Abri a porta do quarto e lá estava Damon.

– Oi. - dei um sorriso pra ele enquanto entrava - Como foi lá na boate?

– Foi legal. - ele deu o típico sorrido de lado - Tava aonde?

– Fui lá perto da piscina tomar um ar, ainda estou com um pouco de dor de cabeça. - falei a primeira coisa que me veio na mente - Se não se importa, vou tentar dormir um pouco.

– Claro, tudo bem. - ele levantou da cama e eu me deitei - As menina pediram pra te avisar que vão te levar pra praia amanhã, antes da comitiva, já que é nosso ultimo dia.

– Tudo bem. - sorri pra ele - Boa noite, Damon.

– Boa noite, Lena.

[...]

– Pode ir acordando senhorita! - ouvi uma voz conhecida.

– Anda, Lena, levanta! Nós queremos aproveitar antes de ter que ir embora de Los Angeles.

– O que vocês tão fazendo aqui? - disse abrindo os olhos quando reconheci as vozes como sendo de Rebekah e Caroline.

– Viemos te acordar e te levar pra tomar café da manhã. - Caroline falou - Damon já saiu, foi encontrar os garotos.

Me levantei e troquei de roupa rápido, colocando um biquíni por baixo da roupa e sai com as meninas da suite do hotel.

O café da manhã foi tranquilo, tirando as trocas de olhares entre Stefan e eu. Nós ainda estávamos brigados de acordo com todos lá então não trocamos uma palavra o tempo inteiro, desde quando cheguei no restaurante do hotel ate chegarmos na praia, quando nos separamos e eu e as meninas fomos pra água. Ficamos conversando por muito tempo, ate que Matt entrou sorrateiramente por trás de Rebekah enquanto eu e Car segurávamos a risada. Ele mergulhou pouco antes de chegar perto dela e quando submergiu levantou Bek em suas costas.

– Matt! - ela o repreendeu enquanto nós três riamos dela - Quer me matar do coração? - Bekah estava com uma mão no coração e a outra mão apertava a dele.

– Não foi minha intenção, amor. - ele beijou a mão dela e riu.

Os dois ficaram em um momento casal depois e eu e Caroline estávamos sobrando, ate ela ter a "brilhante" ideia de também querer participar da brincadeira dos dois.

– Matt, preciso que mergulhe! - ela dava as instruções pra ele pela décima vez, e ele repetia que não iria dar certo. - Anda logo! - ela afundou ele pressionando sua cabeça pra baixo d'água.

Car facilmente escalou o ombro de Matt e depois o de Rebekah e logo estava no topo. Eu estava com pena do garoto quando levantou da água, estava vermelho e sem fôlego.

– Como você... - nem terminei de questionar o fato dela ter chegado tão rápido lá em cima e Caroline já estava me interrompendo.

– Eu era líder de torcida. - ela deu de ombros, normalmente - Mais especificamente, o topo da pirâmide.

– Isso explica. - eu sorri.

– Relembrando os tempos do ensino médio, Rebekah? - Klaus disse entrando na água também.

– Não! - ela revirou os olhos pro irmão - Caroline que decidiu bancar a líder de torcida dessa vez.

– Estou cercado por garotas malucas. - Klaus riu e eu o encarei.

– Eu ainda estou aqui em baixo, isso me considera menos maluca que elas. - dei a explicação mais ridícula de todas e logo todos começamos a rir.

– Não seja por isso. - Klaus disse e mergulhou.

Não tive tempo de reagir e já estava nos ombros dele em segundos.

– Agora é tão anormal quanto nós. - Rebekah falou e logo depois jogou Caroline na água enquanto todos nós morríamos de rir.

[...]

O resto da manhã passou num piscar de olhos. Foram vários momentos divertidos e nenhum de nós deixou passar, já que saímos de lá com várias fotos postadas em redes sociais. Depois no nosso momento "anormal" na água, Klaus veio me carregando nas costas ate a areia. Eu e as meninas tomamos sol ate as bochechas de Rebekah ficarem vermelhas, e também renderam varias fotografias. Matt levou Caroline pra surfar sentada na prancha, mas a Barbie acabou caindo depois. E os meninos passaram grande parte do tempo jogando vôlei de praia.

Já tínhamos ido pro hotel, nos arrumamos e agora íamos pra coletiva com alguns fãs e uns fotógrafos de revistas e jornais.

O clima ficou um pouco tenso, mas ninguém percebeu além de mim, que recebia olhares de Stefan que perfurariam ossos se pudessem a cada vez que Damon me abraçava por trás ou dava um selinho, ou algo do tipo (as fãs iam ao delírio). Quando estava pra dar seis e meia todos nós nos despedimos e fomos com uma van alugada ate o aeroporto.

