Marcas Do Passado escrita por Isabelle Soares


Capítulo 3
Capítulo 3 – Passado e presente.


Notas iniciais do capítulo

Meus agradecimentos a claudiamon35, Fabi Âni Cullen, BrendinhaSantos, Lia_Cullen, jeh, KarolRobsten, malust, JujubsAzul, Naiane Silva e IngridCullen
pelos belos comentários! Agradeço também aos 34 leitores e mais uma vez digo que vocês são a minha expiração para esta Finc!

Hoje, Bella retorna para Los Angeles e encarará os seus pesadelos. Teremos também um encontro bem especial!

Espero que gostem!

Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/358130/chapter/3

POV Isabella

As inacabáveis horas dentro desse avião serviram para eu pensar. Será que era realmente necessário toda essa preocupação em voltar para casa? Ou pelo menos a minha antiga casa.

Eu iria voltar a minha velha rotina. Era como se passado e presente tivesse se entrelaçando.

Flashback on

Já era a décima vez que eu me olhava no espelho. Estava nervosa demais. Era a minha primeira premiação.

- Fique calma. Vai dar tudo certo. – Edward me falou com um olhar seguro.

- Você fala assim por que não é você. Se estivesse em meu lugar, estaria da mesma forma.

- Isso é por que não tem confiança. Você fez uma excelente interpretação, vai ganhar esse prêmio fácil.

Ele me abraçou e beijou-me. É incrível como eu me sentia mais calma ao lado dele. Era como se todos os meus medos desaparecessem.

Flashback off

 - Bella? Bella acorde! – Ruth chamou-me.

Olhei para ela atordoada. Agradecia-a com um sorriso. Eu nem percebi que estava dormindo.

Beijei a testinha de Sophie que dormia feito um anjo ao meu lado.

- Acorde filha!

- Hã? – ela falou enquanto coçava os olhinhos. – Chegamos?

- Sim, anjo.

Sorri mais uma vez para Ruth e segurei a mão de Sophie para descermos do avião.

Olhei para o aeroporto, apertei a mãozinha da minha pequena procurando algum conforto. Respirei fundo, não poderia fugir mais, havia chegado a hora.

POV Edward

Cheguei a casa, cansado, depois de mais uma reunião na gravadora.

Fui em direção ao quarto e vi que não estava sozinho. Tanya! Adeus boa noite de sono!

Lembrei-me de Bella. Era tudo tão simples para nós... Ela sempre me encantava e eu sempre estava pronto para ela.

Fui em direção a Tanya e a beijei ardentemente. Os lábios dela não tinham o mesmo sabor. Está com ela não me fazia pleno, sempre faltava algo para me completar.  E esse algo está bem longe de mim.

Quase que eu podia ver Bella em minha frente. Eu estava ficando mesmo maluco. Sou mesmo um idiota por ficar relembrando o passado! Deveria esquecê-la por completo, mas eu não queria e não conseguia...

Tirei a roupa de Tanya rapidamente, como se aquilo fosse me fazer feliz como antes. Eu teria que aprender a amar Tanya, retribuir o amor que ela sente por mim. E seguir em frente, embora aquilo fosse doloroso.

POV Isabella

Nesta manhã, acordamos cedo, quero dizer, Ruth acordou, pois eu não consegui pregar o olho de tão nervosa que eu estava.

Deixei Sophie dormindo com a babá, Anne, e saímos em direção ao grande evento.

O sol matinal de Los Angeles me passou um pouco mais de tranquilidade. Como se essa cidade estivesse me desejando às boas vindas. Aqui era o meu lugar, o meu berço, eu deveria estar feliz por está de volta.

Ao chegarmos ao grande salão, pude perceber o quanto estava diferente. Parecia haver mais espaço e até mais bonito. Nem parecia aquele das minhas memórias.

Saímos do carro e olhei novamente para o lugar. Havia muitas pessoas. E para a minha infelicidade, a imprensa estava toda reunida. O medo bateu-me novamente. Como eu iria enfrentar aquilo tudo sem revelar o meu segredo?

- Calma Bella! Até parece que é a primeira vez! – Ruth tentou me tranquilizar.

- Há tantas pessoas... 

- Não me diga que está com medo delas?

- Não. O fato é que os paparazzi e repórteres querem a nossa alma. É assustador porque as pessoas julgam você de uma maneira inteiramente baseada em pequenos momentos imbecis da sua vida.

- Você terá que enfrenta-los em algum momento. Fique tranquila! Eu estarei por perto para te ajudar.

Toquei em sua mão em forma de agradecimento e entrei no “olho do furacão”.

