Contatore escrita por Lady_Luz


Capítulo 10
Capítulo 09 - A Janela




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Alicia Fermont

Estava sentada em minha cama, encostada na cabeceira. Abraçava meus joelhos. Luna entrou no quarto e suspirou, ela andou ate a minha cama, era a mais próxima da janela, e se sentou ao meu lado.

- Você quer falar sobre o assunto Ali?

- O papai... Isso me preocupa... – Olhei nos olhos de minha irmã. – Quando tia Agatha falou, senti meu coração aperta de tristeza e preocupação... Mas quando ela nos levou para vê-lo...

- Sentiu que aquele não era o nosso pai? Que uma energia misteriosa emanava dele, e que parecia que ele não tinha alma? – Balancei a cabeça afirmativamente. – Também senti isso...

- Estou preocupada com isso, fico me perguntando o que realmente aconteceu.

- Perguntar para Orion não adiantaria... Já perguntei para ele, “informação sigilosa”, foi o que disse. – Luna imitou a voz de Orion de uma forma engraçada, soltei uma leve risada.

- E agora Agatha vai nos vigiar direto... E ainda confiscou nossas armas! Ainda não acredito nisso!

- Bem... Vamos ir dormi então. Temos um dia cheio amanhã. – Luna se levantou e deitou em sua cama.

Me deitei e me cobri, virando na direção da janela. Fechei meus olhos, porém não conseguia dormi, me virava e nada. Desisti de esperar o sono, me levantei e caminhei ate a janela, ela não era reta com a parede, ela se afundava formando um semi circulo e tinha uma “muretinha” cheia de almofadas. Me sentei ali e encostei a cabeça no vidro da janela, observando a lua. A lembrança da luta contra a Testament me veio a mente. Serrei meus dentes. Aquilo aconteceu por causa da diferença nas forças, comparada a ela, eu era muito fraca. Precisava mudar isto, precisava me torna mais forte, Agatha podia ter tirado nossas armas, mas eu poderia treinar mesmo sem minha chakrans, ou comprar um par feito de madeira para poder ao menos treinar.

Olhei para a rua, e pisquei algumas vezes, meu cérebro deve esta me pregando peças. Lysandre e Dimitry estavam na frente da minha casa? Me levantei e fui procurar meu casaco e pantufas quando me lembrei, Agatha disse que iria escolher babas para agente, mas aquilo era sério? Lysandre e Dimitry?

Sai do quarto e desci as escadas, abri a porta e encarei os dois a minha frente.

- Posso saber por que estão aqui? Essa atitude e meio suspeita e os vizinhos poderiam chamar a policia sabiam? – Questionei.

Lysandre olhou para mim com certa repreensão, Dimitry esboçou um leve sorriso de canto.

- Sinto muito pelo inconveniente senhorita Alicia. – Dimitry fez uma leve reverencia.

- Alicia? – Escutei a voz distante de minha mãe. – Com quem esta conversando meu anjo? – Olhei para trás e vi minha mãe descendo as escadas.

- Dimitry e Lysandre estão aqui fora. – Comentei simplesmente.

- Hum... – Ela andou ate mim e se colocou na minha frente. – Posso saber por que estão aqui? Mesmo que sejam colegas das minhas filhas, se não me derem um bom motivo irei ligar para a policia. – Quase rir com aquilo, imaginar aqueles dois sendo presos era hilário de certo ponto.

- Agatha mando que cuidássemos para que suas filhas ficassem longe de problemas. – Dimitry sorriu levemente.

- Não temos intenção de ser um incomodo senhora Fermont. – Lysandre completou.

- Ah! Então e isso? – Pude sentir a leveza na voz de minha mãe. – Vocês gostariam de uma xícara de chá de pêssego?

- Não e necessário Senhora Fermont. – Lysandre ainda não sabia, que minha mãe nunca aceitaria um não como resposta.

- Oras! Mas claro que é! – Minha mãe andou ate eles e pegou cada um pelo braço e os arrastou para dentro de casa. Fechei a porta assim que entraram. – E não me chame de senhora! Pode me chamar apenas pelo meu nome, Elionor, e pronto!

Lysandre olhou para mim, como se pedisse socorro, levantei as mãos e ombros, como um sinal que estava de mãos atadas. Mamãe os arrastava para a cozinha.

- Que barulheira e essa? – Luna descia as escadas coçando os olhos.

- Lysandre e Dimitry estavam do lado de fora de nossa casa, vigiando, por que eles são as “babas” que Agatha mandou, e mamãe os arrastou para a cozinha para força-los a tomar chá de pêssego.

- Como sempre, nossa querida mãe que engorda todo mundo.

- Basicamente.

- Esta afim de ver o desespero do nosso calado amigo enquanto confronta a tagarela da nossa mãe? – Luna olhou para mim com um sorriso brincalhão nos lábios.

- Espero que tenha pipoca. – Brinquei.

Andamos na direção da cozinha. Mamãe fazia varias perguntas para os dois, ela sempre fazia isso, os pressionava fazendo o Maximo de perguntas o possível, estudando e analisando cada palavra. Alguns achavam que minha mãe era apenas uma “mãezona”, mas na verdade, eles não percebiam que estavam sendo interrogados, e que uma resposta errada poderia resulta em uma tragédia, para eles claro.

Após muitas perguntas mamãe os deixou em paz, e disse que seria melhor eles irem para casa, os guiei ate a porta.

- Lysandre. – Chamei, ele olhou para mim. – Você e a minha “baba”, ou de minha irmã?

- Sua. – Disse simplesmente.

- Eu gostaria de começar a treinar, poderia me ajudar?

- Estarei a sua disposição. – Ele sorriu e se virou, voltou a andar.

Fechei a porta e subi para o meu quarto, quando entrei nele minha irmã estava na janela.

- Luna tudo bem?

- Aili, sente-se aqui, quero lhe contar o que realmente aconteceu quando eu encontrei um testament pela primeira vez.

- Como assim Lu? – Pisquei algumas vezes e me sentei ao lado dela. – Você por acaso mentiu?

- Não apenas omiti alguns fatos. – Ela olhava para o chão, e não diretamente para mim.

- Por que?

- Para o nosso próprio bem. – Ela levantou o rosto e me fitou diretamente nos olhos. Senti um calafrio com aquilo.


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