Uma Vez Mais escrita por AnaMM


Capítulo 12
Dando uma de Lia


Notas iniciais do capítulo

Dedicado à bninha que escreveu a recomendação mais linda e perfeita do mundo pra minha ficzinha ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ não tenho nem palavras pra agradecer!!!!!!!!

Esse vai pros fãs de Brutinha, em especial à dona Jack que eu sei que está lendo ;) sim, está na hora de champs bulinado!



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–O que aconteceu, Marcela? Por que ele entrou daquele jeito? Eu entendo o desmaio mais cedo, digo, ele bateu a cabeça e está bem mais fraco provavelmente por não ter comido direito durante a viagem, mas... E o ataque? Ele se debatendo, desesperado... – lágrimas escaparam dos olhos de Lia, que tentava controlar o choro. Sua voz trêmula estava cada vez mais fraca.

–Realmente, aquela cena foi bem triste... Olha, eu acho que vocês deveriam conversar, daí você pergunta pra ele e...

–Ele vai vir com aquele papinho de voltar, vai inventar mil desculpas pra que eu o perdoe... Não, eu prefiro perguntar pro meu pai o que aconteceu e continuar ignorando o Dinho.

–Você não parecia querer ignorar o Dinho hoje à tarde. – Marcela sorriu e piscou para a enteada, que ficou desconsertada.

–Foi um momento de fraqueza, só isso! Você viu como ele estava e eu fiquei preocupada.

–Sei... Então por que você não conversa com ele para encerrar as coisas de uma vez?

–É... É porque ele não me escuta! Eu mandei o Dinho largar do meu pé hoje de manhã e nada!

–Até onde eu sei, foi o pé do Vitor que ele pisou e quem não saiu do lado do Dinho a tarde inteira foi você.

Lia se calou por alguns instantes, procurando uma resposta.

–Ele não deveria ter feito aquilo com o Vitor.

–Então conversa com ele.

–Não!

Marcela balançou a cabeça e deixou a enteada sozinha no sofá com suas dúvidas. A discussão não levaria a lugar algum e Lorenzo provavelmente estaria chegando em breve para responder a filha. A professora também tinha suas próprias perguntas para o médico e um filho para pedir desculpas pelo comportamento rígido de mais cedo.

–x-

Bruno pensava desde o dia anterior sobre o que Ju sugerira. Pelo que havia entendido, Lia havia feito o que o irmão de Juliana sempre fizera: usar e largar. Fatinha fazia muita falta em sua vida, mas não queria perdoá-la pelo erro sério que cometeu. A solução perfeita seria dar uma de Lia, ou melhor, de Bruno, e errar de novo com a ex. Ela havia feito pior, não seria tão grave visitá-la por uma noite sem prometer compromisso.

–x-

Dinho voltou ao hostel exausto e ainda tonto pelo sedativo, sem lembrar direito por quê passara a tarde inteira dormindo no sofá de Marcela. Lembrava-se perfeitamente do que acontecera antes e depois, principalmente do depois. Aquele momento com Lia lhe devolvera a vontade de seguir adiante e a esperança de dobrá-la algum dia. Talvez ainda pudesse ter sua marrentinha de volta. Não fazia tanto tempo desde o dia em que transaram na casa da professora, mas Adriano sentia que uma eternidade havia se passado em que não beijara novamente sua ex-namorada. A cabeça de Lia encaixava perfeitamente em seu ombro, como seu corpo em seu abraço e seus lábios unidos. Não encontrou em um continente inteiro alguém como a roqueira. Nem precisou testar. Dinho não ficou com mais ninguém desde que terminou com sua marrentinha por falta de vontade e não por esperança adolescente de que ela se incomodasse. Valentina lhe dava nojo e toda vez que alguma mulher se insinuava para ele, Adriano pensava ver a roqueira e se afastava ao ver que não era. Por isso lhe doeu mais ainda ver que Lia havia seguido em frente. Por um momento, ao tê-la de novo em seus braços, pensou que com a roqueira acontecesse o mesmo que com ele. Sua teoria foi drasticamente quebrada ao saber que Lia estava namorando e ainda por cima um cara daqueles, que nada tinha a ver com a garota.

–Isso são horas, Adriano? Você tem noção que eu passei o dia INTEIRO preocupada com você?

–Foi mal, Fatinha...

–Se o meu salário aumentasse pra cada “foi mal, Fatinha” que eu escuto, meu amor, eu estaria recebendo pagamento de jogador de futebol! Pode ir se explicando!

–Longa história e eu estou morrendo de sono... Posso te contar amanhã?

Fatinha considerou a proposta de Dinho. De fato estava chateada com o descaso do amigo, mas a expressão cansada de Adriano lhe indicava que ele não estava passeando sem rumo por aí evitando a amiga.

–Eu vou cobrar, hein? Agora vem, hoje a cama é sua.

–Que isso, Fatinha, eu posso dormir no chão...

–Dinho, se você quiser dormir no chão amanhã eu não estou nem aí pra você, mas hoje você dorme na cama, que eu estou preocupada. –se dirigiram ao quarto - Como está a cabeça?

–Ainda dói um pouco...

–Pronto, aí está, vou voltar pro trabalho, bons sonhos pra você.

–Valeu. – Dinho sorriu e foi para a cama, caindo no sono assim que encostou sua cabeça no travesseiro.

Fatinha, por sua vez, seguiu para o corredor dos quartos para checar a organização dos quartos vagos.

Quando Bruno entrou no hostel, notou que Fatinha não estava na portaria e sorriu. Provavelmente já estaria no quarto, melhor ainda. Para sua sorte, a porta estava destrancada. Entrou de fininho, sem ligar a luz. Talvez sonolenta, a funkeira resistisse menos ainda. Aproximou-se da cama lentamente e se apoiou sobre o corpo dormido, tentando beijar o rosto.

–AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!!!!!!!!!!!!!


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Notas finais do capítulo

HASUHUAHSUHAHSUHUAHS me orgulho até hoje dessa ideia ↨♥
Meus semi-créditos também à leitora CarolCunha que perguntou qual a reação do Bruno, quando eu nem tinha pensado nesse detalhe... Mas eu aposto que nem nos seus mais absurdos sonhos a reação do Bruno seria tão... bom, lerás no próximo capítulo ;)
Então, é, essa cena jamais teria surgido sem o comentário da CarolCunha ;)