Remember Me escrita por SweetBia, Anaísis


Capítulo 9
The monster inside


Notas iniciais do capítulo

Hi gente, peço imensa desculpa pela demora mas a criatividade resolveu ir de ferias e so voltar agora. Mas garanto-vos que estava com saudades vossas :)
Este capitulo e dedicado à Ariane Black que fez a primeira recomendação, obrigada querida, as suas palavras ajudaram-me muito.
AVISO IMPORTANTE, POR FAVOR LEIAM:
Este capitulo contem cenas fortes, com surras violentas, abuso e drogas, não sendo essas partes aconselhadas a leitores mais novos ou pessoas mais impressionáveis.
Boa leitura e eu vou imediatamente responder aos vossos comentarios.



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No capítulo anterior
A vizinha olhou para cima, na direção de Bella que através daquela olhar soube que esta perdida, agora já não havia possibilidade alguma de continuar a viver sozinha, a senhora iria contar a alguém e chamar as autoridades e ela Bella seria mandada para casa do pai.
Engoliu em seco e sentiu as lágrimas escaparem-lhe dos olhos ao pensar no que o futuro lhe reservava.
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O tempo passou e a vida prosseguiu, todavia não se pode afirmar que o fez com a normalidade habitual para a maior parte das pessoas.
Bella foi forçada a ir viver com o pai, visto este ser o seu último parente vivo, tendo os seus pedidos para que tal não acontecesse, sido ignorados. O facto de a velha senhora ter sido encontrada morta foi rapidamente esquecido, assim que os peritos determinaram que a sua morte se devera a causas naturais e como a casa se encontrava em condições impecáveis, sem nenhum sinal de desleixo, pensaram que aquela menina inocente estava realmente a dizer a verdade quando afirmava que, até lhe terem dito, não fazia ideia que a senhora morrera. Quem não acreditaria? Apesar de ser mentira, Bella representara muito bem um estado de total confusão e tristeza, levando a que os polícias sentissem pena dela e a deixassem ir.
Apesar de a terem obrigado a ir para casa do pai, os protestos da menina não foram completamente ignorados, durante os primeiros três meses recebiam regularmente a visita de uma senhora que verificava se Bella era bem tratada, vivia em boas condições e o se o seu pai cuidava dela. Durante esses três meses, Bella acreditou realmente que, no tempo que havia passado, o seu pai tinha mudado. Pela primeira vez na vida, ele tratava-a bem, não levantava a voz para falar com ela, não lhe chamava nomes horríveis ou a acusava de ter morto a mãe e, quando a viu pela primeira vez, abraçou-a de uma forma que nunca tinha feito antes. Durante aqueles três meses, Bella realmente acreditou que poderia ser feliz naquela casa, que poderia ser feliz com o pai, até que tudo mudou
Não se pode dizer que o pai voltou a trata-la mal de modo gradual, porque não foi assim que aconteceu. Bastou apenas umas simples palavras, proferidas pela senhora que os acompanhava, para que a sua vida voltasse ao modo como a lembrava de quando era pequena.
– Senhor Whitlock, trago-lhe uma boa notícia. começou a assistente sorridente Hoje será a minha última visita, pelo que pude observar nos últimos meses não existe nenhum motivo para lhe retirar a sua filha ou sinais de que este não seria um bom lar para ela, muito pelo contrário, o senhor é um pai exemplar.
Claro que, de início, Bella também ficou contente com a novidade, finalmente teria a oportunidade de viver como uma familia normal com o seu pai, sem ter aquela senhora a fazer visitas regulares para os avaliar. Contudo, percebeu o quão errada estava mais tarde nesse mesmo dia. A senhora tinha saído apenas a alguns minutos atrás quando tudo começou.
– Isabella chega aqui! ouviu o seu pai chamar da sala e prontamente foi até ele.
– Sim pa... não conseguiu terminar a frase porque algo lhe acertou de lado na cara, atirando-a ao chão com a força do impacto. Assim que olhou para cima, viu o seu pai com a mão erguida,
