Capítulo 06 - Convite Aceito e Ainda Rima Com Peito

Cuidado com o quê você promete.

– E...? - Vontade de falar no telefone está fazendo muita falta ultimamente, sabe?

– Sabe o Cody?

– Do Zack e Cody?

– Não, o Simpson!

– Tem um Cody no Simpson?! Olha, eu já assisti todas as temporadas de Os Simpsons e posso te garantir que não tem um Cody e-

– Não, Scarlet! Sua desmiolada, o que canta 'Wish You Were Here'.

– Mas não é a Avril Lavigne que canta?! - Não, eu não estava fingindo. Eu realmente nao fazia a mínima ideia do que ela estava falando.

– Desisto. - E então ouvi um longo e super forçado suspiro da Hallie.

– Hm... Posso desligar?! - Animação voltou rapidinho.

– Scarlet! - Exclamou, exaltada.

– Ok, ok, desculpe. - Resmunguei.

– Enfim, é que uma semana depois que você voltar de viagem, vai ter um show desse Cody Simpson e aquela banda, a TPH vai se apresentar, e vai ter um Meet&Greet, e eu consegui dois ingressos e queria muito, muito, muitíssimo mesmo que você fosse comigo!

Demorei um pouco para raciocinar. Show. EUA. No final do verão. Hallie e Eu. Hm, coisa boa não pode ser.

– Tá, tá, se é tão importante assim para você, está tudo bem. - Falei entediada e ouvi os gritinhos felizes de Hallie, afastando o telefone do ouvido.

– Ah, eu te amo, Scar! - Ela disse animada.

– Hm, que bom, pelo menos alguém. - Sim, eu guardo rancor, e para caralho.

***

Naquele dia do jantar - que foi um desastre - com aquela Maya, Mia, sei lá, eu tinha percebido que ela era americana - ah, jura, Scarlet?! - e eu vi a diferença entre as garotas americanas de verdade e eu. Eu sou feia, elas são bonitas. Eu sou tão branca que meu pai costumava dizer no inverno que eu era tão branca com a neve, elas são bronzeadas, principalmente onde eu morava, na Califórnia, que era onde o clima na maioria dos dias estava bastante quente e todos estavam na praia e se divertindo, enquanto eu estava em casa, tirando um cochilo - ou hibernando, como preferir. Elas todas são diferentes umas das outras, o cabelo, o corpo, o jeito de falar, o sotaque, elas conseguiam chamar atenção para elas rapidamente, enquanto eu nunca tive amigos, era chamada de ''floquinho de neve'' - trágico, eu sei -, palitinho de dente, branca de neve versão anã - ISSO É BULLYING, NÃO É?! -, baiacu sufocado - eu já falei do quanto eu canto mal? pois é -, tão sensual quanto um caju, corpo de pera mordida,entre vários outros.

Eu estava tendo esses pensamentos enquanto comia o meu sorvete maravilhoso de sobremesa do dia do jantar e agora, duas semanas depois, eu ainda pensava nisso.

E, se você acha mesmo que essas duas últimas semanas foram calmas, lamento em dizer que você está totalmente errado.

Eu e Hunter vivíamos em uma constante competição, ele colocou sal no meu suco de laranja caseiro feito com tanto amor. Por que alguém neurologicamente saudável se atreve, tem a porra da audácia de colocar sal em um suco de laranja?! Principalmente quando se é meu favorito!

E, no mesmo dia uma outra garota - ruiva, simpática (apenas porque ela falou comigo igual a uma pessoa descente ela era baixinha também, então ela me entende), três centímetros mais alta que eu, olhos castanhos e sorriso perfeito (porra de ''amigas'' do Hunter!) - veio aqui e eu tinha que acabar com esse ''encontro'', ou projétil de encontro, tanto faz.

