A Sogra escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 10
O Casamento


Notas iniciais do capítulo

Atualizando de novo... Foi mal a demora, não abandonei não, hein!



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Ansiosa era pouco. Faltava quase meia hora para o casamento começar. Me olhei no espelho, e encarei o vestido disposto sobre a cama. Meu Deus.

Minha mãe já tinha ido para a casa da Carly ontem à noite, e eu finalmente tinha passado a noite com Bonnie, que não parava quieta. Foi fácil pedir para Carly, minha madrinha de consideração, um convite a mais para seu dia especial. Bonnie ficou maravilhada quando eu disse que ela poderia ir comigo. Estava frenética.

–O que acha? - me mostrou pela primeira vez sua roupa. Usava um vestido lindo, azul claro, que combinava com sua pele branquíssima, o batom rosa claro e o rosto carregado na maquiagem.

Eu sorri, mostrando os polegares. Ela deu um gritinho, indo me abraçar.

–E você? Vai ficar aí só olhando pra essa preciosidade ou vai vestir? Sua mãe já deixou você faltar à cerimônia na igreja, se a gente demorar pra chegar na festa, ela vai achar que eu que te droguei e fui a culpada de você se atrasar. - disse, voltando para dentro do banheiro.

Eu ri, suspirando e tirando minha calça jeans velha. Minha mãe falava isso mesmo de Bonnie. Gostava dela, mas continuava dizendo que as roupas não eram descente, pareciam mais daquelas que vendiam o corpo à noite do que para uma aluna do colegial. Sempre foi muito rígida com minhas amizades. Lembro até hoje quando fiz amizade com um mendigo.

...

–Você tá linda. - Bonnie disse, pela terceira vez, dentro do carro. O pai dela tinha nos dado uma carona até a chácara onde seria a comemoração do casamento de Carly, e eu sorri de novo. - Tô falando sério, me sinto um nada perto de você.

–Será que o Freddie já chegou? - soltei, sem emoção. Certo, não tinha parado de pensar nisso desde a semana passada, quando minha mãe autorizou Freddie a me acompanhar, e ele encostou aqueles lábios gélidos e carnudos em minha bochecha, me fazendo ficar da cor da beterraba.

–Ainda tá vidrada naquele beijo, né? Acha que vocês vão transar hoje? - ela disse, e não a poupei de um soco bem dado em seu braço. - Ai!

–Bonnie, seu pai tá aqui! - sussurrei. - O que você acha que ele vai pensar de mim? Aliás - tentei falar mais baixo ainda. - eu só tenho 16 anos.

–E daí? Acha que ele liga? Já fiz um anal nervoso, e isso no meu aniversário de quinze. - ela deu de ombros. - Aliás, não esquece a camisinha.

–Bonnie! - gritei, olhando no retrovisor. O pai dela tinha um sorriso entre os lábios. Que vergonha, meu deus.

Assim que ele parou no estacionamento, eu e Bonnie descemos do carrão. Aquele lugar estava fervendo de gente. Meus olhos correram pelos carros, procurando um azul marinho, com um galã de novela me esperando, mas pelo visto Freddie estava atrasado.

–Fica bem, filhona. E me liga quando você sair que eu venho te buscar. - o sr. Bennett abaixou o vidro, falando isso com os olhos fitados em uma loira com o decote lá no Chile.

–Tá de boa, pai. - acenou, me puxando para entrar dentro do enorme hall que havia.

Seu pai deu uma buzinada, e logo saiu de lá. Deu um friozinho na barriga quando senti que estava realmente sozinha, sem nenhum adulto perto de mim. E aquela ideia da Bonnie sobre eu e o Freddie...

–Olha o Jeremy ali - apontou, e Jeremy estava mesmo muito bonito, ajeitando a gravata, com uma bebida na mão.

–E o Freddie?

–Ih, amiga, se ele te der um bolo vou pedir para o Tyler quebrar a cara dele.

–Ele não vai me dar um bolo. - falei, decidida. - Eu sinto que ele já deve estar chegando. Só preciso esperar um pouco e...

