A Observadora escrita por Maisa Cullen


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

gente eu sou muito cruel, vocês vão ter que aguentar a curiosidade.



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Capitulo 11

PDV BELLA

Assim que fiquei novamente sozinha no meu quarto, resolvi tomar um bom banho, demorei mais do que de costume, o que me fez lembrar que ainda não havia comido nada, me vesti com um dos vestidos que vovó insistia que eu usasse, ele era bege e justo até a cintura, depois caia solto até os joelhos, com detalhes em prega na parte superior.

Deixei os cabelos soltos, meu cabelo estava na altura da cintura, o que era normal, considerando que fazia dois anos que eu não o cortava, prendi algumas mechas com uma presilha e desci as escadas.

Eles estavam reunidos em pontos diferentes da sala e da cozinha, alguns estavam assistindo alguma coisa que passava na televisão, outros estavam conversando perto da mesa da cozinha, Esme estava cozinhando, e assim que me viu abriu um sorriso doce, Alice veio correndo até mim.

__Bella onde você comprou esse vestido?__ Me questionou com os olhos brilhando.

__Minha avó o fez e ficou me enchendo para usa-lo.__ Disse a ela.

__Ele ficou lindo em você e ela tinha razão em te encher.__ Falou enquanto me acompanhava até a cozinha.

__Bom dia querida, seu café está quase pronto.__ Disse-me Esme enquanto colocava a comida na mesa.

Sentei-me e esperei, por uma das muitas janelas da casa notei o clima agradável, o sol estava aparecendo timidamente por trás das nuvens, e foi nesse momento que pude reparar que havia um jardim em frente a casa, lindo por sinal, estava repleto com flores de todos os tipos, tudo muito delicado e encantador.

__Bella?!__ Me chamou Esme e acho que não era a primeira vez.

__Ah desculpe, estava distraída.__ Disse me virando em sua direção.

__Está um dia lindo mesmo.__ Seu sorriso continuava em seu rosto.__ Coma algo, querida.

A mesa estava cheia e convidativa, ergui uma sobrancelha para o exagero, já que eu seria a única a comer, mas tratei logo de tomar o café, assim que terminei segui para o jardim, queria aproveitar esse raro momento nessa cidade chuvosa e nublada.

Do lado de fora tudo era ainda mais encantador, sorri maravilhada, andei até uma arvore grande e imponente, sentei a sua sombra, apoiando as costas no tronco grosso, uma brisa leve arrastava meus cabelos para frente, fechei os olhos me sentindo em sintonia com o clima.

__Apreciando o clima?__ Perguntou uma voz rouca próxima a mim.

Abri meus olhos e vi que era Edward, nem havia ouvido seus passos sobre a grama bem aparada, pensei que ele estaria na escola nesse horário.

__Pensei que estaria na escola nesse horário.__ Revelei meus pensamentos.

__Com esse sol?__ Perguntou erguendo uma sobrancelha.

__Qual o problema?__ Eu estava curiosa.

Em resposta ele andou até ter o sol batendo em sua pele pálida, ele começou a brilhar como se seu corpo fosse feito de pequenos diamantes cintilando ao sol, então era por esse motivo que ele faltou hoje.

__Acho que as pessoas notariam certo?__ Perguntou retoricamente voltando para a sombra e completou.__ Carlisle passa o tempo todo dentro do prédio do hospital, então não há problemas para ele, Alice sempre nos avisa sobre o clima.

__Aposto que ela é melhor em prever o tempo do que os jornais.__ Falei de brincadeira.

__Muito e em apostas também.__ Falou com um sorriso torto, me analisou por um instante e disse.__ Você está linda.

__Obrigada.__ Por que será que eu tenho a impressão que estou vermelha? Ah claro, porque eu estou realmente vermelha.

__Eu poderia te sequestrar por algumas horas?__ A sua cara era de quem não estava perguntando nada demais.

__Para onde?__ Quis saber.

__Queria que conhecesse um lugar.__ O suspense estava me matando.

__Isso não vale, fala para onde.__ Pedi juntando as mãos em uma imploração zoada.

__E estragar a surpresa? Nem pensar, vem.

Ele me estendeu a mão para me ajudar a levantar, e eu aceitei louca pra saber aonde ele iria me levar, pegamos o seu carro na garagem e seguimos em silencio, Edward, porque eu estava implorando pra ele contar, mas ele apenas negava com a cabeça.

