What If escrita por Olivia Hathaway, Maria Salles


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda! Aqui quem vos fala é a Mary. o// Após a dona Anita ter monopolizado por aqui *COFCOF* resolvi aparecer!! lalala Brincadeira gente, eu estive doente e a coitada tem carregado a fic nas costas, tadinha.

Só temos 1 palavra para definir esse capítulo: complexo.
Sério, pensem num capítulo complicado para escrever! Especialmente a cena Romitri (lá embaixo nós falaremos disso!). Estávamos prestes a arrancar os cabelos aqui!
Bom, não foi um dos meus capítulos favoritos, mas espero que gostem ^^

PS: contém cenas de BP!



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Como Lissa tinha me dito, as aulas começaram no dia seguinte a todo o vapor. Os professores que tinham morrido no ataque haviam sido substituídos - o mesmo tinha acontecido com os guardiões. E mesmo agora, três dias depois, ainda podíamos ver as cicatrizes que o ataque trouxera. A Academia estava se esforçando para se recuperar do ataque, mas as coisas não iriam mais voltar a serem como eram antigamente. Nunca mais.

Alberta tinha nos comunicado mais cedo que a experiência de campo voltaria a funcionar hoje, mas com algumas modificações: os ataques falsos estariam suspensos até o final do mês. O motivo dessa decisão era óbvio: as pessoas ainda estavam traumatizadas com o ataque - especialmente os Moroi. Simular um ataque de Strigoi agora só pioraria a recuperação. Eu achava que eles iriam trocar nossos protegidos, na esperança de que eu conseguisse ficar com Lissa, mas não aconteceu. Eu continuaria guardando Christian pelo próximo mês, exatamente como antes. Bem, algumas coisas não mudariam.

Inclusive a arrogância de Stan.

Eu achava que ele ficaria calado por causa do ataque, mas não. O único vestígio de como isso o tinha afetado estava nos seus olhos, que geralmente eram inexpressivos. Ele estava falando sobre as técnicas que usamos para proteger nossos Moroi antes do ataque, apontando a falha de cada um de nós. Ele inclusive estava segurando o bloco de anotações que tinha usado para anotar todos os nossos movimentos durante os testes.

"A partir de hoje, quando retomarmos com a experiência de campo, seremos mais rígidos nas avaliações." disse, largando o caderno na mesa. "Eu tenho certeza que cada um está mais do que disposto a se esforçar para proteger seu Moroi depois de tudo"

Meus colegas se remexeram em seus lugares, desconfortáveis. Stan continuou, sem dar a mínima para os resmungos. "Vamos trabalhar em cima de suas fraquezas. Especialmente quando se trata de controle." Seu olhar caiu em mim. "Lembrem-se sempre disso: vocês não podem deixar suas emoções tomarem conta de vocês. Elas podem arriscar a vida do seu protegido, inclusive a sua."

Eu reprimi o impulso de revirar os olhos. Tinha certeza que Stan me perturbaria com isso até a graduação. Nosso relacionamento podia ter ficado menos espinhoso depois da morte de Mason e do ataque, mas não o suficiente para que ele parasse de me provocar. Ele ainda era Stan Alto, afinal de contas. Rose Hathaway nunca seria vista exatamente como uma salvadora e uma aluna exemplar aos seus olhos - eu também não era exemplar na maior parte do tempo. Ele sempre iria criticar alguma coisa.

E era como eu tinha dito antes: eu realmente merecia levar essa bronca. Foi por isso que eu não rebati a indireta. Stan percebeu isso, pois acabei vendo certa curiosidade no seu olhar.

Ele virou para o resto da classe, e de repente vi sua expressão ficar dura. Parecia que iria sair vapor por suas orelhas a qualquer momento. "Sr. Bell, o que pensa que está fazendo com celular no meio da minha aula? Saia imediatamente!"

Douglas Bell, um dhampir loiro que eu lembrava ter sido derrubado por Yuri em uma das provas de campo, praticamente estava encolhido sobre o olhar de Stan, e claramente surpreso por ter sido pego.

Eu suspirei e voltei a encarar meu livro.

***

Encontrei Lissa e os outros no refeitório para o almoço. Ela estava com Adrian, Eddie e Avery.

Olhei para os lados e não vi Christian em lugar nenhum.

