Two Kinds Of Hope escrita por lsuzi, loliveira


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

oie ti de recuperacao e com colica e olha que maravilha, o que importa eh (desculpa o eh pq eu to num pc sem acento (???)) que o capitulo ta aqui e pEW PEW PEW MATAMOS VCS (serio, esse foi o primeiro capitulo que a gente meio que escreve juntas wow)



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Tudo bem, Adam tinha uma nova tatuagem no braço, mais uma na verdade, aquele braço mais parecia um monte de rabiscos juntos e eu tinha medo o que mais ele iria colocar ali, e bem, ele enfiou na cabeça em escrever alguma coisa em latim que não quer me contar o significado. Eu iria pro google tradutor, mas a tatuagem ficou bem no braço dele então deixei como um mistério o que significava "Fortitudo et Amoris".


As provas pré-dsat estavam fazendo minha cabeça voar mais que o normal, daqui a alguns meses eu estaria formada e se conseguir na Universidade de Artes de Nova Iorque, eu nunca tinha planejado sair daqui, desde pequena para mim essa era minha casa, eu tinha minha família, meu amigo (que ainda não falou um "a" comigo) e, bem, Nova Iorque é Nova Iorque, não tem como sair dessa cidade e não querer voltar correndo.

Luke estava pronto pra sair da cidade, eu sabia disso, era o plano desde o primeiro ano, ele conseguiria uma bolsa em uma das melhores escolas do país, talvez até mesmo Harvard e sumiria de vez da minha vida como pó, apenas com fotos para me lembrar que ele foi um apoio e tanto por anos.

Olho pra uma foto nossa grudada no meu armário e sorrio, ele esta agarrando meus irmãos pelo braço pra eles ficarem quietos na foto e eu estou olhando pro nada no meio da foto, na verdade eu estava olhando uma velha gritando com um arbusto o que me fez começar a rir como uma demente, mas foi um dia bom.

– Demente, pediram para eu te entregar isso.

– Quem?

– O outro demente - eu levanto a sobrancelha - Adam, eu não acredito que ele...

– Cala boca, Max - eu falo e pego o papel rasgado de um caderno.

– Ele deve ter merda na cabeça, eu não sei, talvez o cérebro dele finalmente parou de funcionar como deveria.

Eu reviro meus olhos e saio andando enquanto Max, um dos "amigos" de Adam continua a tagarelar sozinho e eu espero entrar no banheiro pra abrir o papel.

"Quadra de basquete no intervalo"

Ele tem uma letra de cangote, o que é isso, meu Deus, que coisa mais ilegível, parece meus irmãos tentando escrever em espanhol o que a professora fica falando.

Eu ainda tinha um horário de aula antes do intervalo, eu tinha uma aula de física, sempre a merda da física e daquele professor.

Passo boa parte da aula rabiscando quadrados nas folhas do meu caderno e olhando pra Luke que se reveza entre conversar com Alison e escrever anotações no caderno dele. Eu me sinto mal, ele nem ao menos olha pro meu rosto uma vez, pelo menos esta feliz com a Alison ou pelo menos aparenta.

***

– Você é uma merda jogando basquete - digo enquanto desço os degraus da arquibancada vazia e mal iluminada da quadra de basquete. Um frio percorre minha espinha quando eu me lembro da noite que eu estive ali com Adam.

– Mil desculpas, rainha da perfeição - ele fala tentando acertar uma cesta do meio da quadra. Quando não consegue se vira para mim e beija a minha testa ou a minha franja, e ele faz uma careta - Eu odeio essa franja - passa a mão direita na minha franja tentando coloca-la de lado e eu rio, meu pai faz a mesma coisa.

– Eu gosto dela - recebo um beijo calmo nos lábios quando era para estar arrumando minha franja da bagunça de Adam, passo meus braços em volta dos ombros dele e fico nas pontas dos meus pés, beijar ele é mais difícil do que alcançar alguma coisa da ultima prateleira da cozinha.

Ele me levanta um pouco e as borboletas querem sair pelo meu corpo, a sensação é boa e me faz sorrir antes que ele me ponha no chão.

– Seu amigo é um amor, falando nisso - eu digo pegando uma bola.

