Não sei de onde tirei a coragem de me voluntariar a ser líder de uma fraternidade, mas aqui estou eu em uma sala fechado com criaturas que até ontem para mim não existiam. Olhei de relance para Emmet o espectro que de todos ali era o que me dava mais medo. Odeio fantasmas.

- Você parece assustada... – Alice a fada disse. Colocou uma mão na minha testa, sorri envergonhada.

- Não é nada. Só que não é todo dia que eu vejo espectros. – eu disse. Emmet levantou uma sobrancelha.

- Você já viu algum espectro além de mim? – perguntou. Desviei os olhos não querendo admitir.

Sim... Eu já vi, varias e varias vezes. Por isso sentia tanto medo deles.

- Porque estamos aqui mesmo? – perguntei mudando de assunto.

- Nada disso garota... Responda. – Emmet disse. Revirei os olhos.

- Sim... Vejo quase todos os dias lá em casa, geralmente depois que o sol se põem eles aparecem. Minha mãe me dizia que eles eram sombrinhas que me protegiam, mas isso nunca me impediu de ter medo deles. – disse. Dei de ombros. Todos me encararam.

- Sério? – Alice perguntou.

- Sim. Mas desde que minha mãe morreu, eles não aparecem com muita frequência. Uns dias sim e outros não. – disse. Olhei para baixo.

- Você precisa tomar cuidado garota. Alguns espectros não são bonzinhos e se eles estão atrás de você é porque querem algo. – Emmet disse.

- Não sei o que. Já levaram minha mãe. – eu disse. Todos fizeram silencio.

- Sinto muito. – Alice sussurrou para mim.

- Tudo bem. – dei de ombros. Um leve sorriso apareceu no rosto incrivelmente lindo do anjo Daniel.

- Podemos ir agora? – o babaca perguntou... Quero dizer Edward o vampiro.

- Claro. – Jacob o lobisomem disse.

Me levantei devagar de minha cadeira, esperando que todos saíssem para eu sair por ultimo. Edward levantou primeiro me ofereceu um olhar rude que retribui com um sorriso doce. Ele revirou seu lindos olhos que agora eram vermelhos. Jacob saiu abraçado com Alice e Emmet correndo atrás dos dois. Só sobrando eu e o anjo. Esperei mais um tempo até que o anjo saiu. Suspirei aliviada e peguei meu celular. Disquei para meu pai.

- Alo? – a voz rouca de sono de meu pai atendeu o telefone. Já eram quase uma hora da tarde e ele ainda dormia.

- Pai? Sou eu Bella. Estou morrendo de saudades. – disse. Comecei a chorar. Desde que minha mãe morreu jurei a ela que jamais deixaria meu pai sozinho.

- Ah oi criança... Também estou com saudades essa casa fica horrível sem você aqui. O que esta fazendo? Como é ae? – me perguntou. Dei um sorriso fraco.

- Acabei de sair de uma reunião... Estou bem e aqui é lindo. Muito grande! – disse. Meu pai riu.

- Não deixe de estudar menina... Sua mãe estaria muito orgulhosa de você agora. – disse. Chorei.

- A pai... Te amo tanto. Tenho que ir agora, hora do almoço e sabe que eu não me alimento como as garotas normais. – disse. Meu pai riu.

- Também te amo garota. Ligue em breve, sinto sua falta garota. – disse. Sorri.

- Também pai. – disse e desliguei.

Peguei minha bolsa e sai da sala. Trombei em alguém e braços me seguraram antes que eu caísse no chão. Olhei para cima e encontrei os olhos azuis piscina de um anjo.

- Oi. – ele disse e sorriu. Sorri e me livrei de seus braços.

- Oi, Daniel certo?  - perguntei.

- Sim... Anjo. – ele disse. Ri. Esticou a mão para mim, coloquei a minha na dele.

- Isabella, mas só Bella... Humana. – disse. Ele riu.

- Que almoçar comigo Isabella? – perguntou. Torci o nariz.

- Só se me chamar de Bella. - disse. Ele riu.

- Fechado Bella. – disse.

Caminhamos em direção ao refeitório, vi Leah sentada ao lado de Cam que sorria todo sedutor para ela. Eu e Daniel andamos em direção a mesa.