Ele passou todo o dia ''trabalhando'' para esse ''encontro'' - acho que estou usando aspas demais, só acho - ele fez um bolo, comprou flores, colocou o CD dos Ramones - e para aumentar ainda mais, a garota além de perfeita, ainda tinha que gostar de uma banda perfeita?! - mas como eu disse, eu iria arruinar isso.

Destruí o bolo com a faca e joguei coberturas, confetes e granulados em cima do bolo, dando uma aparência meio estranha e ''engordativa'' ao bolo - mesmo que eu estivesse doida paa provar um pedacinho.

No final do dia, eu percebi que todo o meu esforço foi por água abaixo porque a ruiva adorou o bolo e vendo que o bolo estava longe de ser perfeito, ela percebeu o quanto ele se esforçou para agradá-la e blá blá blá.

E aí todos se perguntam: ''Ué, se ele levou uma ruiva para casa, e a loira americana?'' ele nos disse que não tinha mais nada com ela, apenas continuariam ''bons amigos''.

Claro que eu suspeitei, claro, claro.

Eu nesse momento - quinta feira, segunda semana desde que eu cheguei, ás quatro e alguns minutos da tarde - estava naquela pracinha onde eu encontrei a Megan e os outros, sentada no balanço que a loira estava nesse mesmo dia, assistindo algumas crianças melequentas indo embora e comemorando internamente por isso - elas estavam jogando terra e seus brinquedinhos em mim, e seus pais nem ao menos olhavam! É por isso que eu acho que crianças são a amostra grátis do demônio na minha vida - e estava assistindo lentamente o pôr-do-sol chegar.

Quando o sol estava completamente baixo e as estrelas já estavam visíveis no céu escuro, levantei do balanço e... Fiquei com a bunda presa. Não sei como ou porquê, eu sei que fiquei com a bunda presa e é isso.

Depois de ficar minutos e mais miutos - três minutos no máximo, mas foda-se - tentando tirar a minha bunda do balanço, eu rasguei a minha blusa. Minha amada blusa do Jack&Daniels branca estava rasgada atrás. ''Foda-se, quem liga para o que os outros pensam?'' eu pensei e então coloquei a mão dentro do rasgado da blusa, puxando ele com força até que eu rasgasse metade da blusa e ficasse com uma blusa do tamanho de uma blusa cropped.

Comecei andando na rua igual a uma diva - beijos, meus fãs lindos, eu não seria nada sem vocês!... Se eu ao menos tivesse fãs, mas FODA-SE - e eu via todos me olhando feio, não deve ser normal uma pessoa andar com a blusa de marca rasgada no meio da rua, e ainda no frio.

Cheguei em casa uns dez ou quinze minutos depois, entrei em casa e estranhei o fato da casa estar tão quieta. Andei calmamente e fui para o andar de cima, para o quarto que eu ficava atualmente.

Abri a porta do quarto e estranhei o fato de minha primeira gaveta da cômoda estar aberta e.. Bem, minhas calcinhas sumiram.

Eu tinha duas hipóteses:

1 alienígenas tarados roubaram minhas calcinhas para poderem se masturbar no banheiro no meio da noite

2 alguém, para se vingar de mim roubou minhas calcinhas

Obviamente eu acreditava mais na primeira. Hm... Então... Eca, alienígenas tarados!

Parei de pensar naquilo e resolvi ir ao banheiro tomar um banho bem quente e depois ir procurar algo para fazer.

Me arrependi de ter entrado no banheiro assim que o fiz.

– HUNTER, SEU FILHO DA PUTA, MAL COMIDO, DESGRAÇADO, CARA DE FUINHA, BUNDA DE TANAJURA, CABELO DE PALHA, EU VOU TE MATAR! - Gritei com toda a minha força, enterrando as unhas curtas em minhas mãos e sentindo o rosto ficar vermelho, muito, muito vermelho.

***

Eu ainda olhava incrédula para a parede do banheiro. Ele tinha pego as minhas calcinhas e ''escreveu'' com elas na parede a seguinte palavra: GAME OVER.