"Sua carga está nos alimentadores." Adrian disse, sorrindo. Ele apoiou seu queixo na mão. "Parece que alguém não anda fazendo o serviço direito. Não esperava isso vindo de você, Pequena dhampir"

Eu revirei os olhos. "Menos, Adrian. A experiência só passa a valer depois da última aula"

"Dê uma folga para ela, Ivashkov" eu olhei para o rosto sorridente de Avery. "Pelo que sei, Rose Hathaway é a melhor veterana daqui. Ela precisa se recuperar das lutas"

Adrian murmurou alguma desculpa antes de voltar a tomar um gole de alguma bebida no seu copo - eu nem queria imaginar o que era. Eu devolvi o sorriso para ela. "Obrigada pelo voto de confiança"

Era bom saber que Avery estava se dando bem. Lissa tinha mudado suas atitudes sobre Avery quando a pegou tendo uma briga muito feia com o pai dela - ele tinha insultado a própria filha e nem se preocupou em esconder seu desprezo por ela, inclusive o da sua mãe. Eu tinha ficado com mais pena ainda dela, e Lissa também. Mas agora, Avery parecia bem mais feliz na nossa companhia. Eu suspeitava que nós fôssemos quase que uma segunda família para ela, já que até seu irmão e seu guardião eram ambos sem graça e duros com ela.

E ainda, ela ficou agradavelmente surpresa por ver Avery se encaixando perfeitamente, encantando ambos Adrian e Christian. Admitidamente, Adrian era impressionado por quase qualquer coisa feminina. Christian era mais difícil de ganhar, mas até ele parecia estar ficando mais e mais encantado por ela – provavelmente porque ela ficava tesando Adrian. Qualquer um que fizesse piada à custa de Adrian subia na lista de pontos de Christian.

“Sendo assim, explique isso,”Avery disse, enrolando o linguine no garfo. “Você apenas, tipo, perambula pela academia o dia inteiro? Você esta tentando refazer suas experiências do ensino médio?”

“Nada de refazer,”disse Adrian com orgulho. “Eu totalmente regi o meu ensino médio. Eu era cultuado e adorado – não que isso seja um choque.”Ao lado dele, Christian quase se engasgou com sua comida. Não faziam nem cinco minutos que ele tinha sentado na mesa com seu almoço.

“E aí...você esta tentando reviver seus dias de glória. Isso tudo foi por água abaixo desde então, huh?”

“De jeito nenhum,”disse Adrian. “ Eu sou como um vinho fino. Ficou melhor com o tempo. O melhor ainda esta por vim.”

“Parece que ficará velho depois de um tempo,” dia Avery, aparentemente não convencida pela convincente comparação com vinho. “Eu certamente estou entediada, e eu até passei parte do dia ajudando meu pai.”

“Adrian dorme a maior parte do dia,” apontou Lissa, tentando manter a rosto sério. “Assim ele não tem realmente que se preocupar sobre encontrar coisas pra fazer.”

“Hey, eu passo uma boa porção do meu tempo ajudando você a desvendar os mistérios do Espírito,” Adrian a lembrou.

Avery se inclinou para frente, curiosidade por todo o seu bonito rosto. “Então isso é realmente real? Eu ouvi historias sobre Espírito... e como você pode curar pessoas?”

Eu olhei para Lissa. Ela levou um tempo para responder. Ela não estava certa se conseguiria se acostumar com o fato de sua magia ser exposta a todos. “Entre outras coisas. Nós ainda estamos tentando compreender isso.”

Adrian estava mais ansioso que ela para discutir isso – provavelmente na esperança de impressionar Avery – e providenciou um rápido resumo de algumas das habilidades do Espírito, como auras e compulsão. “E,”ele adicionou, “Eu posso visitar os sonhos das pessoas.”

Christian levantou a mão. “Pare. Eu acabei de sentir que há um comentário vindo sobre como as mulheres já sonham com você. Eu comi agora, você sabe.”

“Eu não estava indo por esse caminho,”disse Adrian. Mas ele meio que parecia com se desejasse que ele tivesse pensado na piada primeiro. Eu não pude não achar engraçado.

Adrian era tão imprudente e petulante em público... mas aí, nos meus sonhos e nos assuntos que envolviam meu romance com Dimitri,ele se mostrava o seu lado sério e preocupado. Ele era mais complexo do que qualquer um o dava crédito.

Avery parecia derrotada. “Cara. Eu costumava pensar que Ar era legal. Acho que não.”um pequena brisa de repente soprou o cabelo dela, fazendo-a parecer como se estivesse pousando para um ensaio fotográfico de roupa de banho. Ela deu ao grupo um sorrido deslumbrante. Tudo que faltava era um fotógrafo.

"Ar é um ótimo elemento" falei, cortando outro pedaço do meu bife. "É só você saber como usá-lo. Você poderia asfixiar um Strigoi, por exemplo"

Magia ofensiva era um tópico praticamente proibido entre os Moroi, especialmente quando se tratava de usá-la para combater os Strigoi. Por séculos, os Moroi tinham decidido entregar aos guardiões a tarefa de protegê-los. Mas agora as coisas pareciam estar mudando. Tasha Ozera, e até mesmo Lissa, eram a favor dos Moroi aprenderem a lutar com magia e estavam tentando convencer os outros a permitirem.

