A Ilha De Circe: Fênix escrita por Daughter of Apollo


Capítulo 9
Provocações


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda! Mais um capítulo pra vcs! Não esqueçam de ler as notas finais!



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Distante no oceano, onde Poseidon, o rei dos mares, tinha seu domínio, viviam milhares de criaturas incríveis dos mais variados tipos. Uma delas, linda e sedutora como uma deusa, recebeu uma desanimadora incumbência: Entregar uma mensagem.

A sereia de pele branca e cabelos negros nadava contra a recente forte correnteza. O oceano tem estado sem controle, notou.

– Aonde vai a pessoa mais indesejada daqui? – provocou outra de sua espécie, com maldade. Foi ignorada. – Responda-me, ninguém dá as costas a mim, feiosa!

– Dane-se, Mela, não sou sua escrava. E já olhou seu reflexo alguma vez na vida? Acho que não, pois teria morrido de susto. Para de obstruir o caminho, garota invejosa, que eu preciso fazer algo importante. – Agitou sua cauda de escamas escuras e saiu, deixando Mela boquiaberta. Layla odiava pessoas que diziam-se superiores.

Linda e vaidosa. Gostava muito de brincar com outros homens e trazê-los a uma armadilha fatal.

O senhor do reino a havia chamado para realizar uma entrega urgente, antes que algo ruim acontecesse. Ela deveria encontrá-los e avisá-los. Levá-los até seu destino.

Layla pouco se importava com coisas que não fossem de seu interesse e sua diversão, entretanto não podia negar uma ordem de Poseidon.

Reclamou pela quinquagésima vez. Ir ao continente. Que ótimo! Maravilhoso!

Nem a permissão de que alguém a acompanhasse foi dada. Ela não podia se distrair.

Lindo, muito lindo. Que ao menos hajam coisas interessantes por lá. Isso tem que valer o esforço.

Dreah

Eu me amo. Os dizeres mais lindos de todos. Quem discordaria? É bom amarmos a nós mesmos.

Eu queria explicar isso ao bando de egípcios maltrapilhos e cansados daquele lugar. Amem-se mais a vocês mesmos e tirem este faraó do poder. Parem com esta vida de escravidão, pobreza e fome!

Entretanto, todos me fitavam como se eu fosse indesejada e estranha. Certo, o fato que eu nunca me pareceria uma menina egípcia, mas encarar é muita má-criação. Andei por entre aquelas casas de barro e palha, onde tudo parecia exatamente a mesma coisa. Cor de areia e seco.

Eu sabia que havia algo ali que eu precisava encontrar, só era preciso descobrir o quê.

Eu vestia uma roupa egípcia de linho branca e simples, o cabelo solto e sandálias de couro nos pés.

Durante certo tempo foi preciso fugir de muitos soldados e esconder-me nos becos escuros, mas assim não estava indo muito bem.

Ao longe, algo chamou a minha atenção. Uma garota pouco mais jovem que eu, com pele clara e cabelos curtos trançados com contas carregava um grande jarro de água.

Observando-a de soslaio, a sua tez tornava-se negra como o barro do Nilo. E ninguém ali a encarava.

Algo estava errado. A menina era diferente.

Aproximei-me a passos cautelosos, desconfiada e sem querer assustá-la. Ela nem ergueu seus olhos. Depositou a vasilha pesada junto à parede de uma cabana e pegou outra que encontrava-se ao lado.

Quando ia virar-se de costas, chamei-a:

– Com licença...

Ela tropeçou em seus próprios pés e estapeou o vaso. Segurei sua mão para ajudar e equilibrei o objeto para que não se espatifasse.

– S... Sim?– atrapalhou-se nas palavras.

Os olhos dela eram escuros... Não, azuis... Espera... Verdes...

Havia algo nos olhos dela.

– Como você se chama? – Fiz a pergunta. Ela baixou a cabeça e este ato foi tão... Errado.

– Hona – respondeu-me a jovem.- Por quê?

– Hona, meu nome é Dreah. Estou de viagem e me perdi. Poderia, por favor, informar-me a localidade?

