Conspiracy escrita por Alasca


Capítulo 8
Capítulo 07 - Que os Jogos Comecem!


Notas iniciais do capítulo

Uhm, oi e.e Sei que tô atrasada, mas é porque eu estava em semana de provas, depois fiquei sem net, depois viajei, ai quando voltei ainda estava sem internet.
Boa leitura!



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Fui para a porta de trás direita do carro, ainda com o iPod e os headphones em mãos e abri a porta, entrando no carro - e batendo a cabeça na parte do cima do carro - e sentei, colocando meus headphones e esperando o iPod ligar.

Hunter entrou no carro e sentou-se no banco do motorista, ligando o carro e dando partida.

Dei play na música Lego House do Ed Sheeran e fechei os olhos, encostando a minha cabeça na porta.

***

– Já está chegando, Hunter? - Perguntei, e não haviam nem quinze minutos que estávamos no carro.

– Sim, Scarlet. - Respondeu sem tirar a atenção do trânsito de Londres.

Cinco minutos depois....

– Hunter, você disse que já estava chegando! - Reclamei. - Já está chegando?!

– Sim.

Dez minutos depois...

– Já está chegando? - Perguntei, pendurando os fones no pescoço e desligando o iPod.

– Chegamos. - Ele disse segundos depois, com a voz arrastada.

Paramos na frente de uma casa. A casa tinha dois andares, gramado cortado impecavelmente com um canteiro de flores realmente adorável. Hunter abriu a mala do carro e me deu a minha bolsa e a minha mochila, pegando minha mala e batendo a mala do carro, trancando-o em seguida e indo em direção á porta vermelha depois de um caminho onde anteriormente provavelmente tinha grama, mas foi totalmente retirada para ter um caminho até a porta.

Saindo de meus devaneios, apertei os passos e o segui. Ele retirou um bolo de mais ou menos quatro ou cinco chaves do bolso dianteiro da calça e destrancou a porta.

Eu ainda estava parada estática na porta, e ele já estava lá dentro.

– Vai esperar um convite especial, madame? - Perguntou, o sarcasmo praticamente escorria de sua boca.

– Posso te falar uma coisa, Hunter? - Perguntei, como quem não quer nada. Ele assentiu, afirmando. - Vai para a puta que te pariu.

– Olha o respeito com a minha mãe, anã de jardim. - Agora ele sorria, meu ''xingamento'' parecia não tê-lo afetado nenhum pouco.

– Eu te odeio. - Respondi, com os olhos semicerrados.

– Ah, o sentimento é recíproco, acredite. - Respondeu com aquele sorrisinho irônico irritante no rosto.

***
Depois de minhas coisas jogadas na sala - a sala continha dois sofás, uma lareira e a maior televisão que eu já vi na minha vida, parecia um cinema. A sala tinha pacotes de salgadinhos, doces, latas de coca cola e pepsi, tudo jogado e espalhado. E eu achando que ingleses eram organizados, tsk tsk. Além disso, a TV era presa na parede e tinha um hack em baixo, que tinha um Nintendo Wii e um outro video game, um DVD, e papéis espalhados.

– Nossa, e eu achando que eu que era bagunceira. - Falei, olhando em volta.

– Cala a boca, Scarlet. - Ele disse e se jogou no sofá menor.

– Ok, ok senhor eu-sou-muito-viciado-em-vídeo-games-para-arrumar-a-casa. - Falei debochada.

– 'Tá, foda-se, mas Scarlet, não pense que você está aqui de graça não. - Ele disse e olhou para eu, finalmente.

– Como é que é? - Perguntei, com a sobrancelha arqueada.

– Eu tenho algumas regras aqui em casa. - Revirei os olhos, mas prestei atenção. - Primeiro, nunca, jamais, em nenhuma circunstância entre no meu quarto. - Revirei os olhos novamente, cruzando os braços.- Segundo, cada um toma conta das suas coisas e de seu quarto, que é seu lugar privado, onde só entra quem você quiser. - Ele numerava as regras nos dedos - Nas sextas-feiras - hoje é quinta, apenas para deixar bem claro - eu tenho ensaio ás três da tarde e volto pelas sete, e os meninos da banda geralmente vêm junto comigo e ficam aqui até sábado ou domingo, e segunda a Soraiah vem e arruma e limpa a casa, ela é a única que eu confio para tal feito. Ah, e por último mas não menos importante: você vai ter que fazer algo. Não arrumar, limpar e afins, mas você vai ter que arrumar um trabalho ou qualquer coisa para comprar suas coisas, eu ganho por mês mais do quê você vai ganhar em toda a sua vida, mas não vou ficar comprando suas coisas e creio que nossos pais também não. Aproveite o fim da sua adolescência e aprenda a fazer algo da vida. - Completou e eu estava estática. Eu? Trabalhar? Meninos? Final de semana? Ugh! A cada dia que passa, eu me arrependo ainda mais de ter vindo para outro continente ridículo, por que eu não podia apenas ficar lá nos EUA sendo invisível, sem irmãos, apenas eu, meu pai, Hallie e Dulce?!

