What If escrita por Olivia Hathaway, Maria Salles


Capítulo 6
Capítulo 5 - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!

Primeiramente, nos desculpem pela demora! A Mary estava ocupada e eu passei o final de semana desesperada lendo um livro (sério, fazia um bom tempo que eu não encontrava um livro que me deixasse tão desesperada para saber o que ia acontecer!). Foi até bom esse sumiço porque conseguimos escrever melhor na fic depois haha

Acho que o número de palavras desse capítulo explica o porquê de ele ser dividido =P

Nos encontramos lá embaixo =)

Ps: se tiver algum erro, me avisem! Eu não revisei direito haha



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Eu acordei com algo sendo pressionado contra meu rosto. Mais especificamente, aquilo estava me espetando. Eu empurrei aquilo e abri meus olhos para encontrar um buquê de rosas vermelhas a centímetros do meu rosto.

"Que diabos!" minha voz saiu grogue por causa do sono. Eu pisquei antes de voltar a encarar aquilo.

Não era apenas um buquê de rosas. Era o maior buquê de rosas que eu já tinha recebido na vida. E Christian estava segurando ele. Impaciência estampava seu rosto, e eu tive certeza que alguém o tinha acordado antes da hora para me entregar isso.

"Como isso veio parar aqui?" perguntei, me sentando no colchão. Tentei organizar as rosas com cuidado para não arruiná-las mais ainda. "Você virou um pombo correio ou o quê?"

Ele me lançou um olhar irritado. "O que você acha?"

Eu ignorei seu mal humor e comecei a procurar pelo cartão. Essas coisas sempre tinham um cartão, certo? Alívio me preencheu quando encontrei uma pequena folha cuidadosamente dobrada no meio das rosas. Apesar da letra ser feia, eu consegui entender a mensagem. Era mais um de seus poemas, mas dessa vez ele não me comparou com uma rosa.

Embaixo havia um "Parabéns, Pequena dhampir" escrito em letra de forma. Balancei a cabeça e reprimi um sorriso. Adrian.

"O que é tão engraçado?" questionou Christian.

Eu me levantei do colchão e entreguei a nota para ele.

"Adrian é um poeta agora?" aquela carranca tinha sumido e agora ele tinha aquele típico sorriso zombeteiro.

"Ele está tentando"

Antes que eu pudesse fazer outro comentário, Christian me puxou para seus braços em um abraço apertado. Aquilo me surpreendeu - e a ele também. Christian e eu podíamos brigar na maior parte do tempo, mas éramos bons amigos. E tínhamos várias coisas em comum além da personalidade irritante e a afeição de Lissa: nós dois nos importávamos com aqueles que amávamos, e faríamos de tudo para protegê-los.

"Feliz aniversário, Rose" falou.

Nos afastamos e encaramos um ao outro por uma fração de segundos. Eu percebi que Christian estava se sentindo desajeitado. Ele não era muito acostumado com demonstrações de afeto com os outros, muito menos expor seus sentimentos. "Estou chocada pela amostra de afeição" provoquei.

Aqueles olhos azuis gelo brilharam. "Não espere mais vindo de mim. Não é como se eu fosse lamber o chão se você pedisse só porque é seu aniversário"

O Christian cínico e sarcástico que eu conhecia estava de volta. Eu sorri e baguncei seu cabelo, só para irritá-lo ainda mais. "Fique tranquilo, garoto fogo. Isso é fichinha perto do que eu tenho planejado para você"

Em poucos minutos, eu troquei meu pijama por roupas de frio. E Christian fez o mesmo. Eu deixei o buquê em cima do colchão com uma pontada de tristeza. Uma parte de mim queria que aquele buquê tivesse sido presente de Dimitri, e eu me peguei imaginando o que ele teria escrito no bilhete. Provavelmente alguma mensagem com duplo sentido para que não fôssemos descobertos e com alguma declaração de amor... Meu coração se apertou. Não. Isso nunca iria acontecer.

Nunca teríamos um namoro normal, eu percebi. Pelo menos não aqui na Academia, onde nosso futuro estava em jogo e tínhamos que manter tudo em segredo para não arruiná-lo. A única coisa boa nisso tudo era que pelo menos eu tinha encontrado o meu príncipe encantado. Bem, Dimitri era um príncipe encantado diferente: um que mais se assemelhava a um deus da guerra que tinha uma queda por coisas de faroeste. Porque ao invés de resgatar princesas presas em torres e defender suas honras com uma espada, ele protegia pessoas contra os monstros das trevas usando apenas uma estaca e vestido com um casaco que lembrava um cowboy.

O puxão de Christian me trouxe para a realidade. "Rose, você me ouviu?"

"Uh, não. Desculpe"

Ele me estudou por alguns segundos antes de me soltar. "Vamos. Eu preciso ir nos alimentadores primeiro"

Ele não tocou no assunto da minha relação com Dimitri. Mas eu sabia que ele queria. Nós então caminhamos silenciosamente, atravessando o campus até o refeitório. Tinha nevado, e o chão estava coberto de neve e um tanto escorregadio.

