Sherlock e John chegaram no hotel. Subiram com suas mochilas pelas escadas escorregadias e sujas até o andar número 3. Abriram a porta e, para sua surpresa, só havia apenas uma cama.

- Sherlock, nós não pedimos duas camas de solteiro, por acaso?

- Sim, mas acho que usaram o Google Tradutor para entenderem nosso email. 

Os dois não puderam se conter e começaram a rir. A situação era, de certa forma, cômica.

- Sabia que não deveria ter concordado em te ajudar nesse caso, ainda mais na Índia. Já te digo que não irei dormir no chão, já fiz isso o suficiente no exército - o loiro falou brincando.

- Sem problemas. Nenhum de nós dormiremos no chão.

- Co-como assim?

- Dividiremos a cama.

John parou para pensar. Dormir na mesma cama que Sherlock? Ainda mais uma que não era tão grande apesar de ser de casal? Bem, eles eram amigos, não deveria haver esse tipo de problema, certo? "Claro, amigos podem dormir juntos, não há problemas" o médico pensou.

Depois de John e Sherlock terem se arrumado para dormir (sim, o detetive consultor iria dormir, algo extremamente raro), foram para a cama e tentaram se deitar de uma forma mais confortável. Mas não importava a posição, os dois sempre ficavam juntos como um casal, com corpos se tocando. Enfim os dois desistiram, e tentaram pegar no sono.

O loiro passou boa parte da noite acordado. O cheiro de Sherlock. O barulho de sua respiração. O calor de seu corpo.Tudo isso era um tanto... bom. Um prazer culposo. Ele não poderia sentir isso pelo seu melhor amigo, não podia. E assim como havia desistido de achar uma posição mais confortável, desistiu de se sentir culpado por isso, aninhou-se em Sherlock e, finalmente, caiu no sono.