Me levantei apressadamente, afim de investigar aqueles sumiços e acontecimentos. Mas o que fazer com o outro caso? Liguei para um caçador, amigo meu. Ele logo me indicou outro caçador que estava ali perto. Foi quando conheci John Winchester. O caçador mais valente e destemido que já conheci. Tem seus defeitos mas aguentar uma caçada, carregando dois filhos pelo mundo a fora é muita coragem. O pequeno Sam não passava dos oito anos. E Dean, que tamanho. Pelas histórias que ouvia de outros caçadores, os meninos se viravam muito bem. John chegou em menos de três horas, estava em uma cidade ali perto caçando. Pedi a ele que me encontrasse em meu quarto pois queria passar a caçada do fantasma vingador para frente. Quando estava me levantando chegou meu café, a garçonete com a cara mais puta e feia que ja vi na vida. Dispensei, dizendo que estava ocupado. A moça começou a passar a mão em meu peito e eu retirei. Agradeci pelo atendimento, peguei o jornal e partir para la. Saindo quase correndo pela porta, apressado para reorganizar as coisas para passar para o caçador que estava vindo, esbarrei em uma moça.

- Ah desculpe-me senhor, culpa minha

- Não que isso, foi culpa minha

Disse me levantando e levantando-a também. Agora sim podia ver melhor. Uma moça linda, cabelos loiros, olhos azuis. Uma garota perfeita. Ficamos nos olhando e ela ficou sem graça, virou o rosto e eu podia notar que estava com vergonha. 

Como qualquer outro homem, eu tive vontade de cumprimentar-la , e trocar algumas palavras. Mas quando me dei conta ela já se retirava. Um formigamento tomou conta do meu corpo, aquela moça não era como as outras, só pelo um simples olhar eu vi tal diferença. Seu olhar se torna até um pouco exótico, não só a beleza de tal moça, mas a união de todas essas coisas que me chamara a atenção.

Quando ela estava se retirando, pude notar que ela me olhava mais uma vez, rápido mas mesmo assim pude ver o pavor em seus olhos como se soube quem eu era ou o que eu faço.

 Ela praticamente correu em direção contrária por onde eu iria seguir. Eu não sei se era a minha beleza estonteante que a deixou tão perplexa que a fez afastar, ou a explicação mais obvia e maluca pra isso tudo: ela com certeza tinha algo coisa a temer. Eu poderia descartar essa hipótese, mais como caçador já passei por coisas e sei que não existem coincidências no mundo.

Parti aceleradamente para a pensão, John já avia me ligado, estava a meia hora da cidade. Entrei correndo, ninguém se encontrava ali. Nem mesmo a dona. Perfeito, sem interrupções. Arrumei tudo em uma mesa que tinha em meu quarto. Esperei John chegar. Mas aquela loira não saia da cabeça. Nem ela, nem seu súbito olhar apavorante. Seus traços de pavor estampados no rosto. Não teria como esquecer.

Pov. on Caroline

Após esbarrar no cara da lanchonete, percebi que era um caçador. Não vai ser um problema, pelo menos eu acho. Tenho quase certeza que ele notou que me apavorei. Quando notei que tinha parado de me olhar, comecei a correr. Cheguei em casa. Preocupada. O olhar penetrante daquele belo homem não saia da minha mente. Ele me passava um certo medo, mas não teria como me descobrir, nem a mim, nem a ninguém aqui.

- Onde esteve?

- Não é da sua conta!

Me senti voar, bati as costas fortemente na parede, sem mesmo perceber. Apesar de toda minha força, chegou a ficar dolorido o local da pancada. Katherine. Senti dedos frios apertando meu pescoço, segurando minha cabeça contra a parede.

- Olha, olha, tá nervosinha?

Ela me encarava fundo. Não temia ninguém a mais que ela. Nem mesmo o caçador. Poderia morrer de várias formas, mas na mão dela.... certamente seria a forma mais dolorosa.

- Eu vou repetir uma única vez Caroline, aonde você estava?

- E-e-eu estava andando por ai

- Então pare de andar por ai. Cadê o jornal?

Entreguei um jornal nas mãos dela. Ela estava analisando, ria como se alguém estivesse contando uma piada.

- Espere

- O que?

-Cadê a segunda parte do jornal?

- Como assim? Está ai

- Não está mais

Me senti sendo jogada no chão novamente. E dizendo entre os dentes, lá estava ela.

- Porque o jornal está rasgado?

- Deve ter rasgado quando esbarrei no caçador

- Que caçador?

Logo percebi o que havia falado.

- Um caçador está na cidade

Uma voz falava por trás. Era um recém criado. Nem sabia seu nome. Katherine se virou rapidamente para ele.

- Como assim?

- Acabei de vê-lo entrar em uma pousada no centro da cidade.

O olhar de Katherine se tornou frio, mais do que já é e um sorriso maléfico criou-se em seu rosto

- Que venha o caçador....

Pov. Off Caroline