Two Kinds Of Hope escrita por lsuzi, loliveira


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

hayo, olha nem demorou tanto pra um novo capitulo, vamos agradecer a letícia que até sem computador deu um jeito de escrever pra vcs jsdhpiusgd
ela estragou os dois pcs que ela tinha (cade as palmas?)

enfim, boa leitura e etc e eu vou responder os reviews agora pq tava com preguiça



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Então agora, Adam e eu estávamos sentados no sofá, com ele tentando pegar minhas mãos enquanto eu as levava pra longe dele. Depois de algum tempo, eu já havia me normalizado (ou seja as borboletas no meu estômago pararam de aparecer toda vez que meu pai ou Adam ou os dois falava alguma coisa) e comecei a aproveitar o momento. Meu pai e os meninos estão sentados no chão, jogando banco imobiliário enquanto Dianna toma um último gole de vinho. Assim que termina, olha para os meninos no chão.

-Hora de dormir. -Imediatamente eles começam a reclamar, mas meu pai manda eles ficarem quietos. Estou confortavelmente sentada do lado de Adam, observando a disputa de banco imobiliário dos meus irmãos. Mas quando meu pai levanta, os meninos também, e Dianna leva meus irmãos para cima, Adam levanta, meio nervoso. De repente, eu não sei o que fazer. Ir junto com Adam? Ir atrás do meu pai? Ficar em casa? O que? Por sorte (ou não), Adam faz a decisão por mim, dizendo:

-Acho melhor eu ir. -Meu pai se vira para ele  e faz que sim com a cabeça, depois olha pra mim. Faço questão de não demonstrar reação, pra não me entregar a decepção (uma parte de mim queria ir com Adam). Meu pai dá um abraço em Adam.

-Foi um prazer conhecer você.

-Igualmente.

E então, Adam está saindo pela porta, mas para na frente da sua moto, esperando para que eu vá dar um adeus apropriado (nas palavras dele: amassos). Viro para o meu pai.

-Então...

-Ele não é tão ruim. -Reviro os olhos. 

-Você amou ele. -Ele respira fundo.

-Ele é bacana. - TEM ALGUÉM QUE AINDA FALA BACANA? Decido ignorar isso.

-Er... Ok. Vou dar tchau pra ele. -Falo meio sem graça. Meu pai me olha por uma eternidade.

-Você quer ir com ele não quer? -Fico vermelha e não sei o que responder.

-Pai...

-Eu já tive a sua idade. Tudo bem, mas cuidado. E... Você sabe... Cuidado com o tch...

-Ok, pai. Eu entendi. -Eu digo. Mas duvido muito que eu e Adam FAÇAMOS alguma coisa mesmo. Mesmo assim, fico mais vermelha ainda. Ele suspira. -Acho que você cresceu mesmo. Tudo bem. Pode ir. 

Tento ignorar COMO isso me deixa feliz, e dou um abraço no meu pai, depois, faço um sinal para Adam me esperar enquanto pego algumas mudas de roupas no meu quarto e saio correndo do meu quarto, em direção a parte de fora da minha casa, dando um beijo no meu pai, eu continuo correndo com minha mochila de roupas até quase derrubar Adam quando nossos corpos se batem. Por sorte ele me segura e se equilibra, envolvendo minha cintura forte. E então, pela primeira vez desde que eu o conheço e pela primeira vez na História dos Beijos Entre Mim e Adam, eu o beijo. Aproveitando as borboletas no estômago e minha confusão e felicidade eu finalmente beijo ele, tomando iniciativa (e estando sóbria, o que é um bônus) e ele me beija de volta, com o mesmo fervor. Quando nos separamos, ele sorri para mim e me larga, esperando que eu volte para casa, mas eu só digo:

-Tem lugar para mim no seu apartamento hoje? -E ele me dá seu sorriso babaca.

**

-Então. 

-Então. -Eu repito, sem graça.

-Pois é.

-Pois é. 

-O Adam é um gostoso. 

-EU NÃO VOU REPETIR ISSO. Vamos achar um assunto melhor.

-Mas eu sou gostoso.