Desde a morte de Mason e do ataque, eu passei a apreciar a ideia dos Moroi usarem magia ofensiva para se defenderem dos Strigoi. Fogo e Ar eram os melhores elementos para usar como arma contra os eles, e recentemente eu vi que Água não era tão inútil assim, afinal, se Mia não tivesse quebrado aquele aquário e distraído Isaiah e Elena com água, eu também não estaria viva.

"É mesmo?" perguntou ela, pensativa. "Eu nunca pensei nisso... Acho que também usar magia para fazê-los voar não é uma má ideia"

"Eu não me importaria se você fizesse o Christian voar" falei, e rapidamente acrescentei. "Para bem longe, de preferência"

Christian levantou os olhos da comida. "Whoa! Tudo isso só porque você não quer me guardar? Eu nem ronco a noite!"

Eu devolvi o olhar. "Você ronca. Mas você dorme pesado demais para perceber isso" vi que um leve tom de vermelho tingiu suas bochechas e segurei uma risada.

Lissa apenas balançou a cabeça. "Rose, você provavelmente seria expulsa assim que soubessem que ele teria sumido. E é claro que eles saberiam que você teve a mão nisso"

Eu estava prestes a argumentar que era boa em como esconder as evidências quando olhei para o relógio. "Merda"

"O que foi?" perguntou Avery. Eu provavelmente tinha feito uma cara bem feia para todos estarem olhando para mim.

Tomei o resto do meu suco. "Vou me atrasar para o treino se não sair agora"

"Ah" Adrian se recostou na sua cadeira e me lançou um olhar divertido. "Então é bom você ir. Belikov não é um homem muito tolerante quando se trata de atrasos"

Eu apenas encarei seus olhos verdes. Avery se levantou. "Bom, eu também tenho que ir. Meu pai quer que eu o ajude com umas papeladas" ela não se preocupou em ocultar o desprezo na sua voz quando disse a palavra 'pai'.

"Vejo vocês mais tarde então" Lissa disse. E pelo laço, ela acrescentou: Encontre-nos depois na sala ao lado do depósito. Estaremos treinando Espírito.

Eu saí, com Avery logo atrás de mim. Percebi que estava andando rápido quando ela disse."Espere, Rose"

"Desculpe" murmurei, diminuindo os passos até que ela ficasse do meu lado.

"Então, eu queria te perguntar uma coisa. Vai ser rápido, eu prometo" ela esfregou as mãos. Ela parecia nervosa, o que aumentou mais a minha curiosidade. "Você e o Adrian estão, uh -"

Levantei uma mão. "Não" Eu deveria saber que essa pergunta viria mais cedo ou mais tarde. Também deveria saber que Avery tinha ouvido dizer que eu estava com Adrian. Afinal, era o que todos diziam. "Onde você ouviu isso?"

"Na Corte. E aqui também. Todos dizem que você e Adrian estão juntos em um romance proibido"

"Repleto de tensões sexuais, eu presumo" Ela assentiu. Gemi. "Casamento também, certo?"

Ela nem precisou responder. "Desculpe, eu não queria trazer a tona assuntos ruins. Só queria saber se Adrian estava disponível."

Eu dei um sorriso tranquilizador pra ela. "Não tem problema. Eu só odeio esses boatos. Mas respondendo a pergunta, o Adrian está sim disponível"

Sua expressão se iluminou, e novamente eu me lembrei do quão fascinado Adrian parecia com ela. Até mesmo sua atenção tinha se desviado de mim para ela, inclusive as piadas. Yeah, não seria uma má ideia os dois juntos. Seria até bom, porque Adrian pararia de sofrer porque eu estava com Dimitri. Quem sabe Avery não conquistaria seu coração? E eles combinavam: ambos eram bonitos, engraçados e da realeza. E o mais importante: eles pareciam estar atraídos um pelo outro. Aposto que até Tatiana ficaria mais feliz em vê-lo com ela do que comigo e desistiria da absurda ideia de casá-lo com Lissa.

"Você me intriga, Rose"

Olhei para ela. "O que quer dizer com isso?"

"Bem" ela desviou de um galho de árvore que tinha caído no chão. "Você vive rodeada de caras quentes que a maioria das garotas matariam para ter na cama e mesmo assim você os trata só como amigos"

"Que caras?"

"Você sabe... tem o Adrian, aquele dhampir loiro bonitinho e o Guardião Belikov. E corrija-me se eu estiver errada, ele é seu professor, certo?"

"Certo"

Ela me encarou como se eu fosse louca. "Meu deus! Se ele fosse meu professor de luta, eu há muito tempo tinha me jogado em cima dele! Não sei como você consegue se segurar quando está perto dele. Ele é sexy demais para ser ignorado... E vocês parecem ser bons amigos" seus olhos se alargaram. "Ah meu deus, desculpa por isso..."

