Almas Sombrias escrita por Over Heaven


Capítulo 7
Dor, agonia e algo mais


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente peço desculpas aos meus fieis leitores, pelo fato de demorar tanto a postar, mas estou em época de provas, o que ocupa boa parte do meu tempo! Contudo, minhas férias estão bem ai, o que dará para postar mais alguns capítulos :) E uma boa noticia: Já estou preparando uma nova FIC!!!! Nos próximos capítulos falarei mas sobre ela :)



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-Hummmm... –Eu grunhi, levantando demoradamente minha cabeça e abrindo meus olhos, tudo estava embaçado.  Minha cabeça ainda doía, mas não tanto quanto antes.

-Vic? –Gritou Aria, ela estava dormindo e quando escutou-me grunhir, deu pulo do sofá.

-Onde estou? –Pergunto, passando a mão em minha cabeça.

-Já reparou que toda pessoa que desmaia e vai para o hospital faz a mesma pergunta que a Vic? –Aquilo não foi exatamente uma pergunta, estava mas para afirmação, com uma interrogação não tão útil no fim.  –Que bom que você acordou... –Disse Lary dando um sorriso contagiante e logo em seguida abraçou-me.  –Nunca mas faça isso comigo! –Disse ela com o olho pesado de lágrimas, prendendo-as para não parecer mais fraca –ela sempre teve essa mania-.

Uma mulher abriu a porta, desfilava pela sala, era uma doutora, seu cabelo era loiro platinado, grande e parecia sedoso, seu olhos eram grandes e azuis esverdeados.  Ela tinha uma aparência agradável. Sua roupa –típico dos médicos- era toda branca, mas sua sandália de salto alto, Gucci, preta destacava-se no visual.

-Hum, pelo que se pode observar, minha linda paciente já está melhor... Certo? –Disse, abrindo um sorriso com dentes brancos reluzentes, ela parecia uma modelo, era verdadeiramente linda. Eu retribuo com um sorriso e logo percebo que meus pais não estavam ali, comigo, acompanhando-me.

-Sou a Neurologista Saahora Prim. –Disse a linda médica. –A pessoa que vai ficar responsável por você! –Ela fala com uma alegria estranha.

-Saahora, ops, Doutora –Onde estava minha educação? Deveria chama-la de doutora e não pelo primeiro nome.

-Não tem problema! Pode me chamar de como quiser... –Ela fala, segundos depois ela olha para uma ficha, provavelmente a minha.

-Certo, onde estão meus pais? –Pergunto curiosa.

-Eles foram comprar seus medicamentos. –Ela disse, segundos depois caminhou até a porta. –Crianças, vou à outra sala, volto já! –Ela explica.

-Sério que ela nos chamou de crianças? EU TENHO 17 ANOS! –Aria brinca.

-Agora é sério, o que aconteceu? –Pergunto, podia tentar de todas as formas, mas não vinha se quer a lembrança de uma mosca na minha cabeça.

-Você desmaiou... Na. Frente. Da. Escola. TODA –Lary disse, pausadamente. NÃO, EU NÃO PODIA TER DESMAIADO NA FRENTE DE TODO O MUNDO! Aposto que fiz papel de ridícula. –Á proposito, dizem que as cantinas desse hospital fornecem comida muito boa, e é sério, se eu não conseguir um misto em menos de dois segundos, eu vou parir. –Ela estava bastante exaltado e obviamente esfomeada. Logo após da sua saída, sobrou apenas eu e Aria na sala.

-Agora estamos á sós... –Aria falava em um tom aterrorizante.

-Sim... –Respondo assustada.

-Diga-me Vic, o que você olhou realmente quando desmaiou? -Aria estava mais assustadora do que nunca.
-E-Eu, não lembro, á única coisa que recordo é da mulher chorando e... ISSO! Eu consegui lembrar de algo! –Eu queria terminar a comemoração pela minha vaga lembrança, mas ela me interrompe
-E? E o que mais? -Ela estava curiosa o suficiente para pular em cima de mim.

-Bem, eu vi um bicho... Ele flutuava, era grande e não tinha face. Parecia um ceifador... –Respondo e continuo. –Lembra aquele filme que nós assistimos nas férias? Ceifador de Almas, então, ele era igual aquele, não exatamente, mas flutuava, eu não via seu manto tocar ao chão... –Ela arregala os olhos e parecia extremamente curiosa.