Ele revira os olhos, um deles ainda está num tom meio roxo pancada, mas já parece melhor do que aquele dia - Ele é um babaca.

– É o que eu diga - jogo a bola e acerto na cesta, Adam faz uma careta e eu sorrio.

– Como uma pessoa tão baixinha acerta a cesta de primeira?


– Eu já disse, tenho meus segredos.


Ele tosse - Macumba.


–Macumba? -Eu ergo uma sobrancelha, tentando fazer minha pior cara de gente grande. -Eu SEI jogar, ao contrário de algumas pessoas por aí.


–Me mostre suas técnicas então, moreninha.

–Meu Deus, você não me chama assim há séculos. Estava quase esquecendo do nome traumático. -Ele pega a bola de mim.

–Cala boca que você se arrepia toda quando eu digo. -Quando eu bufo, ele continua. -Mas quero ver você me mostrar seus truques, vamos lá. -Chego mais perto.

–Bem... -Eu chego bem perto de Adam e respiro forte no pescoço dele. Ele fica congelado no lugar. Dou um beijo no pescoço dele e ele bufa (ou respira forte) e é aí que eu puxo a bola dele e corro pra longe. -O primeiro truque é distração, babaca. -Digo, rindo da cara de perdido dele. Faço uma cesta, bem perto. -Depois, é claro -Começo quando ele está perto pra ouvir. -É a altura. Dá pra se virar muito bem pra pegar a bola porque quase ninguém me vê pulando pra pegar.


–Isso é bem interessante.


–Pois é.

–Por que você não está no time? -Faço uma careta.

–Ew. Quero passar despercebida pelo ensino médio, sem essa coisa de treinamento e popularidade. Desde que tenha notas boas pra ir pra NYU, beleza.

–NYU. Quero fazer Artes. -Explico.

–Ah. -Ele olha para o relógio. -Escuta, o verdadeiro motivo pra eu te chamar é que eu tenho um convite.

–Por favor não me convide pra festa de formatura. -Imploro. Isso seria muito constrangedor.

–O quê? Não. Mas não tinha pensado nisso antes... Enfim, não. É que minha -tosse- mãe me convidou para ir visitá-la (com meu pai, é claro) e eu queria que você junto. -Isso é quase pior que a festa de formatura.

–O quê? Tem certeza? E aquela coisa de não podermos ser vistos juntos?

–Na casa dos meus pais é seguro, confie em mim. -Estou ferrada. Muito. Ferrada. Mesmo. Mas a cara de cachorrinho que Adam me dá meio que aperta o coração. Eu odeio essa carinha. -Por favor...

–Tá. Tá bom.


–Só prometa que não vai ser esquisito. Tipo quando você conheceu meu pai. -Ele me dá um olhar solene.


–Eu prometo. -Respiro fundo.

–Então, só me de hora e endereço. -Ele sorri vitorioso e eu jogo a bola no chão. Ele pega e dessa vez, acerta. O sinal toca. -Volte pro seu mundinho de galã. -Eu brinco, mas um pouco triste por ter passado rápido. Adam está seriamente mexendo com a minha cabeça. Ele me dá um abraço e a gente fica assim por um tempo enorme.

–Lá fora, você parece meio sozinha. -Ainda bem que ele não me vê. Penso em Luke. E então paro de pensar nele, antes de ficar com uma careta pior.

–Eu vou ficar bem. As coisas ainda estão complicadas, mas vai dar tudo certo. -Ele me abraça mais forte, antes de roubar um beijo e correr pra fora da quadra.

***

–Eu te odeio. -Risos. -Eu te odeio de verdade. Estou pensando em formas de te matar lenta e dolorosamente. Eu quero te ver sofrer. -Mais risos. -Acho que você é gay e só está fazendo isso porque não gosta de pessoas que não são gays e quer ver elas sofrerem. Acho que você me odeia, também. -Então Adam começa a gargalhar. Estamos encarando a porta da casa dos pais dele. ATÉ A PORTA PARECE CARA, e de alguma maneira, eu tinha me esquecido disso. A última vez que vim aqui, foi para comprar meu carro, meses atrás. Merda. Acho que vou explodir.

–Dá pra se acalmar?

–Não.

–Eles são só gente.

–Ele são seus pais.