Acabei reencontrando alguns antigos colegas de trabalho. Conversamos coisas agradáveis e sobre os planos que cada um tinha para o futuro. Eu já estava ficando animada com todo aquele universo. Era como se os pedaços quebrados no passado tivessem voltando e colando de volta a mim.

Flashback on

Estávamos aguardando ansiosos pelo resultado da premiação. Edward estava sentado ao meu lado, segurando a minha mão carinhosamente.

- Está demorando... – falei ansiosa.

- Você vai ganhar com certeza.

- Está muito confiante.

- Escuta. Eu tenho orgulho de você. Ser atriz é algo tão difícil... Interpretar alguém que não é. Eu tinha uma mania de te subestimar, mas você sempre se supera. E é por isso que eu te amo.

- Eu também tenho orgulho de você.

Ele me olhou com um olhar penetrante. Beijou o meu pescoço e me abraçou apertado. Estava excitado, mas isso só seria mais tarde...

- Tudo bem, pare, por favor. Estão todos olhando. – pedi

- Desde quando você liga para o que as pessoas pensam?

- Desde que eles nos envenenam em tabloides estúpidos. Não quero que eles falem mal de você.

- Desculpe-me, exagerei.

- Não. Eu gosto do seu jeito. Por isso que estamos juntos há tanto tempo. A minha vontade é de sair gritando o quanto eu te amo.

- Faria mesmo isso?

- Faria.

- Mesmo se com os urubus te perseguindo e com toda essa mídia mentirosa?

- Sim.

Beijamo-nos mais uma vez, revelando os nossos sentimentos.

Flashback off

De repente senti um flash bem aos meus olhos. Olhei para frente e vi que estava cercada por paparazzi e muitos repórteres que cada vez mais se aproximavam de mim.

- Olá Isabella. Onde você esteve todo este tempo? – um repórter perguntou e logo em seguida foram os outros.

- Pretende voltar a fazer filmes aqui?

- Você está namorando?

- O que você pode dizer sobre a nova namorada de Edward Cullen?           

- Eu não quero falar sobre isso.

Aquelas perguntas me aterrorizavam. Eu nunca havia gostado do assedio e agora muito menos.

“O que você pode falar sobre a nova namorada de Edward Cullen?” Nossa! Eu nem sabia que ele estava namorando! Eu nunca mais procurei notícias sobre ele. Pelo visto, ele estava melhor que eu. Havia me colocado para debaixo do tapete.

Todos aqueles repórteres foram responsáveis pelo meu sofrimento e só me faziam lembrar de momentos nada agradáveis.

Flashback on

Eu tentava fugir, me esconder, o que fosse preciso para me livrar de toda aquela confusão.

Sai da casa de John, depois de uma reunião, e percebi que a casa dele estava cercada por paparazzi e muitos jornalistas. Tentei voltar para encontrar uma outra maneira de sair, mas fui impedida por eles.

- Isabella, é verdade sobre o caso da revista Superstar?

- Me deixem em paz.

- Por favor, apenas uma palavrinha.

- Vocês já atrapalharam demais a minha vida.

- Você sempre será a vadia de ante de todos nós. Não importa quantos anos passem.

As palavras daquela repórter entraram rasgando todo o meu ser. Eu sou inocente nessa história! Quantas vezes vou ter que repetir.

Eu não sou a pessoa a qual a imagem está sendo dilacerada nesse momento. Tudo o que você vê é um ator ou uma celebridade iluminada por um flash. Seu caráter é composto pelos lugares em que as pessoas te veem e pelo que é dito sobre você. Normalmente, os lugares em que sou fotografada não significam nada para mim, eu só estou lá naquele momento. Se eu digo algo estúpido, vão me caracterizar por aquilo para sempre. É assim, eu sinto como se estivesse sendo estuprada. A maior parte do tempo, não consigo lidar com isso.  Essa não sou eu.

Um dia, irei mostrar a todos a verdadeira Isabella Swan. Custe o tempo que custar.

Flashback off

- Ok, tudo bem, chega de perguntas!  A Isabella não está pronta para respondê-las.

Ruth levou-me para longe daqueles idiotas. Agradecia- a por isso. Tudo que eu queria agora era sair desse lugar assustador e nunca mais voltar.

- Ruth, vamos embora. – pedi.

- Pensei que quisesse receber o seu prêmio.

- Não estou me sentindo bem.

- Isabella olhe para mim.

Olhei devagar como se estivesse com vergonha por ter feito alguma travessura.

- Eu sei o quanto isso dói, mas você não pode se deixar a bater. Você é inocente! E quanto mais se esconder mais eles vão pensar o contrário.

- Tem razão, preciso receber esse prêmio. Por mim, pela minha carreira e pela minha filha. Quero que ela tenha orgulho de mim.

- Ela tem, pode ter certeza disso.

