Equus escrita por Grazi CWH


Capítulo 5
Capitulo 3 - Meant To Be


Notas iniciais do capítulo

Feliz ano novo gente.
Cap novinho, espero que gostem



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Bebe Rexha - Meant to Be (feat. Florida Georgia Line)

No need to go​ nowhere fast, let's enjoy right here where we at.

(Não há necessidade de ir rápido a lugar algum, vamos aproveitar bem aqui onde estamos.

 

— Você quer subir para mais um drink, ou então um café? – ofereceu suavemente apontando para o edifício no qual estávamos parados em frente.

Eu nem tinha visto que o táxi havia parado de andar.

— Hum... er... sim? – murmurei soando mais como uma pergunta. Ele sorriu amplamente, entregando uma nota de 10 libras ao taxista.

— Vamos? – chamou suavemente quando já havia deixado o táxi e dando a volta no mesmo abre a porta do meu lado estendendo a mão para mim.

Subimos os seis degraus e a grande porta de carvalho foi aberta por um porteiro uniformizado.

— Boa noite George – Edward cumprimenta o senhor.

— Boa noite Edward, Senhorita – o cumprimenta educadamente sorrindo para mim.

Respondo um “Boa noite” e sou guiada para o elevador presente no saguão. Este chaga rápido assim que entramos Edward pressiona o numero 3 e subimos.

Edward em nenhum momento tira sua mão da base da minha coluna. Chegando no andar saímos para o hall do andar onde sé se via duas portas idênticas em lados opostos do pequeno cômodo com uma poltrona cinza, mesa com vaso de flor e parede espalhada.

Edward me guia para a porta à esquerda. Pegando a chave no bolso do blazer que usava e abre a porta me dando passagem.

— Quer tomar alguma coisa – pergunta atrás de mim – vinho, cidra, champanhe.

— Me surpreenda – respondo olhando sobre meu ombro. Sou presenteada com um sorriso secreto. Ele passa por mim deslizando sua mão pelo braço deixando um rastro de fogo e gelo ao mesmo tempo.

O cômodo era grande todo decorado em um estilo mais industrial. Paredes em tijolo cru com prateleiras repletas de livros e lembranças de viagens anteriores. Piso em carvalho cor mogno, sofás negros com duas poltronas de couro negro, sobre um luxuoso tapete de caxemira creme. Do lado direito estava uma escada em ferro preto com suspensa com barras de ferro também negras, embaixo havia um pequeno bar onde se via uma bandeja com varias licoreiras de distintas formas e tamanhos.

Sentei-me no sofá em frente à prateleira de livros e me acomodei tirando os sapatos sentando sobre minhas pernas, ouvi um ruído no andar de cima e olhando em direção as escadas qual não foi a minha surpresa em ver um grande cão preto, branco e marrom descer as escadas correndo. Ignorando-me completamente o cão foi na direção que Edward havia tomado pouco tempo atrás.

Ouço múrmuros da conversa de Edward com o cão, pouco depois Edward volta trazendo em uma bandeja duas taças e uma garrafa de vinho branco e uma tabua de frios, nozes e uvas .

— Consegui te impressionar – pergunta risonho, pondo tudo na mesa a minha frente. Serve uma taça e me entrega servindo uma para si mesmo.

— Não vou negar, um britânico da nobreza que conhece vinho chileno merece meu respeito – disse antes de degustar o delicioso buquê.

— Já esteve no Chile – perguntou realmente curioso sentando ao meu lado – Não tive a oportunidade de ir a America Latina ainda.

Comenta sentando no chão de frente a mesa, próximo as minhas pernas.

— Estive só por três dias e dois dias na Argentina e três dias no Brasil – comentei entre goles de vinho – estava a trabalho então não conheci muita coisa, mais vinhos dos três países são maravilhosos.

Descanso minha taça na mesa e me junto a ele no chão da sala, deixando as pernas estiradas debaixo da mesa.

— Mas você deve conhecer praticamente toda a Europa. Rosalie sempre diz que Emmet, Jasper e você viajavam muito.

— Viajávamos mesmo – riu de lembranças próprias – loucuras de jovens ricos solteiros. Mas quero conhecer outros lugares fora do meu próprio continente. Lugares diferentes.

Pensei rapidamente em algum lugar que eu gostaria de conhecer.

— Tailândia é meu próximo destino, assim espero – comentei pegando um cubinho de queijo e figo juntos. – já esteve lá?

— Não, mais já estive na Turquia e China, mais também foi a trabalho.

— Você é só jogador de polo com um time próprio não é? – perguntei olhando para ela pela borda da minha taça. Ele sorri e toma seu vinho.

— Não mesmo – ele afaste uma mecha de cabelo que cobria meu rosto. – Sou formado em comercio exterior e ano passado terminei a faculdade de direito. Mas oficialmente sou jogador de polo. É minha paixão, faz três anos estou na equipe inglesa nas competições mundiais.

— Nossa – exclamo impressionada.

— Mas me diga você, sei que proprietária de uma galeria em ascensão aqui, e que tem uma filial em New York. Mais por que começou por lá. Pelo seu acento se vê que não é americana. E sei que você e Rose se conhecem desde o colégio.

