, sabia que o Mark não teria medo algum de tira-lo a força, não queria Paulo machucado e uma briga com Mark também poderia prejudicá-lo com a policia, tinha que fazer a coisa certa.

Valéria: Paulo saia por favor. - Paulo olhou para Valéria.
Paulo: mas...
Valéria: é melhor assim.
Mark: escute ela.
Valéria: por favor, é melhor assim, confie em mim.
Paulo: eu confio em você não confio nele.
Valéria: Paulo, por favor.
Mark: por que você não obedece logo ela e nos poupa tempo?
Paulo: esta bem.

Valéria percebeu que ele estava contrariado, ele acariciou os cabelos castanhos dela, deu-lhe um beijo na testa e um suave nos lábios, e saiu do quarto, Mark encarou Valéria. Paulo chegou na sala de espera revoltado.

Rodrigo: o que foi?
Paulo: o idiota do Mark esta falando com a Valéria.
Lara: sozinhos? Ela levantou preocupada.
Jéssica: gente calma.
Mario: concordo, ele não teria coragem de fazer nada aqui.
Luana: e também ele esta na mira da policia.
Paulo: e eu também né?
Rodrigo: mas você é inocente.
Paulo: eu sei, vocês sabem, só resta a policia saber também.

Mark: vamos direto ao assunto sim? O que você disse pra policia meu amor? - Valéria engoliu seco e olhou para o chão.
Valéria: a verdade.
Mark: que verdade Valéria?
Valéria: só existe uma verdade.
Mark: não, por que o que você falasse seria verdade, e você poderia muito bem criar a sua verdade e foi isso que você fez não? -Ele se aproximou da cama, com um olhar ameaçador.
Valéria: você vai ver na delegacia, no dia do julgamento, quando ele falaram do meu depoimento.

Mark olhou bem para ela e viu que ela tinha falado a verdade do depoimento, estava escrito na testa dela.

Mark: você defendeu aquele seu namoradinho idiota não foi? - Valéria tremeu e levantou o olhar para ele.
Mark: SUA IDIOTA!!!! - Ele pegou o rosto dela entre as mãos, sem deixar ela se mexer.
Mark: eles vão separar a gente, e eu te amo, você me ama, quando você vai enfiar na sua cabeça que eu sou o homem da sua vida.

As mão dele a apertavam com força, machucando-a, ele a beijou, ela começou a de debater, enquanto sentia os lábios dele contra os seus, tentou empurrá-lo mas ele era muito mais forte do que ela, as lagrimas começaram a sair do olhos de Valéria, enquanto Mark desfrutava o beijo, eles não ouviram o ruído da porta, Mark só foi surpreendido por uma voz.

XXX: Larga ela!!!