Hogwarts Musical escrita por Selena Cullen


Capítulo 7
Capítulo 6 – Compor liberdade


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ta um pouco mais grandinho. Eu espero q todos vcs gostem!!
Beijos!!



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Talvez Draco tivesse um dos olhos mais lindos do mundo. Um tipo de azul acinzentado, como uma noite nublada. Ele me acalmava toda vez que me olhava

Eu ri

–O que foi? – ele perguntou

Sorri bobamente com meu próprio pensamento

–Isso não é real. Draco olha só como nós estamos amigos eu acho – eu digo constrangida, e me senti corar – não devia ser natural.

–É, isso não é comum – ele concordou e riu – eu devo estar louco

–Ou eu – eu suspirei – o que Harry vai dizer quando descobrir?

Ele riu talvez pensando na reação dele

–Bom, o Potter não vai gostar. Acha que devíamos guardar segredo?

–Que eu Hermione Granger estou ficando com Draco Malfoy? Por enquanto sim, Hogwarts já esta bastante abalada com o assunto do coral.

–É – ele fez uma careta – e o que você vai dizer, sobre querer entrar no coral?

–Vou falar como Harry e a Gina, os dois vão achar que estou entrado por conta própria.

–A professora convocou uma reunião hoje, você vai?

–É claro – eu respondi – nunca falto em reuniões.

–ótimo, agora vamos sair daqui, antes que nos vejam.

–Tarde demais, baby.

Tomei um susto ao ouvir uma voz conhecida, Pansy Parkinson.

Ela sorria maliciosamente enquanto entrava no local, fechando a porta atrás de si. Seu salto batia contra o chão perigosamente, enquanto ela praticamente desfilava até nós.

–Mais cuidado, Draquinho – ela diz perigosa – qualquer um pode resolver entrar nesse banheiro, só que como eu sou esperta, consegui a chave pra vocês.

Pansy pôs a chave no decote da blusa

Surpresa, eu não consegui dizer nada.

–Pansy, fora daqui – Draco mandou.

–Quanta educação – a morena revirou os olhos

–Me da à chave – ele pediu esticando a mão para que ele entregasse

–Por que você não pega? – ela perguntou manhosa

–Nem pense nisso, Draco – eu digo batendo na mão do garoto.

Pansy riu

–Eu estou brincando, garota – ela diz rindo – pega, Draco – entregou a chave para ele – você é bem autoritária hein? Eu gostei da nova nora, irmãozinho.

–Irmão?

–Ela me chama assim – Draco explicou – é melhor que Draquinho

Pansy se afastou indo em direção à porta de saída

–Você contou pra ela? – eu disse baixinho

–Ela não vai contar pra ninguém, e o Blásio também sabe.

–Como não vai contar? Eu não confio nela, a Parkinson parece tão...

–Vadia? É eu sei. Mas ela é uma garota legal, você vai ver.

–Achei que ela gostasse de você.

–A Pansy? Claro que não. A gente namorou, mas não deu certo, ela é só amiga mesmo.

Não acreditava muito nisso, porém olhei pra garota que esperava a gente na porta. Alta, morena, linda, com um uniforme muito curto e vulgar até.

Ela com certeza não é pior que Dafne Greengrass - a patricinha - ou Lilá – a cobra.

–Eu não mordo Granger. – ela diz sem paciência – Não vai ter problema comigo, contanto que não magoe meu irmãozinho.

Olhei para Draco outra vez

–Tem certeza?

–Absoluta, ela tem esse jeitinho, mas não é má.

–ok – eu suspirei – eu confio em você.

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Fim da tarde, salão comunal da Grifinória.

Depois de uma tarde de constante estudo na biblioteca, eu poderia estar cansada, porém eu me sentia um pouco elétrica, nervosa com a ideia e entrar para o coral, mesmo que apenas como compositora.

–Vocês devem estar todos malucos. – Lilá zombou

A garota não desgrudou de Rony o dia inteiro, e estava lá comigo, e meus outros amigos conversando. Desisti de esperar ela ir embora, e eu contei que entraria para o coral mesmo com ela escutando, não aguentava mais esperar.

–Tem certeza, Mione? – Harry perguntou – Estão todos falando sobre isso

–Todos mesmo – Gina comentou entredentes, quando três garotas passaram por nós cochichando.

–Eu tenho – respondi nervosa – Não vou cantar de verdade, eu só vou ser compositora.

