The Host - A New Down escrita por Tati


Capítulo 3
Capítulo 2 - Sentimentos




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4 meses depois.

Já fazia um bom tempo que as coisas voltaram ao normal, eu conseguia ficar mais calma, por saber que a buscadora não era mais um problema pra ninguém. Lacey ainda continuava na caverna, com seu jeito insuportável de ser, não era todo mundo que gostava dela, mas a aturavam, porque agora, ela era uma humana e também tinha o direito de estar ali. A única que a aturava era Candy, talvez porque Lacey passou pelo mesmo que ela. Doc continuava fazendo o processo de se livrar das almas, mas eles faziam do meu jeito, depois de retirá-las do corpo, eles colocavam no criotanques e eu as mandava para algum outro planeta, em segurança. Quase todas as vezes que ele fazia a operação, depois era um sucesso, o humano ou a humana, acordavam, nos agradeciam e contavam como foi ter a alma dentro deles, e contava sobre as histórias dessas almas, em outros planetas, por eles terem tido acesso à isso. Cada vez mais o grupo na caverna aumentava, parecia que não ia caber mais ninguém lá dentro. A quantidade de comida que nós faziamos, dobrou, tinhamos que ir mais vezes em incursões, porque os mantimentos não duravam mais tanto assim. Mas Jeb dizia que estava tudo bem, que a caverna era grande o suficiente para caber todos, e ninguém se importava com as incursões também, porque eu ia junto, e tudo se tornava muito mais fácil, pois não tinha desconfiança das outras almas.

Eu ainda não conseguia me sentir totalmente em casa, porque eu não achava que ali era meu lar. Eu não gostava de ser diferente dos demais, eu via que a maioria só parou de dizer o que realmente pensava sobre as almas, porque não queriam me ofender, mas eu sabia que uma grande porcentagem de pessoas ali, ainda não gostavam das almas.

Parecia que o Doc estava tentando fazer com que os humanos dominassem a terra de novo. Mas eu pensava, será que não vai ser só uma questão de tempo para chegar a minha vez? A minha vez de ir embora, porque afinal, eu era uma alma também, eu era a Peregrina, o inimigo. Ian não pensava desse jeito, eu até mencionei esse meu ponto de vista, mas ele não aceitou isso e me fez prometer que não iria tentar mais nenhuma besteira de me matar e que eu parasse de me sentir como algo ruim.

“Nós tinhamos acabado de voltar para o nosso quarto. Ou melhor, o quarto de Ian. As chuvas enfim haviam parado, e depois de tudo isso, Ian e eu conversamos e eu iria ficar no quarto dele. Kyle tinha mudado de quarto e agora dividia um quarto com Jamie e Sunny. Melanie e Jared também dividiam um quarto, que depois da saída de Jamie, ficou só pra eles dois.

Eu me sentia estranha, ansiosa, ficava pensando sobre o que iria acontecer agora, comigo e Ian, sozinhos, em um quarto. Melanie até veio falar comigo sobre isso, porque agora, para ela, a gente era irmãs e tecnicamente, ela era a mais velha, porque apesar da quantidade de vidas que eu já tive, ela era mais velha aqui, isso era o que ela dizia. Eu via que ela estava preocupada com o que quer que acontecesse, porque ela ainda não gostava de Ian, eu não entendia isso muito bem, porque pensava que ela só não gostasse dele por que nós duas dividiamos o mesmo corpo e não gostava da sensação de estar ‘traindo’ Jared. Mas mesmo depois da gente estar em corpos diferentes, ela ainda não gostava dele.

Eu ainda me lembrava de como agir com ele, porque eu ainda me lembrava de como Melanie fazia com Jared.

O caminho inteiro pelos corredores até o quarto, Ian ficou segurando minha mão, protetoramente, como sempre. Ele só a soltou por um instante, quando ele foi abrir a porta do quarto pra gente entrar. Ele me levou até o colchão no chão e me deitou lá e foi fechar a porta do quarto, em um segundo já tinha voltado e estava deitado do meu lado, me abraçando.

— Peg, o que foi? – Ian perguntou, estranhando meu súbito silêncio. Eu estava diferente e claro que ele iria perceber, droga.

— Não é nada.

— Peregrina, eu te conheço, me diz porque você está assim. – não adianta, não consigo esconder nada de Ian e ele me chamou pelo nome, não pelo apelido, então isso significa que ele está falando sério.

— É só que... Eu estava pensando, eu sou uma alma e Doc está se saindo muito bem com as cirurgias, fazendo os humanos voltarem, será que... – dei uma pausa, levantando o rosto e olhando atentamente para ele, que me olhava sério, sem nenhuma expressão aparente. – será que um dia não vai chegar a minha vez?

Esperei por algum tempo a resposta de Ian, e nada, ele apenas ficou calado.

— Ian, fala alguma coisa.

— Peregrina, olhe bem pra mim – ele disse me olhando com uma expressão um tanto raivosa – você nunca vai ser tirada daqui, nunca vão tentar se livrar de você, entendeu?. Você é uma de nós agora. Você acha mesmo que eu, ou Melanie, Jamie ou até mesmo Jared, deixaria que fizessem algo com você? – ele perguntou, mas não respondi – Eu te amo, você é a pessoa mais importante para mim, e eu não me imagino mais sem você, fora que todos aqui gostam de você, assim, do jeitinho que você é. Por favor, nunca mais pense uma coisa dessas, ninguém te fará mal, você tem uma família aqui e como qualquer um de nós, tem o direito de ficar aqui.

Assim que ele terminou de falar, eu o abraçei, bem apertado.

Ian nem se quer imaginava o quão ele me fazia bem, eu o amava tanto que esse sentimento nem cabia no meu coração direito.

Eu levantei um pouco o rosto, e coloquei as mãos em seu rosto, uma de cada lado. E encostei nossos lábios. Um simples roçar de lábios, mas que significava muito. Ian suspirou, enlaçou minha cintura e aprofundou o beijo.”


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo já vem novidades...



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