Sua face inquiridora desconcertou-me.

– Gizé.

Onde será que fica Gizé?

Não conhece este lugar, não é? – Constatou Hona. Neguei, envergonhada. Ela puxou-me pelo braço para dentro da pequena cabana. – Pode ficar aqui comigo por enquanto, se desejares, até seguir com sua busca.

– Mas e seus pais? Sua família?

– Moro sozinha...? – Sua entonação deu ar de pergunta à sua resposta. – Sim, é isso mesmo.

– Eu não tenho certeza.

– Vai ficar tudo bem.

Suspirei. Eu não possuía mesmo um lugar para permanecer e não tinha instrumentos de magia. No entanto, eu e ela nem nos conhecíamos.

Uma intuição deixou-me pensar que sim.

– Certo. Obrigada Hona.

Ela riu-se gostosamente.

– Não me agradeça. Venha, antes de dar-te o que comer, quero mostrar-te algo.

Segui-a até uma pequena escada de madeira que levava até o teto da moradia. Hona subiu-a primeiro e eu em seguida.

No telhado, pude ver quantas outras casinhas havia. Uma multidão de homens e mulheres cansados e ocupados em seus afazeres vestiam túnicas de linho puídas e perambulavam por todo aquele vermelho que era o deserto. Tudo parecia feito de areia. A cidade alargava-se até o palácio, muito longe dali, onde morava a nobreza. O Nilo serpenteava no horizonte, rodeado de plantações e canais. Haviam pessoas até onde a vista alcançava.

– Aquelas ali são as pirâmides.

Minha boca escancarou-se de surpresa. As três construções mais altas que já vira estavam lá a distância.

Feitas de pedras brancas, ligeiramente cobertas de areia, revestidas de ouro e cercadas de palmeiras suntuosas, assim eram as pirâmides.

A do meio era a de maior altura e as outras duas postavam-se ao lado.
– A maior é a do Faraó Quéfren. Foi um grande Faraó, morreu há tempos. É lá onde certas vezes os magos vão para fazer suas magias.

Estanquei.

– Lá, na pirâmide, há magos?

– Sim. Só homens. Não permitem o povo de adentrá-la, a não ser seus servos e os nobres.

– Ah, certamente.

Então é isso. Tenho que descobrir o que há com Hona e invadir a sepultura do Faraó. Sem ser pega e morrer, é claro. Moleza.

Leecher

– Rápido! Corra mais rápido! – Esbravejei. Ainda ouvia os rosnados das bestas e o crepitar das chamas atrás de nós. Os pássaros fugiam de seus ninhos com a visão do incêndio a pouca distância.

– Calado, porque estou quase ultrapassando-te! – Replicou Ariella-Feiticeira-Irritante-Que-Não-Segue-Ordens.

Ari era quente.

Não, não é possível.

A garota tropeçou em uma raiz de árvore sobressalente e quase caiu. Involuntariamente segurei-a pela cintura e choques envolveram-me. O tempo desacelerou naquele instante, proporcionando-me fitar diretamente aquele azul intenso, emoldurado por seus cabelos louros com pequenos cachos...

– Não caia – sugeri, quebrando por total o momento. Ela olhou para trás durante um instante e então retomamos o passo, mais atenciosamente desta vez.

Em uma altura do caminho deparamo-nos com um barranco demasiadamente íngreme para o saltarmos, assim resolvemos passar pela direita, contornando o relevo.

Descido o obstáculo, senti algo segurar a minha perna, torcendo-a dolorosamente e fazendo-me ir ao chão. Ari levou sua mão ao próprio membro com uma expressão azeda. Girei meu corpo com rapidez para chutar a besta que me mordeu, e surpreendi-me ao constatar que era apenas um galho de árvore.

Um galho de árvore que se enroscava alucinadamente no meu pé.

Debati-me contra seu aperto, que era realmente ruim e fui auxiliado por Ari ao erguer-me. Ela lançou olhares especulativos, assim como eu, pela flora daquele lugar.

Estava diferente.

