Não Olhe Para Trás escrita por Mnndys


Capítulo 33
Que o fim seja um novo começo


Notas iniciais do capítulo

Sinopse:
Mia passará um tempo longe de casa de novo, mas dessa vez deixando algo ainda mais especial para trás: Ethan. Em Nova York ela terá uma vida corrida, se dividindo entre muito trabalho e seus novos amigos, tendo aqueles que se tornarão mais importantes. A vida de Mia vai ser uma agitação só, mas fica a pergunta, será que a distância e o tempo poderão apagar o sentimento entre ela e Ethan?



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Fecho a ultima mala.

Estou triste por um lado, mas ansiosa por essa experiência. Nos últimos dez dias tenho me convencido que vou me dedicar a aprender o máximo que puder.

Os últimos dias foram difíceis. Mais difícil ainda foi a noite anterior em que me despedi de Ethan.

- Então é isso. – Digo quando desço do carro na porta de casa.

- Boa viagem. – Ele diz. – Lembra do que me prometeu? – Ele pergunta.

Está falando de uma conversa que tivemos alguns dias antes, sobre viver minha vida em Nova York e me esquecer dele, pelo menos no começo, para me adaptar. Sem e-mails, sem telefonemas. Não sei onde estava com a cabeça quando prometi aquilo.

- Não se esquece de mim. – Peço.

- Claro que não. – Diz fazendo carinho no meu rosto.

Seguro as lágrimas, prometi que não ia chorar. Eu precisava parar de prometer essas coisas.

- Te vejo quando voltar. – Digo tentando ser forte.

Ethan me abraça e depois eu viro e ando em direção a casa.

- Mia. – Ele chama.

Olho para trás e ele vem em minha direção.

- Eu não deveria fazer isso, mas... – Ele diz e me beija.

É estranho, mas aquele beijo me dói não fisicamente, mas emocionalmente. Tem gosto de saudade.

- Eu te amo. – Sussurro.

- Também te amo. – Ethan diz antes de ir até o carro e ir embora.

As lágrimas não precisam mais serem seguradas, deixo elas caírem vendo Ethan se afastar.

- Mia posso entrar? – Christian pergunta e me faz sair das minhas lembranças.

- Claro entra ai. – Falo.

- Ta pronta?

- Não ta meio cedo? – Pergunto para ele.

- Preciso passar em um lugar antes. – Ele responde enquanto puxa uma das malas.

Reviro os olhos para ele.

- Então papai deveria me levar. – Reclamo.

- Para de ser chata Mia. – Ele diz.

Ele leva minhas três malas para o carro, enquanto me despeço dos meus pais. Mamãe está chorando sem parar.

- Vai passar rápido. – Digo tentando acalmá-la. – Você pode ir me visitar quando tiver uma folguinha também.

- Se cuida querida. – Ela diz. – E, por favor, seja responsável.

- Eu vou ser. – Digo. – Eu te amo mãe.

Dou um abraço no meu pai e em seguida entro no carro de Christian.

A maior parte do caminho vamos em silêncio, trocamos algumas palavras sobre coisas banais. Christian para o carro em uma rua no centro.

- Vem. – Ele chama.

- Eu espero aqui. – Falo.

- Vem Mia. – Ordena.

Saio do carro a contragosto e vou com ele. Entramos em um salão bem grande, sem nada dentro.

- O que é isso? Novo negócio? – Quero saber.

- Mais ou menos. – Ele diz. – Eu comprei, Elliot tem algumas idéias para reformar e você também pode opinar, afinal é seu.

Olho para ele surpresa.

- Meu? – Pergunto confusa.

- Enquanto você estiver fora vamos reformar e quando voltar aqui vai ser o seu bistrô.

Pulo imediatamente no pescoço de Christian e o cubro de beijos.

- Ai meu Deus. – Digo surpresa. – Eu nem sei o que dizer. Obrigada. – Falo.

- É bom te ver sorrir. – Christian diz se soltando do meu abraço.

Não imaginei que teria vontade de sorrir aquele dia.

- Obrigada por me fazer sorrir. – Agradeço.

Christian puxa minha mão e se senta em uma pequena mureta e me faz fazer o mesmo.

- Tenta entender o que ele fez. – Ele diz se referindo a Ethan.

- Eu estou tentando, mas é difícil. – Confesso. – Você não deixaria Ana ir.

Ele passa a mão pelo cabelo.

- Não, eu não deixaria. – Ele diz confirmando minhas suposições. – É por isso que o Kavanagh é muito mais digno do que eu.

- Eu preferia que ele não fosse tão digno. – Reclamo.

Não sei quanto tempo fico ali sentada admirando o meu futuro espaço de trabalho, imaginando como estará mudado em cinco meses. Aliás, tudo estaria muito diferente em cinco meses e eu tinha que começar a me conformar com essa idéia. 

- Qualquer coisa me liga, passa um e-mail, manda sinal de fumaça. – Christian diz.

- Pode deixar Se cuida também e cuide da Ana e do bebê também. – Digo. – Mas não a sufoque.

Chega minha hora, Christian está me fazendo ir em seu jato, eu disse que isso é exagerado, mas ele afirmou que se faz é porque pode. Não é algo pelo que valesse a pena discutir.

 Damos o ultimo abraço e eu vou.

Sento-me na ultima poltrona do jato.

Antes de decolarmos passo uma SMS para Marie com quem vou dividir o apartamento. Nós nos conhecemos em Paris e ela também foi aceita. Christian me ofereceu seu apartamento de Nova York, mas não quero morar sozinha em uma cidade que não conheço tão bem.

Decolamos.

Olho para a poltrona em que Ethan estava sentado na ultima vez que eu estive nesse jato, é estranho, mas já estou sentindo falta dele. Me afasto do pensamento dele e começo a pensar em tudo que farei em NY e no bistrô que me espera quando voltar, era nisso que eu me focaria nos próximos meses.


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