"Relaxe" falei, me divertindo com as reações dela. Me lembrou de Jill, que disse algo semelhante sobre a minha relação com Dimitri. Mas mal as duas sabiam que minha relação com Dimitri ia muito mais além de amizade e ensinamentos. "Eu também acho ele bem quente, mas não o vejo como... algo a mais. Ele é apenas meu instrutor e amigo"

Ela me estudou novamente e pareceu aceitar o que eu tinha dito. Dava para ver que ela ainda me achava louca por recusar Dimitri, mas aposto que ela estava mais feliz pelo fato de Adrian estar disponível.

“Oh,” disse Avery de repente. “Aí esta Simon. Eu devo ir.”

Simon, o guardião de Avery, estava parado perto do pátio. Ele tinha o mesmo olhar duro de sempre, e praticamente me ignorou. Ele e o irmão dela, Reed, não quiseram se juntar a nós. Se eu fosse uma pessoa mais sentimental, teria ficado chateada com a arrogância deles. Mas Avery parecia não se importar com a decisão deles - muito menos com cara amarrada de Simon.

Eu continuei meu caminho, indo até o ginásio. A parte boa além de eu ter conseguido voltar a participar em tempo integral na experiência de campo, era que eu continuava a ter meus treinos com Dimitri. E agora que a experiência voltaria, eu pensei tristemente, nós nos veríamos apenas 2 vezes por dia.

Entrei no ginásio e larguei minha bolsa em um dos bancos e estava prestes a entrar no vestuário quando o vi.

Ele estava socando um saco de pancadas, e pela velocidade e a força dos socos e chutes, eu diria que faltava pouco para o saco arrebentar. Seu cabelo castanho escuro estava preso naquele usual rabo de cavalo, mas alguns fios tinham escapado e caiam no seu rosto. Havia gotas de suor na sua testa, mas ele estava concentrado demais para perceber isso. Inclusive a minha presença.

Eu fiquei parada ali, observando ele lutar. Seus golpes eram rápidos e precisos, e certamente seriam letais para qualquer Strigoi. Além da sua altura que lhe dava vantagem nas lutas, Dimitri tinha um porte atlético muito bem trabalhado, que lhe conferiam força brutal e agilidade. Ele era uma verdadeira máquina de matar. E um deus da luta.

Ele parou de socar e levantou seus olhos, dessa vez para me olharem. "Há quanto tempo você está aí?"

Eu me desencostei da parede e cruzei os braços. "Alguns minutos. Não queria te atrapalhar, ainda mais porque você estava concentrado"

Ele pegou um pano perto da sua garrafa d'água e enxugou o rosto. "Você deveria ter me chamado. Estamos dez minutos atrasados"

Revirei os olhos por causa da sua pontualidade excessiva e me aproximei dele. Nossos olhos se encontraram brevemente. "Nosso treino termina quinze minutos antes das próximas aulas começarem"

"Bem. Vamos começar então. Você já se trocou?"

Dimitri estava cumprindo e muito bem seu papel de ser estritamente profissional comigo. Ele estava sempre usando aquela máscara de guardião que escondia suas emoções, como naquele momento. Era como se o episódio da cabana não tivesse existido. Aquilo me irritava, e ele sabia disso.

Mas havia algo naqueles olhos, e não era por causa da nossa atração. Eles pareciam assombrados, como se tivessem acabado de viver um pesadelo - e a pancadaria seria uma prova de que aquilo não tinha sido real. Ele pareceu perceber isso, pois ele quebrou o contato visual.

Eu bufei e me arrastei até o vestuário. Quando voltei, ele voltou a olhar para mim e cruzou os braços. Seu rosto voltara a ser inexpressivo. “Acho que seria bom se revessemos algumas técnicas de luta hoje. Já se aqueceu?”

Não. “Já.” Odiava ver Dimitri assim. Depois de tudo eu meio que esperava que fosse mais aberto comigo. Só um pouquinho mais.

Ele balançou a cabeça, e vi um fantasma de um meio sorriso em seus lábios. “Ok, vamos começar aquecendo então.” Dimitri sempre sabia quando eu mentia.

A sessão de aquecimento durou pouco mais de cinco minutos. Alonguei meus músculos e Dimitri forçou ainda mais meus membros. Após ter me dado um minuto para me recompor, ele subiu no tatame e se preparou, esperando-me. Imitei sua posição e avencei contra ele.

A forma como Dimitri lutava era de tirar o fôlego. Sua técnica, habilidade e força, além da agilidade, eram incríveis. Não era a toa que o chamavam de deus por ai. Apesar de nossos primeiros contatos terem sido um pouco turbulentos, era grata por tê-lo como professor particular. Então não foi surpresa ele ter me derrubado várias vezes. Ele estava mais atento e mais ágil que nunca.

“Você não está concentrada, Rose.” Disse-me ele a alguns minutos da aula acabar.