- Oi gatinha. – Leah disse. Apontou para uma cadeira ao seu lado.

Sentei e Daniel sentou ao meu lado. Começamos a conversar e meus olhos sem querer foram guiados ao vampiro de olhos vermelhos Edward Cullen que me encarava. Ao lado dele havia dois outros vampiros, sei disso, pois os olhos deles também eram vermelhos.

Olhei para Daniel que não parecia muito feliz em ver Edward, somos dois a final. Daniel me encarou e sorriu para mim retribui o sorriso. Olhei novamente onde Edward estava e não o vi mais. Todos na mesa me encararam, foi quando olhei para cima e vi Edward parado atrás da minha cadeira.

Ele me encarava com seus olhos vermelhos hipnotistas .

- Daniel você poderia me emprestar Isabella por algum tempo? – Edward perguntou a Daniel que pareceu ficar muito nervoso.

- A Isabella pode escolher se ela que ser emprestada ou não Edward! E ela não é minha. – Daniel disse. Sorri para ele.

- Claro... Que indelicado de minha parte. Isabella você pode me acompanhar? – perguntou.

- Não. – disse. Peguei uma maça de Leah e mordi.

- Vamos Isabella. – Edward disse rude.

- Me deixa em paz. – eu disse. Edward pegou meu braço e me obrigou a levantar.

- Me larga sanguessuga! – gritei. Edward riu.

- Já ouvi essa. – murmurou.

- Solta ela! – Leah gritou. Cam a segurou.

- Me solta! – gritei.

Porque ninguém me ajudava? Quem droga! Alguém me tira de perto desse projeto de pessoa.

- Se você parar de lutar eu agradeço. – ele disse.

Comecei a me contorcer mais. Edward rosnou e me pegou no colo me jogando sobre seu ombro como um saco de batata. Comecei a socar suas costas, que mais pareciam pedras. Talvez acabasse quebrando minha mão ao invés de machuca-lo.

- Seu monstro sugador de sangue! Idiota! Me põem no chão! – gritei.

Edward passou por um corredor com vampiros que nos encararam, entrou em um quarto enorme , fechou a porta e me colocou em cima da cama. Me embolei como uma bolinha e o encarei nervosa.

- Calma Isabella, não te farei nada. – ele disse. Esticou a mão para me tocar mais me encolhi.

- O que você quer? – perguntei. Ele sorriu.

- Primeiro me prometa que ficara até eu terminar de te contar... – ele disse.

- Creio que não tenho opção já que fui sequestrada. – disse. Ele sorriu torto.

- Bem isso é verdade. – ele disse. Revirei os olhos e me encolhi mais.

- Diga logo Edward! – disse. Ele sorriu.

- Isabella, existem vários vampiros por ae, vivendo normalmente entre os humanos... Alguns são bons e outros nem tanto... Mas isso não importa agora. Isso é sobre você.  Não sei por onde começar. – ele disse.

- Do começo talvez? – disse. Ele riu.

- Existem vários tipos de sabores certo? Uns gostam de chocolate outros bem odeiam... Eu passei minha vida toda sem encontrar meu sabor preferido até que... – ele disse.

Sabor? Onde será que esse louco quer chegar.

- Até que? – perguntei.

- Você aparecer... – ele disse.

Meu Deus! Coloquei minhas mãos em minha boca e gritei. Edward colocou a mão sobre a minha me proibindo de gritar.

- Você é louco? Esta achando que eu vou deixar você beber meu sangue? – gritei. Edward negou com a cabeça.

- Eu sei que você não iria deixar, mas eu tinha que tentar Bella. – ele disse.

- Ótimo! – disse.

- Bella, eu juro que não vou te machucar... Não vai doer, não vai te marcar só vai me alimentar. – ele disse. Revirei os olhos.

- Só? Porque não vai beber o sangue de outra pessoa seu maluco?- gritei.

- Porque assim que conhecemos nossa lua cantante os outros sangues não tem gosto. – ele disse.

- Você é mesmo louco! Deixa-me sair Cullen. – disse.

- Tudo bem Bella. – ele disse. Se levantou e abriu a porta.

Sai correndo rumo ao meu quarto.