O passeio pela cidade

Eu me preparava, coloquei o chamado uniforme. Era uma camisa social branca, com um casaco azul-escuro por cima, uma saia também azul escuro, uma meia que batia exatamente na minha coxa também escura, e uma botina marrom.

Peguei os meus cadernos, eles tinham umas imagens estranhas de uma torre dourada, estava escrito torre... Ei... F.. Eifil... Não não! Eifel! Torre Eifel! Já ouvi falar mas nunca tinha visto imagens !

Fui saindo do quarto 12 e foi quando apareceram, Shiki-sama, Ichijou-sama e Aidou-sama com rostos todos preocupados. Eles usavam uniformes iguais aos meus, mas eram cor branca, foi quando me lembrei. O colégio Cross tem a turma do dia (que é a minha) e a turma da noite, que tinha uniformes brancos... Mas por que Shiki-sama e os dois loiros usavam-na?

- Shiki-sama... Estuda...?

- Yuuki-chan eu ainda tenho 17 anos, só sou um médico estagiário. Assim como Ichijou e Aidou também. - Ele disse, agachando-se na minha frente, e afagando meus cabelos. Eu dei um sorriso carinhoso para ele.

- Vai ser divertido! - Ichijou-sama veio até mim.

- Olha Yuuki-chan se algum bobo zombar de você me ligue no mesmo momento! - Ele disse cerrando os punhos com um rosto engraçado, eu ri, mas concordei.

- E se algum pervertido levantar sua saia, me chame! - Mandou Aidou-sama, eu comecei a rir de novo, e novamente concordei.

- E Yuuki-chan.. . - Chamou Shiki-sama encantadoramente, me mostrando um sorriso meio preocupado. - Todos estarão avisados de que você tem essa doença cardiaca, se algo acontecer... Não recorra aos da turma da noite... Apenas... Os da turma do dia... Está bem?

- H... Hai... Shiki-sama... - Ele tinha sido sombrio, o que me deixara assustada, mas eu ignorei esse fato e fiquei quieta. Apenas concordando com a cabeça, meu coração desparou, assim segurei um momento minha roupa, os três já se alarmaram. Eu sorri. - E... Est-tou bem...

- Bem, Kiryuu irá te levar. - Avisou Aidou sombriamente, foi quando ouvi passos. E Kiryuu-sama veio andando com o uniforme escuro. Encantador como sempre, a ponta de seus cabelos deixavam água a pingar... E Isso me deixou surpresa...

- Vamos... Kuran Yuuki... - Ele chamou, nada carinhoso.

- Hai... Kiryuu-sama.... - Concordei, fomos andando, eu nervossíssima ao lado dele. Em um momento, acenei em despedida para os três. Que acenaram carinhosamente de volta, assim fui andando ao lado do albino dos olhos púrpura. Zero Kiryuu-sama... - B-bem... - Tentei quebrar aquele silêncio incomodo. - O dia está lindo hoje! - Foi quando eu o segurei. Ele me olhou assustado, pensando que eu tinha um ataque.

- O que foi? - Perguntou preocupado.

- Só estou nervosa... É a primeira vez na minha vida inteira de 15 anos, que eu vou sair desse hospital... Nunca pus meu pé para fora desse lugar. - Estavamos na porta, eu não ousei olhar, foi quando Kiryuu-sama acariciou meu rosto... Me deixando com o coração desparado.

- Voce consegue... Yuuki... - Ele disse tais palavras com tanto carinho ... Disse meu nome com tanto amor... Que eu não pude me evitar de dar um sorriso para ele. Concordei com a cabeça, ele corou e voltou a se levantar, virando o rosto. Assim, eu levantei meus olhos, e pude ver.

Aquilo que era chamado de ruas... Tantas ruas... E casas antigas feitas com pedra... Tudo tão lindo... Meu coração desparou tanto que eu comecei a ficar zonza, agarrei ao braço de Kiryuu-sama e ele me olhou preocupado. Sorri sibilando um:

- Eu estou b-bem... - Assim olhei novamente... Aquele era o mundo... Aquilo era o mundo.. Eu pisei o meu pé naquela rua.. Assim, Kiryuu-sama tomou minha mão e foi me levando. Eu dei um sorriso e meu rosto corou violentamente com seu toque. Estava muito feliz...

Tudo tão lindo... Mal pude evitar de chorar de felicidade. Kiryuu-sama percebeu, mas pelo que eu via ele não tinha palavras para me dizer. Mas apenas com sua companhia eu entedia o que ele queria dizer. Um : Meus parabéns... Você conhece o mundo agora.

Começamos a andar, a cada milimetro de cada lugar eu deixava mais lágrimas escaparem de tão feliz que eu ficava. Kiryuu-sama se virou para mim quando estavamos em frente a uma sorveteria, e disse:

- Vamos faltar aula hoje?

- C-Como assim?

- Não quer conhecer melhor o mundo? Hoje vamos dar um passeio, amanhã, iremos a aula, para você conhecer as escolas, pode ser? - Eu mal me aguentei, e chorei de novo, com o coração mais desparado do que nunca.

- Hai! - Nessa hora, meu coração doeu novamente, eu caí no chão segurando a roupa, Kiryuu-sama me chamava mas as vozes estavam sendo ecoadas para fora dos meus ouvidos. Nada entrava em minha cabeça, eu só podia ouvir meu sangue pulsando cada vez mais lentamente, e meu coração querer parar.

- Yuuki! Não vá... - Soou por meu coração, um tinir de carinho e afeição estava me rodeando... Eu não podia fazer nada além de sorrir... E foi quando a dor começou a sumir, eu dei um sorriso alegre para ele.

- E-estou bem... Kiryuu-sama... - Caí no colo dele.

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Comecei a acordar, logo vendo cabelos albinos e olhos púrpuras. Olhei para cima, não... Não...! Aquela imensidão branca novamente seria o hospital?! Me levantei apressada, mas quando vi, não era o hospital... Era um apartamento... Aquele apartamento era... Do kiryuu-sama..

- Acordou finalmente. - Notei que estava no colo dele, fiquei corada. Ele pegou um pano molhado que estava em meu colo, que agora eu notava que tinha caído de minha testa. Olhei para ele curiosa.

- Kiryuu-sama... - Comecei... Era idiotice pedir...?

- Já sei que quer pedir para voltar a cidade. - Eu fiquei surpresa, enquanto ele se levantava e extendia a mão para mim. - Vamos, se levante daí. - Eu peguei sua mão, e assim fomos andando para fora daquele local.

Kiryuu-sama me levou para um lugar todo enfeitado, era a sorveteria. Entrei, nunca tinha comido um sorvete na vida. Logo depois de eu me sentar ao lado dele, um sorvete rosado foi deixado a minha frente. Meus olhos brilharam dramáticamente.

- P-parece... Del-licioso... - Eu peguei a colher lentamente, enquanto ouvia Kiryuu-sama rir, olhei para ele com o rosto corado. - Pa... Para de rir.. . - Ele riu mais, assim eu voltei os olhos para a bolinha rosa, praticamente babando.

- Vamos, é só comer! - Eu lentamente aproximei a colher da minha boca, com um pouco daquele sorvete. Quando toquei em meus lábios, um sabor de cereja invadiu-me. Mas era tão gelado... E ao mesmo tempo tão bom...

- Isso é... Uma delicia.. - Não conseguia dizer mais nada, apenas ouvir as risadas acalmantes de Kiryuu-sama...