— Longa e triste historia – comentei olhando minha taça fixamente – resumindo aos 15 anos fui viver com meu tios nos Estados Unidos e esse é o lado feliz da historia.

Carinhosamente ele toca meu queixo levantando meu rosto deixando-nos próximos.

— Não precisa contar se não quiser. – murmura carinhoso.

— Outra hora então – aceno levemente com a cabeça.

Vejo ele se aproximar lentamente e não o impeço. Tão naturalmente como a situação pedia, ele move a mão que estava em meu queixo e a pouso na bochecha, e suavemente fez movimentos circulares com o polegar. Seus lábios eram quentes, saborosos como toque fresco de vinho, únicos.

Nossos lábios dançavam um contra a outra. Não existia uma batalha, era um primeiro toque de reconhecimento. Algumas vezes ele mordiscava meus lábios e depois os sugava, outras vezes era eu que fazia o mesmo, seguido de leves toques de nossas línguas era calmo, reconfortante, quente e extremamente bom com correntes elétricas que se espalhavam por todo meu corpo me deixando arrepiada.

Minha mão que em algum momento estava em sua bochecha, foi para a sua nuca, onde apertava lentamente, trançando meus dedos entre seus fios curtos e macios; sua mão esquerda agora me abraçava e segurava minha cintura com possessividade, atraindo-me para mais perto de seu corpo.

— Sabe, eu geralmente não faço isso – múrmuro contra seus lábios. Sorrimos um para o outro. – Ir para a casa de algum que estou conhecendo.

— Acho que tenho que me senti extremamente feliz com isso – murmura de volta dando selinhos em meus lábios.

Um estridente latido nos trás de volta a realidade, e assim que olho para meu lado esquerdo e encaro olhos castanhos me olhando curiosamente, era o cão que via antes era um lindo Bernese Mountain Dog.

— Oi garoto - falei estirando lentamente mão, duvidando que Edward o teria deixado solto se fosse agressivo. Fui correspondida com uma lambida na mão e animal prontamente se deitou ao meu lado com a cabeça no meu colo. Sorri acarinhando sua cabeça branca e preta.

Bear seu intrometido – Edward resmunga com o cão que feliz abanava o rabo. Edward mantém um braço ao meu redor e toma outro gole de seu vinho.

— Ele é lindo, tenho uma também, mesma raça. – comentei bebendo o que sobrava na minha taça.

— Esse carinha ai é muito metido – comento acariciando brandamente meu pescoço – Rose me deu de presente de aniversario faz dois anos, mas não nego que é uma ótima companhia.

— Becca – Falei o nome da minha cadela – foi presente do meu tio, antes de sair do Kentucky e ir para New York.

— Kentucky até onde eu saiba é o berço de grandes campeões e grandes criadores.

— E como é – respondi animada – antes de ir para lá eu só conhecia as provas de hipismo, salto, adestramento e tudo mais. Eu me achava melhor por ser uma amazona clássica. Mas ir para Lexington me abriu os olhos e se eu achava o hipismo clássico lindo e fluido era porque eu nunca tinha visto uma prova de tambor por exemplo – falei empolgada.

— Você acho muito diferente – pergunta realmente interessado – não tive a oportunidade de ver um cavalo de trabalho como um Quarto de Milha ou o Appaloosa dizem que são duros e pouco funcionais.

— Nunca – exclamei – eu achava o mesmo. Mais você já viu a volta em si que eles são capazes fazer. É pura mágica, fluido, sinuoso, natural. E como uma extensão do próprio corpo, uma dança linda. Já o clássico depois desse tempo pra mim, parece muito pausado, sabe. Pouco fluido ou natural para o animal. Me da impressão de que ele não esta a vontade com o que esta fazendo.

— Você deixou de admirar essa parte então?

— Jamais – rimos do meu tom chocado – mas você se entende depois de vez ou viver a experiência.

— Fui criado como a base britânica de hipismo, e difícil imaginar algo mais lindo do que eu já conheço. – Edward fala tomando seu vinho e enchendo novamente sua taça e me entregou a taça, sorri agradecida e tomei um gole.

— Certas experiências só vivendo para poder explicar, ou não. Geralmente e inexplicável. – comento tomando mais um gole do saboroso vinho e lhe devolvo a taça sem perceber e ele toma um gole do mesmo.

— Você é do tipo de criador que não gosta de mesclar as raças – perguntei pegando a taca novamente.

— Não nego que sou conservador, mais fez ou outra faço cruzamentos de outras rezas, mas sou um britânico que cria o nosso Puro Sangue Inglês, Sela Francês e o Hanoverian. – responde agora pegando a taça de minha mão e tomando um pouco.

Ficamos em silencio por um tempo onde somente se ouvia a musica ambiente, a respiração de Bear no meu colo e eu sentia Edward brincar com meus cabelos. Era um silencio aconchegante. Natural e eu me sentia tranquila e relaxada.

— Meu tio cria o Sela Francês, Quarto de Milha e o Appaloosa. – comentei e soltei sem perceber – demorei dois anos para voltar a montar depois do acidente.