“Claro que estou.” Retruquei, secando o suor da testa “Ou já se esqueceu dos golpes que te acertei?”

“Um golpe ou outro não te faz vencer um Strigoi. Você deve derrubá-lo e estacá-lo. Essa é a vitória.” Estava prestes a retrucar quando Dimitri movimentou-se com rapidez para trás de mim me dando uma chave de braço. “Não está se concentrando.

Com um suspiro ele me soltou e voltamos à posição defensiva. “Você deve esvaziar sua mente, Rose. O que está te preocupando?”

O que aconteceu a seguir pareceu um déjà-vu.

Começamos a lutar novamente, Dimitri bloqueando meus golpes com facilidade e dando pouca abertura para que eu conseguisse acertá-lo. Até que, quando ele tentou manejar bloquear-me e ao mesmo tempo me golpear, visualizei uma falha em seu movimento e arrisquei. Passei por baixo de seu braço e lhe dei uma rasteira, levando-o ao chão com surpresa. Mas Dimitri segurou-me pela cintura e me levou consigo.

Antes que eu pudesse cantar vitória, meu sorriso foi apagado quando ele segurou meus braços e me virou no tatame. Suas pernas seguraram as minhas e suas mãos pressionaram meus pulsos contra o chão.

Já estivemos numa posição muito semelhante dias atrás. O calor da luta e a adrenalina nos deixaram sem fôlego assim como da última vez. Entretanto, havia algo diferente entre nós. A tensão era maior e os olhos de Dimitri brilhavam de desejo. Ele me queria, eu também o queria. Mas nós não podíamos. Também não podíamos ser mais que amigos, mas isso não nos impediu. Esse era o problema.

"Você realmente quer saber o que está me preocupando?" minha voz não passava de um sussurro. Quase inaudível. Mas ele ouviu. E o fogo que acendeu em seus olhos provava que ele tinha entendido o que eu quis dizer.

E Dimitri ia me beijar. Eu sei que ia, e meu corpo se acendeu em antecipação. Estava quieto demais e me olhava com uma intensidade que eu conhecia bem. Eram apenas alguns centímetros para superar e estávamos sozinhos.

Ele estava começando a abaixar seu rosto para mais perto do meu quando a voz de Stan soou alta.

“Belikov.” Dimitri se afastou e seu rosto estava coberto pela máscara de inexpressividade. “Ah, está ensinando a Srta. Hathaway.” Havia prazer em sua voz em me ver derrotada. Mal sabia ele...

“Em que posso te ajudar, Alto?” Dimitri se levantou e estendeu a mão para mim.

“Estamos precisando de você.” Ele disse, com um sorrisinho arrogante para mim.

“Tudo bem, vou só pegar meu casaco e vamos.” Olhou para mim com um aceno de cabeça. “Terminamos por hoje, Rose.”

De costas para Stan, seus olhos castanhos imensamente profundos lançaram-me um olhar de aviso junto com uma mensagem: Vê agora, Rose? Por isso temos que ficar separados.

***

Eu não estava a fim de fazer duas viagens para carregar minhas coisas para o quarto de Christian.

Sinceramente, hoje era um dos dias em que a preguiça havia me consumido - menos quando se tratava de lutas. E agora eu estava pagando o preço por ter a deixado ganhar: equilibrar meu travesseiro estava se tornando impossível e ele poderia cair em uma poça de neve derretida a qualquer momento. O vento também não estava ajudando muito.

"Precisa de ajuda?"

Eu praticamente dei um pulo de susto, o que fez o travesseiro escorregar dos meus dedos e cair no chão. Mas uma mão foi, mas rápida e o agarrou antes que ele atingisse o concreto. Olhei para o cima e vi Dimitri segurando meu travesseiro. Ele tinha um meio sorriso divertido.

Peguei o travesseiro da sua mão e o joguei em uma da minha bolsa. "Obrigada, camarada, mas acho que consigo lidar com isso" Eu não precisava dele para carregar minhas coisas. Se eu podia empalar um Strigoi, por que não carregar um pouco de peso? Dimitri não precisava me ver apanhando para algo tão insignificante.

Ele também pareceu perceber isso, pois seu sorriso só ampliou. "Você não precisa fazer isso sozinha, Rose" E antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ele puxou uma das minhas bolsas e o travesseiro.

"Não há necessidade de você ser cavalheiro" era uma mentira. Eu apreciava todas as vezes que Dimitri era um cavalheiro - aquilo só o deixava mais sexy

"Eu achei que você ainda estava na reunião" falei.

"Não. Ela acabou meia hora atrás" revelou. Nós começamos a andar em direção ao dormitório Moroi.

"E você pode me dizer sobre o que foi? Ou é assunto ultrassecreto dos guardiões?"

