Contatore escrita por Lady_Luz


Capítulo 11
Capítulo 10 - Missão Rotineira


Notas iniciais do capítulo

Atenção pessoal, esse capitulo e narrado pela Luna xP
Este capitulo e o passado, ele conta a versão da Luna dos acontecimentos já ocorridos, ela estará narrando como ela foi parar nas Ruínas Malditas.
Tirando esse haverão outros capítulos narrados por ela, porém só as duas gêmeas irão narrar a historia e nenhum outro personagem =3



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Luna Fermont

Estava no terraço do colégio, sentada e escorando minhas costas na parede. Como sempre estava matando aula, sempre que era mandada para a diretoria, enquanto Nathaniel falava, simplesmente sumia e depois de um tempo voltava para a sala, claro isso quando eu voltava. A porta ao meu lado se abriu, olhei de canto de olho só para confirmar que era Michelle com Sunny ao seu lado.

– Michelle sua raiz esta precisando de um retoque. – Apontei para a raiz loira. – E seu cabelo esta começando a ficar meio esverdeado. – Sorri para ela, Michelle odiava esses meus comentários, mas sempre era divertido ver seus pequenos escândalos por causa do cabelo desbotado, o cabelo dela ainda estava azul, porém com mechas meio esverdeadas perdidas em alguns pontos, mas não poderia perde a chance não e?

– Ora! Luna... – Suas maçãs do rosto estavam ficando rubras por causa da irritação, ri levemente com a reação dela.

– Antes que vocês duas comecem a discutir. – Sunny se pronunciou, sua voz como sempre monótona e fria. – Luna você recebemos uma missão para hoje à noite.

– Verdade... Por um momento esqueci disso... – Michelle olhou para mim, estava irritada. – Ainda não entendo por que continuo sendo sua amigo.

– Pessoas loucas simpatizam com outros loucos. – Sunny comentou.

– Vocês já tem uma ideia de onde e que tipo de missão será? – Questionei.

– Área 235. – Michelle fez uma careta. – Odeio ser enviada para desertos... – Pigarreei, para que ela terminasse de responder minha pergunta. – Parece que a guarda real tem tido problemas com criaturas bizarras que aparecem durante a noite. De acordo com a população, eles sabem que as criaturas estão perto pelo cheiro forte e apodrecido, ou seja, fede pra cacete. Em fim, uma missão rotineira, nada fora do comum.

– O ideal seria que fossemos durante o dia para estudar o local em que estas criaturas aparecem. – Comento Sunny.

– Muito bem... Não me importo de matar aula hoje, querem ir logo?

Ambas só balançaram a cabeça afirmativamente, porém ate nisso elas duas eram opostas. Sunny meneou a cabeça levemente, Michelle balançou com tanto animo que parecia ter comido um pote de açúcar.

– E nada de doces hoje, não estou afim de aturar você e suas crises de hiperatividade!

– Oras! – Protestou Michelle.

– Não será difícil sair do colégio sem ser percebida. – Oras claro que não seria! Fugir desta espelunca e a coisa mais fácil para nós três!

Estava andando pelas casas, todas as casas eram feitas com um material que parecia ser algum tipo de pedra, todas tinham basicamente a mesma cor, a maioria dos moradores usava roupas claras, então acabava me destacando com aquele vestido preto e capa vermelha. Parava para perguntar para os moradores sobre estas estranhas criaturas que apareciam, se sabiam como eles eram, porém só sabia me dizer que fedia muito, e que não saiam mais de casa a noite. E estas informações eram as mesmas que eu já tinha.

Decidi por ir para a praça principal onde havia combinado de me encontrar com as garotas, enquanto andava vi Michelle sentada em um banco, conversando animadamente com um garoto ruivo. Me aproximei deles dois.

– Luna! Deixe-me lhe apresentar, este e Thales, ele e um pintor que esta aqui de passagem! – Disse animadamente.

– Quando vi o cabelo azul dela no meio de tantos cabelos negros achei divertido.

– Muito bem... Senhor Thales, eu e este canarinho azul... – Apontei para Michelle. – Ficamos de nos encontrar com uma amiga, e não falta muito tempo para a hora marcada. – Algo nele era estranho, mas não sabia dizer o que.

– Compreendo.

– Nossa e verdade! – Michelle se levantou e saiu andando na frente.

– Não se preocupem... Tenho a suspeita que o destino fará vocês se encontrarem novamente. – Dei as costas para ele, comecei a andar na direção que Michelle fora.