O comentário foi mais um pensamente que saiu em voz alta. Senti Edward se mover ao meu lado e pude apoiar minha cabeça em seu ombro mais comodamente.

— Não precisa falar nada Bella, não quero se sinta mal – murmura em meu ouvido carinhosamente.

Sorrio com sua preocupação.

— Estou bem, não o que me fez falar isso – sorri para o cão no meu colo – minha mãe nunca gostou muita da ideia da filha estar sempre cheirando a cavalo. Dizia que não era digno de alguém como eu. – sorrio amarga – ela nunca aceitou que eu preferia estar no estábulo com minha égua Alia que no shopping fazendo compras com ela.

— Conheço esse nome – ele murmura e pergunta – seria Alia AS?

— Ela mesma, ela era minha joia preciosa, a estava treinando sozinha com papai. Estávamos rumo ao mundial juvenil. Sei que tem vários potros dela por ai que são famosos e que valem milhões. – sorri saudosa. - Hoje ela não á mais doadora nem nada. Quero deixa-la aproveitar a idade.

— Ela é um mito aqui. E o que aconteceu ainda e lembrado nas competições.

Então ele ligou os pontos. Alia AS somente pertenceu a duas pessoas. O pai de Rosalie que pouco depois que ela se recuperou a envio aos Estados Unidos para mim novamente, sabia que eu iria precisar dela.

— Às vezes quando fecho os olhos posso ver o clarão do caminhão.

— Sinto muito Bella – fala me abraçando forte e de alguma forma era o que eu precisava.

— Posso usar seu banheiro – pergunto ainda com a cabeça em seu ombro.

— Claro que pode. Mais tem uma coisa, teria que usar o meu. Os outros dois estão com problemas técnicos.

— Tudo bem – em reflexo lhe beijo levemente no pescoço.

No levantamos e o segui pelas escadas e corredor, entrando a terceira porta a esquerda entrando em seu quarto. Seguia a decoração moderna em azul escuro, branco, um grande cuadro com dois cavalos fotografados em preto e branco sob a cama grande com cabeceira de couro marrom e lençóis e edredom branco e cinza. Do lado direito pude ver sei closet com portas de vidro e a esquerda via uma porta estilo celeiro marrom que estava aberta e podia ver duas pias de banheiro.

— Fique a vontade Bella – ele diz se dirigindo para fora do quarto seguido por Bear.

Entrei no banheiro e levei meu rosto. Eu estava tranquila, triste o mas incrível era o fato que estar realmente calma e relaxada. Sorri para meu reflexo.

Sai e o encontrei sentado na ponta da cama, em uma postura relaxada e tranquilo. Me sentei no meio da cama de deitei.

Sorri com minha ousadia. A garota chega e simplesmente vai deitando.

Logo de acomoda deitando de frente a mim.

— Me fale uma coisa bobagem que já fez na vida e uma grande vergonha que tenha passado – peço pondo minhas abaixo no rosto.

— Uma bobagem – deixa eu pensar – Ah! Já sei, verão de 2010 Emmet comprou uma daqueles planadores na água sabe, eu nunca tira usado aqui e me rendou no final um braço quebrado e três costelas trincadas.

— Não se deve entrar nas loucuras de Emmet – rimos.

— E uma vergonha em uma noite com Emmet e Jasper, estávamos nas finais da faculdade e nossa última prova foi na sexta, saímos para beber. Eu não sei como mais fui ao banheiro de um restaurante bem popular bêbado como um gambá e ao sair não levantei as calças. La estava eu de cuecas de seda em um dos restaurantes mas famosos da época e quando o gerente veio falar comigo eu não lembro bem mais acho que alienígenas tinham levados minhas calcas porque eram horríveis e apertadas.

Riamos as gargalhadas.

— E Emmet apareceu lego depois sem a camisa do banheiro feminino acusando uma senhora de uns 70 anos de assédio. – Lagrimas saiam de meus olhos de tanto rir – O pior era a cara de feliz da senhora. Jasper só sabia rir da nossa situação. Absinto e loucura na certa.

— Me fale sobre seus pais – pedi sorrindo.

— São o que você pode disser eternos apaixonados – seus olhos brilhavam – Lady Esmee é a criatura mais doce e mandona desse mundo. E Lord Carlisle, nossa meu pai sempre foi meu herói. Integro, honesto, marido exemplar e um pai que não tem como por defeito, claro que temos nossas próprias opiniões mais ele sabe de tanta coisa e te ensina tanto.

— Parecem ser o casal perfeito.

Não sei bem que horas eram mais em dado memento da noite Edward me deu uma camisa dele para eu vestisse e assim que me troquei e voltei me deitando novamente, agora com a cabeça em seu ombro e ele me abraçava carinhosamente.

Conversamos aos sussurros sobre sonhos de viagens e nessas conversas embaladas por sussurros de afagos me entreguei ai sono.

 

 

“Baby, if it's meant to be

If it's meant to be, it'll be, it'll be

(Amor, se está destinado a acontecer

Se está destinado a acontecer, acontecerá, acontecerá)


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Notas finais do capítulo

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