–Caralho. - Bonnie arregalou os olhos, abaixando o decote.

–O que foi? Tem algum gato ali atrás, né? - falei tentando olhar, mas Bonnie me virou. - Que foi? Fala logo!

–Shhhh. Amiga, olha, presta atenção. Se você não pegar ele de jeito, eu pego.

–Bonnie, desembucha! - já estava quase sem paciência.

De repente, uma mão no ombro me assustou. Estava pronta para sair correndo, quando resolvi olhar para trás. Lá estava ele. Freddie Benson tinha rosas brancas e vermelhas juntas num buquê enorme, e usava um terno preto com gravata azul bem forte, totalmente lindo. Eu estava de boca aberta, encarando aquele homem. O cabelo não estava tão bagunçado, nem totalmente alinhado. Sorria para mim, com os olhos cor de chocolate brilhando.

–Oi. Tá muito lindo, hein?. - Bonnie disse, e Freddie a olhou, mas logo voltou a me encarar.

–Você está incrivelmente perfeita. - ele disse, olhando para meu vestido, e segurando em minha cintura. Eu corei, envergonhada.

–Obrigada, e você está incrível também. - disse, entre os dentes.

–Trouxe isso para você, mas acho melhor dar para a noiva, né? - ele me entregou o enorme buquê de flores, e eu sorri, sem conseguir esconder a felicidade. Freddie era perfeito.

–Meu deus, obrigada! Nunca ganhei flores antes! - uma lágrima quase desceu pelo meu rosto, mas consegui segurar e só cheirei aquelas rosas, emocionada.

–Vocês vão ficar aí se elogiando ou vão logo pro quarto botar pra quebrar? - gelei, querendo enfiar a cabeça num buraco. Jurei queia matar a Bonnie. Freddie riu, segurando em minha cintura, o que me fez arrepiar.

Jeremy, Bonnie, Freddie e eu seguimos pelo salão, procurando mamãe e a noiva. Não tinha chegado a ver o noivo ainda, mas pelo que imaginei, era tão jovem e bonito quanto Carly. Tinha mais ou menos umas seiscentas pessoas espalhadas pela casa inteira, todas elas muito bem-vestidas e com a cara de cada uma cheia de maquiagem para esconder as rugas.

Avistei um reboliço de gente mais à frente, e logo presumi que fosse a noiva. Já não sabia mais onde estava Bonnie e Jeremy, no mínimo indo procurando um open bar para se divertirem. Fiz o meu sorriso mais sincero, e estava morrendo de curiosidade para ver qual era o vestido da noiva.

Esquivei-me da povada, e finalmente consegui avistar a mulher de cabelos longos e presos. Carly tinha conseguido ficar mais bonita do que já era. O vestido de noiva, com a cauda enorme era branco com detalhes em bege, e ainda estava com aquele véu na cabeça. Era tomara-que-caia, e valorizava bastante seus seios, um pouco maiores do que os meus, além de ser um pouco, só um pouquinho, transparente na parte das pernas, mostrando um sapato altíssimo. Não tinha como descrever. Carly estava linda.

–Oi, srta. Shay! - eu disse, assim que consegui.

–Forbes, Sam. Forbes. - Carly disse, com um pouco de humor. Pelo jeito, estava super feliz. Claro, quem não estaria. - Que bom que apareceu!

–Meio tarde, convenhamos. - minha mãe, com seu vestido reto bege e preto, no mínimo para combinar com a amiga, me alfinetou. Ia soltar um "antes tarde do que nunca, é o que dizem" mas achei melhor deixar meu estoque de cortes rápidos intocado.

–Parabéns, Carly! Estou tão animada por você! - eu disse, dando um abraço bem apertado nela. - E você está tão linda!

Dei uma breve olhada em Freddie, que ainda tinha a mão em minha cintura.

–Ah, este é meu acompanhante, Fredward Benson.