–Você? Compositora? – Lilá riu – Amiga, não sabia que escrevia.

Ela insistia de me chamar de amiga, Lilá é mesmo uma grande falsa.

–Não vou interferir em nada – eu digo nervosa - eu só quero ajudar com as músicas

–Claro que vai interferir – Lilá diz – só Merlin sabe o que você escreve!

–Lilá! – Rony ralhou com a namorada – Por que não toca piano, Hermione?

–O que é isso? – Lilá pergunta confusa – é uma peça de roupa, se ela toca eu sei que é cafona.

–Lilá, cala boca! – Gina diz jogando um travesseiro na garota

–Não tem piano em Hogwarts – eu respondi a Rony – quem traria um piano pra cá?

–A Sra. Olsen – Harry respondeu – ela trouxe, e vários outros instrumentos trouxas também. Há quanto tempo compõe?

–Desde que eu tinha seis anos, eu fazia alguns versos, depois de um tempo, fazia canções completas, eu costumava cantar em algumas festas em família, é bem relaxante pra mim.

–E o que vai tocar pra nós? – Gina perguntou curiosa

–O que? – eu disse

–Olsen disse que músicos e compositores precisam se apresentar pra ela, - Gina respondeu – você não sabia?

–Não – eu respondi ainda mais nervosa – quando é isso?

–Você pode se apresentar hoje, é daqui à uma hora.

–Uma hora?!

–É bom se apressar, amiga. Ou não vai conseguir entrar para o coral de Hogwarts – Lilá diz provocativa – não é Uon Uon?

–Lilá... Eu também vou entrar para o coral – Rony respondeu tímido

–Que? Por quê?

–Harry pediu, vai ser legal até.

Não fiquei para ouvir o chilique da garota, apenas saí de lá rápido.

Eu subi as escadas correndo, entrei no meu quarto, e tranquei a porta.

Uma hora? O que eu podia apresentar em dentro de uma hora? Precisa ser algo muito bom.

Passei os dedos nervosamente no meu cabelo. Mordi o lábio, e pensei no que poderia fazer.

Fui até a escrivaninha, e tirei meu caderno vermelho. Foliei as páginas rapidamente, a maioria das músicas girava no estilo romântico, por causa do meu tempo com Rony, porém eu não poderia apresentar uma música romântica hoje, não com Rony lá, eu não podia correr o risco de chorar em meio à canção.

Continuei foliando as páginas com pressa, até chegar a uma música especial. As minhas anotações mostravam que seria linda ao piano, e sem dúvida seria mesmo.

Porém só vinha metade das tonalidades precisas para eu apresenta-la. Eu preciso terminar antes da hora, e ainda tentar ensaiar. Como vou fazer isso, Merlin?

Como será a tonalidade? Fá maior, si menor... Eu poderia estender a nota até a ré? Ou ao Lá? Não faria estranho... Ré maior, lá menor, mi menor... Notas subindo oitavas, e... Oh meu Merlin estou tão nervosa!

Isto é loucura, não dá, estou nervosa demais

Suspirei pesadamente, sentando-me em uma extremidade da cama.

Não posso ir até a música, mas ela pode vir a mim.

Fechei os olhos com força, e senti meus músculos relaxarem.

O vento soprava pela janela timidamente, e seguia assim por alguns segundos balançando a cortina, fazendo um som calmo e melancólico. Este foi o primeiro som que captei

Continuei ali, e ouvi pássaros em algum lugar voando além da janela, algo batendo contra o chão em uma velocidade singular – deveria ser os passos de alguém pelo corredor -, portas rangendo, meninas conversando baixinho... Os sons se seguiam, e começavam a fundir-se até eu chegar ao que eu queria.

Parece que eu já tenho a melodia da música.

Peguei a pena, molhei na tinta, e comecei a escrever.

Eu fiquei lá, por minutos, ou horas, não sei. Eu fiquei perdida no tempo.

Com pressa, peguei minhas coisas e corri para a Sra. Olsen. Chegando lá ouvi um som conhecido. Violão? Tinha alguém ali tocando um!

Depois ouvi uma voz, cantando belamente. Voz tipo soprano provavelmente. Ei espera, ela esta cantando uma música trouxa conhecida, ela conhece música trouxa!

