Equus escrita por Grazi CWH


Capítulo 4
Capitulo 2 - Good Life


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei!!!
Gente com muita alegria digo que voltei a escrever as minhas bebes.
Muito obrigada pela paciência que tiveram, sei que demorei horrores para voltar.
Espero que gostem.



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 "This could really be a good life" (Isso pode realmente ser uma boa vida)

 

O sol forte de Monte Carlo, Mônaco, me cegava. O clima estava ameno, agradável com pouco vento. Há quase duas semanas estou fora de Londres em festas beneficentes e no momento em uma pequena exposição de jovens pintores em meio à praça principal da cidade.

Uma reconhecida feira de artes ao ar livre onde sempre descubro um ótimo pintor ou escultor. Em dois dias de feira já avia encontrado uma jovem escultora que preservava um estilo clássico nos desenhos de suas louças. Ela fazia um magnífico trabalho de pintura a mão em porcelana francesa. E hoje estava particularmente interessada em um pintor. Um senhor chamado Pier Bardolph, que com sues 49 anos, tinha um estilo de pintura muito moderno.

Um senhor muito amigável que contou-me que começou a pintar realmente após a morte de sua amada esposa. Seus filhos apesar de serem contra o apoiaram a viajar pelo mundo e conhecer todos os tipos de arte possível. Contou-me que gostava de ele mesmo produzir algumas de suas tintas.

— Adoraria ver essas telas se fosse possível – pedi esperançosa – Sou proprietária de uma galeria e sinceramente acho que sua arte merece ser exposta.

Estava admirando uma tela na qual se via a silhueta de uma mulher na chuva com seu guarda-chuva. Era lindo, delicado e ao mesmo tempo sombrio. Eu já o imaginava na sala do meu apartamento novo o qual ainda estava decorando.

— A senhorita não acha que sou meio velho para isso? – perguntou Pier.

— Na minha opinião nunca se e velho para a arte, menos ainda o artista em si. – Disse sincera.

— Eu poderia mostrar as que estão aqui. Não trouxe as que, as tintas são completamente artesanais.

— Noto pelo seu sotaque que você não Frances e não vive aqui.

— O non. Sou italiano mais minha mãe era francesa por isso sei o Frances.

— Bem se o senhor não se incomodar em me receber no seu atelier ou onde o senhor pinta. Para um chá. Mais se o senhor poder reservar este – mostrei a tela que estava admirando – vou levar esta.

Assim que peguei pela tela, ele delicadamente embrulho a tela e passei meu cartão a ele e peguei seu contato para conversarmos sobre seus trabalhos. Me despedindo dele segui caminhando por mais três horas na feira degustando algumas iguarias e olhando para as peças expostas.

***

— Não Alice, vou pegar o primeiro vôo de amanhã a tarde – Ouvi um bufar no outro lado da linha – E não adiante ficar brava.

— Mais Bella – Alice tentou insistir – amanhã é inauguração de um dos restaurantes mais esperado e comentado do momento. Você prometeu que estaria lá.

— Alice – resmunguei suspirando – eu vou chagar a tempo do coquetel e do jantar. Deixe meu lugar reservado. Só não vou poder passar o dia com você e Rose no salão. – ouvindo-a  tomar fôlego para iniciar novamente seu longo discurso de cinco minutos sem me deixar falar, já exclamei – Ali, o vôo de Monte Carlo a Londres leva 1hr 30min. Duas horas se atrasar no máximo. E sim eu sei sobre o fuso horário com diferença de três horas, mesmo assim. Amor preste atenção: Eu vou sair as 4 horas de Mônaco, ou seja, somente serão 13 horas em Londres.

— Mais você... – Alice tentou me interromper

— Amiga que eu tanto amo. Estou cansada, com uma baita dor de cabeça. Amanhã às 18 horas nós nos encontramos no restaurante. – falei indo para porta. E recebendo meu jantar. Salmão grelhado ao molho de maracujá e arroz com cogumelos. De acompanhamento um cálice de Château Margaux branco e seco.

— Ta bem. – Alice falou e eu aguardava a camareira terminar de servir a mesa.

— Obrigada – agradeci dando a jovem moça uma nota de 10 libras, pelo brilho nos olhos na moça pude ver que ela não esperava mesmo por uma gorjeta.

