Anna escrita por Rukia Kuchiki


Capítulo 9
Paixão


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora >
Vou atualizar uma vez por semana ao menos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/357426/chapter/9

Anna estava deitada em sua cama, a janela estava aberta e por ela entrava uma luz forte, era quase meio-dia e o sol invadia seus olhos. A menina não estava disposta naquele dia e por isso havia faltado à escola, sentia seu corpo inteiro doer e um aperto no peito, apesar disso sentia-se livre.

— Bom dia mãe – sussurrou baixinho para o espírito – desculpa por não ter ido na aula hoje, eu estou cansada de ontem – sorriu.

— Anna – uma voz chorosa foi ouvida por trás da porta e Anna levantou-se e abriu, Milly pulou em seus braços na mesma hora, fazendo a menina cambalear para trás – ele… Morreu, Anna… Está morto…

— Q-quem? – perguntou nervosa, e agora?

— Matt, foi encontrado morto hoje de manhã em um beco, os moradores disseram que havia uma menina com ele, mas não souberam identificar – as lágrimas da loira molharam o pijama rosa de Anna, que suspirou cansada.

— Como você soube?

— Nos liberaram mais cedo da escola por causa disso, aí contaram o motivo… Anna, eu fui até a casa dele pra falar com seus pais, eles estão arrasados… Falaram que ele estava com a língua cortada e…

— Shiu, ta tudo bem – Anna afagou os cabelos da mais alta e cantou uma melodia em seu ouvido enquanto sentia sua irmã se acalmar em seus braços, levou-a até a cama e fez com que ela deitasse ali.

— Não sei por que fizeram isso com ele… Ele nem tinha inimigos, todos gostavam dele…

— Não pense nisso… Descanse um pouco, eu vou fazer um chá – beijou-lhe a testa e saiu do quarto.

Assim que pôs os pés na cozinha, abriu um sorriso vitorioso, finalmente tinha Milly apenas para si e ela estava frágil, precisava que alguém cuidasse dela, e Anna estaria disposta a cuidá-la como um bebê.

Fez um chá, pegou um comprimido de calmante que tomava às vezes e levou até o quarto.

— Tome – entregou-lhe o remédio e a xícara com chá – é calmante, você vai se sentir melhor.

MIlly estava tremendo, mas pegou o remédio e colocou na boca, logo depois tomou um longo gole de chá e cruzou as pernas, observando Anna, que estava parada olhando para a janela.

— Quem será que fez isso? – perguntou.

— Alguém muito mal, Milly, muito mal… Mas não fique imaginando coisas, você vai esquecer logo, eu vou te ajudar.

— C-como?

— Vamos sair um pouco, hein? Vamos nos divertir, quero cuidar de você.

Milly sorriu pela primeira vez naquele dia e abraçou Anna pela cintura, encostando sua cabeça na barriga da morena, Anna acariciou as bochechas de Milly e se abaixou para beijar-lhe a testa.

Enquanto Milly se arrumava em seu quarto, Anna procurava uma roupa que fosse confortável e bonita ao mesmo tempo, optou por um vestido florido que ia até os joelhos e era justo na cintura e solto para baixo, colocou uma sapatilha branca e bagunçou os cabelos curtos, pondo a franja um pouco para o lado. Anna tinha consciência da beleza que possuía, sentia isso quando andava pela rua e via as pessoas a encarando com admiração.

— Estou pronta – Milly entrou no quarto um pouco cabisbaixa, mas ao olhar para a irmã sorriu – você está linda.

— Obrigada – Anna corou e deu uma última olhada no espelho, depois se afastou.

Andavam pela reserva da cidade, onde havia muitas árvores e flores, uma pequena ponte enfeitada e um lago com patos, era um bom lugar e normalmente estava bem vazio, as pessoas pareciam não se importar mais com coisas desse tipo, mas Anna adorava a natureza, principalmente as árvores.

— Acha que aqui é calmo o bastante para podermos descansar? – Anna perguntou e segurou a mão de Milly.

— Claro, é perfeito – sorriu-lhe.

Anna sentou-se debaixo da sombra de uma grande árvore e Milly fez o mesmo, deitando sua cabeça na perna da morena, que se pôs a acariciar os fios loiros. De todas as meninas do mundo, Milly era sem dúvidas a mais bonita, era simples e ao mesmo tempo cativante, os cabelos naturais, os olhos levemente puxados e escuros como a noite, tudo encantava, principalmente o sorriso delicado.

— Você é linda – Anna sussurrou.

— Que disse?

— Que você é linda – repetiu mais alto.

Milly sorriu e pôs sua mão sobre a de Anna, apertando de leve.

— Você é mais… Obrigada por estar comigo.

O resto do dia foi calmo, Anna conseguiu fazer com que Milly esquecesse do acidente com Matt por algumas horas, conversaram sobre coisas banais e no final do dia voltaram para casa.

Anna, Milly, John e David estavam sentados na sala assistindo a um programa na televisão, Anna batucava os dedos no sofá e isso incomodava sua irmã.

— Da pra parar?

— Não – sorriu e batucou um pouco mais forte – ah, Milly queria te dizer uma coisa.

— Shiu meninas, está em uma parte importante – David disse.

Anna revirou os olhos e levantou, saindo da sala e sendo seguida por Milly.

— Que foi? – perguntou-lhe.

— Vamos ali no pátio?

Anna andou até o pátio e sentou-se no chão mesmo, estava um pouco úmido, mas ela não se importava; Milly pegou uma cadeira e sentou-se ao lado de Anna.

— O que você quer?

— Milly, estou apaixonada por você – falou olhando para o chão.

Milly trancou a respiração naquela hora, encarou Anna, a menina não parecia estar nervosa ao dizer aquilo, pelo contrário, estava totalmente calma, como sempre.

— O que disse?

— Que estou apaixonada por você, te desejo como uma mulher – explicou, enfim encarando a loira – ah, Milly, fala sério, você é bonita, gostosa, e não somos irmãs mesmo, você sabe disso.

— Mas… Anna, claro que somos irmãs… Você está louca?

— Sinto muito – Anna abaixou a cabeça, encarando a grama – mas não vou desistir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até semana que vem. *.*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Anna" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.