Eu disse: "Lembre-se desse momento". No fundo da minha mente. Quando estávamos lá com nossas mãos tremendo. A multidão se levantava e ia à loucura

Nós éramos os reis e rainhas. E eles leram os nossos nomes. Na noite que você dançou como se soubesse que nossas vidas. Nunca mais seriam as mesmas

Você manteve sua cabeça como um herói. Em uma página de um livro de história. Era o fim de uma década. Mas o começo de uma era

Eu entrei na sala, e de primeira vi a Sra. Olsen sentada de frente pra mim, enquanto alguém estava com o violão cantando de costas pra mim. Eu apenas via o corpo magro, e os longos cabelos loiros e cacheados.

Viva às barreiras que atravessamos. Como as luzes do reino brilharam só para mim e você. Eu estava gritando: "Vida longa à toda magia que fizemos". E tragam todos os impostores. Um dia seremos lembrados.

Eu disse: "Lembre-se desse sentimento "Passei as fotos adiante. De todos os anos que estivemos lá do lado de fora. Desejando por agora

Nós somos os reis e rainhas. Você trocou seu boné de beisebol por uma coroa. Quando eles nos deram os nossos troféus. E nós os levantamos pela nossa cidade

E os cínicos estavam indignados. Gritando: "Isso é um absurdo". Porque por um momento, uma banda de ladrões. Em jeans rasgados conseguiram dominar o mundo

Sorri com a ideia que a música passava.

Dei alguns passos a frente, e imediatamente a garota parou de cantar e se virou assustada pra mim. A garota devia ser só um pouco mais nova que eu.

Altura mediana, magra. Cabelos loiros cacheados, olhos azuis, pele branca, uma verdadeira boneca de porcelana, mas usava óculos grossos, e os cabelos estavam mal tratados, e suas roupas não ajudavam nada em mostrar sua beleza.

–O-o-oi – ela diz tímida

–Olá Srta. Granger – Olsen me cumprimentou – o que esta fazendo aqui?

–Eu quero entrar para o coral, como compositora – eu respondi.

–ótimo! E quanto a você Srta. Greengrass bem você foi excelente, canta e toca violão muito bem, já esta no coral é claro. Parece que já temos um músico.

A loira sorriu

–Greengrass? – eu digo surpresa – ah claro! Você é Astoria Greengrass irmã mais nova de Dafne.

–É – ela corou – Dafne é minha irmã, e...

Astoria deixou a frase no ar.

Pouco depois os outros chegaram, sem nem mesmo me dar tempo de me apresentar à professora, parece que vou ter que esperar o fim da reunião.

Eu resisti ao impulso de sentar ao lado de Draco, como eu realmente queria, e me sentei entre Harry e Gina, eu precisava estar longe de Rony. Astoria sentou-se com os outros sonserinos, e não ousou falar uma palavra, ela parecia ainda bem mais tímida do que eu.

Dei uma última olhada em Draco, que piscou pra mim, e eu sorri, deixando o olhar penetrante de Draco me acalmar naquele momento.

Voltei a olhar pra frente, e Sra. Olsen começou a falar.

–Antes de começar a reunião, eu quero apresentar um novo membro, a Srta. Astoria Greengrass ela toca violão e baixo, dois instrumentos trouxas. Embora tenha uma boa voz, ela prefere atuar apenas nessa área no coral. Eu também queria começar dizendo, que eu quero que todos nós sejamos amigos, e para sonserinos e grifnorios isto é difícil, eu sei disso. Eu fui Sonserina, e sei que é uma tarefa nada fácil, mas vão ter que começar a se acostumar com a convivência – ela suspirou – Também quero que me chamem de Mandy, nada de Sra. Olsen, apenas Mandy, assim como vou chama-los só pelo primeiro nome.

Eu suspirei, ela parece ser uma boa mulher.

–Vou dar um anuncio muito importante depois, mas agora, nós todos vamos assistir a apresentação de Hermione.

–O que? – eu digo – Pensei que eu precisaria cantar só pra você

–Não, como você será compositora, todos precisam conhecer o trabalho.

Merda! Merda!

Eu levantei de contra gosto, até o piano de calda no canto da sala.

Olhei as teclas e passei os dedos para certificar a afinação. Sentei no banco na frente dele, e olhei todos que me assistiam em meu momento de terror.

Gina me olhou com confiança, ela sorriu pra mim para me encorajar. Meus olhos voaram para Draco, que também sorria.