-Adam. -Faço cara de nada.

-Você não consegue esconder a atração que sente por mim, por mais que tente. -Ele começa a falar, se aproximando de mim. Estamos sentados na cama dele, totalmente vestidos de pijama, e tentando conversar normalmente, mesmo que seja impossível depois do que aconteceu lá em casa. Estou morrendo de vergonha. Eu empurro ele pra longe.

-Não.

-O quê? 

-Você não vai me seduzir. -Mas ele já está se jogando contra mim. Apoiando seu corpo no meu e me fazendo cair na cama e ficar sem fôlego de tão nervosa. -Adam...

-O quê? -Ele sussurra no meu ouvido. 

-Não. -Tento dizer firme, mas sai só um "não" fraquinho e hesitante.

-Por que não? Até o seu pai acha que já fizemos alguma coisa. 

-Eu sei, mas...

-E você não é virgem. -Eu fico vermelha, mas tento manter a pose de fortona. 

-Eu sei, mas ainda não. Isso está rápido demais. Você conheceu meu pai hoje! É muito cedo.

-Geralmente é o contrário, eu durmo com elas depois elas me obrigam a ter um relacionamento sério. 

-Se quiser, pode voltar pras suas vadias de sempre. -Falo, seca. Não é ciúme, mas isso me irrita. Ele revira os olhos, ainda em cima de mim. O calor e o peso dele me impedindo de respirar normalmente enquanto tento me acalmar, mas o coração dele bate contra o meu peito e eu percebo que ele está tão acelerado quanto o meu. Ele se aproxima pra me beijar, mas seu celular toca. Ele solta um palavrão enquanto se senta de novo e atende.

-Alô? -Escuta e a tensão volta, como antes de conhecer meu pai. Ele não me olha, mas vejo seus olhos ficando gelados enquanto ele desvia o olhar. -Sim. Sozinho. Sim. Mas... Sim. Dez minutos. Entendi. -E então, desliga. Não preciso perguntar: sei que é Dash quem ligou. 

-O que ele queria? -Ele não parece surpreso a menção do chefe babaca dele.

-Preciso ir me encontrar com ele. Você fica aqui. Não vou demorar.

-Adam.

-Axl. -Ele rebate do mesmo jeito, saindo da cama e tirando a roupa na minha frente mesmo.

Sem nem se preocupar com o fato de eu estar ali (ou não ligando). 

-Você não pode ir. E se ele te machucar?

-Não é a primeira vez.

-Mas ele é perigoso. 

-Fala alguma coisa que eu não sei. -O tom de voz dele é seco, como eu nunca ouvi.

-ADAM!

-O QUE? -Ele pergunta, impaciente e eu congelo no lugar, engulindo seco. Ele vai mesmo lá, eu querendo ou não. Decido desistir.

-Toma cuidado. -Ele se acalma um pouco. 

-Eu vou, não se preocupe. -Ele vem até a cama e me dá um beijo rápido na boca, nossos lábios mal se tocando. Depois sai do quarto. Eu sigo ele, de teimosa. Ele nem se vira quando volta a falar. -Não abre a porta. Pra. Ninguém. Entendeu? Nem se for uma vizinha ou que seja. Se alguém ligar, não atenda. -Ele diz enquanto fecha cada janela e tranca cada porta. -Tente dormir, é meio tarde. 

-Você vai voltar rápido não vai?

-Vou tentar, não fique se preocupando comigo. -Paramos na porta. E com um beijo, ele sai do apartamento.

**

Quando eu acordo, por causa de uns barulhos, percebo assim que abro os olhos o que foi. Adam está no banheiro (sei que é ele porque mesmo deitada, posso ver seu reflexo) e gemendo de dor. Além disso, vejo uma toalha vermelha na pia. Merda.

-Adam?

-Não (ai) venha (ai) aqui (ai). -Ele diz, mas não adianta nadinha, porque eu já estou de pé e indo até o banheiro. 

Merda.

O peito de Adam está cheio de hematomas roxos e vermelhos, arranhões e marcas, assim como o olho dele, que está ROXO.

-Puta merda. -Fico parada, sem conseguir me mexer. Ele me olha alarmado.