Eu não sabia exatamente se eu estava pior que um tomate de raiva ou de vergonha, aquelas eram minhas calcinhas! Coisas pessoais! MINHAS!

Agora era oficial: eu iria me vingar dele, e seria para valer.

Scarlet, a chantagista. Soa legal, não soa? Enfim, voltando:

Para acabar de uma vez com a vergonha e com a temperatura elevada das minhas bochechas, comecei a tirar minhas calcinhas da parede e jogar dentro de um saco de lixo, eu iria me livrar delas, iria comprar outras e ia deixá-las dentro da mala, na qual tem senha e então minhas calcinhas ficariam seguras e eu seria poupada de mais vergonha.

Amarrei o saco, fazendo um nó e coloquei no canto do quarto, e então fiquei andando de um lado para o outro, eu precisava dar um jeito de fazer algo com o senhor sou-foda-demais-para-a-Scarlet, e eu teria que fazê-lo parar com aqueles planos malignos e totalmente infantis e ridículos para cima da pobre Vaughn.

Deitei na cama, com os braços na cabeça, e depois de alguns minutos fui me sentindo sonolenta e o sono foi ficando cada vez mais forte. Decidi cochilar por alguns minutinhos e permiti que meus olhos se fechasse.

***

Fui voltando a consciência aos poucos, mas continuei com os olhos fechados por alguns segundos, pensando nos ocorridos de antes e sentindo meu rosto esquentar levemente apenas pela menção da lembrança das minhas calcinhas de bichinhos, grandes e de ''velha'' penduradas na parede.

Ouvi um barulho de chuveiro sendo desligado, e a porta do banheiro de dentro do quarto estava com sua maçaneta sendo virada bem devagar. Me cobri rapidamente com o edredom e fechei os olhos, fingindo que voltei a dormir.

A porta finalmente abriu e eu senti o quarto esquentando com o vapor da água quente que saía do banheiro.

– Give a little time to me, to burn things out - Ouvi a voz do Hunter preenchendo o quarto em um sussurro - we'll play hide and seek, to turn this around, all I want is the taste of your lips allow, my my...

Olha, não era a toa que ele tinha uma bandinha ridícula, ele tinha uma voz muito, muito bonita.

Mas eu não admitiria isso em voz alta.

– My my, oh give me love... - Continuou sussurrando. Ouvi seus passos indo em direção ás comodas, e entreabri meus ohos lentamente, apenas para espiá-lo.

Ele estava com o cabelo encharcado e todo bagunçado, apontando para todos os lados. Vestia apenas uma toalha em sua cintura, era uma toalha branca e as gotas de água desciam do seu cabelo e desciam pelas suas costas...

''Vai entrar mosca na sua boca, Scarlet'' e, como sempre meus pensamentos me repreendendo. Fechei a boca e mexi levemente os pés, reparando que tinha algo entre eles.

Coloquei os pés por cima, fazendo movimentos leves para esconder o tal objeto sem fazer barulho.

Fechei os olhos rapidamente quando ouvi os passos de novo, Hunter estava voltando.

– Ué, mas eu jurava que tinha deixado meu celular aqui...- Pensou em voz alta e eu comecei a dar pulos de alegria internamente, se ele fosse burro o suficiente, iria sair do quarto e eu poderia me vingar dele.

E foi isso que o demente fez.

Ele saiu do quarto e fechou a porta devagar, provavelmente para não me ''acordar''.

Levantei em um pulo e corri para a porta, trancando-a com a chave e indo quase que saltitando para a cama de novo.

Mexi no edredom e ali estava o iPhone tão preciosamente precioso - o quê? - do Hunter.

Sentei na cama e cruzei as pernas, desbloqueando o celular e começando a mexer e ''stalkear'' tudo ali.