— Esta me agradecendo sobre o que? – Alice se fez notar novamente

— Não era com você amiga, agradecia a camareira que trouxe meu jantar e mesmo eu te amando muito e querendo passar a noite toda falando com você, agora eu vou dar atenção ao meu jantar logo para essa linda e grandiosa cama me que aguarda.

— Descanse não quero você de olheiras amanhã. – Falou risonha – Te amo. Ate amanhã

— Não te garanto nada com a dor de cabeça que estou. Também te amo criatura chata – rimos – Boa Noite ate amanhã

Desligamos. Acomodei-me na cadeira estofada frente a uma delicada mesa, entalhada em madeira branca com chapa de vidro, de dois lugares. Liguei a TV escolhendo a um canal de filmes clássicos. Os Bons Companheiros esta passando. Um clássico lançado em 1990 que é dirigido por Martin Scorsese, inspirado pela obra de Nicholas Pileggi, que foi escrito sobre fatos reais. Conta a historia de três amigos dentro do mundo da máfia, narrando a vida dentro desse mundo, envolvimento com drogas e a ascensão e queda dos personagens Henry, Jimmy e Tommy dentro da hierarquia da organização.

Um de meus filme favoritos. Fascinante.

Dividindo minha atenção entre a trama que se desenvolvia na tela da TV e meu jantar, o tempo passou rápido.

Assim que terminei meu jantar cobri a bandeja e estando tão cansada e com olhos pesados, desliguei a TV em meio a tiros e gritos. Segui para o banheiro escovar os dentes  logo após tomando um paracetamol, assim que terminei segui para o quarto passando loção hidratante em meu rosto, colocando o tudo da loção no criado mudo ao lado da cama. Em seguida me lanceia aos lençóis dormindo logo em seguida.

***

De volta a fria e úmida Londres. Por mais que eu reclame desse clima, o amo. Pessoas se vestem de forma mais elegante. Um clima perfeito para romance.

Cheguei há três horas às terra da rainha e somente depois de todo este tempo consegui estar em casa.

Assim que cheguei, e de fato meu voo atrasou e cheguei atrasada. E para melhorar não pude ir direto para casa, ainda tive que ir a Galeria para revisar alguns documentos que precisavam ser assinados e o esboço da nossa próxima exposição. Isso me prendeu por uma hora.

Os planos que sempre faço para me arrumar: longo banho imersa em espumas, hidratar e lavar os cabelos com calma massageando com todo o carinho possível. Todo o programa foi resumido a uma ducha rápida e cabelos rapidamente lavados e secos. Passei hidratante em meu corpo e envolta em um robe de seda segui para o closet. Escolhi um delicado conjunto de lingerie nude com renda, vestindo a delicada pesa Victoria Secret o verdadeiro problema se fez presente. O dilema era o que vestir.

Nada muito ousado ou glamoroso. Mas não discreto no todo. A ocasião pedia por uma produção clássica e sofisticada na medida certa.

Olhando por uns dês minutos pelo closet escolhi o um clássico e reconquistado tubinho peto midi. O clima de Londres neste dia esta fresco prometendo queda de temperatura à noite então peguei meu sobretudo também negro. Scarpins Louboutin preto e bolsa de mão nude. Roupa escolhida e posta sobre a cama voltei ao meu closet terminar de arrumar os cabelos e maquiar-me. Passei um pouco mouse nos cabelos secos comecei a cachea-los deixando os fios soltos e com volume.

Make rápida: base, pó, blush, leve esfumado de sombra nas palpabras e delineado de gatinha, marcando o olhar com rimel e os labos com batom vermelho cereja realçando o look. Brincos de perola, varias pulseiras finas no pulso esquerdo e um anel na mesma e na direita um mix de anéis de ouro e com alguns brilhantes. De última hora decido por meias e calço meia 7/8 preta fio grosso e barra de renda de veludo.

Peguei a bolsa pondo documentos necessários, batom, cartão de crédito e algumas notas.