Tenho que dizer que ele dirigia feito um louco? Tenho sim, me admira muito que ele não tenha multas de transito, não demorou para chegarmos a uma entrada na floresta que dava para uma trilha mata a dentro.

Ele saiu do carro e veio abrir a minha porta, ele com certeza tem mais de cem anos, provavelmente século XIX ou XX, era difícil dizer a idade de um vampiro apenas olhando.

__Temos duas opções: passar o dia andando até chegar lá, ou eu te levo correndo.__ Pelo visto esse lugar era um pouco longe.

__Opção dois, seu suspense está me matando.__ Disse por fim.

Ele me colocou em suas costas e começou a correr, muito rápido mesmo, as arvores passavam por nós como se fossem borrões, aquilo era novidade pra mim, eu estava amando esse mundo novo e cheio de surpresas.

Quando finalmente ele diminuiu o passo estávamos em uma clareira, era lindo, parecia uma pintura de Claude Monet, meu pintor favorito, a clareira era formada por uma grande área aberta onde flores silvestres cresciam a vontade.

__Achei que iria gostar, costumo vir aqui quando quero compor.__ Falou como se não fosse nada de grande importância.

__Você compõe?__ Perguntei encantada com esse lado de Edward que eu nem sabia que existia.

__Só às vezes, sou melhor no piano.__ Seu tom era calmo, mas eu sentia que ele estava deixando de contar algo.__ Quando voltarmos eu lhe mostro.

__Você é cheio de surpresas.__ Meu tom era perspicaz.

__E você é cheia de mistérios.__ Me devolveu.

Sei que não era um bom momento, mas sua resposta me faz lembrar de tudo pelo qual eu havia passado até aqui, vovó havia me dado a peça final do quebra cabeça: Os Volturi, eram eles os culpados por tantas mortes.

PDV EDWARD

Bella de repente ficou calada, eu podia ver nostalgia em seus olhos, de alguma forma o que eu falei a fez se lembrar de coisas dolorosas do seu passado, do passado da sua avó e de toda uma família.

__Bella você está bem?__ Perguntei repousando minha mão em seu delicado rosto triste.

__Eu tenho que ir embora.__ Falou seriamente.

__Claro, eu a levo de volta pra casa.__ Ofereci minha mão, mas ela não se mexeu.

__Acho que você não entendeu, eu tenho que ir embora da vida de vocês, eles já pegaram a minha avó, o talismã está comigo, eles o querem, faram de tudo para tê-lo, vão matar vocês também e eu não quero ter mais esse peso na consciência.


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Notas finais do capítulo

Para quem não sabe quem é Monet ai está:

Monet nasceu na França, no ano de 1840. Tornou-se um grande pintor e um dos mais importantes representantes do impressionismo. Foi uma de suas pinturas, Impressão: Nascer do Sol, que deu nome ao movimento artístico impressionista.

Vida Artística

O começo de sua carreira artística foi marcado por dificuldades financeiras. Porém, na década de 1870, começou a obter sucesso. Suas obras de arte seguiam, como temática principal, as paisagens da natureza. Trabalhava de forma harmônica as cores e luzes, criando imagens belas e fortes. Neste contexto artístico, podemos citar a série de pinturas que realizou sobre a catedral de Rouen (1892-1894), onde o artista retratou a construção em diversos momentos do dia, com variações de luminosidade.

Vale a pena destacar também as obras de arte com temas aquáticos como, por exemplo, os murais que realizou no Museu Iorangerie.

Monet morreu em 1926, na França, deixando um legado artístico reconhecido até os dias atuais. Alguns críticos de arte consideram Monet um dos mais importantes pintores de todos os tempos.


Principais obras de Monet:

· Estuário do Sena
· Impressão, Nascer do Sol
· Ponte sobre Hève na Vazante
· Camille
· O vestido verde
· A floresta em Fontainebleu
· Mulheres no Jardim
· Navio deixando o cais de Le Havre
· O molhe de Le Havre



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