-E ele fazia algo... Ele estava pegando algo do garoto? Como... Como... A alma dele? –Ela pergunta.

-Como você sabe disso? Eu não recordo-me dessa parte, mais pra que você quer saber sobre isso Aria? –Agora era minha vez de fazer as perguntas.

-Nada, é só que... –Ela parecia desconfortável agora.

-Agora diga! Pra que fins você quer saber isso? –Eu levanto um pouco mais da maca.

-Nada de interessante, você deve estar delirando... Só isso. –Ela responde. –Mais... humm... Como você está se sentindo agora? –Eu percebi que ela estava tentando mudar o rumo do assunto.

-QUE DROGA DE CANTINA VENDE UM MISTO POR R$ 5,00? ESSE HOSPITAL TEM ALGUM PROBLEMA? BANDO DE FILHOS DA PUTA! –Ela fala e logo depois fala tipo um “OPS” e bate em sua boca. –Perdão. –Ela fala dando logo em seguida uma rápida gargalhada e a segunda mordida em seu misto.

-Você teve sua primeira vez... –Aria sussurra olhando pra mim, mas ela deveria falar um pouco mas baixo, porquê em três, dois, um e...

-De sexo? –E finalmente ela soltou a merda que estava segurando por muito tempo. Em seguida deu a terceira mordida em seu misto.

-Eu, hum, é, preciso dar uma passadinha na minha casa, não se mexam, e Vic fique aqui! –Ela sai correndo.

-EI! ESPERA! ARIA! –Eu queria ter gritado, mas estava fraca de mais pra tentar. Agora estava eu e a minha melhor amiga, idiota e besta, mas conhecida como Laryssa.

-Você fez sexo? Por que você não me contou nada? Quer um pedaço do meu misto? VOCÊ USOU CAMISINHA NÉ? –E BUM! As perguntas sem noção começaram a voar no ar.

-Primeiro, eu não fiz sexo e segundo, eu não quero seu misto. –Eu respondo e logo em seguida lembro-me de tudo, tudo mesmo, o que ocorreu naquela manhã. A manhã que eu achei que seria um mar de rosas, na verdade foi um mar de sangue –Literalmente-  A garota com o pescoço estraçalhado que não sentia dor... A minha visão do garoto morrendo... O bicho que flutuava e... e... especialmente, ele, o garoto do ônibus, Avan! Tanta coisa meu deus.

-Vou pegar minha bolsa lá na recepção e logo virei pra cá. –Lary falou, limpando sua boca e logo em seguida saiu.

Penso que ela quis dizer “Minha bolsa” não a dela, mas ok.

Agora sim, depois de idas e vindas eu estava finalmente sozinha, poderia abaixar minha cabeça e ficar em paz. Porém estava sem qualquer pingo de sono, estiquei meu braço e alcancei o controle da TV LED 42" LG do hospital.

E então comecei a assistir, trocar de canal, assistir, trocar de canal e assim sucessivamente, o barulho do “San Ives News Today” começou a soar e...

Nesta manhã de quinta-feira, ocorreu um acidente que deixou uma vitíma, o garoto Dylan Melark faleceu hoje ás 12:40 ao atravessar a pista, sem se conscientizar que...”  o garoto não teve culpa, eu deveria salva-lo .

Algo começou a perturbar minha cabeça, uma pequena dor...

Agora ficava mais intensa, uma pontada.

-Ahh...- Sussurro.  –Ahh, huuuum –Doía muito, eu sentia muita dor. –AH DROGA! –Eu grito, é como se estivessem enfiando dez facas ao mesmo tempo, doía de mais.

Meus olhos estavam fechando-se, mas eu ainda sentia dor, ela foi parando demoradamente.

PORRA, COMO EU PODIA SENTIR DEZ FACAS ENTRANDO EM MINHA CABEÇA, E SEGUNDOS DEPOIS PARAR? É COMO SE ALGO OU ALGUÉM QUISESSE ME VER SOFRER!

E de repente, meu sistema para, e eu durmo.  


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem! E desculpem por demorar taaaaanto a postar :( Provavelmente o próximo capitulo só vai sair la pro dia 18 ou 19 :(



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