Já vestida e dando os últimos retoques no cabelo olhando satisfeita para a produção de trinta minutos. Sorrindo para meu reflexo borrifo meu perfume Dahlia Divin Givenchy e visto meu casaco, pegando bolsa e celular saio de meu quarto olhando as mensagens de Alice e Rose em nosso grupo de conversa ”GoodGirlsGoneBad” no aplicativo WhatsApp. Digitei rapidamente “saindo de casa” trancando a porta e por sorte o elevador estava em meu andar. Passando pelo hall do edifício cumprimentei rapidamente o porteiro noturno, Sr. Fritz. E segui para fora onde um táxi me aguardava.

Pouco mais de 15 minutos vejo ao longe o movimento anormal na rua frente à entrada do restaurante Rosewd Bistrô. Pedi ao taxista que parasse alguns metros da entrada, pela fila de carros e táxis presentes em frente ao Bistrô, decido seguir caminhando.

Assim que chego a frente à entrada do restaurante sou ofuscada por uma torrente de flash’s em minha direção. Posando por um tempo e respondendo educadamente as perguntas de alguns repórteres que já conhecia.

Assim que cheguei fui inundada pelo clima leva e descontraído do ambiente. Rosewd Bistrô era conhecido não só pela excelente comida, mas também pelo clima leve em harmonia com a decoração composta por detalhes modernos e clássicos. A música ao fundo era moderna com uma batida mais lenta.

Música: Anthem Academy - Good Life

Tão distraída estava com a bela decoração não me dei conta do que estava ao meu redor, sobressaltando-me levemente quando sinto uma mão quente tocando levemente meu braço chamando minha atenção. Assim que me viro me inundo em um mar azul e cristalino. Fico por uns segundos espantada com a visão desses olhos, me dando conta de que o encarava abertamente e do leve sorriso que se formava em seu belo rosto me recompus.

Edward! – Exclamei e me dei conta que o chamei pelo primeiro nome corei. Não sabendo se deveria trata-lo pelo titulo que agora sabia que possuía ou se tinha a liberdade de trata-lo pelo nome.

Ele pareceu relaxado e extrovertido. Certo, acho que não cometi gafe.

— Isabella, é bom revê-la. Rose e Alice estavam nós deixando loucos lá dentro – Disse e me lembrei de sua amizade com Emmet.

— Imagino. Ambas tem uma tendência ao drama quando nossos planos são frustrados – falei sorrindo. – Já esteve com elas então?

Todas nós temos esse traço de personalidade. Se algo atrapalhava algum coisa que tenhamos planejado fazermos juntas não ficávamos em paz ate nos encontrar.

— Sim. Sai uma pouca para falar com um amigo, mas estava indo me juntar a eles de novo. – me estendeu o braço direito, aceitei com um sorriso. Paramos rapidamente para que pudesse deixar meu agasalho no armário com um sorridente camareiro. Fui guiada por Edward a nossa mesa.

— Tentando me vender a imagem de cavalheiro. Ainda lembro que me deixou escovar um cavalo a menos de duas semanas – Rimos.

— Não custa tentar. Estou me saindo bem na segunda impressão? – perguntou descontraído, ao longe vi Rosalie que me lançou um sorriso.

— Não se gabe, mas já se saiu bem na primeira. – falei rezando para que meu rosto não ficasse corado - Faz tempo que chegaram?

— Não muito. Na verdade a pouco Jasper declarou o Bistrô inaugurado. Acho que agora esta correndo dentro daquela cozinha. – Ri.

— Fico feliz que ele tenha finalmente tirado um tempinho da vida de empresário para poder brincar de Chef de novo. – Falei e rimos. Com já estávamos próximos de nossa mesa três pares de olhos se fixaram em nós.

— Bella – Emmet foi o primeiro a exclamar animado levantando-se de seu lugar ao lado da noiva. Se não o conhecesse não direi que se trata de um advogado de um dos mais importantes escritórios da Inglaterra relacionados com Comercio Internacional e Investimentos. – Não acredito que já esta nas garras desse patife. Tire as mãos dela cara. – Exclamou brincando e me cumprimentou.

Emmet se orgulhava de ser o tipo de cara corpulento. Alto em seu metro 90 centímetros era firmemente revestido por puros músculos. Seu rosto em formato retangular e queixo bem marcado, maçãs do rosto salientes, olhos de um azul marcante e seus cabelos louros trigo. Nosso Querubim de covinhas nas bochechas ao sorrir. Ri ao pensar seu odiado apelido.