Sexta-feira. Eu costumava adorar a sexta-feira, último dia de aula, dia de ''curtição'', dia de relaxar, sexta-feira! Contudo, desde que me ''mudei'' para a casa do alienado - vulgo McBride -, eu comecei a odiar as sextas-feiras.

Hoje, plena sexta-feira ás quatro e quarenta e cinco da tarde, eu estou trancada no ''meu'' quarto. Como Hunter disse, sexta ele teria ensaio mas por causa de um ''enorme imprevisto'', o ensaio não pôde ser nesse tal outro lugar, e, adivinha? Eles iriam ensaiar aqui.

''Céus, eles não cansam de fazer barulho?!'' pensei, com a cara amarrada. Ok, depois dessa até eu pensei merdas. Enfim...

Ah, mas eu não vou ficar trancada nesse quarto mesmo! Levantei da cama de casal que eu estava dormindo e saí do quarto, indo para as escadas e descendo-as.

– O quê está acontecendo?! - Exclamei/Perguntei quando cheguei na sala. Se quando eu cheguei essa sala estava um lixo, bem, então agora aqui é um aterro sanitário em forma de casa, não é possível. Quando gritei, todos pararam exatamente onde estavam. Hunter estava com o controle do vídeo game na mão e gritava ''Você está roubando! Eu estava na sua frente!'' enquanto um moreno de topete - era só isso o que eu conseguia enxergar no menino - rebatia gritando ''É claro que não! Eu estava na frente!''.

E um ruivo cochilava no chão. No chão. Como raios um garoto consegue dormir no chão e ainda com essa gritaria?!

Suspirei e senti todos eles voltaram a fazer movimentos, mas não bruscos, como se eu fosse o gato do filme da Cinderela, e estivesse prestes a atacá-los. Oh, wow, não é para tanto!

–Vocês poderiam parar de gritar, por um instante?! - Gritei na direção do Hunter e do moreno - Ei, você. - Fui na direção do ruivo e dei um chute nele, que levantou resmungando todos os palavrões possíveis e impossíveis, mas levantou. - Eu quero isso aqui arrumado. - Todos eles olharam para eu e eles pareciam incrédulos. - E agora, ouviram?! - Fiz a minha melhor cara de ''eu vou matar vocês se não o fizerem, bando de viadinhos!'' e virei as costas, indo para o meu cômodo favorito da casa - a cozinha.

Chegando lá, arregalei os olhos ao ver um garoto.

Loiro, cabelo curto e arrepiado, pele tão branca quanto a minha - será que ele aceitaria ir em uma sauna comigo? Para... Hm, sabe... Pegar uma ''corzinha''... Pagar um boque.. Deixa para lá (brincadeira!) -, blusa branca, calça jeans skinny, mas nem tão apertada e um par de vans verdes.

Eu até poderia achar normal um garoto estar ali na cozinha, ele podia estar com sede, não é mesmo? Ou até com fome, mas ele estava com a cabeça enfiada em um pote de sorvete de morango - que a propósito era meu.

– Quem é você? - Ele tirou o pote de sorvete da cara - e uma marca enorme de sorvete estava em seu rosto, na sua boca e no seu nariz, até no cabelo loiro tinha respingos de sorvete - e perguntou.

– Eu? - Indaguei, colocando a mão direita no peito - Por acaso, sou a irmã do dono dessa casa. E você? - Por incrível que pareça, eu não estava querendo ser rude. Esse garoto é muito, demais, exageradamente, completamente adorável. Ele deu um sorriso amarelo.

– Ah, sim... Desculpe... - Seu rosto agora estava corado, e por mais estranho que isso soe, eu queria dar um abraço de urso nele e morder sua bochecha! - Esse... Esse pote de sorvete, era seu? - Ele olhou para eu e seus olhos claros estavam praticamente fazendo um cosplay perfeito do Garfield - ou o gato de botas - quando quer algo. Aqueles olhinhos meiguinhos e brilhantes.

– Era... - Falei, sem graça. Olhei para o chão, em um mistura de constrangimento e arrependimento de tê-lo tratado rudemente enquanto ele era o ser mais adorável que eu já havia conhecido.