Todas as espécies vegetais que meus olhos tinham a capacidade de enxergar tornaram-se quebradiças, secas e sem vida, perderam as folhas verdes e atingiram uma tonalidade marrom-escura morta.

Os ramos balançavam-se em nossa direção, sem uma fina brisa sequer estar movendo-os. Sacudiam-se num ritmo demoníaco e amedrontador.

No alto do barranco, os lobos uivaram e estudaram-nos com satisfação, postando-se ali como que para garantir que não voltássemos, ou que soubéssemos que em ambos os lados encontraríamos a morte.

As unhas de Ariella cravaram-se em meu braço e eu voltei minha face em sua direção. Assentimos mutuamente e disparamos por entre aqueles seres mortos. Foi dificultoso por causa do meu pé embora ela ajudasse-me a continuar.

As gavinhas tentavam furiosamente nos fazer cair, arranhando nossos rostos, puxando nossos corpos para fora do caminho e empurrando-nos para tropeçarmos e envolverem nossos corpos com seus galhos.

Com ardor, íamos ultrapassando cada obstáculo. Ariella segurava-me com força. Ela brilhava, sua luz mostrava o caminho e abria passagem em meio a todo aquele caos com determinação de um guerreiro.

Mais um passo.

Mais árvores.

Mais difícil.

A dor aumentava. O cansaço nos engolfava.

Em fim, a luta deu lugar a um vale de trigo morto. O tapete marrom e dourado estendia-se até o horizonte, dobrando-se e elevando-se conforme o vento. O grão quebrava-se ao toque. Estava seco e podre.

Que agricultor descuidado deixaria isso acontecer?

Perguntei-me, sem tempo para resposta, pois avistei uma casa no centro da campina.

Indiquei-a com a cabeça e – dai glória – a garota não retrucou nada. Dirigimos-nos para lá ofegantes e cansados, sem ousar olhar para trás, para aquela floresta assassina.

A moradia era do tipo comum aos ricos. Feita de pedra e barro, em formato de U, com o jardim central ao meio, mas tomado pelo mato. Havia janelas pequenas e redondas tapadas com madeira podre e alguns panos brancos deixados ao relento.

Chamamos por qualquer pessoa que lá morasse, sem obter qualquer saudação. Conseguimos arrombar a porta da ala esquerda.

Lá dentro residia uma mesa com doze assentos, uma lareira coberta de cinzas atrás desta e um divã com almofadas vermelhas meio puídas ao canto contrário à porta. Uma escada transportava ao segundo andar.

Exausta, Ari deitou-me sobre o divã e em seguida foi para fora, sem conceder-me explicações. Escutei o cacarejar de uma galinha e outro animal que desconheci.

Segundos depois ela retornou com um vasilhame de barro cheio d’água e alguns trapos nas mãos. Sentou-se na beirada de uma cadeira que trouxe para mais perto. Seu peito descia e subia com sofreguidão. Uns rasgões em suas vestimentas deixavam visível sangue e pele. Ela não se importou. Mergulhou o tecido na água e levou sua mão ao meu pé.

Aquilo ardeu irritantemente e um gemido escapou de mim.

– Não choraminga bebê – traçou ela ironicamente. – Já vai passar.

– Vá se ferrar meretriz – xinguei, afastando minha perna dela.

– Para de manha. Estou com dor também e mesmo assim não fiquei chorando.

– Vou repetir minha fala: Vá se ferrar meretriz. – Senti uma fisgada dolorosa. – Ai! Faça isso direito! Até um macaco sabe lavar um machucado!

Para minha surpresa, ela soltou uma risada musical.

– Coitadinho, está sofrendo! – Riu mais um pouco e jogou a cabeça para trás, o que fez suas mechas agitarem-se.

Olhei-a de um modo ameaçador, com extremo ódio e instinto assassino.

– Quando nos separarmos, vou fazê-la pagar por isso. Irá se arrepender. – Determinei baixo e lentamente, para causar mais efeito. Ela deu de ombros com um risinho e tornou a olhar a minha perna.