— O que podia fazer Emm? Ele e bem maior que eu? – fez cara de cético – sou tão delicada como coice de mula, como diz meu tio.

Não aguentando mais manter a pose de protetor dessa vez ele riu.

— Tenho que concordar com ele.

— Sempre disse que Tio Collin era muito perceptivo – Rosalie disse me abraçando. Após ser abraçada por Alice também.

— Você esta linda. Veja Rose, Bella conseguiu uma cor nesses dias... – Alice sempre Alice.

— Monte Carlo Ali. Não tem como não aproveitar um pouco de sol quando podemos – Falei rindo já sentada em meu lugar de frente para Edward entre Alice e Rosalie.

A mesa já estava servida com pequenos aperitivos: torradas com três tipos variados de patês, canapés com camarão e de caviar.

— Não esta com fome Emm? Essa é a primeira fez que chego a um jantar atrasada e que ainda tenho varias opções pra degustar – perguntei rindo

— Acho que fui ofendido. Como você me obriga a conviver com ela amor? – Perguntou dramático a noiva.

— Pra ver se você toma jeito. Mais não esta dando muito certo e você Bella, não se deixe enganar – Rose disse rindo do drama do noivo – Essa é a segunda!

— Edward deve achar que somos todos loucos – Alice disse.

— Na verdade já estou acostumado com Rose e Emm. Cresci com Rosalie correndo atrás de mim. E Emmet e eu cursamos Cambridge juntos.

— Eu era o pesadelo do Edward. – Rosalie se gabou sorrindo atrás de sua traça de água.

— Não só meu, mas de todo e qualquer garoto. Ela era mais briguenta de todos.

— Eu não era briguenta – Rosalie contestou a Edward – Mais como era a única garota do grupo eu tinha que saber me defender.

— Rose você me deixou de olho roxo no mínimo três vezes – O riso foi geral assim que Edward terminou sua frase.

Sempre era engraçado quando nos reuníamos mais descobrir outro lado de Emmet e Rosalie na faculdade e na infância foi hilário. Edward mostrou-se não ser um herdeiro com a nobreza na cabeça, pelo contrario. Ele é amigável e fácil de conversar levando a conversa e não fazendo-se sempre o foco a ser admirado.

Nós comemos e bebemos hora rindo das peripécias infantis e em momentos falando da economia e de moda. Não vimos o tempo passar e em algum momento entre liberarmos nossa mesa e irmos para o bar do restaurante Jasper se juntou a nós.

Sentando-se em nossa mesinha no bar e trouxe com sigo um copo raso com o conteúdo transparente que provavelmente seria água como ainda estava com o Bistrô aberto a qualquer momento voltaria para a cozinha.

Jasper era do tipo alto e esguio tinha um sorriso doce, mas os olhos verdes maliciosamente divertidos. Quando sorria mostrava suas covinhas fundas e adoráveis – a lembrando das covinhas de Emmett. Os cabelos dele eram castanho escuro o sempre um pouco mais aparado nas laterais e o topo longo o suficiente para jogar para trás e trazer um ar de adolescente rebelde. 

— Então o que acharam? – Perguntou como sempre com sua postura displicente e malicioso.

— Cara eu acho que falto tempero – Emmet falou serio.

— Já eu acho que o vinho poderia ser de uma safra melhor – Foi Edward quem disse.

— Na minha opinião o crème brulee estava muito flambado – Rosalie disse.

Olhando para o rosto descrente de Jasper, eu imaginava o que se passava pela sua cabeça ouvindo essas coisas de seus melhores amigos. Eu me perguntava se o prato de deles estavam assim tão distinto do meu e de Alice, pois pelas feições dela, o que ela pediu estava tão maravilhoso como o meu.

O momento de desconforto se foi com a gargalhada de Emmet.

— Cara vamos parar. Ou vamos apanhar de Alice e da Bella – falou rindo.

Alice fechou a cara para ele compreendendo que caímos na pegadinha. Minha estava em uma linha fina não acreditando que tínhamos caído nessa.

