Anna escrita por Rukia Kuchiki


Capítulo 8
Matthew


Notas iniciais do capítulo

Adoro escrever capítulos assim. ><
Desculpe qualquer coisa, às vezes vai me dar essas loucuras mesmo e eu vou escrever coisas assim, mas todos os que leram até aqui sabem que a história envolve assassinatos, sendo assim...
Boa leitura. ^^



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Matthew sempre foi um menino doce, seus familiares viviam na sua volta dizendo o quão lindo e adorável ele era, talvez fosse ainda mais nos dias atuais se não tivesse o coração partido.

Há alguns anos, Matt havia se apaixonado por uma menina, entregou-se a esta paixão como se sua vida dependesse disso e acabou dando com a cara no muro, a menina o largou no segundo mês de namoro alegando amar outra pessoa. Desde então Matt nunca mais amou ninguém, achava o amor uma besteira e odiava ver casais apaixonados.

Por ser bonito e desejado pelas garotas, ao longo do tempo seu ego foi aumentando cada vez mais, até fazer com que o menino se achasse invencível, o rei da escola, da rua e do bairro, todos sabiam quem ele era e todos queriam ser seu amigo. Matt adorava a fama que tinha e fazia de tudo para manter aquilo, até mesmo quebrar corações.

Sentia-se um pouco mal pelo que havia feito à menina loira, ele gostava dela, sentia-se bem na sua presença e percebia que ela não estava com ele por imagem e sim por que gostava da pessoa que ele era. Mesmo assim não podia por tudo a perder por uma menina que mal conhecia, então deu seu jeito – nada agradável – de dar um fora nela sem ter que falar.

Matt voltava para casa depois de fazer um trabalho na casa de um colega, sentia-se cansado até para caminhar duas quadras, a noite estava escura demais, parecia que ia chover, o vento soprava em seu ouvido e os barulhos das folhas das árvores o estavam incomodando, olhava a todo o momento para os lados quando via um estralo diferente, mas no fundo sabia que era sua mente lhe pregando uma peça, até que gostava da sensação de medo.

Sentiu um frio na barriga quando viu uma sombra atrás de si e parou de andar, virando-se devagar para encarar a pessoa que estaria o seguindo. Surpreendeu-se ao ver quem era, uma menina da sua escola, irmã da loira que ele havia dispensado, sorriu para a garota, ela era linda, até mais que sua irmã, porém era tão estranha que ele não ousara chegar perto dela nenhuma vez desde que a vira naquele colégio, mesmo assim a beleza da moça lhe encantava, era tão natural, os olhos cinzas, os cabelos pretos e curtos, a franja bagunçada sobre a testa e principalmente a pele de boneca, só de vê-la no escuro sentia vontade de tocar aquela pele, ela parecia tão doce.

— Você me assustou – disse após se recuperar – qual seu nome? Eu conheço você da escola…

— Anna – sorriu, um sorriso diabólico, mostrando sua imensa felicidade por vê-lo ali – desculpa pelo susto… Quer caminhar? – deu um de seus sorrisos encantadores.

Matt mesmo estando cansado e querer apenas desabar na sua cama aceitou a proposta da menina, ela era tão linda que qualquer um aceitaria sem pensar direito, ele sorriu para ela e os dois começaram a andar na direção oposta da casa do rapaz, a noite estava cada vez mais fria e Matt percebeu a menina tremendo de frio.

— Toma – tirou seu casaco, que mesmo sendo fino o esquentava e pôs sobre os ombros delicados de Anna – isso vai lhe aquecer.

— Obrigada – sorriu – você é muito gentil.

— O que fez você falar comigo? Nunca a vejo falando com ninguém além da sua irmã.

Matt observou Anna trincando os dentes e mudando de expressão, como se a simples menção de sua irmã tivesse feito a menina lembrar-se de algo.

— Ah, sim – sorriu diabolicamente pela segunda vez – acho você bonito e resolvi te conhecer.