– Nunca, mas nunca mais me voltes a chamar dessa forma! Eu não sou pai de um monstro capaz de matar a própria mãe. O meu único filho chamava-se Jasper e por tua culpa também ele está morto! acusou-a e, olhando desdenhosamente para ela, deu uma risada sarcástica. Eu sempre soube que tu não passavas de um monstro que apenas iria trazer desgraça a esta familia. Desde o momento que mataste a tua mãe de forma tão cruel, tão violenta, ela amou-te desde que soube que estava grávida, fez de tudo para nascesses forte, saudável, e como é que tu lhe agradeceste? Tirando-lhe a vida, sem piedade nenhuma ou se quer considerar que, se não fosse graças a ela, tu não terias se quer oportunidade de vir ao mundo. Eu devia tê-la obrigado a abortar-te quando ainda podia, ela poderia ficar zangada comigo mas pelo menos estaria viva e um demónio como tu não teria oportunidade de caminhar pela terra. Mesmo depois de nasceres, de cometeres aquela atrocidade, eu tentei, juro que tentei alertar o Jasper para o monstro que és, mas quem é que diz que ele me deu ouvidos? Era igual à mãe. Via sempre o lado bom das pessoas, não vislumbrava o demónio que és. E mesmo sem se quer falares, conseguiste pô-lo contra mim. É por isso que eu te odeio com todas as minhas forças Isabella. Tu arruinaste a minha familia, nós eramos perfeitamente felizes e completos antes de nasceres. Agora, por tua causa, a minha mulher e o meu filho morreram e eu fiquei aqui contigo. Ah mas eu vou conseguir corrigir-te, nunca mais magoaras ninguém, ou eu não me chamo Charles Whitlock! terminou olhando ferozmente para a pequena menina encolhida aos seus pés.
Não, não podia ser verdade. Ela não era nenhum monstro e o pai não queria dizer aquilo, não depois de lhe ter demonstrado durante os últimos três meses que poderiam ser uma familia normal, que ele gostava dela. Aquilo só podia ser uma brincadeira de muito mau gosto.
– Papá. chamou, na esperança de o ver começar a rir e dizer-lhe que estava apenas a brincar com ela. Mas infelizmente para a pequena não foi isso que aconteceu, muito pelo contrário.
– Eu já te disse para não me chamares assim. cada palavra dita foi pontuada por um chute no estomago de Bella, que se encolhia tentando se proteger da agressividade do pai. Por fim, agachou-se a seu lado, segurando com força o cabelo para lhe erguer a cabeça e obriga-la a olhar para ele. Sorriu ao ver o medo refletido nos olhos castanhos iguais aos da mãe, e o fio de sangue que escorria pelo canto da boca da menina. Ouve-me com atenção porque não voltarei a repetir. A partir de agora acabou-se a boa vida, já que aqui estás que te tornes útil para alguma coisa. Vais limpar a casa, cozinhar, fazer todas as tarefas de uma mulher, e não quero queixas ou reclamações. Se eu descubro que tu andas por ai de conversas com os vizinhos ou eles descobrem algo do que se passa cá em casa, podes ter certeza que vais ser severamente punida. Entendeste-me? perguntou, olhando para ele e esperando uma resposta, irritando-se com a falta dela. Responde-me sua cabra! gritou na sua cara, o que levou a que ela se encolhe-se mais.
– S-sim. finalmente respondeu numa voz sumida.
Satisfeito com o medo presente tanto na sua voz como nos olhos, largou bruscamente, levando a que a menina batesse com força no chão e saiu de casa batendo a porta. Atras de si ficou Isabella, encolhida no chão a chorar de dor, tanto física como emocional.
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Os meses foram se arrastando, e as estações sucederam-se umas às outras. Não foi preciso muito para que Bella percebesse que o que o pai falou era verdade, na verdade apenas bastou o dia seguinte.
Era hora do almoço e Bella ia começar a preparar o almoço para o seu pai que ainda estava a dormir. Saíra de casa na tarde do dia anterior, depois de a atirar ao chão, e só voltara de madrugada quando Bella já se encontrava na cama, acordando-a ao bater a porta da rua com força, pelo que Bella pode perceber do barulho que vinha do corredor e da fala arrastada do pai a resmungar que os móveis se punham à sua frente de propósito para ele bater neles, o pai tinha bebido além da conta e embebedara-se pela primeira vez desde que ela voltara para casa.
Começou a preparar os ingredientes para fazer o prato preferido do pai, isso iria deixá-lo mais contente. Enquanto cozinhava a menina pensava que o pai lhe pediria desculpas pelos seus atos do dia anterior e imaginava diversas justificações para os seus atos. Porém, poucos minutos depois percebeu o quão terrivelmente errada estava. Apenas faltava acabar de cozer a carne quando o seu pai entrou na cozinha.
– O almoço? perguntou mal-humorado devido à dor de cabeça que sentia.
–Está quase, só mais 10 minutos e estará pronto. respondeu, mexendo a panela.