–É um prazer conhecê-la, Sra. Forbes. - ele apertou a mão de Carly, que o puxou para um abraço apertado. Eu ri, mas mamãe não deu nenhum sorriso. Pelo visto, já tinha se estressado, para variar. Sempre tem uma razão para ficar de cara feia.

–Olá, Freddie! Eu e seu... Bem, o prazer é meu! Olha, estou muito orgulhosa de você ter assumido a responsabilidade de acompanhar a Samatha nessa data tão importante para mim. - Carly estava reluzente. Eu corei, trocando um sorriso com Freddie.

–E parabéns, Sr. Forbes. - Freddie disse o mesmo, apertando a mão de um homem. Nem eu sabia que ele era marido da Carly. O cara parecia ter uns sessenta anos, se usasse fralda geriátrica não ia ficar surpresa. Sério, acho até que vi uma falha na cabeça dele.

Eu só sorri, com medo do velhote quebrar a mão se eu a apertasse. Freddie rapidamente me puxou dali, pensando na mesma coisa que eu. A festa parecia animada. Muitas pessoas na faixa dos trinta anos estavam agitadas, com um copo de cerveja na mão, falando baixo como se estivessem numa biblioteca.

–Achei que seria uma festa. - Freddie disse, me puxando pela mão para um canto.

–Pois é. Vamos dar uma volta por aí, não estou achando Bonnie.

Assim que demos a volta na casa, me surpreendi. Lá atrás havia uma churrasqueira, piscina, quadra de futebol, fliperama e até uma pista de dança. Logo vi uma louca de vestido azul se sacolejando e dançando grudadinha ao Jeremy. Eu ri, e Freddie também. Passei o olho, e achei os outros jovens. Umas garotas loiras num grupinho, outras pessoas num outro canto, e tinha até um DJ. Essa sim parecia uma festa. Só a piscina não estava liberada. Pelo jeito, Carly sabia do que a gente gostava.

–Sam! - ouvi uma voz masculina e alguém me puxando. Era David. - Que bom que veio!

–David! Não acredito! Tá gato, hein? - ele estava mesmo super sexy. Não usava gravata nem sapato, e estava com uma latinha de Coca na mão.

–Valeu, e você também tá muito bonita. Freddie Benson? - ele perguntou, apontando para o moreno, que tinha ido pegar uma bebida no frigobar perto do salão.

–É. Já o conhece?

–A galera dele não vai muito com a minha cara, mas o Benson é de boa, sim. - David disse, dando mais um gole em sua bebida. - Pelo menos você tem alguém que gosta como acompanhante. Wendy é um saco.

–C-Como assim "que gosta"? Quem te disse que eu gosto dele? - eu gelei, arregalando os olhos. David riu, colocando a mão em meu ombro.

–Sam, pelo pouco que sei de você, percebi que não fica com todos. E, olha, pelo jeito que o Freddie secou sua bunda quando te chamei, vocês estão de rolo, né?

Sorri, automaticamente. Freddie tinha olhado para a minha bunda. Ele olhou!

–Ah, então vocês não estão de rolo. Se quer uma dica masculina, aí vai: cai de boca. Tchau, Sam!

David disse isso, me deu um beijo na bochecha, e saiu andando em direção à casa. Eu estava me sentindo muito feliz. Assim que ele se foi, Freddie apareceu do meu lado. Até senti vergonha de falar com ele.

–David é seu amigo?

–É sim. Conheci ele nos arranjos do casamento.

–Ah. Quer dançar? - Freddie perguntou, me pegando de surpresa. Quase caí do salto. Será que David estava certo?

–Mas... é música lenta.

–E daí? - disse, indiferente.

–Eu... Eu geralmente... - suspirei, olhando para baixo. - Eu não sei dançar.

–Ah, qual é, Sam!

Freddie, com a mão quente, me puxou até os olhos adolescentes agarrados na pista de dança. Passava uma versão acústica de "Boyfriend", do Justin Bieber. Cara, minha música preferida. Rapidamente, ele deu fim naquela lata que estava na mão dele e as colocou direto na minha cintura. Eu o olhei, sem saber o que fazer.

