Eu pude ver Mike abraçado com Jessica, antes de Edward dar partida com o carro. Edward dirigia tranquilamente, nos levando para uma parte da cidade que eu não conhecia. Não passava das sete e meia da noite, então ainda algumas pessoas caminhando nas ruas. Edward pegou uma mão do meu colo e sorriu.

-eu nunca vim á noite aqui, mas de dia é lindo. –ele sorriu abertamente, dando um beijo na palma da minha mão.

-e onde é aqui? –eu falei confusa.

-eu descobri esse lugar quando vim comprar cenouras para suas sopas. –ele sorriu novamente e eu ergui as sobrancelhas.

-sabia que tem um mercadinho perto de casa? –ele arregalou os olhos.

-na verdade, não. –ele fez uma careta e eu ri.

Edward estacionou o carro em uma praça. Eu olhei confusa para o lugar. Tinha muitas arvores e era bem iluminado, era mesmo bem bonito. Eu saí do carro, acompanhada por Edward, e ele correu para pegar minha mão e começar a me puxar para um pequeno caminho, por entre as arvores.

Eu tentava prestar atenção por onde eu estava indo, mas Edward segurava minha mão e me puxava com pressa. Eu tropecei umas cinco vezes, até que ele diminuiu o ritmo. Ele parou na frente de um lago enorme, e todo iluminado. Era lindo, refletia perfeitamente o céu inteiro. A lua brilhava bem no meio da água, iluminando melhor o ambiente. Eu olhei para Edward, embasbacada, e ele sorria para mim sem soltar da minha mão.

-Edward... –ele sorriu mais, me abraçando pela cintura e me puxando para mais perto.

-é lindo, não é? –eu assenti.

-eu nem sabia que existia um lugar como esse aqui. –ele beijou meu pescoço.

-eu precisava trazer você aqui. –eu virei e olhei em seus olhos. –precisava de um tempo sozinho com você.

-algum problema? –eu perguntei curiosa.

-não, só quero ficar com você. –ele sorriu aproximando sua cabeça da minha e me beijando.

Suas mãos correram pela minha cintura e quadril, enquanto as minhas seguravam firmemente seus cabelos. Ele separou nossos lábios e os correu pelo meu pescoço e clavícula, deixando um rastro de fogo por onde ele passava. Eu mordi o lóbulo de sua orelha, o fazendo se arrepiar. Ele continuou me beijando, mas deixou suas mãos paradas em minha cintura. Ele parou por um momento e me abraçou firmemente, fazendo com que eu voltasse a olhar em nossa volta.

-o que é aquilo? –eu apontei para uma torre enorme, bem no meio da praça.

-um ponto de referencia, se você se perder é só procurar por ele. –eu franzi a testa.

-como eu nunca tinha visto isso? –ele riu, dando um beijo no topo de minha cabeça.

-acho que você não percebe muito as coisas ao seu redor. –eu sorri e apertei meus braços a sua volta. –quer dar uma olhava?

-quero. –ele ergueu minha cabeça para me beijar mais uma vez, depois segurou minha mão me levando até a torre, que parecia bem alta para mim.

Nós caminhamos sem pressa, com Edward sem soltar minha mão por sequer um segundo. Ele sorria e me contava alguma coisa sobre a faculdade e eu fazia o mesmo, querendo aproveitar todo momento que eu tinha sozinha com ele.

Edward me puxou até as escadas, que davam para o topo da torre. As escadas eram longas e escuras, mas eu estava realmente curiosa para saber como era lá em cima. Edward continuou segurando minha mão, evitando que eu caísse por tropeçar nas escadas.

Passamos por uma porta grande, que dava para um espaço inteiro aberto deixando-nos ver toda a cidade. A cidade inteira estava iluminada e de onde estávamos ela parecia bem maior. Edward veio segurar nas barras de segurança assim como eu. Ele olhava para o meu rosto, enquanto eu olhava ainda maravilhada, para a cidade.

-é lindo. –eu olhei para ele, e só então notei seu imenso sorriso.