– 10 minutos? Eu tenho de esperar 10 minutos para comer a porcaria dessa comida? Pensei que ontem tinha sido bem claro quando te informei dos teus deveres Isabella, achava que serias inteligente o suficiente para perceber que os devias executar com pontualidade, mas parece que me enganei. Essa porra já devia estar pronta! Eu não tenho de estar à espera pela tua incompetência! Eu avisei-te que serias punida, mas pelos vistos vou ter de o demonstrar.
Dizendo isto partiu para cima dela, dando-lhe um soco na cara que a fez se desequilibrar e segurar-se na bancada para não cair. Sentiu o sabor de sangue, o pai abrira-lhe um corte no lábio. Claro que isto não foi o bastante para o parar, voltou a dar-lhe outro murro, desta vez na barriga, derrubando-a ao chão, ajoelhou-se no chão colocando um joelho em cima da sua barriga que se ressentiu pelo peso e continuou a bater-lhe em todos os lugares que conseguia, intercalando os socos por pontapés, até que lhe agarrou pelos cabelos e começou a bater com a cabeça dela na porta do armário. Por mais que tentasse, era impossível para Bella defender-se, o pai era muito mais forte que ela e estava cheio de raiva o que o tornava apenas mais violento, apenas lhe restou tentar proteger a cabeça com os braços e implora-lhe que parasse, acabando por cometer o erro de lhe chamar de pai. Essa palavra em vez de o deter, acabou por lhe dar mais força e continuar com a sova, se possível com mais força. Bella já estava no limiar entre a consciência e a inconsciência e com o corpo coberto de sangue quando finalmente parou, levantando-se e saindo da cozinha, não se importando se ela estava morta ou não, o que mais queria era que ela desaparecesse de vez.
A menina não morreu nesse dia, mas os meses que se passaram fizeram-na desejar que isso tivesse acontecido. Todas as tarefas e refeições começaram a ser feitas a horas, de forma a evitar que o pai lhe batesse outra vez mas cedo percebeu que ela podia fazer tudo perfeito que o seu progenitor arranjaria um motivo para lhe bater, mesmo que fossem coisas mínimas, como um vinco no cobertor da sua cama. As surras passaram a ser frequentes tal como os ossos partidos e os hematomas, claro que ninguém percebia, ou fingia não perceber, o que se passava dentro daquela casa devido às desculpas inventadas pela menina sempre que se dirigia ao posto médico, com o tempo as pessoas começaram a pensar que ela era apenas muito desastrada. Com o tempo aprendeu também que implorar não lhe serviria de nada, então passou a aguentar as surras calada, para não dar ao progenitor o gosto de a ver implorar que parasse.
Este período negro durou 8 meses, até que acabou por culminar naquela noite fatídica. Bella já sabia que o pai tinha diversos vícios, o álcool, mulheres, tabaco, mas nenhum seria mais perigoso para ela do que o vício do jogo.
Charles tinha sido expulso da casa de jogos da cidade, devido ao seu comportamento quando estava embriagado e agora tinha de arranjar um novo sitio para jogar. A única solução que encontrou foi começar a marcar jogos em sua casa. Combinou com um grupo de homens com quem costumava jogar e passaram-se a encontrar na sua casa, para fazerem jogos com apostas, cerveja e claro, prostitutas contratadas para aquelas noites à mistura. Foi num desses jogos que o destino de Bella ficou traçado.
À mesa estavam dois homens, os dois últimos visto que o resto se encontrava dispersado pela, dois deles entretidos com a mesma prostituta que era penetrada por ambos em simultâneo, outro estava também com uma mulher sentado no sofá com ela por cima, também demasiado entretidos para se preocuparem com o jogo enquanto um outro homem se encontrava sentado numa poltrona com uma prostituta ajoelhada a seus pés praticando sexo oral e outros dois que já se encontravam demasiado bêbados e estavam numa acirrada discussão sobre qual deles tinha o maior instrumento. Outras duas mulheres observando o jogo e esperando ser solicitadas estavam mais duas prostitutas. Por toda a sala se ouviam gemidos, as vozes arrastadas da discussão dos dois bêbados, o fumo e cheiro a tabaco, cerveja e sexo preenchia o ambiente.
Entretanto Charles encarava mortalmente o seu opositor, sabia que estava a perder mas não queria fazer que nem os outros cobardes e desistir daquela rodada.