Aquilo o fez sorrir de novo. "Na verdade, não foi algo super secreto. Alberta apenas me convidou para entrar para o comitê e me nomeou vice-capitão"

Eu quase tropecei nos meus próprios pés. Olhei para ele, incrédula."Vice? Isso te dá agora autoridade para agir praticamente como o chefe dos guardiões aqui!"

Ele ignorou meu choque. "Eu não diria exatamente isso. Eu só assumiria quando Alberta estivesse fora do campus"

"Mas mesmo assim é um cargo muito importante!" O comitê dos guardiões era o topo da hierarquia dos guardiões e aprendizes dhampirs da Academia. Eram eles que atribuíam as funções para cada guardião que trabalhava na Academia, organizavam nossos testes... Em suma: todos os assuntos relacionados aos guardiões eram tratados com eles. Inclusive ocorrências disciplinares que envolviam quebra do protocolo dos guardiões. Alberta, Emil e Celeste eram os membros do comitê. E como Celeste tinha morrido no ataque, Alberta precisou arrumar um substituto, que acabou sendo Dimitri.

Eu estava surpresa pela escolha, mas não era por ele não ser bom para o serviço. Dimitri era bom, muito bom no que fazia. Ás vezes até demais, superando Alberta e os outros. Eu estava surpresa tanto por Dimitri ser mais novo que os demais quanto por ele estar na Academia a bem menos tempo do que outros professores, por exemplo. Geralmente os escolhidos eram guardiões mais velhos e que trabalhavam há mais tempo na escola. Essa conquista provava mais uma vez o quão foda Dimitri era.

Dimitri, entretanto, parecia indiferente ao cargo que acabou de conquistar, como se toda aquela influência e respeito que ele tinha adquirido não fosse nada demais. Diabos, ele podia estalar os dedos e despedir um guardião se ele quisesse! E aquilo com certeza o faria ser mais cobiçado para ser guardião de algum Moroi.

"Cara, você poderia despedir o Stan se você quisesse" eu disse, excitada com a ideia. Ao chegarmos próximos da entrada do dormitório, eu me virei para que pudesse ficar na frente dele. "Ou puni-lo por ser tão filho da-"

"Rose" havia uma nota de aviso na sua voz, mas eu podia ver que ele mais estava se divertindo com a minha reação do que irritado. Eu sabia que era complicado para ele manter a pose séria em momentos como esse, onde eu dizia algo absurdo. "Você sabe que isso dificilmente aconteceria. E não é como Stan odiasse você"

"Ele odeia." Então me lembrei de quando eu estava na caverna, no alívio que ele transparecia quando me encontrou viva checando o pulso de Dimitri. "Não muito. Quero dizer, eu sei que ele se importa, mas na maior parte do tempo ele me provoca, e me trata como se eu fosse uma criança"

"Ele só gosta de pegar no seu pé"

"Tanto faz. Ainda não mudei de ideia sobre dispensá-lo" Eu me lembrei de outro ponto. "E nossos treinos... ainda irão continuar?"

"Claro que sim" ele disse como se aquilo fosse óbvio demais. Uma parte de mim se sentiu aliviada com isso. "Por que você achava que pararíamos?"

"Eu só queria passar mais tempo com você" saiu antes mesmo que eu pudesse me segurar. Dimitri congelou, e entendimento se passou pelo seu rosto. O sorriso que ele tinha morreu de repente.

Não importa o que tínhamos dito um para o outro sobre manter as coisas extremamente profissionais entre nós e ignorar nossa atração até a formatura, eu não conseguiria levar isso mais a diante.

Dimitri trouxe tanta coisa boa para a minha vida além de amor, instrução, força e conforto. Ele tinha me ensinado a explorar o meu melhor, e a aquietar meus demônios pessoais. Ele também tinha uma fé enorme em mim. Mas controle foi a única coisa que não consegui aprender direito. Especialmente quando se tratava de nós. E era bem aí que nos diferenciávamos um do outro.

Dimitri aproximou-se de mim e manejou com a maior facilidade segurar minhas coisas com apenas um braço. A mão livre ergueu-se para meu rosto e gostei do contato quente com a minha pele.

"Às vezes precisamos sacrificar algumas coisas por um bem maior" ele disse com a voz carregada. Eu busquei seus olhos, e fiquei surpresa com a quantidade de emoções ali expostas. Algo se agitou dentro de mim - de um jeito bom. Mas eu não suportei toda aquela intensidade daquele olhar, era demais para mim.

Eu pisquei. "Isso é o quê, outro ensinamento zen?"

Ele sorriu, e a mão que segurava minha bochecha caiu. "Não, Roza. Isso se chama vida"

Nesse momento, eu avistei Christian saindo do dormitório e vindo até nós. Ele tinha uma expressão ilegível no rosto. Dimitri prontamente ficou ao meu lado, a uma distância segura.

