Marcas Do Passado escrita por Isabelle Soares


Capítulo 4
Capítulo 4 – Escolhas.


Notas iniciais do capítulo

Meus Agradecimentos a Brendinha Santos que fez uma linda recomendação para essa história! que eu amei muito! Este capítulo é em sua homenagem Brendinha!

Agradeço, também, a todos que estão acompanhando esta Finc!

O capítulo de hoje está repleto de surpresas e prometo que todos vão amar!

Boa Leitura!



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POV Isabella

- Bem, nós estamos planejando adaptar para o cinema uma obra muito conhecida que se chama Forgiveness. – falou um deles.

- Eu conheço a obra. Ela é magnifica! Sou fã de Leah Clearwater.

- Que bom. Por que queríamos propor que você atue no nosso filme. No papel principal.

Aquelas palavras me deixaram surpresa. É claro que eu estou interessada no papel, mas isso significa que terei que ficar aqui por mais algum tempo.  Isso seria péssimo. Porém, eu amo esse personagem. Ficaria lisonjeada em interpretá-lo.

- Eu?

- Sim. Nós confiamos no seu trabalho, Isabella. Sabemos o quanto é talentosa.

Ruth olhou para mim e depois respondeu por mim.

- Desculpe-me. Eu sei que a proposta de vocês é ótima, mas a Isabella não está preparada ainda para fazer filmes em Los Angeles. Ela tem uma vida em Londres e simplesmente ela não pode abandoná-la.

- Eu aceito. – falei.

Eles deram um sorriso e Ruth ficou espantada. Ela não imaginará que eu tomaria aquela decisão. Nem eu.

- O que disse? – ela perguntou.

- Eu aceito. Mas tudo depende do tempo das filmagens. Como a minha agente falou, eu não posso me ausentar por muito tempo.

- Isabella, querida, você nem sabe o bem que está nos fazendo. O filme é pequeno. As filmagens duraram no máximo quatro meses. E claro, nós a pagaremos bem.

- Para mim o dinheiro pouco importa. Eu estou aceitando esse trabalho por conta do personagem que é perfeito.

- Ok, Isabella, iremos marcar uma reunião com você para falarmos mais sobre o assunto.

- quando? Por favor, que seja breve.

- Semana que vem. Pode ser?

- Claro. Entre em contato com a Ruth para informa-la o dia.

- Sim, entraremos em contato.

Apertei a mão deles e logo depois se foram. Ruth, com uma cara bem séria, sentou em minha frente. Lá vem bomba.

- O que foi tudo isso?

- Qual é Ruth. Você é que sempre falou que eu precisava pensar em minha carreira. E eu estou pensando. Tudo isso é culpa sua.

- Eu não estou falando da sua carreira. Estou falando de Sophie e toda aquela conversa de “eu estou com medo de voltar para Los Angeles”.

- Isso não tem nada a ver.

- Não tem? Bella! Você pensou em algum momento em sua filha? Será que ela vai gostar de passar quatro meses trancada em um quarto de hotel? Claro, por que você não quer contar ao pai sobre a existência dela. E dois. O que serão de seus negócios com você aqui?

- Eu não havia pensado nisso.

- claro que não havia.

- E agora? Eu não posso voltar atrás.

Ela não me respondeu, apenas ficou me olhado com uma cara emburrada.

- Na verdade, eu estou morrendo de vontade de fazer esse personagem. Nem sei se eu tenho mais tanto medo de Los Angeles e depois a minha família e Edward estão há quilômetros de distancia de mim. Não haverá problemas. E enquanto a Sophie... Eu não sei.

- Esse será um abacaxi que terá que descascar.  Você sabe como são as crianças, ela vai querer sair do hotel e aqui em Los Angeles está cercado de paparazzis. O que irá acontecer se descobrirem que ela é sua filha?

Ela tinha razão, Toda razão. Eu não teria como esconde-la mais. Logo estariam em todas as capas. Eu teria que pensar em uma forma de resolver esse problema.

POV Edward

Aproveitei para fazer uma visita aos meus pais.

Estranhei o silêncio que estava na casa. Fui até a sala de star e encontrei a minha mãe com um sorriso meigo, em meio a muitas fotos nossas.

- Revirando o baú, mãe?

- Edward, filho, lembrou-se de sua velha mãe.

- Não fale assim, mãe. Você sabe que eu penso na senhora a todo instante.