Quando eu vi aquilo, minha boca se abriu levemente, de tão surpresa que eu estava. Saindo do transe inicial, dei um sorriso maldoso, ele ia me pagar, e seria muito pior do que tudo o quê eu fiz antes.

***

– Scarlet? - Bateram à porta três vezes.

– Fala. - Eu disse, tirando os fones do ouvido e dando pause na música que eu ouvia, Open Your Eyes, do Snow Patrol.

– O jantar está sendo serviço. - Dito isso, eu levantei em um pulo e deixei o iPod com meus headphones ali na cama - que estava toda bagunçada, para dizer a verdade - e coloquei os chinelos que estavam esquecidos embaixo da cama.

Saí depressa do quarto, descendo as escadas rapidamente e fui para a sala de jantar, onde estava com um cheiro maravilhoso de comida, e senti meu estômago roncar.

O jantar estava correndo bem, eu estava até que bem quieta, até que Violet fez a pergunta:

– E então, Hunter, quando sua namorada vai vir aqui? - Hunter pareceu congelar. Pigarreou e respondeu:

– Não sei, ela é muito ocupada... Ela ainda estuda... Sabe... A Mia é realmente bastante ocupada... - Ele parecia sem graça.

– Ah, é? E a outra, aquela ruivinha, ela também é ocupada? - Perguntei, dando meu melhor sorriso debochado na sua direção e nossos pais nos olhavam com curiosidade.

– Ruivinha? - Bob questionou.

– N-não, n-não é ninguem, pai... - Respondeu nervoso e me lançou um olhar fulminante.

Depois do jantar, subi para o quarto e fiquei jogando Mario no psp enquanto ouvia ATL no iPod.

– SCARLET, ME DEVOLVE MEU CELULAR! - Hunter entrou furioso no quarto, abrindo a porta com tamanha força que a pobre coitada bateu na fechadura e voltou.

– Claro, queridinho. O quê eu queria, eu já consegui. - Respondi com tanta calma na voz que eu até me surpreendi. Peguei seu iPhone do lado do meu travesseiro e entreguei em sua mão.

Ele deu uma olhada no mesmo, suspirando e então perguntou:

– O quê você viu nesse celular, Vaughn? - Ele aparentemente tentava se controlar, mantendo a voz baixa, porém trêmula.

– Nada demais, McBride. - Respondi, me fazendo de inocente.

Continuei jogando aqueles joguinhos ridículos de corrida do PSP até mais ou menos dez e quarenta da noite.

Já com sono novamente, fui tomar um banho rápido, coloquei minhas roupas de dormir e fui para baixo do meu edredom. A única coisa que eu lembro antes de cair no sono profundo foi o barulho do Hunter entrando no quarto e subindo a escadinha de ferro que o levaria para a cama de cima.

Era a primeira vez que ele dormia no mesmo quarto que eu.

***

Acordei por volta das onze da manhã, com Soraiah abrindo as janelas do quarto.

– Bom dia, senhorita Vaughn. - Ela disse, com um sorriso que eu não correspondi.

– Mal dia para você, velha. - Respondi com meu lindo humor matinal.

– Seus pais estão esperando a senhorita para uma conversa lá embaixo, melhor se levantar logo, quanto antes você souber, melhor. - Olhei para ela, com a sobrancelha arqueada.

''Quanto antes você souber, melhor''?! Do quê raios essa chama de fogo anã estava falando?

A curiosidade falou mais alto que minha preguiça e eu fui me ajeitar, descendo para a sala de antar onde tinham na mesa alimentos.

Não tinha ninguém lá.

Fui então para a sala de estar, Juliet e Bob estavam assistindo ao jornal da manhã abraçados e Hunter estava sentado no tapete com uma guitarra preta - que eu queria demais, demais mesmo agora -, afinando-a.

– Bom dia, Scarlet. - Minha mãe desejou, com um sorriso que novamente não fo retribuído.

– Vocês queriam falar comigo e com aquele ali? - Apontei para Hunter com os olhos.

