Luna Fermont

Ele correu na minha direção me atacando mais uma vez, sempre que conseguia arremessa-lo para longe, ou eu conseguia saltar, olhava em volta para ver minhas amigas. Sunny ainda lutava contra os monstros que não paravam de aparecer e Michelle lutava contra o ruivo.

Senti algo afiado passar rapando em meu braço, não havia desviado, então não fui acertada de propósito. Olhei para a figura mascarada a minha frente. Ele girava uma faca em sua mão, o cabo da faca era um soco inglês.

- Deveria parar de se preocupar com suas amigas, você já tem problemas de mais.

Olhei para ele séria, meus músculos estavam tensos. Precisava dar um jeito de derrotar esse cara e ir ajudar Michelle que estava com problemas com aquele ruivo, o problema e esse desgraçado na minha frente. Comecei a girar minha foice no ar mais uma vez. Um ataque direto era muito arriscado, ele já havia feito uma cratera no chão só com um soco, a ideal seria manter a distancia, mas quando ficava longe ele não parava de jogar essas faquinhas chatas, que sinceramente devem dar criar! Onde raios ele guarda tantas facas?!

E não havia nem um espírito com poder de batalha para me ajudar nessa briga. Hoje não e meu dia de sorte, definitivamente... Estava sem muitas possibilidades, o jeito seria lutar do melhor jeito que eu sabia. Mano a mano.

Juntei as duas partes da minha foice, e entrei em posição de ataque. Ele jogou mais uma de suas facas, assim que desviei comecei a correr na direção dele, girei a foice para acerta-lo, e como previsto ele pulou, dei um chute em suas pernas e girei novamente a foice, o plano era colocar no pescoço dele, mas para minha infelicidade ele conseguiu esquivar, e tudo que acertei foi seu braço.

- Vejo que você finalmente esta séria Luna. – Arqueei a sobrancelha.

- Como você sabe meu nome?

Ele não me respondeu, apenas riu. E desapareceu, simplesmente desapareceu na frente dos meus olhos. Fiquei em posição de guarda, atenta a qualquer barulho. Ele apareceu novamente bem próximo de mim, consegui desviar do seu primeiro soco, porém o segundo, terceiro e quarto me acertaram em cheio. Cai no chão, mas por pouco não havia perdido a consciência.

Ele andou na direção de Michelle, e enquanto ela desviava de um ataque do ruivo, ele fez a atacou. Trinquei os dentes, me levantei mesmo que meu tórax doesse tanto que parecia ter quebrado uma costela, peguei minha foice e parti ela em duas, comecei a girar, cada vez mais rápido ate criar um pequeno tornado ao meu redor, saltei na direção deles, porém não os ataquei, peguei Michelle no colo e sai dali, enquanto estava no ar lancei minha foice na direção dos dois, forçado eles a saltarem, e neste exato momento ordenei que o tornado fosse na direção deles.

Coloquei Michelle deitada em um banco da praça. Olhei para onde aqueles dois deveriam estar. A mascara de um deles estava caída no chão, olhei para cima e vi ambos em um telhado, um estava de costas para mim, parecendo tirar outra mascara de dentro do capuz gigantesco. Por acaso aquele capuz e um poço sem fundo? Eles colocam tudo ali! Raios que me partam! Devem ter se inspirado na bolsa da Mary Poppins, não irei me surpreender se tirarem uma bazuca dali!

Eles se entreolharam e pularam na minha direção, estava pronta para me defender, quando o ruivo deu um chute em minhas mãos fazendo com que eu soltasse a foice e o outro usando seu soco inglês a socou com tudo. Minha foice havia sido feita em pedacinhos. Trinquei os dentes e usei meu braço como escudo quando o ruivo foi me chutar de novo, com a outra mão formei uma bola de ar, e joguei no abdômen dele, que foi alguns metros para trás.

Minha única arma agora era o vento, porém não me restava muita energia mágica, precisava parar e descansar, e lutando contra estes dois, descanso seria a ultima coisa que eu teria.

- Irei perguntar mais uma vez... – Olhei fixamente para o garoto a minha frente que segurava uma faca. – Quem são vocês?

- Nos? – Ele esticou os braços, demonstrando o quão entediado. Trinquei os dentes, aquilo claramente não passava de uma provocação. – Somos Testments minha cara Luna... E como já disse anteriormente somos neste exato momento seu pior pesadelo.

Ele correu na minha direção e me deu um soco, embora eu tenha defendido, foi tão forte que fui jogada para trás, e quando cai percebi que havia entrado em um vórtice de energia, tudo era tão escuro... Senti meu corpo colidindo com algo gelado. Minha visão foi voltando aos poucos, e estava cercada por neve. Olhei ao meu redor, aquele lugar não me era estranho, porém não lembrava qual das varias áreas era esta... Olhei para o meu amuleto e ele estava completamente opaco, o tirei e joguei no chão. Se ele não funcionava era peso inútil, e quando se e uma dominadora do ar, qualquer peso desnecessário e prejudicial.

Comecei a andar por ali, olhando atentamente cada construção em ruínas... Senti uma leve vibração em meus pés, olhei para trás. Vi uma avalanche, não de neve, mas de trevas e escuridão. Sai correndo, corria o mais rápido que podia, o mais rápido que meu corpo dolorido e machucado permitia. Optei por entrar em uma das varias construções, por sorte havia adiantado.

Olhei para o local que havia entrado, era amplo, muito amplo... Pelo tamanho do térreo deveria ser um prédio bem alto, não havia prestado atenção na altura do local quando entre. Olhei para o lado e vi um lance de escadas. Se eu ficasse a uma boa altura poderia visualizar melhor a área, e talvez localizar o arco de pedra.

Comecei a subir as escadas e depois de vários andares, encontrei um com uma janela gigantesca, era capaz de ter uma boa visão dali.

- Ora ora... Vejo que finalmente chegou. – Virei para trás e vi uma mulher. Ela usava um longo vestido negro, em contra partida seu cabelo era tão branco quanto à neve, ele era extremamente longo, passando da altura da coxa. O rosto dela era fino e delicado, seus olhos eram de um tom caramelo levemente alaranjado.

- Quem e você? – Questionei. Estava fazendo muito esta pergunta hoje.

- Eu? – Ela sorriu para mim. – Me chamo Aria, e é um prazer lhe conhecer Luna.

Arqueei as sobrancelhas.

- Você tem alguma ligação com os Testaments? – Questionei.

- Claro que sim. – Ela ergueu uma mão e estalou os dedos.

Dor, cada parte do meu corpo pulsava de dor, era capaz de ver energia negra ao meu redor, cai de joelhos no chão.

– Sou a líder deles. E quero lhe informa uma coisa... Isto que você experimentou hoje foi apenas uma demonstração, e apenas a introdução do verdadeiro show. Ate a próxima querida, mande um oi para a sua irmã Alicia. – Ela se virou e criou um vórtice. – E mesmo, já estava me esquecendo. Nunca confie em nenhum Contatore. - Ela entrou no vórtice.

Senti meus olhos pesarem, e a única coisa em que pensava era que esta mulher era louca.