-O que eu te falei?!

-Você espera mesmo que eu te ouça? -Continuo sem deixar ele responder. -Puta merda, Adam. O QUE FIZERAM COM VOCÊ? -Faço ele sentar enquanto olho o pano cheio de sangue (provavelmente por causa dos machucados) e o rosto inchado dele. Merda. Merda. Merda.

-Não é óbvio? Eles me deram uma surra.

-E você não fez nada?!

-O que eu poderia fazer? Eles me matariam.

-O que eles queriam?

Quero chorar. Isso está uma confusão e é como se os perigos do trabalho de Adam só ficassem mais reais agora. Quero correr pra bem longe ao mesmo tempo que quero ficar e proteger Adam, mas do jeito que eu sou idiota, iria acabar estragando tudo (a menos que minhas habilidades de espiã melhorassem).

-Me ameaçar. Tenho que conseguir o dinheiro deles.

-Como?

-Eu não sei.

-Adam, isso é sério. Você tem que fazer alguma coisa. Chamar a polícia, eles não podem continuar a te chantagear.

-Eu não posso fazer nada. Vai dormir. -Ele tenta levantar, mas eu o empurro pra sentar de novo e ele geme de dor.

-FOI MAL. -Grito.

-Tudo bem, tudo bem. Quer ajudar? Ótimo, pegue aquilo ali. -Ele aponta para um frasco na pia. Eu pego. 

-O que é isso?

-É pra limpar os ferimentos. Agora, pode passar lentamente aqui. -Ele aponta para o ombro. Hesitante eu espirro o conteúdo ali, pegando uma toalha depois e limpando cuidadosamente. Ele geme e eu fico pálida.

-Droga.

-Não é tão ruim. Continua. -Ele me bota entre as duas pernas, enquanto eu em pé, limpo o seu ombro. Depois, o seu peito, e as costas. Não falo nada, pra não falar merda (que eu sei que vou falar) nem ele abre a boca. Sei que ele está me encarando, mas continuo concentrada. Depois de passar aquela coisa que eu não sei o nome, os machucados e hematomas não parecem tão ruins, só o seu olho que fica mais roxo ainda, mas pego um gelo e ele o segura em uma mão, com a outra na minha cintura, enquanto geme eventualmente de dor. Quando eu termino, me sinto cansada como se tivesse treinado com Luke naquela merda de luta o dia todo. Jogo tudo na pia. Adam me encara.

-Tudo bem com você?

-O que você ACHA.

-Parece pior do que realmente é.

-Você não pode mais se encontrar com eles.

-Não é algo que você possa decidir, Axl. 

-Então você vai deixar eles te matarem? Ótimo. Faça isso. -Começo a ficar irritada. Saio do banheiro e deito, fechando os olhos com tanta força que eles podem muito bem explodir. Depois de um tempo, sinto Adam entrando na cama também. Não me viro e ele não me toca.

-Não é algo que está no meu poder. Nem no seu nem no de ninguém. Entende? Eu queria evitar toda essa merda, mas não dá. -Finalmente cedo e me viro para ele.

-Isso é tão injusto. -Não me aproximo e nem ele.

-Eu sei. A vida não é justa. Não é um mar de rosas. Dá raiva, mas como não tem nada que a gente possa fazer, temos que nos concentrar nas coisas boas e que se foda toda aquela porcaria por enquanto. -Ele pega minha mão, enlaça nossos dedos e essa é a única conexão entre nós. Não chego perto, porque ele está mesmo todo dolorido, e não falo mais nada também, porque estou morrendo de sono. Só fecho os olhos.

-Boa noite, Axl. -Com uma mão, ele tira o cabelo do meu rosto e depois para, enquanto a outra aperta minha mão. E então, nós dormimos de mãos dadas.


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Notas finais do capítulo

oq acharam? yay to quase no chão pq a gente ta quase nos 200 comentarios e isso n eh graças a mim e sim e vcs OBRIGADA OBRIGADA POR TD O SUPORTE NA FIC E EU AMO VCS N ME MATEM AMEM O ADAM BAYO



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