Eu fiquei um pouco atrás de Christian, para cobrir melhor o perímetro. Era raro os guardiões aparecerem para nos avaliarem de manhã cedo, mas mesmo assim eu não queria arriscar. Meu histórico ficou limpo depois do ataque, e eu não estava querendo manchá-lo novamente por causa de um descuido.

"Lembra do sujeito de ontem a noite?" perguntou Christian. Ele olhou para trás para se certificar de que eu tinha ouvido. "Descobri quem ele é"

"Quem? Um chefe da máfia de verdade?"

Pude ver em seus olhos que ele estava considerando minha resposta para fazer uma piada. Mas ao invés disso, ele disse. "Não exatamente. Mas ele mexe com dinheiro e é muito influente. O zelador disse que ele faz doações para a escola"

Interessante. "Será que ele não está apenas hm... checando a maneira que seu dinheiro está sendo investido?"

Ele retardou seus passos para que eu pudesse ficar ao seu lado. Seus olhos estavam pensativos. "Eu pensei nisso também. Mas essa não é a parte interessante. O nome dele é Abe Mazur"

"Ele não é da realeza" eu prontamente falei. A realeza Moroi era formada por doze famílias reais, sendo Lissa a única da linhagem Dragomir. E o fato desse sujeito Mazur não fazer parte da realeza e ser muito rico deixava as coisas ainda mais interessantes. Geralmente as doações eram feitas pelas famílias reais, até mesmo pela Rainha. Moroi comuns como ele não tinham tanto dinheiro pra isso. E nem status.

Eu estava prestes a argumentar com Christian quando nós quase nos esbarramos no próprio Abe Mazur.

Como na noite anterior, ele tinha aquele visual extravagante: usava um longo casaco azul marinho e um cachecol branco de cashmere, junto com todas aquelas joias no pescoço e brincos. Com o canto do olho, vi que ele tinha três anéis de ouro na mão esquerda. Eu também percebi que seus olhos eram negros como a noite, e astutos. Ele realmente tinha o perfil perfeito de chefe da máfia, até mesmo o de um cafetão. Ele parecia ser aquele tipo de homem que quebrava os joelhos para conseguir o que queria, e que intimidava todos apenas com a sua presença.

"Estes são Christian Ozera e Rosemarie Hathaway" eu ouvi a voz de Alberta dizendo. Eu nem tinha notado que ela estava ao lado de Abe. Ela tinha a expressão séria como de costume, e estava acompanhada com mais dois dhampirs que me encaravam como se eu fosse uma possível ameaça. Eram os guardiões dele, eu percebi. Ouch, o cara deveria ter muita influência mesmo para ter dois guardiões. Até porque era raríssimo um Moroi da realeza ter esse tanto.

Abe nos observou, alheio a minha inspeção. E quando seus olhos caíram em mim, eu senti aquele mesmo desconforto da noite anterior. Mas eu não iria demonstrar isso. Ele pareceu perceber isso, pois sorriu.

"Oh, eu esbarrei com eles na noite passada" ele estendeu a mão para Christian. "Prazer em conhecê-lo, Sr. Ozera. Ouvi muito ao seu respeito - coisas boas. Usar magia daquele jeito impressionou os Moroi"

"Não sei porque eles ficaram impressionados. Nós costumávamos usar magia ofensiva."

"Sim, mas foram séculos atrás. A maioria esqueceu o poder que os elementos possuem, especialmente quando usados contra um Strigoi."

Ele então estendeu sua mão para mim. Mas ao contrário de Christian, eu não a apertei. Senti a tensão crescendo ao nosso redor. Desviei meu olhar da sua mão para seu rosto. O sorriso nem vacilou quando ele a recolheu.

"Eu ouvi sobre seu ato heroico para salvar o Guardião Belikov nas cavernas, Srta. Hathaway. Muitos acharam isso um suicídio. Mas eu acho que isso combina com a sua personalidade rebelde e impulsiva"

A maneira que ele disse aquilo soou quase como um insulto. Eu cruzei os braços fuzilei seu olhar. "Eu fiz o que tinha que fazer, independentemente da minha personalidade. Afinal, proteger vidas é o meu trabalho, velhote"

"Rose!" exclamou Alberta, visivelmente irritada e chocada com a minha falta de educação. Abe apenas levantou a mão para ela. Seus olhos negros estavam focados em mim. Havia diversão neles, e não irritação por causa da minha resposta. Aquilo me irritou mais ainda. Eu não iria ser motivo de piada para um Moroi. Especialmente para um Moroi que se achava espertinho e intimidador.

"Claro" ele disse agradavelmente, com algo no olhar que não consegui identificar "Aposto que o Guardião Belikov lhe ensinou muito bem, não? Deve ser um mentor e tanto" Suas palavras poderiam soar como um elogio, mas eu consegui entender seu sentido: ele insinuava que a minha relação com Dimitri era além de profissional.