– Sim, nós queríamos. - Ela sentou direito no sofá.

– Bem, faltam apenas três semanas e meia para o verão acabar e ainda assim vocês não têm um luga decente para dormir aqui. - Bob começou, sério.

– E nós gostaríamos que tivessem, mas não têm, e a Scarlet tem ataques frequentes de asma, posso ver nos olhos dela que ficam mais avermelhados e inchados. - Juliet completou.

– E então, nós queríamos, Hunter, meu filho, que você e a Scarlet ficassem na sua casa, apenas enquanto nós não arrumamos um lugar bom e confortável para vocês passarem as férias aqui. - Bob terminou e eu podia até rir da cara dele e perguntar onde estavam as câmeras da pegadinha, mas seu semblante sério me dizia que era melhor eu não retrucar.

– E o quê eu vou ganhar com isso? - Hunter perguntou, já levantado e encarando seu pai.

– O quê quiser. - Ele disse, agora sorrindo fraco.

– Tudo bem, então. Não deve ser muito fácil controlar a baixinha aqui, mas eu posso tentar. - Ele respondeu, sério e eu arqueei a sobrancelha.

– Como é que é?! - Eu disse, mais alto do quê eu queria.

– Você ouviu muito bem, baixinha. Melhor arrumar logo suas coisas, eu vou sair daqui depois do almoço, temos passagem de som antes do festival da cidade depois de amanã. - Respondeu e eu bufei, por quê será que minha vontade e opinião nunca contam?!

Voltei para a sala de jantar, colocado suco de uva - eu tive que jogar todo o pobre suco de laranja na pia, e fiquei com preguiça de fazer outro - em um copo e pegando dois donuts, um muffin e um pedaço de doce de coco e colocando tudo em cima de uma bandeja prateada e subindo para o quarto.

Coloquei a bandeja em cima da cômoda, então eu poderia ir beliscando meus aperitivos enquanto arrumava contragosto minhas coisas para ir para a casa do outrinho lá.

***

Levei minha mala de rodinhas para a frente da escada e voltei para o quarto, pegando minha bolsa preta com tachinhas de lado e meu iPod e indo de volta para a escada, fechando a porta do quarto.

– Anda logo, Scarlet! - Hunter gritou do andar de baixo.

– Eu preciso de ajuda com a minha mala! - Gritei de volta.

Ouvi ele bufar com raiva e subiu a escada marchando, pegando a minha mala pelo puxador e descendo a mesma sem nenhuma dificuldade. Tenho certeza que se eu fizesse isso, no segundo degrau eu já tinha começado a rolar igual a um tatu bola. Sem comentários sobre isso.

Desci as escadas calmamente, e vi Juliet e Bob na frente da porta, Bob estava sério e minha mãe estava sorrindo.

– Tem certeza que eu preciso ir? - Olhei de Bob para Juliet, com um olhar suplicante.

– Scarlet, você tem que ir. - Juliet disse, e seu sorriso sumiu.

– Tem certeza? Eu juro que vou ser uma bo-

– Scarlet, você vai, e você vai agora. Sem ''mas'', ou promessas que você não vai cumprir. - Nossa, isso sim é o famoso ''amor de mãe''.

Bufei e abri a porta com raiva, indo para o projeto de jardim marchando emburrada. Passei pela cerquinha e vi Hunter de costas. Confesso - mesmo não querendo - que ver ele de costas é algo realmente bom. Digo, ele estava usando uma blusa branca de mangas curtas do Rolling Stones - eu já falei que eu gosto dessa banda e eu sempre quis essa blusa? - e uma calça preta - extremamente - skinny, e marcava muito, muito bem a sua bunda.

– Vai continuar tarando a minha bunda ou vai colocar as bolsas no carro? - Abri a boca para protestar mas achei melhor ficar quieta.

É, vai ser maravilhoso dividir o mesmo ambiente que o Hunter.