O que visualizou chocou-a tanto que ela arregalou os olhos e escancarou a boca, sem palavras.

– O que? O que aconteceu? – Desesperei-me e sentei-me com dificuldade.

Oh não...

Cortes, diversos e fundos, maiores do que deveriam estar e de uma cor negra e arroxeada, subiam pela minha canela, quase chegando à coxa e com uma aparência terrível.

– Aquela árvore, por Hécate, era venenosa! Estava enfeitiçada. – Disse a bruxa, assustada.

– Como curamos?

– Não... Não há cura. Até sou capaz de sentir o cheiro do veneno... – Murmurou, mais para ela mesma.

– Como assim não há cura?! Não podemos morrer agora! – Gritei revoltado. Busquei algum jeito, alguma forma. Ainda nem completara minha vingança e não seria uma árvore que me impediria!

– Talvez... – ponderou – Não tenho certeza... Mas... Bem, eu sou curandeira também. Embora não use do que vou utilizar agora, até porque não me foi recomendado que o fizesse. Entretanto, posso tentar cicatrizar a ferida e expelir o veneno.

– Então faça! – Ordenei.

– Não é tão simples. Não sei direito como devo...

– Não importa, pior não fica!

Ari suspirou demoradamente. Dirigiu seu olhar até meu ferimento. Ergueu as mãos acima da cabeça e fechou os olhos por um momento, em um ato de concentração.

No segundo em que as baixou, elas reluziram como ouro e aproximaram-se dos cortes. Algum líquido preto e nojento começou a pingar deles. Escorria até as almofadas vermelhas.

Suas mãos não me tocaram, no entanto, minha pele ficou sensível ao calor.

Ariella franziu a testa. E o fogo dourado queimou em seus dedos.

Eu quis afastar-me dela, quis afastá-la para longe quando isso aconteceu. Meu estado estático revelou-se. Sua pele encostou-se à minha. Aquela coisa preta misturada com outra amarela foi expelida mais rapidamente.

Em instante nenhum a dor deu seu abraço.

Logo, ouvi sua respiração calma e igualmente a minha.

Os machucados um por um... Fecharam-se. Não saberia dizer se durou pouco ou muito tempo.

No final, minha perna estava perfeita.

E todos os outros arranhões sumiram.

Hipnotizado, percebi que eu não fora o único que sofrera as consequências. O único resquício de feridas na feiticeira eram as manchas de sangue em sua túnica.

– Pelo menos – provoquei. Pus-me sentado à sua frente – Você é mais inteligente que um macaco.

Um som irritado soou de seus lábios.

– Seus pais não te deram educação? – Esbravejou, recolhendo a vasilha com água.

– Meus pais partiram faz anos – informei-lhe asperamente. Não era de meu agrado falar neles. – E digo o mesmo de você. Uma mulher devia portar-se melhor e mais acatadamente.

Ela bufou com desagrado e levantou-se.

– Saiba que meus pais também morreram há tempo e, não, não me importo com o comportamento feminino, não é como se eu morasse aqui.

– É, ao menos as gregas sabem ficar caladas.

Rolou os olhos, deixando claro sua posição em relação àquilo. Postou os utensílios sobre a mesa e recostou-se nela.

– A sociedade e suas regras que se danem! – Concluiu, sem mover um músculo do lugar.

Dessa vez foi a minha chance de rir. Sua personalidade rebelde me instigava.

De súbito, deu um passo e esbarrou em mim propositadamente, indo em direção a porta e fitando o vazio.

– Então, para onde devemos ir agora? – Questionou.

– Acho que, pelo restante do dia, descansaremos, arranjaremos armas e mantimentos e partiremos pela manhã.

– Certo. – Suspirou. Então sussurrou para consigo, algo que claramente eu não deveria ouvir – Só espero que estejam bem.

Meu estômago se contorceu. Eu era o líder e preocupava-me com minhas tropas. Com Rui...

Sim.

Só espero que estejam bem...

– Ei, olha. O coelho. – Chamou, acariciando uma bola de pelos brancos meio tostados no chão. Bufei.

Não acredito que o bicho idiota nos seguiu até aqui.

