Leo's POV

Não acreditava como podia ter sido tão burro tava na cara que o Thiago ia fazer isso. Ia consertar a burrada que havia feito. Sai na porta e vi dois caras, um segurando a Victoria e o outro em pé. Rapidamente voltei para o quarto.

“Eles não me viram. Porra, cadê a Soph?” pensei. Eles só podiam ser quem estava ligando pedindo dinheiro a Soph, claro, só pode ser eles, por que eles estariam com vic?

precisava sair sem ser visto: pela frente sem chances, a única alternativa era sair pela janela, não era alta, era até baixa demais e eu também não podia fazer barulho. Apoiei-me na janela e pulei.

Logo avistei Thiago a beira do lago, “aquele cretino filha da mãe” pensei. Não, calma, tenho que achar a Soph, me aproximei calmamente e ele disse:

–Desculpa Léo, mas eu tinha que contar…

–Thiago os assassinos estão aí- disse sendo direto – Cala a boca porque a vida dela ta em jogo - continuei.

…

O que a gente tava pensando “lutar” com assassinos? Mas vidas estavam em jogo„ a da Sophie e a da Victoria, não podia ter erro, era fácil, eu ia conseguir escalar a parede e ir até o quarto das garota, a Sophie só podia estar lá. Se ela não estivesse lá estaria na mão de algum assassino ou desesperada na frente deles.

…

Tá, eu havia conseguido e a Sophie tava lá como eu imaginava, quase derrubando o quarto tentando achar algo:

–Sophie, a gente…

–Léo! Por favor me ajuda eu preciso arrumar o dinheiro senão eles vão matar a … –ela disse até esquecendo que estava brava comigo.

–Victoria. Eu sei eu vi, eu e o Thiago vamos tirar a Vic da mão deles, mas primeiro você!

–EU NÃO VOU. Não posso deixá-la aqui - disse quase me batendo.

–Ah, tá- disse já que sei que a Sophie nunca desiste de suas ideias - Vou falar com o Thiago, mas fique aqui, quando conseguir-mos pegar a Victoria eles viram atrás de você…

–Tudo bem, eu corro o risco - disse ela segura.

–Se cuida meu amor - e dei um beijo em sua testa.

Como assim eu ia deixá-la lá? Mas ela estava confiante, e eu não podia desapontá-la de novo. Não ia.

Sophie's POV

Olhei para a porta e para a minha mão. Eu tinha uma economia de alguns milhares de dólares na minha mão agora. Me sentindo extremamente culpada, saí do quarto e desci a escada rapidamente.

– O dinheiro. – falou o primeiro homem e eu lhe entreguei o dinheiro.

– Aí está tudo o que eu tenho aqui e agora. – falei – Vou transferir o resto do dinheiro em breve, mas deixe os meus amigos em paz.

– Isso deve comprar mais dois dias. – ele falou – Os deixaremos em paz por dois dias. Faça tudo o que precisar daqui. Vamos estar de olho. Se alguém sair, esse alguém é morto. Se alguém entrar, faz parte do “jogo” também.

– Está bem. – falei – Mas quando vocês me matarem, vão deixá-los em paz?

– O chefe só quer você. – o segundo cara disse – Relaxe. Aproveite o tempo de vida que tem.

– Obrigada. – falei quando eles soltaram Vi, que correu até mim e nos abraçamos.

– Até. – falaram os dois caras juntos e saíram.

– Soph! – gritou Léo nervoso – Nós íamos pegá-los.

– Não sejam idiotas. – falei – Não eram apenas dois. Tinha mais quinze homens escondidos que eu pude ver. – expliquei ainda abraçada à Vi.

– Quinze? – exclamou Tiago passando a mão pelos cabelos.

– Exatamente. – falei.

– Desculpe, Soph, eu não sabia… – Léo começou.

– Deveria procurar saber. – falei – Não é você que está sendo perseguido. Quem toma as decisões aqui sou eu.

– Eu vou deixar você comandar tudo? – perguntou Léo irônico.

– Porque não? – perguntei de volta – Por que eu sou uma mulher? Por que eu sou idiota?

– Por que você é a minha vida. – ele disse e eu fiquei perplexa – E quando a minha vida está em perigo, eu luto também.

– Que lindo. – resmunguei – Agora eu vou ser comandada por você? – perguntei irônica – Se toca. A garota de 17 anos morreu. Ela não existe mais. Agora sou eu quem está aqui. Se acostume, ou me deixe.

– Eu… – ele ficou sem resposta.

– Vem, Vi, vamos tomar uma água com açúcar. – puxei a minha amiga com cuidado até a cozinha.

– Acho que você deveria o perdoar, sabe? – ela disse – Ele ficou morrendo por dentro quando vocês brigaram da última vez.

– Ele tem que saber quem eu sou. – eu disse – E ele tem que se acostumar.

– Você não é isso. – ela disse – Está sob pressão.

– E é quando estamos sob pressão que o nosso verdadeiro eu se revela. – falei pegando um copo.

– Filosofou. – ela disse enquanto eu enchia o copo com água e colocava um pouco de açúcar.

– É, eu sou de menos mesmo. – falei e nós rimos.