Eu me lembrei de mais cedo, quando Stan apareceu quase a ponto de nos pegar beijando. Agora tínhamos acabado de enfrentar uma situação semelhante. Nós tínhamos quase cruzado aquela linha ao expor nossos sentimentos. Era por isso que o controle era algo fundamental. Apesar de tudo, eu fiquei feliz em encontrar uma brecha na armadura de Dimitri. Era bom saber que eu não era a única que estava sofrendo com essa distância imposta - e infelizmente necessária - entre nós.

"Sr. Ozera" cumprimentou Dimitri.

"Guardião Belikov" respondeu Christian com um aceno. Ele ainda tinha um olhar estranho no rosto, como se Dimitri tivesse uma segunda cabeça e tentáculos. O que era estranho.

Dimitri disse que precisava partir e me avisou que amanhã só teríamos treino depois das aulas. Eu já esperava aquilo, já que ele estaria viajando daqui a pouco para resolver alguns assuntos - ele não entrou em detalhes e eu não o pressionei. Eram negócios de guardiões, afinal de contas. E não era a primeira vez que isso acontecia.

"Tudo isso só para não fazer uma segunda viagem?" disse Christian enquanto segurava a porta do dormitório para mim. "Eu achei que os guardiões treinavam vocês para não ter preguiça"

"Eles treinam. E também para suportarmos o máximo de peso o possível" rebati.

"Você não parece estar fazendo um trabalho muito bom nesses dois -" O ombro de Christian, junto com uma das minhas sacolas bateram em um algo. Um homem. Christian rapidamente se afastou. "Desculpe"

"Sem problemas" eu não consegui distinguir o sotaque da voz. Olhei para o homem e por um momento me senti como se estivesse diante do chefe de uma máfia.

Porque certamente era como o cara se parecia.

Ele era um Moroi que deveria estar na casa dos quarentas, e que tinha uma pele levemente bronzeada. Um bronzeado meio pálido, já que ele era um Moroi. Ele também tinha cabelos pretos e uma barbicha. Mas o mais surpreendente e o que causava aquela impressão de mafioso eram suas roupas e joias. Ele usava um longo casaco escuro que gritava dinheiro, junto com um cachecol vermelho de cashmere. Abaixo dele, eu podia ver uma corrente de ouro que combinava com o brinco que ele usava em uma de suas orelhas. Toda aquela extravagância me fizeram compará-lo também com um pirata ou um cafetão.

Ele me lançou um olhar especulativo, me estudando como se eu fosse alguma coisa bizarra e muito excitante. Eu lancei a ele um olhar feio na esperança de fazê-lo para de me encarar. Mas ao invés disso, eu o fiz rir. E aquela risada provocou arrepios na minha espinha. Meu subconsciente me avisava para se afastar dele, e foi o que eu fiz. Eu puxei Christian para longe dele.

"Que cara estranho" falou ele enquanto subíamos as escadas.

"Você também teve essa impressão?" Christian dificilmente se sentia intimidado por alguém. Ele geralmente ignorava a maioria das pessoas ou respondia com algum comentário sarcástico. Mas com esse cara, ele tinha ficado do mesmo jeito que eu.

"Ta brincando comigo?" Ele me olhou por cima. "O cara parecia da máfia. Um cafetão até. E pelo jeito que ele olhou pra você, eu diria que ele estava considerando em te transformar em uma das mercadorias dele"

"Eu vou fingir que não ouvi você acabando de me chamar de prostituta. Porque se eu der ouvidos, você estará rolando por essa escada num piscar de olhos"

Os olhos dele brilharam. "E você será minha enfermeira pelo resto da experiência de campo se isso acontecer. Porque eu provavelmente precisarei de ajuda para tudo já que meus ossos estariam quebrados. Isso sem falar do F que você tiraria por ser tão descuidada com seu Moroi"

Nós fomos até seu quarto. Novamente, Christian tinha arrumado um lugar para mim no chão. Eu deixei minhas coisas encostadas na parede e arrumei meu travesseiro.

"Bom, acho que agora estamos prontos para ir jantar e-" eu parei quando vi que Christian me olhava fixamente. Era como se ele estivesse prestes a me interrogar. E isso era muito, mas muito estranho. "O que foi?"

Eu desejei não ter perguntado aquilo.

"Há quanto tempo você e Belikov estão juntos?"

Foi como se eu tivesse sido baleada. Eu apenas o encarei, chocada demais para dizer alguma coisa. Porque agora tudo fazia sentido: aquela cara amarrada que ele fez quando Stan comentou da minha imprudência ao ter me arriscado para salvar Dimitri na caverna no dia em que recebi minhas marcas, e a expressão ilegível quando ele cumprimentou Dimitri mais cedo. Ele provavelmente tinha visto a mão de Dimitri no meu rosto.

