Stay With Me escrita por soulsbee, Bella Guerriero


Capítulo 24
Escolhas erradas


Notas iniciais do capítulo

"Em alguns momentos de nossas vidas, escolhemos a saida que julgamos ser a mais fácil, entretanto, não imaginamos que elas apenas pioram os nossos problemas."

— Notas Finais -



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Felipe

–Felipe... Eu te amo... -Disse Alice fazendo todos os meus sonhos virarem realidade como se da noite para o dia o incerto e ilusório se tornasse a maior e mais bela verdade.

–Porque você fez isso comigo?!- Indagou Ally com o rosto banhado em lágrimas que desciam enlouquecidas de seus olhos vermelhos sobre suas delicadas bochechas.

Assim como ela me levou para o mais lindo paraíso, ela também me levou as trevas... E parecia que estas, jamais iriam embora. Eu já havia parado de contar o tempo que ela estava em coma, pois os dias se passavam rápidos demais para acompanhar e a cada nova manhã sem ela acordar, era mais um passo para ela jamais voltar. Sentei-me encostado na parede ao lado da porta, ouvindo Ashley fecha-la como se não quisesse que eu visse o que ela iria fazer.

Depois de alguns segundos de silêncio ouvi sua voz rouca segurando ao máximo seu choro para não desabar mais uma vez, como sempre. Era sempre assim, nenhum de nós conseguia vê-la sem que nossos olhos demostrassem nossos medos e a saudade avassaladora que consumia nossos corações.

–Oi Ally... -Ela sussurrou. - Estava com saudades. - Pela parede fina, pude ouvi-la puxar a cadeira ao lado do leito, para se sentar. - Sthefan queria ter vindo para te desejar feliz Ano Novo... -Ela fez uma pausa breve e eu sabia que ela estava retendo as lágrimas. -Ele está muito mal. - Prosseguiu deixando o antigo assunto de lado. Tudo isso... -Ela suspirou. - Está sendo bem difícil pra ele... Pra todos nós na verdade. - A escutei fungando. - Ele pediu pra mim te dar Feliz Ano Novo então... Feliz Ano Novo! - Desejou forçando um entusiasmo em sua voz. - Eu sei que ainda faltam muitas horas ainda, mas... - Ela deixou a frase no ar parecendo que não podia dizer o fim. - Ele também pediu pra eu não chorar. .Mas você também iria chorar se estivesse no meu lugar. -Ela parou de falar por alguns momentos. - Queria que estivesse aqui... Poderia deixar o Sthefan feliz... Tudo parecia tão simples antes disso tudo... E agora o Sthefan está om problemas... Mas vou parar com isso, tenho que ser forte por ele... E por você também. – Ela fez uma longa pausa, puxando ar e controlando o choro, pensando em como iria prosseguir. - Nós decidimos comemorar o Natal como você sempre gostou... Sthefan me contou das travessuras de vocês quando crianças... Vocês eram verdadeiras pestes...

Não contive o meu, pois recordei-me da vez em que eu e Sthefan tivemos a ideia de sequestrar o peru porque a mãe de Ally disse que o Papai Noel não iria nos visitar naquele ano porque havíamos feito muitas besteiras. Lembro-me dela sair correndo feito uma louca atrás de nós dois enquanto tentávamos não derrubar o bendito cujo... O que foi em vão pois acabamos deixando ele cair no rio na hora de atravessá-lo então... Naquele ano só comemos salada de batatas e a farofa de bacon que minha mãe havia preparado. Deixei um grande suspiro vazar pelos meus lábios e fechei os olhos.

Como tudo havia mudado tão drasticamente? Na infância nós éramos o quarteto inseparável e agora... Alice estava morrendo. Sthefan não olhava mais na minha cara e Isabella havia destruído tudo... Ou eu havia destruído e para aliviar minha consciência coloquei a culpa nela... Eu não sabia ,eu só queria que Alice acordasse e nos unisse de novo como sempre fazia quando brigávamos...

–Nossa! Acabei passando do tempo! Desculpe Lice, tenho que ir agora... Sthefan não fica bem sozinho, mas é claro que você sabe melhor que eu. – Disse como se deixasse claro que Alice conhecia mais Sthefan a mim, o garoto com quem ela namorou.

Levantei-me do chão e olhei pela parte de vidro que havia na porta e vi Ashley dar um beijo na testa de Ally, sussurrando algo em seu ouvido.

Ela veio caminhando calmamente até a porta e antes de abri-la, se virou uma última vez para ver o corpo quase sem vida de sua amiga naquela maca fria, e, por fim, saiu do quarto lançando um breve olhar em minha direção.