- Não aumente o meu ego.

- Sim, o que está fazendo mesmo?

- Estou organizando o nosso álbum de família.

Sentei-me ao lado dele e comecei a olhar as fotos também. Peguei uma minha de quando tinha três anos e ri. Como as coisas se tornam diferentes com o passar dos anos...

- Fale a verdade. Eu estou melhor agora.

- Você sempre será lindo, independente da idade.

Ela tirou a foto da minha mão e colocou no álbum. Depois ele revirou as fotos na caixa e me mostrou outra fotografia diferente.

Era e eu e uma garotinha. Nem me lembro de quando tiraram essa foto. Na verdade, eu nem me lembrava mais dessa menininha. Ela era muito bonita. Tinha os olhos tão castanhos que me encantavam. Lembrei-me imediatamente da menina de hoje de manhã, Sophie. Elas pareciam ter as mesmas feições.

Edward, Edward você só pode estar maluco. É claro que essas duas meninas não teriam nada em comum.

- Eu não me lembro dessa foto.

- Foi há muito tempo. Passeávamos no parque quando você a viu. O engraçado é que vocês dois logo se deram bem. Os dois estavam muito entretidos quando tirei essa foto.

- Ela é muito bonita.

- E sumiu do mapa. Eu lembro que você queria sempre ir ao parque para ver se a veria, mas ela nunca mais apareceu.

- É uma pena.

- Sabe o que falta nesse álbum?

- O que?

- As fotos dos meus netos. Eu não sei o que se passa na sua cabeça e nem na de seus irmãos que ainda não me deram esse presente.

- Eu quero ser pai. Logo quando eu e Tanya nos casarmos, resolveremos isso.

- Me desculpe está falando isso, mas achei que Bella te daria um em breve...

- Eu também. Nós estávamos planejando antes de... Você sabe.

- Filho, eu não quero que se sinta pressionado a se casar com Tanya por causa de um filho. Quero dizer, não quero que seja infeliz...

- Por que todos acham que eu vou ser infeliz ao lado de Tanya. Ela é uma pessoa legal.

- Não estou dizendo isso. Só não quero que se arrependa depois.

- Eu não vou me arrepender, mãe.

- Eu só quero a sua felicidade. Por que eu te amo muito.

- Também te amo, mãe.

Abracei-a, tentando não armazenar aquelas palavras. Eu tinha que aprender a ser feliz ao lado de Tanya. Não importa o que eles dizem.

POV Isabella

- O que eu faço Jake?

- Essa é uma situação difícil, Bella.

Nesse momento, eu estava conversando com Jake no telefone. Eu precisava conversar com o meu amigo para desabafar um pouco. Só ele me entendia.

- Eu quero muito fazer esse filme. A verdade é que... Eu estou com saudades de trabalhar aqui em Los Angeles. Pronto falei!

- Eu sabia que esta viagem seria mais importante do que você imaginava.

- Você devia ser vidente, sabia?

- Apenas te conheço bem.

- Você acha que eu deveria voltar para Londres?

- Não. Eu sei o quanto está com vontade de fazer esse filme. Compre ou alugue uma casa bem distante da cidade. Procure não aparecer muito ao lado da Sophie. Anne pode passear com ela livremente, mas você sabe os paparazzis.

- Boa ideia Jake! As gravações vão ser no período de férias dela, então, ela poderá ficar aqui comigo. E depois eu vou passar muito tempo no set e quase não vou poder ficar com ela. Anne poderá passear com ela. Tudo resolvido!

- Você sabe que não poderá escondê-la por muito tempo... Mas sua estadia ai será passageira.

- É será. Ficarei aqui só até o final das gravações.

- Soube notícias dele?

- Jacob Black!

- Desculpe, foi inevitável.

Formos interrompidos por Sophie que entrava na varanda. Agradecia-a mentalmente por isso. Ela veio até mim e sentou-se em meu colo.

- É o tio Jake?

- É meu amor.

- Jake, advinha quem deu as caras?

- Sophie. Passe o telefone para ela.

Entreguei o telefone a ela.

- Oi tio Jake!

Tentei escutar mais ela não deixou.

- Estou com saudades também. Aqui em Los Angeles é muito bonito. Eu gostei daqui.

- Aham. Certo. Eu vou lembrar.

- Tchau!

Ela desligou o telefone e me deu.