Matt abriu um sorriso esperançoso, nunca havia ficado com uma menina que tivesse tamanha beleza.

Andaram durante quase uma hora, conversaram sobre coisas aleatórias e quando era quase nove horas da noite, Anna pediu para que ele a levasse em casa e Matt, como queria conquistá-la, aceitou sem pensar.

Matt achou estranho o local onde Anna disse ser sua casa, lembrava-se de Milly dizendo que era perto da escola, mas Anna havia o levado para um bairro longe da escola, um bairro ainda mais escuro do que os outros.

— É aqui – sussurrou, mudando o tom de voz, que antes era doce, para um brincalhão – aí nesse beco, minha família mora aí.

— Você mora em um beco?

— Não, eu não, minha família – repetiu – aqui, entra, seja bem vindo.

Matt começou a ter medo da menina, ela estava falando de um modo estranho, mas fez o que ela lhe pediu e entrou no beco escuro, Anna o seguia logo atrás, quando virou-se para perguntar qual casa era, Anna o empurrou contra o chão e pôs o pé em sua intimidade.

— Eu sou uma estranha pra você, Matt, como pôde confiar em mim? – deu uma gargalhada – eu sei, são meus olhos, belos, não é?

Matt agarrou o pé de Anna, mas sentia tanta dor que não teve força para tirá-lo de lá, Anna apertou ainda mais e se abaixou.

— Não vou deixar marcas com minha mão em você – sorriu delicadamente, voltando a falar de um jeito meigo – sabe de uma coisa? Você fez a minha Milly chorar e ninguém faz ela chorar.

— Do que está falando? Você é doida?

— Não, eu só protejo o que é meu, Milly é minha, demorei demais pra agir, demorei tanto que deu tempo de você magoá-la, nojento – cuspiu no rosto do rapaz, que levou a mão ao olho para limpar.

— Saia daí, eu vou gritar.

— Não vai – Anna sussurrou, puxou a faca que havia presa em sua cintura e apontou para Matt.

O rapaz sentia muito medo agora, a menina era louca, por isso ninguém falava com ela na escola, ele já devia saber, se achava um tolo por acreditar novamente nas pessoas.

— Se gritar, eu arranco sua língua – sussurrou, apontando a faca para a boca do garoto.

— Você não seria capaz, é só uma garota.

— Eu já matei antes – gritou – minha mãe, matei minha mãe – Matt assusto-se ainda mais quando Anna virou a cabeça para o lado e sorriu como se avistasse alguém – mas ela me perdoou, não foi? Mamãe?

Anna voltou sua atenção para Matt e o menino gritou com todas suas forças, Anna apertou o pé na intimidade dele e abaixou o corpo, quando ela estava perto do rosto, Matt segurou o pulso dela, mas Anna esfaqueou o braço do rapaz, fazendo-o gritar ainda mais e enquanto ele tentava estancar o sangue do próprio pulso, Anna cortou sua língua e observou o sangue jorrar para fora, sorriu com o que havia feito.

— Você é idiota por brincar com a Milly, vai pagar por isso, todos que a magoarem vão, por que ela não merece vocês… Ela é minha, somente minha.

Matt só conseguia grunhir, tentou formar alguma palavra, mas sentia seus órgãos se contraindo dentro de si, o corpo inteiro pulsando de dor.

Anna sorriu ainda mais quando viu lágrimas escorrendo pelos olhos claros do garoto.

— Adeus, Matthew – cravou a faca com força no pescoço do rapaz, então arrancou-a na mesma hora e colocou de volta na cintura, sujando suas roupas de sangue.

Deu meia volta sem se importar com o rapaz que ainda estava vivo ali, seu caminho até sua casa seria longo agora, mas ela se sentia tão feliz que seria uma honra passar algumas horas caminhando consigo mesma.


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Notas finais do capítulo

Bye Bye e até o próximo.



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