–Oi... – Sussurrei.

– Oi – Respondeu seca – Ainda se fazendo de coitado? – Indagou com os olhos vermelhos de tanto chorar – Não se cansou disso? – Suas palavras atravessaram meu ser, partindo-me em milhares de pedaços de uma só vez.

Ashley não estava lidando muito bem comigo, ela tentava ser compreensiva e não ter ataques explosivos, entretanto, nos últimos dias ela passou a agir comigo da mesma maneira que Sthefan. Rude, fria e seca como se culpa fosse todo minha. E era, não era? Talvez ela tivesse razão.

– Ashley... Eu só... - Tentei me explicar, mas ela logo me cortou jogando mais uma frase frívola contra mim.

– Felipe, se você não queria a Alice, era só falar, não precisava mata-la! – Ela se controlava para não começar a gritar na frente de todos – Você é o culpado e ficar jogando no chão do hospital, fedendo álcool, não irá esconder o fato de que você acabou com tudo! – Não tinha mais argumentos contra ela. Ashley tinha razão em tudo o que dizia, exceto em um ponto e era esse que usaria para me defender, pois era a mais pura verdade.

– Eu amo a Alice – Rosnei me aproximando da morena, fitando seus olhos azuis oceano com um tom purpura ao redor de sua íris.

– O amor é gentil e protetor, não assassino e devastador. – Replicou. – Você nunca a amou – Ela preencheu o pequeno vão entre nós com seu corpo, frente a frente comigo, como se fosse me bater a qualquer momento. – Quando ela melhorar... - Você vai ser o ultimo homem que deixarei Alice se aproximar, me ouviu? – Perguntou fulminando-me com o olhar, por um longo momento, virando-se em direção a saída, deixando no ar uma ameaça eminente.

Olhei pela janela da porta do quarto de Ally vendo-a pálida, demonstrando a mesma fragilidade de sempre.

Será que a garota que eu amo voltaria a ser o que ela era antes?

Não entrei no quarto como sempre fazia e escorreguei pela parede mais uma vez e fechei os olhos, deixando o cansaço invadir minha mente e a inconsciência em atingir.

–Senhor Agarelli?- Ouvi alguém me chamar, tentando me despertar do meu sono repentino.

–Hm... Sim?-Perguntou piscando os olhos tentando acordar.

–Temos... Notícias do estado da Senhorita Faticcelli.- Levantei-me meio autônomo e olhei para o médico da Ally que não estava com um semblante muito bom ,apesar que ele nunca estava com uma cara boa.

–Sim, pode falar. Ela está se recuperando?

–Na verdade senhor... Alice não está respondendo a nenhuma das nossas tentativas de reação.- Ele disse olhando para seus papéis.- Com o tempo que ela está em coma ,temos indícios de que ela...Ela nunca volte a acordar.- Senti que o chão tinha sido tirado dos meus pés e me apoiei na parede para não cair. Tudo girava e eu tentava processar o que o médico acabara de falar. -Senhor... Você está bem?-Perguntou o médico pegando no meu braço para me dar estabilidade.

–Sim, eu só... Preciso de um tempo para...Processar o que você disse.

–Tudo bem. Pense e me avise quando estiver pronto para dizer o que você e seus amigos decidiram a respeito disso tudo.

–Tudo bem. -O médico foi embora e quando eu senti que minha vista não estava mais embasada sai sem pensar pelo hospital entrando no meu caro.

Comecei a socar o volante querendo que toda minha dor fosse embora.

Logo o momento de raiva passou e eu me entreguei às lágrimas. Logo após alguns minutos dirigi em alta velocidade até o sítio onde eu ainda vivia.

– Felipe?-Chamou Christopher que estava encostado no balcão vendo o jornal pela Tv da cozinha.

–Ah, oi Christopher... -Disse meio zonzo.

–Você tá’ bem cara?-Disse ele desconfiado.

–Eu praticamente mato a menina que eu amo e você me pergunta se eu estou bem?-Disse ríspido. Christopher me olhou cheio de dor e eu não esperei o discurso que ele me daria e subi as escadas e cruzei o corredor antes que desse de caro com o Sthefan.

Tranquei a porta do quarto e me sentei na cama segurando minha cabeça entre as mãos para ela não explodir. As lágrimas começaram a escorrer novamente e eu senti raiva do destino e da minha fraqueza.

Peguei a primeira coisa que vi no criado-mudo e joguei na parede vendo se espedaçar com o choque, seguido de um porta retrato meu com Alice o encarando antes de lança-lo contra a parede e assim foi sucessivamente até que eu tivesse me tranquilizado um pouco.