Eu tive que respirar fundo e usar todo o meu controle para manter uma expressão neutra e não dar outra resposta espertinha. Não iria demonstrar as emoções que seu comentário provocou em mim. Ele novamente me estudou, como se estivesse procurando por essas emoções. De repente, eu apenas queria sair dali antes que meu rosto entregasse alguma coisa. "Se nos derem licença, nós precisamos ir."

"Estamos atrasados" completou Christian, um tanto rude.

Abe parecia não se importar. "Não tem problema. Conversaremos mais tarde"

Eu dei a ele um dos meus melhores sorrisos. "Dificilmente. Eu tenho muitos compromissos"

Ele gargalhou. "Tenho certeza de que iremos achar uma brecha neles, Rosemarie"

Eu retribui seu olhar e puxei Christian para irmos. Abe e sua comitiva continuaram a andar despreocupadamente, como se nunca tivessem nos encontrado.

Ele não sabe de nada, Rose– eu disse a mim mesma, tentando acalmar minha respiração - até porque ele nunca te viu com Dimitri. Ele só estava te provocando.

"Eu odeio dizer isso" Christian arrumou seu cachecol antes de olhar para mim. "Mas tenho que admitir que o Sr. Máfia é bom"

Eu apenas lancei a ele um olhar feio, um que faria qualquer um se encolher de medo. E deu certo, pois ele começou a falar de como a neve derreteria rápido até o final do dia.

Minha irritação desapareceu no momento em que abri as portas do refeitório. Sentimentos de pura alegria e animação me invadiram pelo laço. A alegria era tanta que por um momento eu esqueci de todos os meus problemas.

E antes que eu pudesse falar algo, eu estava nos braços de Lissa. "Feliz aniversário, Rose!"

"Obrigada" eu disse. Ela me deu um beijo na bochecha, e eu vi seu rosto. Ela estava tão feliz por mim. É claro, eu sabia que toda essa felicidade também estava ligada a conquista dela na noite passada.

Já que a mágica de Lissa tinha voltado - mesmo que não totalmente, ela e Adrian começaram a estudar espírito. Eu tinha presenciado algumas dessas sessões, inclusive quando Adrian tentou se auto mutilar para que Lissa pudesse curá-lo, e fez plantas crescerem usando apenas a mente. Lissa tinha conseguido fazer essa última proeza, e essa era a razão da sua alegria e êxtase.

Ela mal tinha me soltado do abraço quando Adrian me puxou para outro. Um bem mais apertado. "Feliz aniversário, pequena dhampir! Espero que tenha gostado do buquê"

Eu me afastei, mas mantive seus braços na minha cintura. Sorri. "Eu esperava algo mais escandaloso para falar a verdade. Mas obrigada."

"O dia mal começou, Rose" ele se inclinou para que nossas testas se tocassem. "Eu não mereço um beijo de obrigado?"

"Adrian"

"Ele não está aqui" murmurou ele com uma piscadela. Eu soquei de leve seu braço e tentei me afastar, mas seu aperto era forte. Seus olhos verdes esmeralda se encontraram com os meus. "É só um beijinho inocente" implorou.

Segurando uma risada, eu fiquei nas pontas dos pés e o beijei de leve na bochecha, antes de tirar seus braços de mim. "Pronto, Ivashkov. Se você quiser algo a mais, terá que imaginar"

Ele abriu aquele sorriso de gato que tinha comido um canário. "Sem problemas. Você sabe que eu tenho uma ótima imaginação"

"Ok, chega de cantadas" Christian disse, se colocando na nossa frente. "Não estou afim de saber o que Adrian está imaginando nesse momento"

Adrian olhou para ele. "Não é coisa ruim, isso eu posso afirmar"

Uma carranca se formou no rosto de Christian. "Não importa. Você já estragou meu sono com aquele buquê, e agora não vai estragar a minha mente"

Lissa passou seus braços ao redor de Christian. Ela lançou um olhar de aviso para ele, mas também havia aquela paixão lá. "Não seja tão duro com o Adrian. Ele foi fofo com a Rose, só isso!"

Ele estava prestes a resmungar quando encontrou os olhos dela. Vi que seus músculos relaxaram, e qualquer sinal de irritação por Adrian tinha desaparecido. Não, ela não tinha usado compulsão nele. Foram sua beleza angelical e seu amor por ela que tinham feito Christian se tornar um pateta perto dela. Eu não estava surpresa com isso. Lissa era como uma deusa para ele, e ele faria qualquer coisa para fazê-la feliz.

Pelo laço, eu senti suas emoções ficando mais intensas. Pensamentos sobre seus momentos mais íntimos com ele, junto com aquele desejo ardente que só existia por causa daquela atração me golpearam. Eu imediatamente soube o que eles estavam prestes a fazer.