– Seja lá quem for dividir poltrona comigo, mas eu quero a janela!

– Não consegui pegar todas as poltronas juntas. - Caroline disse - Tem algumas na parte da frente, outras no meio e algumas no fundo.

Eu, Rebekah e Caroline ficamos vendo os números das cadeiras enquanto os garotos foram comprar alguma coisa pra comer.

– Eu já tinha separado de acordo com quem veio. - Bek disse e dois segundos depois me olhou, se lembrando que quem veio comigo foi Stefan, não Damon.

– Tudo bem, nós temos que nos ajeitar mesmo... - menti o melhor possível.

– Só não gritem nem façam o avião cair.

– Podem deixar, meninas. - disse logo assim que os garotos voltaram.

– Vamos? - Jeremy perguntou.

– Claro. - Rebekah distribuiu as passagens logo assim que o vôo foi anunciado.

– Trouxe pra você. - Damon me entregou um copo do Starbucks com frapuccino de chocolate, meu preferido.

– Obrigada. - disse sorrindo pra ele enquanto íamos ate o embarque.

[...]

Fui uma das primeiras a entrar no avião, mas Stefan ainda foi na minha frente. Eu passei por ele dando um leve esbarrão com o ombro e fui me sentar na cadeira marcada, com a bolsa no colo e olhando a paisagem de Los Angeles pela janela. Logo senti a cadeira se mexer e sabia que ele estava se sentando ali.

O vôo demorou um pouco pra decolar, mas nenhum dos nossos amigos estava por perto pra conversar. Caroline e Klaus ficaram algumas cadeiras atras e o resto deles estavam a nossa frente.

Peguei o celular pra desligar assim que o avião já estava no ar e, por um tempo, fiquei olhando o protetor de tela que era uma foto minha e de Maggie de alguns dias atrás.

– To com saudades da pestinha. - Stefan disse ao meu lado e assim que virei ele encarava meu celular.

– Também to morrendo de saudades dela... - suspirei leve - Ela tem ficado muito tempo sozinha em casa, Jenna tem trabalhado de tarde e ela estuda pela manhã. - desliguei o celular e coloquei na bolsa - As vezes acho que poderia ficar com ela mais vezes e que não faço meu papel de irmã muito bem.

– Você é uma ótima irmã pra ela, Elena. Você ama ela, e isso já é grande parte.

– Não é suficiente... Eu não tenho dado atenção a ela de um tempo pra cá.

– Se quiser eu e Damon poderíamos ir com você pra casa da sua tia assim que chegarmos em New York... - ele sugeriu me olhando com um sorrisinho de lado.

– Eu adoraria. - sorri pra ele - Obrigada, Stefan, por tudo. - o abracei forte.

– Sabe que só quero ver você feliz. - ele me apertou um pouco e logo soltou - E também estou com saudades da Maggie.

Eu e ele conversamos mais um pouco ate eu colocar os fones de ouvido e tentar dormir.

Estava com os olhos fechados quando senti ele se mexer na cadeira ao lado, totalmente inquieto. Abri rapidamente mas assim que ele se virou pra mim com os olhos abertos eu fingi dormir. Stefan passou o braço em volta da minha cintura, me puxando pra perto dele bem devagar. Depois me acomodou perto do peito dele e apoiou a mão que rodeava minha cintura sobre meu quadril e a minha estava sobre seu peito. Apesar das poltronas desconfortáveis nós dois dormimos tranquilamente a viagem toda.

[Enquanto isso, em New York...]

O taxi parou bem em frente a casa que eu já conhecia.

– Aqui está o dinheiro. - entreguei a nota pro motorista.

– Obrigado. - respondeu quando sai com a mala do carro e ele despadrou pela avenida.

Tudo parecia igual era a uns seis anos atrás e não havia nenhuma mudança aparente na parte exterior. O jardim continuava o mesmo, com algumas flores silvestres na frente e a cerca branca intacta. O caminho de pedras ate a porta da frente me fazia ter lembranças da época em que brincava naquele gramado verdinho quase todos os dias.

Andei devagar pela entrada até chegar na porta e tocar a campainha que ainda emitia o mesmo som. Ouvi uma risada infantil vinda de dentro da casa, possivelmente da sala, e logo a porta foi aberta pela dona daqueles cabelos ruivos que eu já conhecia.

Dei um sorriso de lado, um tanto sarcástico, e a cumprimentei enquanto ela me encarava chocada. Provavelmente me reconheceu.

– Olá tia Jenna.

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