– Larga essa animal. É apenas um coelho...

Não deu ouvidos, como antes, na clareira da floresta.

Meus olhos se voltaram a ela quando arfou, pondo a mão no peito e titubeando. Fui para seu lado.

– O que houve?!

– Curar... – sussurrou – Me cansa... Demais...

O coelho fitou-me com seus olhos vermelhos.

Que situação. Em meio ao nada, com um coelho e uma feiticeira inimiga nos braços. Viva o general.


Narrador

Ela cravou a adaga no peito do soldado. O quinto aquele mês. Sua gata, Bastet, lambia-se preguiçosamente ali por perto.

Cabelos cor de mel na altura dos ombros, nem alta nem baixa e com um corpo de causar inveja.

Jenny abandonou o corpo na floresta. Apenas mais um guerreiro machista que a atacara. Sua vida não faria diferença.

Tebas era uma cidade muito boa, admitia, entretanto, com a maldita guerra, as atrapalhações começaram. Sentia raiva quando a barravam em alguma entrada, mesmo que mentisse dizendo estar com um marido ou irmão. Ou que a interrogassem sobre sua origem ou cogitassem ser uma espiã.

Tão, tão, tão irritantes!

A gata cinzenta de olhos azuis a seguiu pelo interior da cidade. Jenny mantinha uma expressão calma que ninguém pensaria que acabara de cometer um assassinato.

Parou em frente à uma tenda onde uma senhora de idade vendia frutas em bom estado. Estava com fome e aquilo cairia bem.

Tirou um chalcus* de cobre da bolsa e entregou à velha de rosto simpático, então recolhendo algumas romãs.

Quando ia comendo calmamente, pensando em que ponto da polis encontrar seus amigos, deu-se com um homem que a cumprimentou.

– Com licença mocinha, por acaso eu a vi no mercado mais cedo e gostaria de fazer-lhe uma proposta.

Jenny queria dizer:

Quem é o bastardo que ousa interromper meu lanche?

Conteve-se.

– Sim senhor, o que deseja?

Era alto, tinha pele bronzeada, cabelos pretos rentes, rosto bruto e quadrado e olhos castanhos. Bastet chiou e recuou para as pernas de sua dona.

– Não deixei de notar a forma ágil e eficaz com que matou aquele guarda – especulou, para surpresa de Jenny, que quase regurgitou o que pôs no estomago.

– C...Como...

– Não importa como sei. Mas, foi impressionante. O atordoou com água e em seguida cravou-lhe uma adaga no coração. Quem a ensinou Feitiçaria Elemental?

– Aprendi sozinha... – respondeu confusa para aquele estranho.

Que será que deseja? Chantagem? Suborno?

– Ah, muito bem, muito bem – murmurou perdido em pensamentos.

– Sobre a sua proposta... – começou ela.

– Ah, sim, claro. Preste atenção, jovem, não sou o tipo comum de homem e sei do que és capaz. Quero que encontre uma coisa especial.

– E o que eu ganho com isso? – Questionou.

Teria que ser um preço muito bom.

– Talvez o fim da guerra.

Deu de ombros. Os homens tolos que começaram aquilo, então eles que o terminassem. Não precisava se meter no meio do caos. Se fosse, só por uma boa quantia.

Notando o olhar de Jeeny, ele suspirou, rendido.

– Certo. O seu peso em ouro. E nada mais.

Jeeny exultou internamente. Sim, valia à pena. Não que sua vida fosse ruim, mas poderia ajudar seu amigo cuja situação não estava nada boa...

E ainda sobraria muito, muito para ela.

– O que preciso que recuperar? – Foi logo ao assunto, sem deixar-se intimidar pela sabedoria dele. Com certeza havia algo naquele homem.

– Estás certa disso? O caminho será repleto de perigos e desafios...

– Aceito, aceito! – Apressou-se, sem ouvir o conselho alheio.

– Tudo bem, tudo bem. Vou explicar-lhe melhor o que deves fazer.


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Notas finais do capítulo

*moeda grega antiga comum.



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