Deitei-me na cama e escutei uma discussão no corredor.

– Ele vai quebrar a casa toda?!-Esbravejou Sthefan.

–Calma cara, tudo está muito difícil... -Disse Chris tentando amenizar as coisas.

–Difíceis? Para ele?! –Gritou Sthefan. -Ele fez tudo isso acontecer! -Sthefan... -Quis contrariar Christopher. -Quer saber? Esquece! Logo ele não estará amis aqui. -Assim a conversa chegou ao fim e eu fiquei analisando ela sem entender ao certo o que Sthefan havia dito.

Ele pensava que não me importava com a Alice? Que eu desistiria de tudo? Pois é, parecia que ele estava certo. Acordei de manha com um barulho de martelo dos infernos e uma dor de cabeça do cão.

Massageei minhas têmporas, decidindo o que iria fazer, optando em ir para algum bar de beira de estrada para beber, entretanto, o carro não facilitou minha vida, parando de funcionar de vez, forçando-me a iniciar uma caminhada tortuosa pelas estradas que cercavam o sítio.

Marchei por minutos intermináveis, perdendo a noção do tempo, e parando apenas ao chegar em um posto de gasolina com uma lojinha de conveniências caindo aos pedaços.

O dia estava mais frio do que o normal, obrigando-me a enfiar as mãos nos bolsos de meu casaco e ainda assim estremecer.

Adentrei a loja, indo para o ultimo corredor onde ficava a seção das bebidas, pegando algumas latas de cerveja e jogando o dinheiro em cima do balcão do caixa, deixando para trás o troco.

Voltei a andar pela estrada, bebendo a cerveja direto do gargalo sentindo-a tão gelada quanto o clima dali, descer pela minha garganta e trilhar um caminho até meu estomago.

A estrada estava movimentada e vários carros passavam por mim buzinando quando eu ia para a pista.

–Sai da pista moleque!-Gritou um velho dirigindo um carro caindo aos pedaços.

–Me obrigue!-Gritei em resposta jogando uma garrafa de cerveja vazia em sua direção.

Olhei para trás e vi um carro acima dos limites de velocidade permitido, ao horizonte, surgindo aos poucos na estrada, indo diretamente em minha direção.

Em um lampejo de consciência, imaginei que ele poderia me ajudar levando-me direto a única saída que existia para mim naquele exato momento.

Isabella

– Feliz Natal... -Disse Rob estendendo seu copo de plástico, com o que julguei ser vodca, em minha direção ,me oferecendo um saúde silencioso.

–Feliz Natal... -Repliquei forçando um sorriso no rosto .

Logo um silêncio se estendeu ao nosso redor e Rob ficou agitando seu copo e vendo o líquido dentro dele se agitar e logo, vi em seus olhos que ele havia viajado para um lugar distante novamente, assim como eu havia o feito alguns estantes atrás.

Era de se esperar, como minha mãe... Sempre dizia ,o Natal é o momento no ano que nos faz mais repensar em tudo que fizemos durante o ano ,pois é o único momento em que se pode seguir um novo caminho e conseguir o perdão .

Apesar, que nas condições que eu me encontrava acho que a redenção, estava bem longe do meu alcance. Logo mais flocos de neve começaram a cair do céu, atraindo meus olhos para cima e os de Rob também. Ver aqueles pequenos pontos brancos caindo da imensidão azul que sempre penderia sobre nossas cabeças me fez soltar um pequeno sorriso verdadeiro, coisa que eu não fazia já há tempos atrás. Rob começou a tentar pegá-los em sua mão, mas a cada tentativa falha ele soltava um assobio nervoso.

Sentir a neve gelada no meu rosto me fez sentir cócegas e começar a rir.

–Do que você está rindo?-Perguntou Rob segurando um riso.

–A neve. -Senti mais um floco atingir minha bochecha.

–Faz cócegas. Rob revirou os olhos.

–Bem... -Ele disse colocando as mãos dentro dos bolsos do casaco e olhando para os pés. -Se isso te faz rir. -Ele se abaixou para pegar uma moeda que eu vi na beira da calçada. -Imagino que neve em excesso te faça o que? – Levantei minha sobrancelha tentando entender sua pergunta e sem mais delongas, ele se levantou devagar escondendo algo atrás das costas e olhou para mim, fazendo-me perder em seus olhos castanhos meio acinzentados.

–GUERRA DE NEVE!-Ele gritou em um estrondo me fazendo arregalar os olhos.