- O que o Jake falou?

- Que estava com saudades e que levasse um presente para ele quando voltássemos. Mamãe, vamos voltar logo?

- Filha, a mamãe aceitou um trabalho aqui. E nós vamos ficar por mais um tempo.

- É tipo aquele que você aparece na televisão?

- É.

- Legal! Eu adoro Los Angeles. Mamãe me deixa passear com Anne por aqui?

- Eu deixo. Amanhã nós vamos escolher um lugar para gente ficar. O que acha?

- Legal! Eu posso escolher?

- Claro que pode.

Ela bocejou e coçou os olhinhos. Estava com sono. Abracei-a carinhosamente e beijei a sua testinha.

- Alguém precisa dormir.

- Lê uma história para mim.

- Eu leio.

Coloquei-a no braço e a levei para cama. Peguei o livro preferido dela e comecei a ler e como previsto, ela dormiu quando eu estava na primeira página.

POV Edward

Como prometido, fui ao Sky Bar e logo encontrei Nick sentado no balcão.

- Eu sabia que viria, cara!

- Eu tenho escolhas?

- Não você não tinha. Agora deixa todos esses problemas de lado e tome uma cerveja bem gelada.

- Heineken.

- A sua preferida.

Tomei o mais rápido que pude. Senti o gosto amargo entrar pela minha garganta e frescor depois. Como isso é bom...

- Me conte o que fez no resto do dia?

- Como você me aconselhou, eu fiz coisas que estavam pendentes. Passei com o Beer pelo calçadão e tentei esquecer a Tanya.

- Muito bem... Espera, você fez uma cara estranha quando falou no Beer. O que tem ele?

- Sei lá. Hoje eu me encontrei com uma garotinha... Ela quis ver o Beer e ela me lembrou de que eu quero ser pai em breve.

- Para com isso. Você está muito meloso.

- Eu sempre quis ser pai. E ainda mais a menina... Era uma graça.

- Por que não é sua! Criança é um saco, cara!

Eu ri. Nick nunca quis saber desses assuntos. Ele é muito diferente de mim. Talvez ele tivesse razão.

- Está derretido por causa de uma criança?

- Talvez a minha mãe tenha razão. Eu preciso ter um filho.

- A Tanya não quer ter esse pesadelo.

- Ela vai ter que cumprir.

- Vamos deixar esse assunto chato. Vamos falar de mulheres. Você precisa de uma muito bonita para animar a sua noite.

Eu não costumava trair Tanya, mas eu estava cansado das frescuras dela. Acabei aceitando o convite de Nick.

Formos a uma boate e tivemos uma noite como todos os homens gostam.  

POV Isabella

Dias haviam se passado desde a minha chegada aqui. Como combinado, fui com Ruth até o local da reunião com a The Whartons Studio. Formos recebidas muito bem por eles. Isso é um bom começo.

Ruth parecia mais feliz com a minha ideia maluca. Ela estava morando conosco na nova casa. Sophie estava dando pulinhos com a novidade. Ela havia me ajudado a escolher e mobiliar alguns cômodos. Como eu disse, ela estava muito animada.

A casa era bem distante do centro. Isso levava horas até o set. Tudo pela nossa segurança. Até agora nenhum daqueles “urubus” havia aparecido para nos incomodar. Ainda bem.

- A sua personagem ela é muito importante para o filme, é claro, então, você passará mais tempo no set. Mais ou menos 9 horas diárias. Tudo bem para você?

- Tudo, vou poder passar mais tempo com a minha família. Ótimo.

- O seu cachê já foi acertado com a sua agente. Você receberá na sua primeira semana de filmagens.

- Ok.

- Começaremos a gravar quarta feira. Peço para você experimentar as suas roupas amanhã.

- Certo. Vocês conseguiram o numero da Leah como pedi?

- Sim, quarta feira ela estará aqui.

- Ótimo!

De repente, entrou na sala um homem de preto nos cumprimentou e se dirigiu ao chefe.

- Chefe, o dono da gravadora está aqui para acertar o contrato com você.

- Mande-o entrar.

Ele obedeceu. Instantes depois entrou na sala alguém que eu conhecia muito bem. Sim, ele estava na minha frente agora. Meu corpo todo estremeceu ao ver aqueles olhos novamente.

- Bella?

- Edward?


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Notas finais do capítulo

Até mais!