-é mesmo. –ele se aproximou, me colocando de costas para a vista e segurando nas barras atrás de mim.

Ele me beijou novamente, mais intensamente do que antes. Sua língua explorava minha boca completamente, me deixando totalmente sem ar. Eu ergui meus braços até seu pescoço, o segurando firmemente, o trazendo para mais perto. Suas mãos estavam em minhas costas, correndo por todo meu corpo. Nós dois estávamos começando a ficar sem ar, mas não queríamos parar o beijo para respirar. Suas mãos me puxavam para mais perto, quase me deitando em seu colo.

Ele me mudou de lado, me deitando de costas para a parede. Ele voltou a passar a mão pela minha cintura, separando nossos lábios e os correndo pela minha mandíbula e pescoço. Estava um pouco mais frio do que normalmente ficava. Minhas mãos estavam geladas e assim que as encostei ao seu pescoço, eu pude ver que ele se arrepiou. Eu sorri sozinha, voltando a brincar com seu lóbulo da orelha.

-acho melhor te levar para casa. –ele sussurrou arfando em meu ouvido.

-também acho. –ele riu um pouco, ainda com a boca em minha orelha.

Ele pegou minha mão novamente e nós voamos pelas escadas. Edward um pouco me arrastava um pouco me beijava e um pouco me carregava. Demoramos a chegar ao carro dele, pois não sabíamos qual era o lado certo para ir. Ele abriu a porta para mim, e correu para o lado do motorista, sem demorar a dar partida.

-está com fome? –ele perguntou, parando na frente de um restaurante japonês.

-na verdade... –ele me cortou, já estacionando o carro. Eu revirei os olhos, eu não estava com fome.

-vem vamos fazer o pedido.

Comida para viagem nunca demorou tanto para ficar pronta. Edward falava alguma coisa de vez em quando e eu estava começando a ficar impaciente com a mulher de quimono que passava a cada pouco perto de onde estávamos. Edward ria da minha impaciência. Fala sério, eu queria ir embora. A comida finalmente ficou pronta e nós voltamos para o carro. Edward colocou a comida no banco de trás e olhou em meus olhos demoradamente. Com muita rapidez nós voltamos a nos beijar. Novamente Edward corria suas mãos por minhas costas e me beijava com vontade.

-vamos para casa. –ele disse mordendo meu lábio inferior.

-muita gente. –eu falei franzindo a testa e abrindo os olhos, percebendo que os enormes olhos verdes fitavam os meus.

-na verdade não. –eu ergui uma sobrancelha. –Emmett e Rosalie estão no apartamento que um dia também foi de Mike, Jasper levou Alice para jantar e eu duvido muito que Mike já tenha voltado para casa.

-nesse caso... Vamos para casa. –ele riu, me dando mais um beijo e voltando a ligar o carro.

Pegamos o elevador e Edward ainda não tinha largado minha cintura. Ele passava seus lábios em minha bochecha e mandíbula, causando arrepios em todo meu corpo. Eu virei um pouco minha cabeça, e deixei que meus lábios roçassem levemente nos dele.

-Edward... –eu chamei.

-Bella.

-Edward...

-eu te amo. –eu revirei os olhos.

-eu também, mas... A porta abriu. –ele abriu os olhos e riu, me levando para a porta de seu apartamento.

Ele abriu a porta sem soltar minha cintura. Fomos para a cozinha e Edward deixou a comida em cima da mesa. Ele começou a desempacotar as coisas lentamente, o que me fez imaginar que ele também não estava com fome. Eu revirei os olhos e me aproximei dele. Ele sorriu ligeiramente para mim, mordeu o lábio inferior e voltou a olhar para a comida. Eu entrei em sua frente, impedindo que ele voltasse a mexer com a comida. Ele ergueu uma sobrancelha, mas acabou sorrindo voltando a me abraçar e a beijar minha clavícula.

-não está com fome? –ele perguntou no meu pescoço.

-nem um pouco. –ele riu e voltou a olhar em meus olhos.

-nem eu...