–E daí?

–Você é UM CARA, não entende dessas coisas. -Tento acabar com a conversa, porque toda vez que abro a boca, fico enjoada. A mãe dele abre a porta (e, sem surpresa nenhuma, vejo que ela é linda) e sorri para nós.

–FILHO! -Ela abraça. -Como eu senti sua falta, raio de sol, nem parece que nós moramos na mesma cidade! -Pausa.

Raio de sol?

–E quem é a bela jovem...

–Axl. -E com isso, eu saio do meu transe e dou um abraço nervoso na senhora Paisley.

–Nome interessante! Vamos, entrem!


Tudo é tão grande e caro quanto parece de fora e eu fico encarando meio embasbacada. COMO ADAM TEVE CORAGEM DE LARGAR ISSO? É tudo chique e refinado. Dianna faria a festa com isso aqui. A senhora Paisley volta a falar.


–Seu pai está no escritório, e já vai sair. Estou fazendo a comida, vai ficar pronta em um segundinho. -Os saltos dela tiquetaqueiam pelo chão. Ela não para de olhar para nós, meio... Orgulhosa? E Adam está vermelho. Acho que é por causa do "raio de sol". -Ah! Querida, me conte sobre você. Adam nunca trouxe nenhuma garota para cá antes, então, como capturou o coração dele?

–Ah bem... Eu... Meio que soquei ele. -Ela para no meio do caminho, chocada e por um momento eu acho que ela vai ME socar. Mas ela começa a rir. Paramos na cozinha.

–Isso parece uma bela história de amor. -Já estou vermelha.

–Uh... Acho que sim... -POR QUE ADAM NÃO ABRE A BOCA PRA FALAR?

–Sentem-se! -Ela diz, apontando para a mesa feita enquanto bota comida nela.


Alguns segundos depois, eu e Adam nos entreolhamos enquanto o pai dele, engravatado, entra na cozinha. A mãe parece relaxada, mas Adam fica tenso. Ele parece sério.


–Adam.

–Pai.

–E quem é...?

–Axl. -Ele aperta minha mão.

–Muito prazer, Axl. -Por sorte, acho minha voz.

–Obrigada.

–Eu estou faminta! -A senhora Paisley diz. Parece ser a única que não nota a súbita tensão do lugar. Mas então, começam a me fazer perguntas enquanto nós comemos. O senhor Paisley é mais frio e rápido, como numa entrevista de emprego, e a senhora Paisley sempre pergunta algo dócil ou faz algum comentário legal sobre algo que falei. Adam não diz nada, só escuta minhas respostas com atenção também, porque nunca me ouviu responder nada daquilo. Passado uma hora, ainda estou nervosa. Posso ver que a senhora Paisley gostou de mim, mas o marido dela parece preferir que eu e Adam nem estivessemos aqui. Não gosto dele.

–Então, Adam, e os negócios? -O pai dele pergunta, seco.


Vou morrer.


–Bons. -Ele se limita a dizer.

–Ainda trabalhando naquela miséria? -Adam larga os talheres, e nós levamos um susto.

–Se acalmem, sem brigas. -A mãe diz, firme, mas eles não escutam.

–Não quero discutir isso com você agora.

–Posso falar uma palavrinha com você? -O senhor Paisley diz e Adam levanta num solavanco e sai com ele. Fico em estado de choque, sem saber o que fazer. A senhora Paisley parece desesperada.

–Odeio quando eles brigam. Nunca, nunca, nunca acaba bem. -E então, nós começamos a ouvir gritos. Essa é a hora que eu me levanto, e a senhora Paisley também. Eles gritam um com o outro e bem na hora em que chegamos no ponto de visão, eu vejo Adam indo para cima do pai. Com raiva demais para raciocinar. Por sorte, eu corro. Corro bem rápido para detê-lo. Sei que ele iria se arrepender. As pessoas não pensam quando estão com raiva. Encosto minha mão em seu peito.

–Não.

–Me deixa.

–Eu disse:NÃO. -Digo com mais clareza.


O pai dele já começou a resmungar e xingar e criticá-lo e começo a ficar com raiva, mas preciso lidar com Adam primeiro.