Eu tinha subestimado Christian. Tinha esquecido o quão inteligente, esperto e observador ele era. E honestamente, minha reação na caverna tinha entregado muito - e apenas os mais espertos e ousados conseguiriam adivinhar. Era como um quebra cabeça. E Christian tinha acabado de montá-lo.

Eu tentei manter minha expressão neutra. "Da onde você tirou isso?"

Um sorriso zombeteiro surgiu em seus lábios. "Rose, você e eu sabemos que eu não vou acreditar no que você falou. Eu não sou o Stan e nem os outros para acreditar em uma simples história de fantasma. Então não minta pra mim"

Era verdade, ele sabia que eu iria negar e inventar todo o tipo de desculpa. Eu me encontrei em uma encruzilhada. E Christian percebeu isso.

"Olha, eu juro que não vou contar para ninguém."

E foi nesse momento que eu finalmente cedi. "O que você quer saber?"

Ele me lançou um longo olhar. "Há quanto tempo vocês estão juntos? Isso foi antes do Mason morrer, certo?"

Assenti. Eu podia ver as engrenagens girando em seus olhos azuis gelo, sobre como agora fazia sentido outros gestos. Eu também percebi que apesar de ter adivinhado, ele ainda estava surpreso. O sorriso se alargou. E ele começou a rir.

Eu apenas o encarei, confusa. "O que é tão engraçado?"

"Cara, você está tão ferrada!"

Eu me senti irritada. "Eu juro que se você abrir a boca -"

"Oh, por favor, Rose" Ele me olhou como se eu fosse ridícula. "É claro que eu não vou contar pra ninguém. Pode ficar tranquila que seu segredo sujo está guardado comigo. Quem mais sabe?"

"Adrian"

Ele arqueou uma sobrancelha. "E Lissa?"

Balancei a cabeça. "Ela não sabe. Eu não posso contar isso para ela"

Suas sobrancelhas se vincaram sobre os olhos. Aborrecimento tomou conta do seu rosto. "Ela é a sua melhor amiga, Rose. Ela deveria saber também"

Eu quase voei da cama. "Christian, eu falo sério. Ela não pode saber. Não agora. Dimitri e eu nem éramos para estarmos juntos. Nós dois seremos, ou íamos ser, os guardiões dela. Lissa era o principal motivo para nos mantermos afastados.”

“Como assim, vocês dois iam ser os guardiões dela?”

Merda. Novamente eu falei demais.

“Há alguns dias atrás tivemos um... revés na relação.” Senti meu rosto esquentar em vergonha. Não acredito que estava discutindo isso com Christian Ozera. “E chegamos à conclusão que não podíamos mais ignorar o que sentíamos. Dimitri vai abrir mão da guarda da Lissa.”

O queixo de Christian caiu e ele se sentou na cama. Não estava irritado por ter tirado um ótimo guardião dela. Parecia surpreso e chocado. “Então vocês dois... a coisa é séria mesmo?”

Balancei a cabeça em afirmação. “Por isso você não pode contar nada à Lissa. Não ainda. Na hora certa eu irei abrir o jogo. Mas muitas coisas aconteceram nos últimos dias, quero deixar a poeira abaixar.”

“E isso será quando?”

Suspirei. “Não sei. Honestamente, não sei.”


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?

Como falamos lá em cima, esse foi um capítulo bem complicado para escrever x__x e complexo! Especialmente as reações do Dimitri no treino! Decidimos fazê-lo agir +- como antes, sem tentar demonstrar todo o seu amor pela Rose (o que a cabana afetou nele foram esses deslizes que ele cometeu!). Achamos que ele teria agido assim caso não tivesse virado Strigoi...

O que acharam do Abe? E do Christian arrancando da Rose? Essa última cena também foi complicadinha para escrever..
.
Se vocês sentiram falta de romance entre Romitri aí, se preparem que no próximo terá bastante!! ESPECIALMENTE PORQUE SERÁ O ANIVERSÁRIO DA ROSE!!!!! Aposto que esse será um dos capítulos mais esperados da fic, certo??? Então não deixem de contar pra gente suas teorias!!

Quanto ao questionário do capítulo anterior, vocês saberão a resposta no próximo ou no capítulo 6!

E eu gostaria de agradecer pessoalmente pelos seus comentários! Gente, que alegria cara!! Ta até uma coisa no coração! hahaha Estamos amando escrever essa fic tanto quanto vocês estão gostando de ler, podem ter certeza. ;)

Bom, acredito que seja isso! Sintam-se a vontade para comentar, recomendar, dar palpites, nos xingar por ter demorado para postar... E nos perdoem se o capítulo ficou ruinzinho =x podemos reescrever se vocês quiserem =P

Só não se esqueçam de nos dizer se vocês estão ou não ansiosos para saberem como será o aniversário da Rose!!! =)