-pelo menos vamos ter café da manha. –ele voltou a rir e eu o beijei novamente.

Ele se abaixou um pouco e me pegou no colo, me fazendo rir. Ele olhou em meus olhos novamente e começou a andar pelo apartamento. Eu arregalei os olhos um pouco e ele gargalhou, voltando a me beijar. Ele abriu a porta do quarto com muita dificuldade, fazendo com que eu gargalhasse dessa vez.

-acha que é fácil abrir uma porta te carregando, é? –eu sorri.

-eu podia ter feito isso. –ele revirou os olhos.

-e como que fica a tradição? –eu ri.

-acho que só é tradição depois que nós casarmos. –ele riu.

-não corta meu barato. –ele falou, fechando a porta em suas costas e me colocando no chão.

Ele encostou-me na parede de novo, colocando uma mão na parede e a outra em meu rosto. Eu sorri com seu toque, e então ele colou nossos corpos, colocando as duas mãos com firmeza em minhas costas. Eu lacei sua cintura com minhas pernas, olhando em seus olhos que sorriam para mim. Eu mantive minhas duas mãos em seu rosto, e toquei seus lábios com os meus levemente. Ele me deitou na cama, apoiado sobre as mãos e me olhou mais uma vez, sorrindo. Ele tirou minha blusa e eu já tinha conseguido arrancar sua camiseta também.

Estávamos os dois sem roupas, e Edward descia os lábios por minha mandíbula, pescoço e clavícula. Eu corria minhas mãos por suas costas e brincava com os lábios com seu lóbulo da orelha. Ele riu e se levantou um pouco, passando a mão em meu rosto. Segurei seu cabelo com uma das mãos e a outra mantive em seu pescoço, pois ainda estava fria e ele ainda se arrepiava com isso. Ele sorriu um pouco e mordeu a ponta do meu dedo, voltando a se abaixar e colando seu corpo no meu.

Ele passava os lábios e a língua por minha clavícula, fazendo meu corpo inteiro tremer com seu toque. Eu mordi sua orelha com um pouco de força de mais e ele acabou gemendo um pouco mais alto.

-desculpa. –eu falei sussurrando em seu ouvido. Ele se arrepiou novamente, colocando a mão em meu rosto e fazendo com que eu olhasse em seus olhos. Ele sorriu maliciosamente e eu ergui a sobrancelha, tentando entender sua expressão.

-vou pensar sobre isso. –ele falou mordendo meu lábio inferior, descendo a língua até meu queixo e descendo os lábios pelo meu pescoço.

-ótima maneira de pensar. –ele riu, descendo mais a boca até o meu colo.

-não posso deixar de concordar. –ele riu, e mordeu minha barriga. Eu gemi um pouco alto e forcei para ficar por cima dele.

Eu fui á sua direção, o deixando com a boca aberta, esperando pela minha. Assim que estava perto o suficiente, eu sorri e desviei, indo para seu pescoço. Eu dei algumas mordidas leves ali, dando alguns beijos em seguida. Ele suspirou e gemeu, girando o pescoço e o deixando mais a amostra para mim.

Ele me virou novamente, me colocando em baixo de seu corpo e dando um sorriso torto. Ele correu as mãos em minha cintura até minhas coxas. Se minhas mãos estavam frias, as dele também estavam e fizeram eu me curvar em sua direção. Ele beijou meu ombro e separou minhas pernas com as mãos. Ele sorriu para mim e se curvou, pegando o pacotinho de preservativo de cima do criado mudo. Ele colocou o preservativo e se colocou no meio de minhas pernas.

-Bella? –ele falou, olhando fixamente em meus olhos.

-pronta. –ele sorriu.

Edward colocou a boca na minha para abafar os gemidos que viriam a seguir. Edward entrou em mim de uma vez, e não deixou meus lábios por sequer um segundo. Eu e Edward gemíamos juntos, e assim foi por um bom tempo.