Deixei ela me levar para um lugar mais seguro. Respirei fundo tentando pensar somente no momento que viria a seguir.

POV Edward

Trabalho, papéis, reuniões com cantores, composições... Não é que a minha profissão me irrite, mas está se tornando muito cansativo.

- Pode parar com isso agora, Edward Cullen! – Nick falou enquanto jogava os papeis na mesa.

- Está me atrapalhando Nick. Pode se retirar?

- Não, por que eu estou vendo o meu amigo se deteriorar. Cara olhe para você! Parece uma múmia.  Você precisa de diversão, alguém para compartilhar as dores e não carregar todo o peso sozinho.

- Isso vai se resolver daqui a dois meses.

- Não estou falando de Tanya. Afinal, desde que marcou a data do casamento, você esquece do mundo e fica preso nesse escritório. Eu nunca te vi tão ligado no trabalho como agora.

- E o que é que você quer que eu faça?

- Saia mais, respire, passeie com o seu cachorro, Sei lá o que. Só quero que se liberte, seja feliz novamente.

- Não posso deixar a empresa.

- Até parece que nunca fez isso antes! E depois eu assumo por você.

- Eu não sei...

- Não quero mais ver você aqui nesta gravadora. Mais tarde me encontra no Sky Bar, eu pago as cervejas.

Ele tinha razão, eu precisava me libertar um pouco. Antes de sair toquei no ombro do meu amigo e o agradeci.

Sai em busca de algo que pudesse me divertir. Nossa! Mais que grande tarefa!

POV Sophie

Eu estava entediada. Nunca pensei que viajar seria tão chato! Eu já não aguentava mais ver a cara dessa boneca. Eu queria sair um pouco e ver o que há de bom lá fora. Eu sabia quem poderia me ajudar.

- Anne.

- Sim, Sophie.

- vamos dar uma volta pelo hotel?

- Não, bebê, a sua mãe não me deu permissão para fazer isso.

Ah não! Mais que chato! Cruzei os braços e fiz uma carinha de choro. Eu sabia que a Anne não resistiria.

- Princesa, não faz essa carinha. Eu não posso sair do hotel com você. Sua mãe me mataria.

Aproximei-me do ouvido dela e falei baixinho:

- Ela não precisa saber.

- Um! Sua grande malandrinha.

- Vamos lá, Anne, crianças necessitam de ar livre. Eu estou cansada desse hotel.

Respirou fundo e sorriu.

- Tudo bem, mas não podemos demorar.

- Yes!

- E não conte para ninguém!

- Será o nosso segredo.

Cruzei os dedos e beijei. 

- Certo, então, vamos.

- Posso levar o Sr. Mongly?

- Pode.

Peguei o meu ursinho favorito e segurei a mão de Anne. Juntas saímos do hotel.

Nossa! Mas esse lugar é um encanto! O vento é gostoso e não é frio como Londres. Eu queria morar aqui para sempre.

Olhei para os lados e vi um homem muito bonito. Ele era alto, de cabelos parecidos com o meu e levava um cachorro muito bonito para passear.

Sem esperar, corri em direção a ele.

- Sophie! – Anne gritou e eu nem escutei.

- Oi moço, que cachorro bonito você tem. Posso passar a mão nele?

- É claro que pode princesinha.

O cachorro me cheirou e começou a me lamber. Parecia até que já me conhecia.

- Olá para você também, cachorrinho.

- O nome dele é Beer.

- É um nome bonito. Quem escolheu?

- Foi uma ex-namorada minha.

- Ela tem um bom gosto. Como você se chama?

- Me chamo Edward. E você, pequenina?

- Me chamo Sophie. Muito prazer.

Estendi a mão e ele tocou.

- Você é muito simpática, sabia?

- Minha mãe sempre fala isso. Ela diz que eu falo até com as paredes.

- Sua mãe deve ter razão. É aquela? – Ele apontou para Anne.

- Não. Minha mãe está muito ocupada recebendo o prêmio dela. Aquela é a minha babá.

Falando em babá, ela veio correndo atrás de mim. Estava furiosa. Eu nunca mais sairia desse hotel.

- Sophie! Eu fiquei preocupada. Não faça mais isso!

- Desculpe Anne. Não faço mais.

- Não é para fazer mesmo.

- Desculpe senhor, por qualquer coisa que ela tenha feito.

- Não precisa se preocupar. Na verdade, adorei a companhia dela.

- Viu Anne, eu posso ficar mais um pouco?

- Não. Se sua mãe voltar e ela não lhe ver, vai virar uma fera.

- Por favor, vai.

- Não. Vamos voltar para o hotel.

