POV Edward

– Sem gracinhas Edward! Eu estou muito cansada.

Bella e eu tínhamos acabado de voltar do nosso restaurante preferido. Hoje eu havia prometido realizar todos os seus desejos, inclusive sair para comer fora.

Ela andava bastante cansada nestes últimos dias. Os enjoos ainda surgiam, principalmente pela manhã, mas não eram tão frequentes. Eu sempre me preocupava com eles e Bella sempre me acalmava dizendo que é completamente normal. Fazer o que, não é? Eu sou pai, mas ainda inexperiente nestes assuntos.

– Nem pensei nisso Bella.

– Eu sei que pensou. Sinto-me como uma baleia. Acho que comi o restaurante inteiro. Seu filho parece que nunca acaba de ter fome.

Comecei a rir e ele me olhou sem entender.

– O que foi?

– É que o nosso filho é tão pequeno e já tem que levar a culpa.

– Mas é ele! Eu não como tanto assim!

Ela tirou o vestido e pude observar melhor as suas curvas. Ela ficava mais linda a cada dia que passava.

– Sabia que já dá para ver a barriguinha?

– Sim, eu percebi. Vai ser grande igual a você.

Ela se esticou e gemeu um pouco.

– Me deixa fazer uma massagem em você.

– Só massagem.

– Somente isso.

Peguei o óleo e comecei a passar pelo seu corpo. Massageei os lugares mais doloridos. Aos poucos pude sentir que a massagem já estava fazendo efeito.

Bella já estava quase dormindo quando o telefone tocou. Era a minha mãe.

– Oi mãe. Aconteceu algo?

– Oh sim Edward! Alice deu à luz!

– Mais que maravilha! Que horas?

– Há pouco. Pietro é um menino saudável e muito lindo.

– O que foi Edward? – Bella perguntou.

– Espere um pouco mãe.

– Bella, Alice acabou de dar à luz.

– Que ótimo! Edward temos que ir para lá agora.

–É melhor deixarmos para amanhã. Alice deve estar descansando e você também está cansada.

– mas...

– E depois, com quem vamos deixar Sophie?

– Tudo bem. É bom que eu compro uma lembrancinha e levo para eles.

– Mãe, parabenize Jasper e Alice por nós e avise-os que amanhã iremos visita-los.

Desliguei o telefone e desviei a minha atenção a Bella.

– Estou curiosa para conhecê-lo. Imagine quando for o nosso? - falou

– Vamos transbordar de alegria.

– Com certeza.

Abracei-a e fiz carinho nos seus cabelos. Logo Bella adormeceu. Aconcheguei mais a ele e dormi.

...

No dia seguinte formos ao hospital conhecer Pietro. Bella e Sophie não se aguentavam de curiosidade. Falavam nele a cada segundo.

Passamos em uma loja e compramos em um lindo par de sapatinhos. Ao chegarmos tivemos que perguntar ao médico se Sophie poderia entrar. Ele liberou sem problema. Ainda bem, pois eu ficaria triste se Sophie não pudesse entrar e ver de perto o novo membro da família.

– Ele é tão pequeno. Ele coube na sua barriga tia? – perguntou Sophie.

– Sim querida.

– E como ele saiu?

Sorrimos. Crianças sempre vinham com esse tipo de perguntas.

– Por um lugar especial filha. Por um lugar que só mulheres têm. – respondeu Bella.

– Doeu tia Alice?

– Doeu muito querida. – Alice respondeu sorrindo.

– Mamãe, eu um dia vou poder ter um bebê?

– Espero que esse dia demore muito a chegar. – respondi. Não quero nem imaginar esse momento.

Passamos a manhã com Alice, Jasper e Pietro. Ao som das perguntas de Sophie.

POV Isabella

Três meses se passaram. Eu já estava com uma bela barriga. Os enjoos cessaram, mas as dores nas pernas só aumentaram. Infelizmente não senti nenhum sinal do bebê. Todos os dias, Edward colocava as mãos na minha barriga e o bebê nem ligava.