– Vá lá Charles, tu sabes que não tens mais nada para apostar, mais vale desistires enquanto podes. Dickens gozou com ele.
Charles olhou para ele com raiva, ele tinha razão mas mesmo assim não o queria admitir, achava que ainda tinha uma hipótese de ganhar aquela rodada, as suas cartas não eram más apenas precisava de algo para apostar e poder dar continuidade ao jogo. Até que se lembrou de algo que seria perfeito. Sabia que Dickens era obcecado por mulheres principalmente mais novas e era isso que ele usaria para apostar.
– Ai é que te enganas Dick, ainda tenho algo. disse com superioridade.
– Sério? E pode-se saber o que é? o homem perguntou trocista.
– Isabella. Se ganhares esta ronda, tens aquela vadia pelo resto da noite, podes aproveitar e abusar do corpo dela como bem quiseres. E ainda vais ter o bónus de ela ser virgem.
Dickens nada respondeu, apenas deu início ao jogo.
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Bella dormia tranquilamente na sua cama, sabia perfeitamente do que se passava na sala e por isso antes de se deitar trancara a porta. Apenas tinha 16 anos, mas era mais madura do que muitas mulheres mais velha devido ao que já vivera, tinha noção que os homens com quem o progenitor jogava não eram de confiança nem boas pessoas, por isso trancava a porta para impedir que algum deles entrasse no seu quarto. Todavia, para um homem decidido e desejoso de algo, uma porta trancada não é objeto que o impeça.
Era já tarde da noite quando Bella acordou com um estrondou que a sobressaltou, olhando para a porta viu que a mesma fora arrombada e um homem entrava no seu quarto. Infelizmente para a pobre menina, o seu pai tinha perdido o jogo. Ela não o conhecia, mas só de olhar para ele um arrepio percorreu-lhe a espinha, de uma coisa tinha certeza, ele não lhe iria fazer bem. O homem era nojento, gordo, com pouco cabelo e quando sorriu de forma asquerosa para ela, notou que também tinha poucos dentes. A sua camisa estava suja e ele parecia estar todo suado.
– O-o que está a fazer aqui? Saia ou eu grito. ameaçou, encolhendo-se sentada na cama e cobrindo-se com o cobertor.
O homem sorriu largamente.
– Podes gritar o quanto quiseres, ninguém vai ligar. O que interessa é que o teu querido papá perdeu e em troca em ganhei uma noite inteira contigo e vim reclamar o meu prémio. falou aproximando-se dela.
Não foi difícil para Bella perceber o significado daquelas palavras, do que ele ia fazer com ela. Reunindo forças para sair do seu estado de medo, levantou-se o mais depressa que pode e começou a correr para a porta para tentar fugir, porém o homem agarrou-a pelo braço e lançou-a na cama antes que ela chegasse à porta.
– Tem calma doçura, não precisas de tentar fugir, eu prometo que tu vais gostar. disse deitando-se sobre ela e tentado beijá-la, segurando-lhe a cara para que não desviasse. Quando forçou os seus lábios com a língua para os abrir, Bella mordeu-lhe a língua com toda a força que conseguiu e sentiu o sabor a sangue na boca.
O homem afastou-se bruscamente dela com a mão na boca e urrando de dor. Bella voltou a tentar fugir mas ele foi mais rápido novamente, alcançando-a e atirando-a para a cama, colocou um joelho de cada lado do seu corpo para impedir que ela fugisse e deu-lhe um estalo com tanta força que a atordoou.
– Isto é para aprenderes a não brincar comigo sua cabra. Eu até ia ser gentil contigo mas depois desta vi que não o mereces. Vou-me enterrar nesse corpinho até me fartar, pouco me importa se te magoar. ameaçou.
O homem rasgou a sua camisa deixando os seus seios a sua mostra, espalmou as suas mãos neles enquanto lambia e mordia o seu pescoço


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Notas finais do capítulo

N/Amaya: Caramba, estamos de volta o/
Gostaram do capitulo?!
Eu amei, está perfeito não é?!
Nossa Bellinha está sofrendo bastante com a partida e "morte" de Jasper, esse Charles é um monstro de deixar nossa Bellinha sofrer tanto assim.
Estava morrendo de saudade de vocês. É bom estar de volta liendos

N/Bia: E agora o que será da Bellinha?
Para descobrir vao ter de comentar muito para o proximo capitulo chegar depressa. Recomendar tambem ajuda.
Meu Deus, fiquei admirada comigo mesma, sempre fui pacifica e nunca bati em ninguem, agora escrevo capitulos assim -.-'
No proximo capitulo tambem havera algumas cenas fortes como e possivel antever neste.
Beijos