Eu respirei fundo, e comecei a tocar de cabeça baixa.

Meus dedos voaram pelas teclas, e eu me senti mais calma e segura, o som do piano me confortava, ou melhor, a música me relaxava.

(Miley Cyrus – The climb http://www.youtube.com/watch?v=ysO8tN87jpg. A versão é em piano, sem voz)

–Eu quase posso ver. O sonho que estou sonhando, mas. Há uma voz dentro da minha cabeça dizendo. Você nunca vai alcança-lo

Cada passo que eu estou dando. Cada movimento que eu faço, parece. Perdido, está sem direção.

Minha voz saia abafada e baixa, e eu forcei a mantê-la mais alta e firme. Como em qualquer outra apresentação para a família

Minha fé está abalada. Mas eu, eu tenho que continuar tentando. Tenho que manter minha cabeça erguida

Sempre haverá outra montanha. Eu sempre vou querer move-la. Sempre será uma batalha difícil. Às vezes eu terei que perder

Inconscientemente minha voz subiu algumas oitavas, quando eu senti a música vibrar dentro de mim. E eu sorri com a sensação se liberdade pulsando nas notas que eu cantava

–Não é sobre o quão rápido eu chego lá. Não é sobre quem está esperando. Do outro lado. É a escalada

Eu sorri com a sensação de liberdade estampada na minha voz, porém forcei meus olhos a se focarem no vazio, e não nos outros que estavam ali.

–As lutas que estou enfrentando. As oportunidades que eu estou tendo. Às vezes podem me derrubar, mas. Não, eu não estou caindo. Eu posso não saber disso

Mas estes são os momentos que. Eu mais vou lembrar. Só tenho que continuar. E eu, eu tenho que ser forte. Continuar empurrando

Sempre haverá outra montanha. Eu sempre vou querer move-la. Sempre será uma batalha difícil. Às vezes eu terei que perder

Não é sobre o quão rápido eu chego lá. Não é sobre quem está esperando. Do outro lado. É a escalada

Porque, sempre haverá uma outra montanha. Eu sempre vou querer move-la. Sempre será uma batalha difícil. Às vezes eu terei que perder

Não é sobre o quão rápido eu chego lá. Não é sobre o que está do outro lado. É a escalada

Continue em movimento, continue escalando. Mantenha a fé, baby.

É tudo sobre. É tudo sobre a escalada

Mantenha a fé. Mantenha a sua fé

Eu toquei a última nota com medo. Tentei me forçar para olhá-los e ver a reação, mas não precisei olhar de verdade, por que eles estavam aplaudindo.

Sorri completamente aliviada com isso.

Olhei para eles. Em seus rostos estavam estampados emoções de surpresa, nada de raiva, lamentação ou algo do tipo, eles realmente haviam gostado da minha música. E isso não poderia me deixar mais feliz

–Isto foi lindo, Hermione! – Mandy diz batendo palmas sorrindo largamente – A música é especial, e sua voz é impressionante

–Obrigado – eu corei

–Você é ótima, Grifinória – Zabini diz sorrindo.

–Mais que ótimo – Rony concordou embasbacado – É perfeita!

Vi Draco olhar para Rony com raiva, e por um momento eu pensei que iria mata-lo. Ele depois olhou pra mim e sorriu

–Você esta no coral é claro – Mandy diz entusiasmada – Bom, foi uma excelente apresentação, mas agora eu tenho que falar uma coisa séria.

Nos olhos de Mandy eu senti um pouco de temor em dizer a notícia

–Para a diretora McGonagall é mais que claro, que o coral não esta pronto para o Master of music, por milhares de motivos, e temos que nos preparar para semana que vem.

–Achei que Master of music fosse ao próximo mês – Draco diz

–E é - ela concordou – mas para entrar na competição, precisamos passar por um trio de jurados primeiro. A Master of music é uma competição muita grande, eles não poderiam deixar qualquer coral entrar. E nossa apresentação é após a próxima semana

–após a próxima semana? – eu digo surpresa – Como vamos preparar uma música? Nós nem começamos a ensaiar, e eles nem sabem nada sobre música trouxa.

–Este é o problema. Nós estamos pressionados, e casos como esse, pedem medidas desesperadas. Por isso vocês vão aprender sobre música trouxa do melhor jeito possível

–Como?

–Com trouxas reais. Eu vou levar o coral para New York, em uma escola de música trouxa por três dias.


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