"Caras" eu disse "se vocês quiserem arrancar as roupas um do outro, façam isso em outro lugar. Eu não quero me tornar uma voyeur de novo"

Meu comentário os trouxe de volta para a realidade, e vi um tom rosado tingir as bochechas de Lissa. Ela baixou a cabeça, com vergonha. Mas pelo laço eu vi que ela estava pensando no seu próximo encontro com Christian - entre outras coisas.

"Acho que deveríamos mostrar aquilo para a Rose antes do sinal bater" Eddie disse, se aproximando de nós.

Lancei um olhar feio para Lissa e Adrian. "O que vocês aprontaram agora?"

Adrian deu de ombros. "Nada com que você deva se preocupar"

"Anda, você vai amar!" Lissa pegou minha mão e começou a me guiar pelo refeitório. Foi quando eu vi para onde eles me levaram.

"Whoa!" exclamei quando vi a mesa cheia de todo o tipo de comida que eu amava e mataria para comer em um dia. Era o café da manhã dos meus sonhos na minha frente. "Vocês fizeram um assalto na cozinha da Academia ou o quê?"

Adrian riu e colocou uma mão no meu ombro. "Isso, pequena dhampir, é o seu café da manhã"

"Não quero nem saber qual será a janta" murmurei, ainda estupefada com tudo aquilo. Oh cara, tinha até bomba de chocolate e rosquinhas... Era melhor eu pensar por onde eu iria começar a comer antes que batesse o sinal para as aulas começarem.

Lissa riu. "Você ainda não viu nada. Espera só até você receber seus presentes!"

Girei para encará-la. "Presentes? Está falando sério?"

"Muito sério" Seus olhos brilharam de excitação. Eu tentei tirar mais informações pelo laço, mas ela me bloqueou.

Suspirei. "Eu sinto que se eu pedisse qualquer coisa, vocês iriam me dar" falei pegando o sanduíche. Fechei os olhos e inalei o cheiro. Sim, eu poderia chamar isso de paraíso.

"É mais ou menos isso, pequena dhampir" Adrian disse. Ouvi o barulho de cadeira sendo puxada do meu lado. "Você pode pedir o que quiser, que nós tentaremos trazer para você"

Era uma proposta tentadora. Mas infelizmente eles não poderiam me dar o que eu mais queria naquele momento: liberdade. Liberdade para fazer minhas escolhas livremente e desfrutá-las. Liberdade para amar sem ser julgado por tabus ridículos.

Abri meus olhos. "Vou ter que recusar isso. Eu não quero ganhar mais coisas de vocês hoje. O café e as rosas já foram o bastante"

Lissa sorriu. "Isso não é nada perto do que temos preparado para você, Rose"

***

Quando as aulas finalmente acabaram, eu fiz o meu caminho até o ginásio.

Ficar guardando um Moroi tinha suas consequências, como a dor nas minhas pernas por ter ficado em pé durante muito tempo. Tínhamos que assistir as aulas na parte de trás da sala em pé, como todos os outros guardiões faziam. Era uma das táticas usadas pelos guardiões para protegerem os Moroi, já que aumentava o campo de visão e você podia observar sua carga melhor. A minha no caso, era Christian.

Eu também não vi mais Abe. Depois do nosso encontro nessa manhã, esperei que ele fosse aparecer no refeitório ou nas outras áreas comuns atrás de mim, mas ele não o fez. Acho que ele deveria estar ocupado fazendo alguma vistoria nos prédios da Academia, ou resolvendo seus negócios ilegais. Fosse o que fosse, eu estava me sentindo mais aliviada por não ter encontrado com ele. Havia algo nele, particularmente na sua postura e no seu olhar afiado, que fazia meu corpo entrar em modo alerta, como se ele fosse algum tipo de ameaça muito grande. E cara, eu não duvidava que ele fosse.

Quando entrei no ginásio, meu coração disparou. Porque esse era o momento que eu mais estava esperando: ver Dimitri. Claro, eu sempre ficava ansiosa para que o horário dos nossos treinos chegasse logo. Essa era a minha parte favorita do dia, ainda mais agora. E bem, eu estava nervosa pelo fato de ser meu aniversário. Eu imaginei tantas vezes como ele iria me dar os parabéns, se ele apenas me trataria formalmente ou se ele deixaria de lado aquele maldito autocontrole e me beijaria, dentre outras coisas...

Eu encontrei Dimitri sentado em um canto lendo um daqueles romances baratos de faroeste que ele tanto amava. Eu constantemente fazia piadas sobre ele querer seu um cowboy e questionava sobre esse seu gosto literário. E como sempre, ele nunca pareceu se importar. Aquilo era uma de suas principais distrações, além das músicas dos anos 80.

Eu cruzei os braços. "Sabe, estou começando a achar que você preferia ser um xerife ao invés de guardião"

Eu vi um meio sorriso surgir em seus lábios. Ele cuidadosamente colocou um marca-páginas verde no livro e o fechou. "Talvez. Mas infelizmente eu terei que adiar isso" ele se levantou. "Como está sendo seu dia?"