Droga! Despedi-me de Edward e segurei a mão dela para podermos atravessar.  Olhei para trás ele me olhava encantado. Será que ele nunca havia visto uma criança antes?

Entramos no hotel e eu torci para que Anne não contasse para minha mãe.

POV Edward

Para aproveitar o meu dia livre, resolvi levar Beer para passear. Há séculos eu não fazia isso. Era bom poder caminhar sem destino certo. Eu precisava arejar a cabeça e nada como o meu amigo canino para ajudar.

Estávamos perto de um hotel ao lado da orla, quando eu vi uma menina se aproximar. Ela parecia tão feliz. Até parecia que via um cachorro pela primeira vez.

- Oi moço, que cachorro bonito você tem. Posso passar a mão nele?

- É claro que pode princesinha.

Beer cheirou-a e começou lamber as mãos dela. Ele realmente havia gostado da menina. Isso é ótimo, pois não pretendo me livrar de Beer quando os meus filhos nascerem.

- Olá para você também, cachorrinho.

- O nome dele é Beer.

- É um nome bonito. Quem escolheu?                         

Essa pergunta me fez lembrar de Bella. Ela havia escolhido o nome do nosso cão. É engraçado, pois “Beer” significa cerveja. Estávamos um pouco bêbados quando escolhemos o nome dele.

- Foi uma ex-namorada minha.

- Ela tem um bom gosto. Como você se chama?

- Me chamo Edward. E você, pequenina?

- Me chamo Sophie. Muito prazer.

Ela estendeu a mão e eu a toquei. Ela era uma menina simpática.

- Você é muito simpática, sabia?

- Minha mãe sempre fala isso. Ela diz que eu falo até com as paredes.

- Sua mãe deve ter razão. É aquela? – Apontei para a garota que estava no outro lado da rua. Pensando bem, ela não parecia com Sophie.

- Não. Minha mãe está muito ocupada recebendo o prêmio dela. Aquela é a minha babá.

A mulher veio correndo em nossa direção depois que nos viu. Parecia bastante nervosa.

- Sophie! Eu fiquei preocupada. Não faça mais isso!

- Desculpe Anne. Não faço mais.

- Não é para fazer mesmo.

- Desculpe senhor, por qualquer coisa que ela tenha feito.

- Não precisa se preocupar. Na verdade, adorei a companhia dela.

- Viu Anne, eu posso ficar mais um pouco?

- Não. Se sua mãe voltar e ela não lhe ver, vai virar uma fera.

- Por favor, vai.

- Não. Vamos voltar para o hotel.

Observei Sophie se afastar, ela olhou para trás e pude perceber as suas feições. Tinha olhos verdes encantadores, os cabelos cor de bronze parecido com os meus, o nariz um pouco arrebitado. Ela era uma menina bonita.

Fiquei encantado. Eu sempre gostei de crianças. E o meu desejo de me tornar pai ficou mais aguçado. Aquela garota havia despertado ainda mais esse desejo em mim. Eu teria que realizar esse desejo.

POV Isabella

- O prêmio de melhor atriz vai para Isabella Swan que tão bem interpretou a personagem Melinda no filme “The time of my life”. Recebam com palmas calorosas a atriz Isabella Swan!

O som das palmas se espalhou por todo o salão. Subi ao palco emocionada. Há tanto tempo eu não passava por este momento. É simplesmente mágico.

- Bom dia a todos! Obrigada. Eu acho que primeiro tenho que agradecer a todos que contribuíram para que esse filme fosse um sucesso. Vocês simplesmente são incríveis. E obrigada por confiarem no meu trabalho.

Mais palmas soaram. Flashs brilharam diante de mim. Senti-me honrada por tudo que aconteceu. Valeu a pena driblar o medo para estar aqui.

Ao descer do palco fui recebida por Ruth. O sorriso dela iluminava o lugar. Ela estava orgulhosa.

- Como fui?

- perfeita! Magnifica!

Senti uma mão tocar o meu ombro. Virei imediatamente e vi que eram empresários.

- Bom dia Isabella Swan. Somos da The Whartons Studio.

- Bom dia. O que desejam?

- Queríamos conversar com você.

- Bella? – Ruth perguntou-me.

- Sim. – respondi.

- Por que não vamos a uma cafeteria aqui perto? Lá podemos conversar mais a vontade. – Convidou Ruth.

Seguimos até a cafeteria. Confesso que estava ansiosa para saber do que se tratava o assunto.

- Bem, nós estamos planejando adaptar para o cinema uma obra muito conhecida que se chama Forgiveness. – falou um deles.

- eu conheço a obra. Ela é magnifica! Sou fã de Leah Clearwater.

- Que bom. Por que queríamos propor que você atue no nosso filme. No papel principal.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até mais!