Edward ainda estava com os braços em minha volta. Eu acordei a muito custo e me aproximei mais dele, deixando que ele me abraçasse mais, inconscientemente. Eu me aconcheguei melhor em seu peito, dando um beijo ali. Ele soltou uma risada rouca, e passou a mão pelo meu braço, como se tentasse me aquecer. Nós paramos de repente, e nos olhamos nos olhos, os dois se lembrando da mesma coisa. Eu dei um pulo e fiquei em cima de Edward para olhar no relógio, enquanto ele apenas se virou um pouco, sem tirar as mãos de mim.

-AULA! –nós falamos juntos.

-tarde de mais. –ele disse com um conto dos lábios repuxados.

-ai. –eu gemi, deitando em seu peito novamente.

Ele colocou as mãos em minhas costas, e beijou o topo da minha cabeça. Tudo bem, talvez perder o horário da aula não tinha sido tão ruim afinal. Edward começou a fazer o caminho da minha coluna com uma das mãos, e a outra alisava meus cabelos. Eu mantinha uma de minhas mãos em seu pescoço, assim como meu lábio.

-já que perdemos a aula mesmo. –ele falou, me afastando um pouco para olhar em meus olhos. –acho que podemos tirar o dia só para nós, o que você acha? –eu sorri abertamente. Quem ligava para a aula?

-gostei da idéia. –ele sorriu.

-então vamos tomar um banho e vamos almoçar, por que já está quase na hora. –ele falou rindo um pouco, eu não consegui conter meu sorriso.

Saímos do banho e tinha um bilhete na mesa. Era de Jasper.  

“Fiquei jogando vídeo game até tarde e acabei comendo a comida japonesa que estava em cima da mesa. Espero que não fiquem bravos...

Jasper ”

-tudo bem. Vamos comer em algum lugar, já que nossa comida foi roubada. –disse Edward me conduzindo para a porta e a abrindo para mim.

Nós andamos pelas ruas de mãos dadas, e eu realmente estava adorando aquilo. Era tão bom andar de mãos dadas com Edward que eu nem me importava com mais nada. Eu sabia que assim que chegasse, Mike tentaria arrancar minha cabeça, mas eu poderia sobrevier com isso. Nós almoçamos e resolvemos ir ao cinema, já tínhamos algum tempo sozinhos ainda.

Deixei que Edward escolhesse o filme e só rezei para que não fosse daqueles de ação que todo mundo morre no final. Não era. Era uma comedia romântica e eu agradeci por ter um namorado tão lindo e fofo.

Quando chegamos de volta ao prédio, Rachel estava no elevador com Marie e com uma cara esquisita. Eu sorria para ela e logo olhei para a criança. Edward fez o mesmo e eu nem preciso dizer que a menina começou a se abrir para ele.

-algum problema Rachel? –eu perguntei curiosa por sua cara.

-os visinhos estão com problemas... De novo. –eu tentei sorrir, mas minha cara de pesar deve ter sido bem evidente.

-que coisa. –ela assentiu sorrindo um pouco.

Nós chegamos ao nosso andar de mãos dadas, e então vimos confusão armada no corredor. Por que meus irmãos tinham a mania de brigar assim? Mike estava com uma mala gigante na porta do meu apartamento, com as mãos na cintura e olhando para Emmett, que coçava a cabeça com uma mão e a outra jogava para o alto.

-ROSA EMMETT? –berrava Mike.

-CARA, EU NÃO TENHO CULPA! VOCÊ SABE COMO É DIFICIL SER CASADO? –Emmett colocou as mãos na cintura e eu gargalhei. Ótimo, agora toda desculpa era por que ele tava casado.

-Mike você pode ficar no nosso apartamento, Edward não vai ligar. –falou Jasper tentando acalmar.

-o que ta acontecendo aqui? –eu perguntei parando na porta.

-fui expulso de casa de novo. MAS EMMETT... –ele voltou o olhar para meu irmão mais velho, porem estacou. –BELLA! –ele berrou com o olhar assassino.

-OPS... –e eu voltei correndo para o elevador, mas Mike foi mais rápido...

-EU VOU MATAR VOCÊ!