"Ainda não senti aquela mágica me transformando em adulta, para ser sincera" eu disse. Aquilo arrancou outro sorriso dele.

"Mas aposto que você ganhou presentes. A lista completa, certo?" balancei a cabeça. Ele arqueou a sobrancelha, ainda com um ar divertido. "O quê? Não acredito que fizeram isso com Rose Hathaway!"

"Hey! Eu pelo menos ganhei um buquê de rosas, e um café da manhã digno de princesa" rebati "do Adrian" eu sabia que era um golpe baixo falar isso para ele, mas eu queria provocá-lo. A velha Rose queria saber se ele sentiria ou não ciúmes por causa do Adrian.

Eu vi um brilho em seus olhos, mas tão rápido como ele veio, ele se foi. Não tive tempo para distinguir o que era. Merda, por que ele era tão bom em esconder suas emoções de mim? Eu mataria para saber o que tinha se passado em sua mente naquele momento.

"Bom" ele disse se aproximando de mim. Notei que ele usava calças largas e uma blusa de manga por baixo do casaco. "Vamos começar. Se troque e comece se aquecendo com aquelas doze voltas"

Meu sorriso morreu. "Você não pode estar falando sério"

Ele arqueou uma sobrancelha escura. "Por que você acha isso?"

"É meu aniversário!"

"E daí?" por mais que ele estivesse com aquela expressão séria que ele usava nos nossos treinos, eu podia ver que ele estava se divertindo com a minha reação. "Não é como seu aniversário fosse feriado ou algo do tipo"

Eu reprimi o impulso de atirar minha bolsa nele. Ele já estava perto o bastante para que eu pudesse fazer isso. Era uma ideia tentadora, mas eu tinha certeza de que ele agarraria ela antes que ela atingisse seu rosto. Ao invés disso, eu tentei persuadi-lo. "Porque" eu inflei meu peito. "Eu sou a melhor veterana que essa Academia já teve, minha avaliação na experiência de campo obteve a maior nota até agora e porque eu mereço um dia de descanso" eu não ia mencionar que minhas pernas estavam doendo de tanto ficar em pé.

"Bela tentativa" zombou. Ele nem pareceu impressionado. Ou orgulhoso por ter sido o responsável por grande parte das minhas conquistas. Ele apontou para o vestiário. "Agora vá se trocar. Daqui a pouco eu te encontro na pista de corrida"

Ao invés de obedecer sua ordem, eu o segui até o depósito onde ficava todos os equipamentos que usávamos nos treinos. Ele não poderia estar falando sério sobre me fazer treinar hoje.

"Sério, camarada," eu disse enquanto ele destrancava a porta. "Me dê uma folga hoje. Afinal, minhas pernas estão me matando e não é todo dia que você atinge a maioridade"

Dimitri acendeu a luz, revelando todo o conteúdo da sala. Havia prateleiras com todo o tipo de material, e alguns colchonetes que usávamos para os alongamentos em um dos cantos, perto da única e pequena janela que tinha no local. Ele pegou um par de luvas de luta. "Isso prova que precisamos treinar ainda mais sua resistência"

"Mais do que eu já ando tendo depois de tudo?" Dimitri me olhou, entendimento passando em seus olhos. Podíamos ter uma diferença de sete anos entre nossas idades, mas aquela conexão nos fazia nos entendermos perfeitamente, sem precisar de muitas palavras e gestos.

Eu toquei no seu braço, e aquilo se provou ser um erro. Uma corrente elétrica passou pelo meu corpo, me paralisando. Senti como se a minha mão tinha pegado fogo. Dimitri também sentiu isso, pois seu corpo ficou rígido e ele parou de respirar. Foi então que percebi estávamos perigosamente perto um do outro. Centímetros separavam nossos corpos, e eu imediatamente fui nocauteada pelo cheiro da sua loção pós-barba, junto com o calor do seu corpo e aquele que crescia entre nós. Tudo o que ele precisava fazer naquele momento era inclinar seu rosto para que nossos lábios se tocassem...

Não. Ainda não. Eu precisava provar aquilo. Com a minha última grama de autocontrole que me restava, eu ergui meu rosto para encontrar seus profundos olhos castanhos. E aquele olhar... eu me senti tonta sob aquela intensidade que havia lá.

"Você realmente quer isso?" minha voz não passava de um sussurro.

Ele podia ter tirado a minha mão do seu braço e se afastado se quisesse, mas ele não o fez. Eu nem tive tempo de me recuperar daquele seu todo olhar todo-poderoso para processar o que aconteceu logo em seguida.

Nós estávamos frequentemente lutando pelo controle das nossas emoções, mas havia momentos como esse em que era impossível negar o que sentíamos um pelo outro. E nós também não queríamos. Dimitri despertava o meu lado mais selvagem - assim como eu despertava o dele. E controle nenhum podia segurar isso por muito tempo.