Eu estava nesse momento toda pintada em meu chá de bebê. Eu estava apenas com seis meses e já tinha um chá de bebê. As organizadoras, Esme, Renée e Alice nem se importaram com este detalhe. Queriam mesmo que eu tivesse esse momento.

Nunca pensei que um chá de bebê fosse tão bom. Era o momento que eu precisava com a minha família. Diverti-me bastante com as brincadeiras e claro, ganhei muitos presentes.

Sentei na espreguiçadeira e comecei a limpar a minha pele. Alice sentou-se ao lado para amamentar Pietro. Por falar em Pietro, ele é um menino lindo! Está com três meses e todo espertinho. Uma mistura perfeita de Alice e jasper.

Estava conversando amenidades com Alice quando ouvi os gritos de Sophie.

– Mamãe me salva! Me salva, por favor!

Corri até ela. Percebi que tremia e a sua roupa estava suja de sangue. Abracei-a e ela desmaiou nos meus braços. O desespero tomou conta de mim. Senti como se o meu coração se partisse naquele momento. Eu só sabia chorar e abraçá-la.

– Mãe ligue para o médico e depois para Edward. Rose fique com Pietro que eu vou leva-las para o hospital. – ouvi Alice falar.

Com a ajuda de Rosalie colocamos Sophie no carro e seguimos. Chegamos tão rápido que nem senti. O médico já nos esperava e com o auxílio dos enfermeiros fizeram o procedimento. Pela expressão deles, essa não era uma crise como as outras, era mais grave.

Senti um aperto no coração. Eu me sentia tão impotente! Queria que a dor que ela estava sentindo fosse transferida para mim.

De repente tudo ficou embaçado até escurecer. Fui tomada pela inconsciência.

...

Abri os olhos devagar por conta da claridade. Logo percebi a presença de Edward. Ele me olhava atentamente.

– O que aconteceu? Como está Sophie?

– Você desmaiou. Sophie está sendo cuidada pelos médicos. Essa foi a pior crise dela.

– Eu percebi. O que eu mais queria agora era acelerar essa gravidez, mais infelizmente não posso. Tenho que ver o sofrimento da minha filha.

– Eu sei o quanto isso dói amor, mas lembre-se que não é só Sophie que necessita de atenção. Esse bebê que está aqui dentro de você também merece.

– Eu sei. Não é fácil ter uma gravidez nessas circunstâncias. Eu também amo o nosso filho!

– Entendo, acalme-se, por favor!

Edward veio até mim e selamos os nossos lábios. O sabor do seu beijo é um calmante para mim. Faz-me flutuar. Senti um leve tremor no meu ventre e isso me fez afastar Edward.

– O que foi?

– O bebê chutou.

– O que? Sério?

– Sim.

Coloquei a mão de Edward onde o nosso filho havia chutado. Ele deu um sorriso bobo.

– Essa sensação é tão boa! Nunca havia sentido algo assim. Obrigado.

– Não me agradeça.

Ele abraçou a minha barriga e eu acariciei os seus cabelos. Ficamos curtindo o nosso momento de paz.

...

– Olá minha borboletinha!

– Oi mamãe. Eu estava com muita vontade de vê-la.

– É mesmo?

– Sim.

Beijei a testinha dela e ela sorriu.

– Eu conheci o meu irmãozinho. Ele se chama Antony. Ele é tão bonito!

Dei um pequeno sorriso, Sophie tinha uma imaginação!

– É verdade mamãe. Ele vai trazer muita felicidade. Principalmente quando eu virar uma estrelinha e for morar com o papai do céu, mas ele me disse que isso não vai acontecer. É verdade mamãe?

– Você não vai morrer minha filha. Você vai viver muito ao nosso lado. Não repita mais isso!

– Tudo bem.

Dei um abraço nela e ela me beijou. Formos interrompidas pela enfermeira e uma cabelereira. Hoje será o dia de Sophie pelar os cabelos. Preparamo-la bastante para esse momento. Não foi fácil, mas agora ela está aceitando melhor. Logo Alice trará muitas perucas para suprir a carência dos cabelos.

Sophie olhou para mim enquanto os seus cabelos eram cortados. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, assim como os meus. Eu não conseguia ser forte. Só queria sair desse pesadelo!