— Please meninas não fiquem bravas – Rosalie disse rindo

— Eu já estava a ponto de perguntar qual era o problema de vocês – Alice reclamou tomando o que restava de seu drinque. - Já estava vendo meu novo bistrô favorito ser fechado porque estavam mentindo para seu amigo.

Eu seguia calada só olhando.

— Desculpa mesmo amores – Rosalie disse mais seu rosto demonstrava que ainda ria por dentro.

Bruxa.

— Jasper estas são as amigas que sempre comentei com você – Rosalie finalmente iria nos apresentar. – Alice Greene – apontou para Alice que lhe estendeu a mão para cumprimenta-lo e ele em um ato de cavalheirismo beijou seu dorso e pude ver as maçãs do rosto de Ali ficarem rubras e seus olhos brilharem.

— Muito prazer Alice – Disse sua foz me pareceu diferente em dizer seu nome.

A muito não via esse brilho nos olhos de minha amiga. Fisgada.

— E esta e Isabella Swan – lhe estendi a mão e ele repetiu o mesmo até que fez com Alice todo galante. – Foi na galeria dela que comprei aquele quadro que te dei.

— Oh! Então devo parabeniza-la. Adorei o quadro e por ter instruído Rose no quadro que compro, sei que ela tinha planos malévolos para mim.

Não pude evitar e ri ao lembrar-me de nossa amiga expondo sua ideia de quadro para presentea-lo.

  - Fico feliz que tenha gostado. E pode acreditar que não foi fácil convencê-la a não comprar um quadro branco com um ponto bege no centro. – Rimos ao ouvir o “EI” de Rosalie. – A propósito, só para ratificar minha opinião e de minha muda amiga – falei acenando para Alice que estava boba encarando o Cheff – estava tudo maravilhoso.

— Que bom que gostaram. Pode ter certeza que agora não serei mais amigo dessas criaturas malignas. Vocês agora são minhas amigas mais que especiais.

— Oh! Deixe de choramingar cara. Não vamos deixar que engane as moças com seus sorrisos cheios de dentes. – Edward disse rindo do amigo.

— E cara. E deixe de ser o cheff preocupado com a clientela um pouco e sente-se como os falsos amigos aqui – Emmet disse tirando sarro.

Jasper juntou-se a nós pelos 20 minutos seguintes logo depois voltou para as mesas de seus clientes.

Alice, Rosalie e Emmet estavam focados em uma conversa sobre o casamento. Eu ouvia tudo sem opinar muito. Espiando sempre que possível rosto de Edward a minha frente.

Admirava a linha forte de seu maxilar, os lábios finos que me hipnotizaram desde o primeiro encontro. Os ombros largos que estavam ocultos pelo blazer azul que ele vestia resaltava seus olhos azuis os tornando mais claros. Era uma imagem muito agradável de se admirar.

Em algum momento entre a conversa de lugares nas mesas e estilo da aliança para Rosalie nos cruzamos nossos olhares. E fiquei aprisionada. Era quente, magnético, eletrizante. Não consegui desviar meus olhos. Meu sorriso foi espontâneo e prontamente respondido. Disse a primeira coisa que me veio.

 - O jogo foi muito bom – Falei me referindo à partida de Polo na qual nos conhecemos. E seu sorriso se amplio. Merda tanta coisa pra falar.

Foi à mesma premissa daquela conversa de “Então né tem chovido”. Patético.

— Sim foi bom para o começo da temporada. Mas diga-me como foi essa viagem a Mônaco? – Graças ao pai.

— Maravilhosa como sempre, Mônaco é o berço de muitos artistas independentes. Além de ser linda. A semana da arte deste ano foi bem mais realistas com o que se expôs.

— Como assim, realistas – ele pergunta.

— Ah! Sabe, quadros de verdade, pintados a óleo e com imagens verdadeiras. Posso ate ser proprietária de uma galeria mas não gosto dessa nova onda de pintura minimalista. – comentei, me surpreendendo pois é algo que só digo as minhas amigas.

— Tipo olhe fixamente para o triangulo negro e se imagine no que o pintor pensava ao fazer o maldito ponto – comenta ela sorrindo e tomando seu Whisky.

— Soube da tela pintada de branco – perguntei rindo e tomando minha cidra quente.

— O pouco que sei é que pagaram uma fortuna por aquilo.