Quando virei para trás em uma tentativa boba de me virar e sair correndo, vi Alex, Lexy, Max e Josh segurando pequenas bolas de neve na palma de suas mãos.

–Sem saída. - Disse Alex com um sorriso zombeteiro brotando em seus lábios banhados de baton vermelho. - AGORA! - Gritou ela aos outros e em menos de dez segundos senti as bolas se chocando no meu corpo. E como doía! Provavelmente amanhã já estaria roxo.

Protegi minha cabeça com as mãos e sai correndo para trás de um carro que estava um pouco afastado do grupo.

Recolhi o pouco de neve que lá se acumulou formando uma bola média. Com receio ,fui colocando minha cabeça na área perigosa tentando encontrar alguém para contra-atacar ,sem nada ver voltei correndo para trás do meu escudo e comecei a tentar escutar suas respirações ou seus passos .Não ouvi nada ,e quando eu estava quase indo para trás de uma árvore que estava na outra esquina quando senti alguém pegar no meu ombro direito.

Virei-me as presas e me deparei com uma Alice pálida ao meu lado.

–O que você tá fazendo aqui?!-Perguntei me recuando dela. Ela continuou calada me olhando com aqueles olhos azuis profundos nos meus.

Eu podia de alguma forma, sentir a dor de seu rosto no meu peito e eu só queria que ela fosse embora.

Chacoalhei a cabeça tentando fazer sua expressão sair da minha mente.

–Você não é real... Não é...Não é real. -Repeti inúmeras vezes para mim mesma. -Você está praticamente morta!

–Isabella. -Braços fortes me sacudiram fazendo o rosto de Alice se evaporar pelo ar me deixando ver o rosto de Rob me olhando preocupado. -Você está bem?-Ele disse me analisando.

–Estou... -Disse enquanto meu coração se tranquilizava.-Eu só...

–Se lembrou dela?-Completou Rob.

–É... Mas não importa.

–Tem certeza?-Perguntou desconfiado.

–Claro, hoje é Natal... -Sacudi os ombros. -Nada importa.

–Nada?

–A não ser... -Desviei os olhos para a bola de neve que ainda se encontrava na minha mão e Rob acompanhou meu olhar.

Dei um sorrisinho malicioso para ele que fez uma careta.

–Droga... Esqueci a primeira regra.

–Ah é? E qual seria?

–Nunca se esqueça de um jogo... Pois ele nunca para. -Dei um sorriso de desculpas para ele e joguei em seu rosto a neve gelada

Senti as bolas sendo arremessados contra mim, mas por sorte só um acertou minha perna, o que não causou muitos danos. Quando cheguei à árvore, não pude evitar as lembranças antigas dos meus dias felizes invadirem minha mente novamente.

–Espera Isa!-Gritou uma Alice pequena com seu vestido azul florido até os joelhos tentando me acompanhar numa corrida.

–Corre Ally! Se não eles vão nos pegar!-Gritei de volta.

Alice nunca fora boa com corridas graças a suas faltas de ar sem sentido o que a fazia quase sempre perder nossos jogos.

Olhei por cima do ombro vendo Alice parada a uns três metros de mim com as mãos apoiadas nos joelhos. Vi seu tórax se levantar e abaixar muito rápido e corri de volta pra ver se ela estava bem. -Você tá bem ,Ally?-Perguntei me abaixando para ver seu rosto.

Ela estava com os olhos fechados e sua face estava toda vermelha quase chegando ao roxo pela falta de ar.

–Espera... Espera um pouco. -Ela pediu respirando mais rápido ainda por causa do esforço ao falar.

Alice ficou alguns minutos parada, tentando fazer a respiração voltar ao normal e eu podia jurar que ouvia seus pensamentos do tipo.

“Vamos pulmões, não me deixem na mão agora... Lipe e Sthef devem estar quase chegando! Vamos! Funcionem!” Alice cerrou mais os olhos e colocou a mão no peito, como se aquilo a ajudasse a respirar melhor. Ela se ergueu e respirou mais uma vez profundamente.

–Vamos. –Disse colocando a mão sobre o rim e correndo novamente.

Dei algum tempo para ela ficar na frente e sai em disparada novamente, quando ouvi a voz de Felipe. Ultrapassei-a sem muito esforço e a vi fazendo um esforço enorme para respirar novamente enquanto corria.