Antes que eu pudesse reagir, ele segurou meu rosto com suas duas mãos e me beijou.

Seus lábios eram macios e quentes contra os meus no começo, mas depois senti aquela urgência aumentar. Não era um beijo discreto ou roubado. Era um beijo, beijo. Daqueles que me tiravam o fôlego e faziam meu corpo todo tremer em antecipação. Era um beijo parecido com o que ele me dera na cabana, tantas noites atrás, só que muito mais intenso e cheio de saudade.

Um de seus braços desceu para envolver minha cintura e me puxar contra seu corpo, enquanto o outro foi para o meu cabelo. Dimitri soltou meu rabo de cavalo e seus dedos se emaranharam nele, separando algumas mechas. Eu sabia que ele amava o meu cabelo, tanto que dizia para que eu não o cortasse.

Ergui os meus braços e abracei seu pescoço, ficando nas pontas do pé para diminuir nossa diferença de tamanho. Sem quebrar nosso abraço e beijo, Dimitri andou para frente prensando-me contra a parede, seus lábios devorando os meus com uma fome que me surpreendeu.

Desde a nossa noite na cabana, Dimitri e eu não tivemos um tempo nosso propriamente dito. Agora, com todas as barreiras derrubadas e nossos sentimentos e anseios libertados, poderíamos dar vazão ao amor que nos consumia de dentro para fora. E também ao medo. Estive muito perto de perdê-lo e arrisquei a minha vida para evitar que isso acontecesse. Ambos poderíamos ter acabado mortos e Dimitri não poderia suportar essa ideia, assim como eu. O momento que estávamos dividindo ali, na sala de equipamentos, era mais que apenas desejos reprimidos, era quase uma constatação de que estávamos vivos, bem e juntos.

As mãos de Dimitri deslizaram por meu corpo, agarraram meus quadris e encaixou com o seu, me fazendo gemer contra seus lábios. Estávamos seguindo por um caminho que não queríamos voltar, mas precisava saber se Dimitri não iria se arrepender disso depois – não do que iríamos fazer, mas pela irresponsabilidade do ato e, bem, poderíamos se pego a qualquer momento apesar de tudo.

“Dimitri” arfei afastando o rosto, mas não me separando dele. Não eram necessárias palavras entre nós, principalmente em momentos como aquele, onde os olhares falavam mais alto que tudo.

Ele me encarou com intensidade e vi refletido em seus olhos todo o amor que sentíamos, além daquela luxúria que nos fazia afogar um no outro. Dimitri sorriu e encostou nossas testas. “Roza, você acaba de queimar a minha mente.” Sua voz estava carregada de sotaque.

Não consegui lhe responder, pois meus lábios foram esmagados pelos seus, e suas mãos seguraram minhas coxas me erguendo para cima, de forma que pude enrolar minhas pernas em sua cintura.

Seu casaco caiu no chão com um som abafado e minha blusa seguiu-o rapidamente. Dimitri, então, desceu os lábios para a minha mandíbula antes de se atentar ao meu pescoço, dando mordidinhas em sua extensão que provocaram ainda mais minha pele e me fizeram arfar. Meu corpo ardia em chamas, e a necessidade de tê-lo só aumentou ainda mais. Seus lábios desceram para meu colo e contornaram o decote do meu sutiã. Fechei os olhos e o apertei entre minhas pernas.

Lutei contra sua blusa para retira-la, até que o próprio Dimitri a puxou por cima de sua cabeça, revelando mais daquela pele bronzeada, antes de voltar a me beijar na boca. Sua língua dançou sensualmente com a minha e segurei seu rosto em minhas mãos. Ele me desencostou da parede para levar-me até a pilha de colchonetes que havia visto mais cedo.

Sem quebrar o beijo, ele nos deitou lá. Minha calça sumiu logo em seguida, e uma de suas mãos deslizou pelo interior da minha coxa, passando perigosamente perto da minha calcinha. Eu arfei em antecipação. Dimitri parecia saber exatamente as reações que provocava em mim, pois ele sorriu e abaixou a cabeça em meu pescoço, vagarosamente, começou a beijar novamente meu colo, mas não parando ali. Senti sua respiração acelerada e quente contra a minha pele nua enquanto ele descia seus lábios por cima do sutiã, passando por minhas costelas e chegando a minha barriga até meu umbigo, mordendo-o gentilmente antes de arranhar os dentes o resto do caminho até a barra da minha calcinha.

Inspirei fundo e mordi meus lábios, mas não o suficiente para abafar um gemido em meio a um suspiro de prazer que sua boca me proporcionou. Eu cravei minhas unhas na sua pele, e aquilo arrancou um grunhido baixo dele, acabando com qualquer controle que ele estava mantendo até agora.