–O que? - perguntou.

–Eu te disse que não sabia dançar. O que eu faço?

Ele riu. Ah, que bom que estou te divertindo, Benson.

–Ninguém tem que seguir uma regra. Você faz o que quiser. Eu quis colocar as mãos em sua cintura, pois faz com que você pareça minha. Se quiser colocar a mão em meu pescoço, coloque. Tem toda a liberdade.

Eu, calmamente, movi minha mão no lugar onde ele tinha dito, e entrelacei os dedos. Sorri, e ele também. Freddie, aos poucos, foi dando pequenos passos para um lado e para o outro, e quando chegou no refrão da música, nós estávammos em um balanço natural, como os outros na pista de dança. Depois de segundos, não prestei mais atenção no resto. Os olhos de Benson não saíam dos meus. Se tinha mais alguém dançando? Não pude ver, tudo que enxerguei foi ele.

–Obrigado por me convidar. - a voz de Freddie me acordou do transe.

–Na verdade, só concedi a você a permissão de sair comigo.

–Amo quando você ri.

Nem tinha percebido que tinha rido. Estava completamente perdida naqueles olhos, naquele sorriso. Freddie tinha sua boca alinhada, mas aos poucos seu sorriso foi desaparecendo, e o meu também. Nós estávamos muito próximos um do outro, próximos demais. Ele ia me beijar? Como assim ele ia me beijar?

Era tarde demais para pensar. Seus lábios quentes tocaram oss meus, e eu fechei meus olhos. Uma sensação inexplicável tomou conta de mim. Eu mandei as pernas pararem de tremer, cabeça parar de pensar, e fiz como ele tinha dito: o que eu sentia vontade. Segurei o rosto dele com as duas mãos, enquanto Freddie apertava minha cintura. Ali, éramos só nós dois.

Nem tinha percebido quando o ar tinha ficado escasso. Freddie se distanciou calmamente de mim, e eu implorei para que ele ficasse mais. Deu alguns selinhos em meus lábios, o que achei terrivelmente fofo, e eu finalmente abri os olhos. Ele parecia que queria rir, mas não fez. O sorriso desapareceu.

–O que foi? E-Eu fiz alguma coisa errada? - perguntei, sem pensar. Droga, Sam! Acabou de confessar que nunca tinha beijado ninguém!

–Larga de ser boba, não fez nada de errado. Só me sinto feliz quando estou perto de você. - ele sorriu. - Não sabe o quanto quero te beijar novamente.

–Não há nada te impedindo. - disse, ainda sem sorrir. Eu precisava de Freddie. Precisava dele aqui, pertinho de mim.

–Não sei se posso, estamos no casamento da sua madrinha, e sua mãe está bem ali, perto da janela.

Não quis olhar. Estava na cara qque ele tinha vergonha da minha mãe, é natural. Todos têm. Eu ri, o abraçando.

–Vamos sair daqui. - sussurrei.

–Mas... agora? - ele me olhou, meio em choque. Eu mordi o lábio, assentindo. - Não, não, agora não, Sam. O que Carly vai pensar?

–Ninguém vai saber. Eu prometo.

–Sam... Eu acho melhor a gente esperar. Deixa o casamento acabar, aí eu te levo em casa.

Eu levantei as sobrancelhas, mas dei de ombros.

–Tudo bem, mas você me leva em casa mesmo.

Ele tinha me viciado. Não pude mais fingir. O levei até o outro canto da churrasqueira, e o beijei novamente. Ah, como era incrível. Ele, mais ousado, colocou sua língua dentro de minha boca, e eu fiz o mesmo. Quando nos separamos, doeu mais que a primeira vez, mas suportei. Estava viciada em sua boca, em seu gosto, em sua essência. Ah, Freddie Benson, me provocou agora aguenta.


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Notas finais do capítulo

Posto o outro amanhã, se tiver pelo menos cinco reviews :) HOT SEDDIE ♥