–Alice... Alice para!-Eu disse a segurando quando vi que ela iria desmaiar logo. -Mas... Mas...Eles...vão...nos...pegar!-Disse ela buscando um ar que parecia não existir

.-Vai você na frente. -Ela se curvou novamente se equilibrando nos joelhos

.-Eu sou café com leite lembra?-Concordei com a cabeça e me certifiquei se ela estava respirando antes de sair correndo novamente. Escondi-me atrás de uma árvore a alguns metros.

Escutei o momento que os meninos chegaram e pude ver de relance Alice ajoelhada no chão e eles estavam vendo se ela ainda estava viva. Ela sacudiu a cabeça e falou algo.

–Isabella!-Gritou Sthefan. -Pode voltar! Alice não está bem! Vamos levá-la de volta para casa! Depois continuamos o pega-pega! –Soltei um suspiro aliviada, realmente ela não estava bem e precisava de uma bombinha, mas eles não me escutariam se eu desse a ideia. Sai de trás da árvore e fui correndo ao encontro dos meus amigos.

Quando cheguei ao local onde se encontravam me agachei perto de Alice onde o Felipe também se encontrava mais saudável do que nunca enquanto Sthefan soltou um suspiro de alivio, acredito que ele também não aguentava mais a canseira de correr feito quatro loucos pelo sítio dos pais da Ally.

–Você está bem?-Perguntei a Alice que mantinha o rosto abaixado para a grama.

–Sim. -Ela disse com uma voz tristonha. –

Tem certeza?-Ela fungou e levou a mão pequena a suas bochechas que eu sabia que estavam coradas.

–Queria poder correr mais. -Ela respondeu com a voz embargada e olhou para Sthefan que desviou o olhar.

–Hey. -Eu disse erguendo seu queixo. -Você pode correr, só precisa conseguir controlar a respiração. -Disse secando uma lágrima que transbordou de seus olhos cor de céu.

–Você acha?-Disse ela cheia de esperança.

–Mas é claro!-Disse Felipe abrindo os braços

.-Mas ai, quem vai ser nossa pequenininha frágil? Nossa café com leite?-Felipe abriu um largo sorriso e Ally o acompanhou Sthefan se aproximou de nós e depositou um tapinha nas minhas costas e na de Felipe e sorriu também.

–Agora vamos ajuda-la a andar. -Disse Sthefan pegando a mão de Alice e a levantando do chão.

Felipe colocou um braço dela em seus ombros e Sthefan fez o mesmo com o outro enquanto eu vi a barrida dela subir e descer com uma velocidade assustadora.

Olhei para eles e eles concordaram... Mais uma noite no hospital...A mãe dela ia nos matar! Voltamos a andar e eu fui à frente olhando para o chão sentindo a brisa sacudir meus cabelos enquanto eu pensava em como Ally era frágil.

– Isa!- Sthefan me chamou, fazendo-me parar e esperar eles. - Te peguei.- Exclamou ele tocando o meu braço e abrindo um sorriso.

–Mas você disse que havíamos parado de brincar.- Disse nervosa.

–A regra mais importante de todas as brincadeiras é de nunca se esquecer de um jogo, pois ele nunca para. - Disse Felipe todo cheio de si e Alice sorriu também.

–Vocês armaram isso?-Perguntei. -Não, Alice nunca fingiria uma coisa dessas. -Disse Sthefan. -Ela esta realmente com falta de ar, mas... -Isso não quer dizer que não podemos ser espertos. -Completou Alice com dificuldade para sorrir.

Lembrar do sorriso tranquilo dos três me fez querer voltar naquele dia... Os dias de uma Alice frágil que devíamos proteger ,do mais velho protetor que Sthefan era e do maroto do Felipe que sempre me acompanhava nas travessuras...A como eu sentia falta deles!

Até da bronca da mãe da Ally que levamos naquele dia por fazê-la correr tanto! Felipe sempre fora meu colega de pregar peças, mas naquele momento, num bairro esquecido na madrugada de Dezembro em Verona com um grupo de pessoas que eu mal conhecia me fazia sentir mais falta ainda do sorriso maroto dele e me fazer pensar onde será que ele estava naquele momento e se um dia... Ele ainda me perdoaria.


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Notas finais do capítulo

Oi gente tudo bem?
Espero que tenham gostado do capítulo e tem mais um draminha ai super show kkkk mas enfim, estamos demorando primeiro porque o tempo está horrivel. Segundo porque temos outras historias e sempre deixamos o Stay em segundo plano - infelizmente - e porque os professores não passam de nos passar trabalho.
Entretanto, estamos tendo ideias para continuar logo e muito em breve traremos a continuação dessa história maravilhosa.
Até a proxima, beijos e não se esqueçam dos comentarios.



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