O Mistério Da Fera escrita por Liz
Notas iniciais do capítulo
Oi, gente!
Eu terminei de escrever a fic e acho que fiquei satisfeita... Espero que gostem desse capítulo! Boa leitura!
- Eu fui enfeitiçado de diversas formas. Minha aparência e a minha sobrevivência.
- Sobrevivência? – Gisele semicerrou os olhos, tentando entender.
- Ela me condenou a caçar o meu próprio alimento. – Gisele arregalou os olhos. – Eu jamais seria capaz de matar algum ser vivo e tenho que caçar animais inocentes para sobreviver.
- É por isso que eu quase nunca vi você comer?
- Sim.
- Mas ainda não faz sentido. Você come coisas “normais” como eu. – Ela fez as aspas com os dedos.
- Eu comia para tentar disfarçar, mas eu sempre passo mal quando como algo que eu não tenha caçado.
- E é por isso que quando você comeu aquela uva, você saiu correndo da cozinha?
- Sim. Mas, desta vez, até eu estranhei. Comi apenas uma uva e fiquei pior do que outras vezes que comi outras coisas mais pesadas.
- O que você sente quando come essas coisas?
- Eu sinto meu estômago revirar, calor excessivo e dor de cabeça.
- Nossa, Estevão.
- Não está com medo de mim?
- Sei que você não vai querer me matar. – Ela sorriu. – Se já é difícil matar algum animal por aí. – Riram. – E a cura pra isso é?
Ele não queria dizer que precisava se apaixonar e precisava que sua amada se apaixonasse por ele também.
- Acho que só o tempo poderá dizer.
- Mais mistério, Estevão? Eu não aguento mais! Você só esconde coisas de mim... – Estevão a interrompeu com um beijo.
Gisele havia sido pega de surpresa, mas havia gostado. Colocou sua mão na nuca de Estevão e a outra em seu rosto. Ele apenas segurava sua cintura com ambas mãos.
- Não pense que eu esqueci do...
- Shhh... – Ele colocou seu indicador sobre seus lábios.
Estevão tirou suas botas e voltou a beijá-la como se sentisse que nunca mais poderia fazer isso. Ele a conduziu a se deitar na cama. Estevão tirou algumas peças de roupa de Gisele, enquanto distribuía beijos em seu pescoço e ombro, apenas a deixando com suas peças íntimas.
- Estevão, eu... – Ele a silenciou com um beijo, novamente.
Ele sentia que não podia voltar atrás e precisava, de qualquer modo, saciar seu desejo. Gisele estava insegura e também não tinha certeza se o amava. As outras peças de roupas foram, praticamente, rasgadas com a pressa de sentir o corpo nu um do outro. Seus corpos pareciam se moldar um ao outro. Gisele acariciava as costas de Estevão e o puxava como se quisesse trazê-lo para mais perto de seu corpo. Estevão podia sentir a respiração acelerada de Gisele e sabia que ela estava nervosa, mas, naquele momento, ele pode ter certeza absoluta de que ele a amava.
Os dois chegaram ao ápice.
Gisele puxou um lençol, cobrindo seu corpo. Estevão sequer se preocupou com isso. Os dois estavam com a respiração ofegante.
- O que achou? – Disse Estevão, pausadamente.
- Eu não sei. – Ela disse.
- Está arrependida?
- Eu me senti obrigada a fazer isso.
- Gisele, - Ele virou de bruços, apoiou seus cotovelos no colchão, levantou o pescoço e olhou para ela. – você está sendo sincera?
- Eu nunca tinha feito isso antes.
- Então, eu tenho uma boa notícia.
- Qual? – Ela se sentou, dobrando os joelhos e ainda segurando o lençol na altura de seu busto, procurando cobrir seu corpo.
- Pode dizer que sua primeira vez foi com o homem que mais te amou na sua vida.
- Você me ama mesmo tanto assim?
- Eu ainda não sei como você ainda pode duvidar.
Gisele colocou a mão no rosto de Estevão e o acariciou.
- Você se sentiu mesmo obrigada a fazer isso?
- No começo sim, mas depois eu senti que queria. - Sorriram. Estevão se aproximou dela e selou seus lábios.
- Eu vou te ajudar com a estufa. Se você quiser... - Estevão tentou mudou de assunto.
- Mas é claro que eu quero! – Ela sorriu.
***
Depois de uma semana, a estufa estava repleta de flores grandes e coloridas. Em sua maioria, tulipas.
- Ainda falta muito para encher esta estufa. – Gisele disse, colocando suas mãos em sua cintura.
- Mas nós vamos enchê-la. – Estevão disse, depositando mais um vaso no chão.
O Estevão sempre levava os vasos e Gisele os enchia com sementes e terra. Às vezes Estevão a ajudava a enchê-los.
- Eu to com um pouco de fome. – Gisele disse.
- Vamos à cozinha. – Estevão disse, indo em direção a cozinha.
Ele sentiu que Gisele não estava indo atrás dele. Quando olhou para trás, a viu quase caindo ao chão. Ele conseguiu correr na direção dela para segurá-la.
- Você está bem?
- Estou sentindo um pouco de tontura, nada demais. – Ela sorriu.
Estevão, descrente que era apenas uma bobagem, levou Gisele até a cozinha, segurando-a pela cintura, enquanto um dos braços dela enlaçava seu pescoço.
Gisele havia escorregado e caído no chão.
- Gisele, o que você tem? – Estevão se abaixou e pegou-a no colo.
- Eu não sei. – Ela disse, com fraqueza. E desmaiou.
Estevão entrou rapidamente na mansão e foi até o quarto dela. A colocou com cuidado na cama e a cobriu. Ele se sentou na beirada da cama. Fernan entrou no quarto.
- O que houve?
- Eu não sei. Ela desmaiou de repente.
- De repente? Não acha melhor levá-la a um hospital?
- Não! – Estevão gritou. – Gisele! – Ele a balançava.
- O que houve? – Ela disse, abrindo os olhos.
Estevão suspirou, aliviadamente.
- Traga o almoço aqui, Fernan, por favor.
- Sim, alteza.
Fernan voltou tão rápido quanto foi. Depositou a bandeja nas mãos de Estevão, que a colocou nas pernas de Gisele, que já havia se sentado.
- É seu prato favorito. – Fernan disse. – Coma tudo.
Gisele começou a comer e já estava se sentindo melhor.
- Eu acho que era apenas fome.
- Não faça mais isso. Você nos assustou. – Estevão disse, se levantando e indo em direção a janela.
- Eu não queria assustar vocês.
- Eu não quero te ver doente. O que precisar, eu vou estar no quarto ao lado. – Estevão saiu do quarto.
- Ele ficou realmente muito preocupado. – Fernan disse, se aproximando dela.
- E por quê?
- Ora, eu preciso lhe dizer?
- É que eu já desmaiei antes e ele não ficou assim. Aliás, ele era assim sempre, mas ultimamente está tão amoroso.
- Eu sei, mas é que ele insiste em não querer te levar a um hospital.
- Não é necessário.
- Você pode achar que não, mas eu e Estevão sabemos que sim. Ele tem medo do que possa acontecer lá fora.
- Mas eu já estou melhor. – Ela sorriu e Fernan retribuiu o sorriso.
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Obrigada por ter lido!
Fique com Deus
Beeijos