–Vamos sair daqui. -Ele diz, quase sem abrir a boca. Olho para sua mãe, ela acena com a cabeça e eu sussurro um "foi um prazer" enquanto Adam me puxa furiosamente para fora, mas antes de sairmos, eu vou até o senhor Paisley e digo:

–Com todo o respeito, o senhor não conhece seu próprio filho e eu tenho muita, muita pena de você. -E então saio.

***

–Já está calmo? -Estamos no apartamento e Adam acabou de sair do banho. Eu nunca vi ele tão furioso quanto como estava quando chegamos, mas o ódio saiu um poudo de seus olhos. Ele está sentado na cama, os músculos tensos, sem abrir a boca uma só vez.

–Pode me responder?

–Não quero falar daquilo. -E eu respeito, porque sei que deve ser doloroso, sento em seu colo e o abraço, ignorando o fato dele estar só de cueca.

–Ele é um babaca. Você não precisa dele.

–Eu não quero MESMO falar disso.


Tudo bem, tudo bem! -Digo antes que ele fique com raiva de novo e de repente, ele me gira e me joga no travesseiro, antes de começar a me beijar. Bem. Forte. Mal consigo acompanhar.


–Adam...

–Não. -Ele beija mais e mais e mais.

–Pare. -Ele já está em cima de mim, pelo amor de Deus. Ele me olha profundamente.

–Eu preciso disso, cacete. Eu preciso de você. Desde que você usou aquele vestido naquela maldita festa. Eu preciso de você. De tudo isso. -Ele passa a mão pelo meu corpo, coberto pelo meu short e regada de pijama.-Eu nunca escondi como você me deixa. Você sabe muito bem. E eu preciso de você. Agora. Nesse. Exato. Momento. Preciso esquecer essa merda e essa vida de merda e você faz isso melhor que qualquer uma. Eu te quero, Axl. Agora.

E então, começa a me beijar, daquela mesma maneira. Beija meu rosto, meu pescoço e o decote da minha blusa. Não sei se é por causa do seu pequeno discurso, mas eu não hesito em beijá-lo de volta e deixar que ele faça o que quiser comigo. Os beijos de Adam são urgentes, quentes e suaves ao mesmo tempo, tudo parece uma enorme montanha-russa que eu não sabia muito bem como me sentir em meio a tudo.

Ele passa as mãos em meu corpo, em meu cabelo e as vezes se deixa passar um ou dois dedos nos meus lábios antes de voltar a beija-los.

– Jesus, Axl - ele finalmente se livra do pequeno incomodo que é meu pijama e eu fecho os olhos. Ai meu Deus. Ai meu Deus. Ai meu Deus, por favor que eu evapore.

– Olhe para mim - ele sussurra em meu ouvido e eu abro meus olhos e tento controlar minha respiração. POR QUE EU ESTOU NERVOSA? - Você é linda, mas ainda quero isso - ele encosta no meu sutiã e depois em minhas calcinhas - e isso fora. E bem, é isso que ele faz com a mesma rapidez que fez com os meus pijamas. Ele massagea meus seios com seus lábios e eu dou um jeito de tirar a cueca dele.

Outro minuto eu só consigo prestar atenção nas nossas mãos juntas em meio a cama e o som de pequenos gemidos que eu ou ele deixamos sair.

Eu nunca tinha me imaginado com Adam nesse momento, eu nunca achei que chegaríamos a esse ponto, de estarmos suados e cansados como eu nunca havia me sentido, com ele me olhando com um pequeno brilho quase imperceptível nos olhos e um pequeno sorriso. Eu o beijo novamente para conter um ultimo gemido que iria sair de minha boca.


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Notas finais do capítulo

h3h3h3h3h3h3h3h3h3h3h3h3 tchau olha que ceu lindo nosa

EU QUASE QUASE QUASE ESQUECI MEU DEUS QUE TONGA, OBRIGADINHA OBRIGADA OBRIGADAO PRA SHEWOLF E WITCHJESSY QUE DEIXARAM RECOMENDAÇOES DE CAIR NO CHAO E ROLAR DE FELICIDADE YAY LOVE YA BSDIYGDSIUGSDUIG SERIO ME ABRACEM VCS SAO MOUITO FOFAS EU N SUPORTO ISSO