Antes que eu percebesse, todas as nossas roupas tinham ido embora. Suas mãos e lábios se apossaram do meu corpo e da minha mente, e cada toque tinha todo o poder do mundo. Eu não sabia onde o corpo dele terminava e o meu começava. A única coisa que eu sabia naquele momento, era que eu o amava.

Eu o amava tanto que chegava a me doer fisicamente. Quando ele foi dominado por aquele Strigoi, meu mundo desabou. Naquele momento, eu tinha visto a mão da morte se esticando para tirar sua alma, a minha outra metade, de perto de mim para sempre. E eu não podia deixar aquilo acontecer. Não depois de tudo o que tínhamos passado. Eu arrisquei minha vida para salvá-lo e afastar a morte, e não me arrependia disso, embora tenha assustado pra caramba Dimitri. Eu amava seu jeito, sua voz, a forma como raramente sorria para mim e poderia dizer que até mesmo suas lições zen eu amava. Nós nos entendíamos perfeitamente, e ele me trazia paz assim como eu trazia para ele. Portanto, sexo com ele era meio que a manifestação física extrema dos nossos sentimentos. E era incrível.

Não esperava que a nossa segunda vez fosse ainda melhor que a primeira. Talvez por não houver nenhum surto histérico entre nós, ou talvez por que nossa vez na cabana tivesse sido um ato de rendição, quando desistimos de lutar contra essa atração e apenas nos deixar amar. Mas, de certa forma, sabia que sempre seria bom.

Quando terminamos, era como se não tivéssemos extinguido aquela fome que tínhamos um pelo outro. Eu me enrolei nele na melhor maneira que consegui, e descansei minha cabeça no seu peito. Seus braços me apertaram mais para perto do seu corpo antes de puxarem um cobertor para nos cobrir melhor. Eu nem sabia de onde ele tinha surgido - provavelmente ele foi usado para cobrir alguma coisa na sala. A temperatura poderia estar negativa no lado de fora, mas aqui eu sentia tanto calor que não havia necessidade de um cobertor.

"Imagino a cara que Alberta faria se nos pegasse aqui" falei, apoiando meu queixo em seu peito. "Você provavelmente seria demitido por ter quebrado todas as regras e acusado por corrupção de menores"

Nossos olhos se encontraram, e eu praticamente me perdi naqueles profundos olhos castanhos dele. "Roza" a maneira que ele me olhou fez meu corpo pegar fogo novamente. "Eu já quebrei todas as regras há tempos por sua causa. Eu não me arrependo disso. E até onde eu sei, você é uma adulta agora."

Um sorriso se espalhou pelo meu rosto. Vê-lo tão relaxado e aberto era uma coisa tão rara para mim. Era por isso que esses poucos momentos eram tão especiais. "Isso significa que eu definitivamente quebrei todo seu autocontrole?"

Aquilo arrancou uma risada dele. "Não. Meu autocontrole ainda é um milhão de vezes maior que o seu." Havia uma rara arrogância na voz dele.

"É mesmo? Porque não foi isso o que eu acabei de ver" provoquei.

"Espere até a próxima vez" avisou ele. "Vou fazer coisas que farão você perder o controle em segundos"

Eu apenas o encarei. Aquele definitivamente era um dos poucos momentos em que Rose Hathaway não tinha uma resposta esperta nos lábios. Ele viu isso, pois seu meio sorriso se transformou em um completo. Seus dedos se emaranharam no meu cabelo e ele trouxe meu rosto para mais perto do dele.

"Eu acabei de deixar Rose Hathaway sem palavras?" brincou. Havia total diversão em seus olhos castanhos, além daquela luxúria.

Eu o beijei, mordiscando levemente seu lábio inferior. "Não se gabe demais. Eu ainda tenho alguns truques escondidos na manga"

"É mesmo?" uma mão desceu pelas minhas costas, as pontas de seus dedos contornando minha espinha, indo até a curva do meu quadril. Senti minha respiração acelerando. Então aquela mão congelou.

"Nós temos que ir" ele disse.

Suspirei, ainda triste por ele ter interrompido. "Já? Achei que a nossa aula prática ainda não tinha acabado"

O fogo nos olhos dele me disse que ele tinha entendido a minha analogia. "Não acabou. Faltam dez minutos ainda, mas até nos arrumarmos..."

Eu coloquei meus braços ao redor do pescoço dele e o abaixei, em uma tentativa de beijá-lo novamente, mas ele se esquivou.

"Rose" havia uma nota de advertência na sua voz. "Estou falando sério. Precisamos ir, antes que alguém apareça"

"Você não trancou a porta?"

"Tranquei, mas-"

"Ótimo"eu puxei seus lábios para os meus, silenciando seus protestos.

***

Depois de um longo banho, eu me olhei no espelho.