– Isto minha cara e verdade, mas não apenas com a senhorita Michelle, mas nossos caminhos também se cruzaram de novo. – O jeito como ele falara aquilo era estranho, o tom que usara, beirava um aviso.

Olhei para trás porem ele não estava lá. Voltei a andar, seguindo o caminho que minha amiga fizera.

Havia se passado algum tempo, Michelle andava ao meu lado, cantarolando alguma coisa, a praça principal estava do outro lado da rua de pedra, e podia ver Sunny no centro dela, chegamos ao centro da praça, Michelle abraçou Sunny que me olhou em duvida. Eu rir com aquela situação, nosso pequeno sol não sabia ainda como lidar com as pessoas, e muito menos com a agitação de Michelle.

– Ô canarinho azul... – Arqueei uma das minhas sobrancelhas e deixei a outra abaixada.

– Opa, desculpa Sunny. – Ela parou o abraço. – Às vezes me esqueço que tenho que me controlar um pouco com você.

– Tudo bem, com o passar do tempo estou me acostumando, e ate começando a gostar disto. – Ela sorriu levemente, não me refiro ao leve sorriso de uma pessoa normal, o de Sunny só a conhecendo bem para perceber que aquilo foi um sorriso.

Começamos a falar sobre as informações que cada uma coletou, e chegamos a mesma conclusão, nada. Não havíamos conseguido nenhuma nova informação.

– Bem, vamos ter que esperar esses malditos monstros aparecerem... – Michelle suspirou profundamente.

– Aparentemente não temos outra escolha. – Comentou Sunny.

Passamos um tempo conversando, esperando que anoitecesse. Quando o sol começou a se por, o movimento de pessoas diminuiu drasticamente, ao ponto que as cinco e meia não havia nenhum cidadão da cidade fora de as casa, ate os guardas estavam meios escondidos. Coloquei a mão para trás, já segurando minha foice, Sunny enrolava uma faixa em seus punhos e Michelle segurava sua espada longa.

Pude escutar alguns barulhos, passos, rosnados, mas o que realmente marcava era o cheiro, aquilo fedia mais que esgoto. Uma das criaturas apareceu em nossa frente, ele era peludo, o pelo era cinza encardido e tinha a aparentava ser áspero, o corpo parecia o de uma hiena e a cabeça uma mistura bizarra de rato com babuíno. Seus olhos eram dourados e estava rosnando, os dentes pontiagudos a mostra.

– Criatura tipo carniceira... – Comentei.

– Então vamos começar? – Perguntou Michelle.

– Imediatamente. – Respondeu Sunny.

O tempo que levei para sacar minha foice, foi o tempo que Sunny demorou para correr na direção do monstro e dar um soco nele, o fazendo ser lançado a metros de distancia. Outras criaturas semelhantes nos rodearam, uma delas pulou em minha direção, a cortei no meio rapidamente. Uma peculiaridade das criaturas que surgem do desequilíbrio entre luz e trevas, e que elas não sangram, quando são cortadas ou destruídas se desfazem, podem se transformar em mariposas, pontos de luz ou pétalas, varia muito.

Estes viravam mariposas.

Senti algo ser jogado em meus pés, olhei rapidamente, era uma faca. Olhei para cima, havia duas pessoas ali. As duas se vestiam igualmente, um manto negro e uma mascara sem face no rosto. Podia perceber que o cabelo de um era ruivo e do outro castanho, e pelo corpo eram dois garotos, apenas isso.

O de cabelos castanho saltou e correu em minha direção, tive tempo apenas de me defender. Saltei para trás, parti o cabo de minha foice em dois, e saiu de dentro dela uma corrente que juntava os dois cabos.

– Aaaaaah! – Michelle, ela estava gritando! Olhei para o lado e vi o ruivo a atacando.

– Ah não meu camarada! – Girei minha foice e a joguei na direção dele, o bom da correte e que me permitia lutar a longa distancia também. Ele saltou desviando de meu ataque, puxei a corrente e de volta, e antes que ele aterrissasse joguei uma pancada de ar nele, que o fez se desequilibrar e cair de mau jeito.

– Deveria se preocupar com você. – O outro me atacou, e por pouco consegui me esquivar, havia um corte em minha bochecha agora.

Olhei ao redor, Michelle estava se levantando e Sunny lutava contra os lobos que não paravam de ataca-la.

– Quem são vocês?

– Nós? Neste exato momento... – Ele se colocou em posição de ataque. – Seu pior pesadelo.


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