Conversamos por um bom tempo. Países que já conhecemos e onde ainda queremos ir, guiados pelo ambiente e por Jasper discutimos nossos restaurantes favoritos pelo mundo, musicas, teatro a conversa simplesmente fluía sem esforço ou silêncios prolongados.

Edward foi buscar mais trinques para nós. Alice usando seu poder de editora da Vogue levou Jasper para conhecer a alguns figurões presentes e principalmente ao critico gastronômico da revista. Rosalie e Emmet dançavam abraçados e de onde eu estava podia ver como minha amiga sorria feliz em seus braços.

Ao longe ouvi as notas de Dream A Little Dream of Me de Doris Day e comecei a balançar na cadeira, qual não foi a minha surpresa quando senti uma mão em meu ombro, ao me virar me deparei com Edward me olhando intensamente.

Ele nada disse apenas estendeu a mão direita me convidando para dançar, prontamente aceitei e o segui a pista de dança. Ele me abraçou pondo uma mão nas minhas costas pouco abaixo na lombar e com sua mãe esquerda segurou a minha, nos aproximamos o que segui foi eletricidade pura. Um arrepio que se iniciou na coluna e se espalhou por todo o corpo.

Somente era capas de olhar e seus olhos e me mover ao lento compasso da música, sentindo seus dedos apertarem levemente os meus me aproximarem ainda mais de seu corpo. Minha mão que estava em seu ombro subiu em caminho a seus cabelos e pude sentir a maceis dos fios cobre. Meu sorriso foi prontamente correspondido.

— Isso pode ser loucura Isabella – Ele murmura em meu ouvido – Mas você quer ir embora comigo.

Prendi meu fôlego um pequeno momento. Jamais dormi com alguém que mal conheço, mas a louca e ouriçada Bella dentro de mim saltou já pronta para sair e briga comigo por não dizer que “sim” logo.

Sorrio para ele.

— Vou pegar minha bolsa – minha ousadia permite que eu de um rápido selinho dele, que sorri, antes de sairmos da pista de dança. Ele me segue, pego minha pequena bolsa e assim que vestimos nossos casacos saímos para a fria noite londrina. Revigorante e excitante. Não tinha reparado antes como o céu estava particularmente estrelado esta noite.

Edward toca meu braço me trazendo à realidade novamente.

— Nosso táxi senhorita. – sorri abrindo a porta do veiculo. Entrei ele fecha a porta da a volta entra pelo outro lado - Drayton Gardens, por favor.

Ri olhando para ele me olha sem entender.

Kensington e Chelsea, por que não me surpreendo com isso – rimos da ironia e perguntei – parte da historia de ser Conde.

— Presente do meu avô. É a casa que todo solteiro da família já viveu.

— Rito de passagem então.

— Você está incomodada com isso? – questiona confuso, virando o corpo no espaço limitado do táxi para encarar-me.

— Lógico que não! – ela exclamou ofendida. – Eu só gostaria de ter uma lembrança assim de família, sabe. – completou com suavidade, apertando suavemente a minha mão que estava sobre o banco entre nós.

Sorrio para ele, ainda não acreditando na minha ousadia, mas me sinto tranquila ao lado dele e silencio no táxi não é nem um pouco incomodo, na verdade ele é eletrizante, instigante. Sinto ele mover levemente seus dedos na palma da minha mão. Mondo levemente meu lábio inferior.

Rodamos pelas ruas iluminadas até chegar em frente e uma construção geminada de quatro andares com paredes de tijolos vermelhos a vista e escadas de com colunas gregas brancas. Olho maravilha o prédio que sei ser muito antigo com no mínimo 150 anos. Prédio esse que eu conheço por ter feito um trabalho de pintura para uma moradora do prédio.

— Você quer subir para mais um drink, ou então um café? – ofereceu suavemente apontando para o edifício no qual estávamos parados em frente.

Eu nem tinha visto que o táxi havia parado de andar.

— Hum... er... sim? – murmurei soando mais como uma pergunta. Ele sorriu amplamente.

 


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Notas finais do capítulo

E dai o que acharam?
Todas as imagens desta cap e dos próximos estão na minha pagina do pinterest
* https://br.pinterest.com/GrazCWH/fic-equus/

Até mais!!!



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