Minhas bochechas continuavam um tanto coradas e meus olhos castanhos brilhavam. Eu constatei que aquilo era por causa do sexo. Eu não achava que voltaríamos a ficar juntos tão cedo, já que Dimitri tinha deixado bem claro que tínhamos que nos evitar ao máximo até a formatura. Mas, eu pensei com um sorrisinho, eu tinha acabado de fazê-lo quebrar. Dimitri poderia continuar negando que eu não tinha quebrado seu controle, mas ambos sabíamos que eu tinha conseguido. O que tornariam as coisas ainda mais complicadas daqui pra frente. E meu corpo podia estar um tanto casando e dolorido, mas ainda sim eu me sentia incrível e completa.

Eu rapidamente sequei meu cabelo e troquei de roupa antes de praticamente correr até a sala que Lissa tinha reservado para estudarmos o Espírito, perto do campus secundário. Eu já estava atrasada dez minutos. Christian provavelmente já estaria dormindo em uma cadeira por causa do tédio.

"Ok,eu sei que me atrase-" eu comecei a dizer quando abri a porta, e minha voz morreu de repente.

Agora estava explicado o motivo de eu não ter conseguindo nem sentir as emoções de Lissa pelo laço e nem entrar na sua cabeça. Ela estava armando uma festa de aniversário surpresa para mim.

E pelo jeito que ela me olhava, eu sabia que ela tinha conseguido. Atrás dela, havia um pequeno cartaz escrito 'Parabéns, Rose!' e um bolo de chocolate na mesa. Junto com ela, estavam Christian, Eddie, Adrian e Avery.

Eu novamente acabei nos braços de Lissa e Adrian, que estavam quase tão felizes quanto eu.

"Feliz aniversário outra vez, pequena dhampir!" Adrian disse, se inclinando para me ver melhor. "Espero que tenha gostado da surpresa"

"Vocês não estavam brincando quando disseram que o maior ainda estava por vir" murmurei. Aquilo arrancou um coro de risadas.

"Feche a boca para não escorrer baba" instruiu Christian, se aproximando de nós.

Eu olhei ao redor e fiquei surpresa ao encontrar Dimitri ali, encostado na parede. Ele tinha tomado banho, pois seu cabelo castanho estava solto e um pouco úmido. E ele estava usando roupas casuais: um suéter bordô - que por sinal caia muito bem nele - jeans e botas. A única coisa que indicava que ele era um guardião era sua postura séria.

Mas nada me chocou tanto quando eu os vi. Perto de Dimitri, estava uma mulher mais baixa que eu com um cabelo ruivo preso em um coque, com a mesma postura séria de Dimitri. Aquela mulher, eu percebi, era a minha mãe.

E ao seu lado, estava ninguém menos que Abe Mazur.


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Notas finais do capítulo

23 comentários no capítulo anterior e 2 recomendações. POR ONDE EU POSSO COMEÇAR A SURTAR???????? Sério, estou tão, mas tãaaaao feliz em escrever essa fic *------------* nunca pensei que vocês pudessem gostar tanto dela!! VOCÊS NÃO TEM IDEIA DO TAMANHO DA MINHA FELICIDADE!!!!!

Gente, me senti até mal por não ter postado semana passada hahahahhahaha Não sei como agradecer o carinho de vocês!!!!! ♥ ♥ Isso significa MUITO pra gente *o* É tão legal saber o que vocês estão achando da fic, ainda mais suas ideias e palpites!!! Eu AMO quando vocês participam!!! ♥ Ó, eu peguei até algumas sugestões de vocês, ok? Só não direi quais u__u isso vocês terão que adivinhar e esperar pelos próximos capítulos!

Rayane e Miwa, eu nem preciso dizer que A-M-E-I as recomendações, né??? To com um sorriso aqui de orelha a orelha hahahahaha suas divas ♥ ♥ ♥ ♥ Obrigada, obrigada e obrigadaaaaaaa *----------* (já surtei td o que tinha que surtar no facebook mesmo u_u)

Ó, se mais alguém quiser recomendar sinta-se a vontade, viu? Só cuidado que estou para ter um avc aqui xD

*ok, parei de surtar*

O que acharam desse capítulo? Tivemos que dividi-lo porque ele estava MUITO grande!

Acho que muitos de vocês estão super curiosos para saber se a Janine vai ou não contar que o Abe é o pai da Rose, certo? Então se preparem porque no próximo vocês irão descobrir isso!!!

Ah sim, era para sair um hentai de Romitri mas tipo, acho que não combinaria, sabem? Não com essa fic... Então ficou uma cena um pouco mais picante que as usuais... Espero que tenham gostado apesar disso :) (Bibs e Miwa, me perdoem mas eu não sou safada q nem vcs hahahaha)

E o que acharam do presente do Adrian? E a aparição do Abe no começo e agora? Será que eles conseguirão se entender?

Prometo que não vamos demorar para postar o próximo ^^

Obrigada por tudo, pessoal!! ♥ Me contem o que acharam desse capítulo por favor!!

Ps: desculpa se a cena final da surpresa ficou uma porcaria, mas é que sou péssima com festas surpresas =P

— Anita