– Eu sou o Luke. - Deu um sorriso - eu juro que esse sorriso iluminou meu dia, mesmo após aquele episódio da sala - e estendeu a mão. Olhei para a mão dele toda suja e melada de sorvete de morango - QUE ERA MEU! Só para relembrar - e pensei ''o quê eu tenho a perder?'' e sorri - ai meu santo Deus, a Scarlet deu um sorriso verdadeiro! Aposto que - o resto da - a população do terceiro mundo - aquele que eu quase extingui quando cantei, ainda na casa e meu pai - estava dando glórias e vivas á Scarlet - e apertei a mão dele, sentindo minha mão ficar toda melecada pelo sorvete.

– Eu sou Scarlet. - Eu disse, e soltei a mão dele. Dei de ombros e lambi o sorvete na minha mão.

– Então, Scarlet, me fale sobre você. - Ele sorriu novamente e me deu uma colher rosa de plástico, enquanto ele ficava com uma azul, e virando o pote do sorvete na minha direção. Dei de ombros e enfiei a colher no pote, enchendo-a de sorvete. Ele fez o mesmo. Dirigi minha colher para a minha boca e respondi, com a boca cheia de sorvete:

– Meu nome é Scarlet, eu tenho quase dezesseis anos, entretanto sou tratada como se tivesse quatro, ou menos. E eu sou carnívora de primeira, e não faço nada da vida. - ''Por enquanto'' pensei, relembrando o que Hunter me disse. - E você? - Enchi outra colher de sorvete e ele fez o mesmo.

– Bem, meu nome é Luke - Revirou os olhos, e eu soltei um sorrisinho sem graça -, tenho dezesseis anos, ''entretanto, sou tratado como se tivesse quatro, ou menos'', exatamente como você - Balancei a cabeça afirmativamente, como se entendesse como ele se sente - sou vegetariano - Sinceramente? A última palavra foi totalmente broxante, achei ofensivo -, mas nada contra carnívoros! - E aquele sorriso perfeito novamente... - E atualmente sou cantor de uma banda, a banda do seu irmão.

– Meio irmão. - Corrigi-o, e vi ele corar, sibilando um ''me desculpe, Scarlet''. Assenti.

– E, o quê você vê de mais nessa banda? Quero dizer, vocês só ficam tocando - vi ele dar um sorrisinho pervertido e logo corrigi: - MÚSICA, ou vocês vão á festas, e afins? - Meus olhos praticamente brilhavam.

– Bem, nós tocamos - Sorri pervertida e ele também, mas então rolou os olhos, sorrindo - música, e vamos á muitas festas... Inclusive - ele terminou de engolir o sorvete -, nós fomos convidados para o aniversário de um empresário muito famoso, nós podemos levar companhia, eu adoraria que você fosse. - E então ele sorriu, novamente.

***

– Eu já disse que não, Scarlet! - Hunter nem ao menos tirava os olhos do vídeo game.

– Mas o Luke disse que vocês podem levar companhia, e em duas semanas, quase três que estou aqui, nada de legal aconteceu! - Bufei quando o vi girar os olhos. - Por favor...

Sim, eu estava implorando para ir para uma festa. Quem liga, não é?

– Não.

– Ah, é? - Scarlet e suas chantagens em três, dois... - Tudo bem, mas me empresta o celular? Preciso fazer uma ligação. - Falei, como se eu realmente tivesse desistido da festa. Ele deu pause no jogo e tirou o iPhone do bolso e estendeu-o para eu pegar.

Tomei dele e comecei a discar qualquer número, menos o que eu realmente queria ligar.

– Para quem você está ligando? - Olhou na minha direção, com a sobrancelha arqueada.

– Seu pai. - Ele me encarou, confuso. - Sabe, como ''nossa'' família é tão ''unida'', eles precisam saber que você tem uma namorada certo? - Olhei para ele, eu quase podia sentir o veneno escorrendo da minha boca - Ou melhor, duas. - Olhei-o, a ironia banhando nas minhas palavras e seus olhos quase faiscavam.

– Como você sabe disso, garota? - Ele tentou manter a calma, mas não iria conseguir por muito tempo.

– Eu tenho meus contatos. - Ok, isso era mentira, mas foda-se.

– Scarlet, olhe para mim. - Ele se levantou e se aproximou perigosamente de mim. Eu podia facilmente enxergar suas orbes azuis. - Não conte isso, jamais, para ninguém. Ouviu? - Ele segurava firmemente a minha mão esquerda, que estava com seu celular.

– Me deixa ir na festa e eu nem ao menos abro mais a boca hoje. - Falei, encarando seus olhos.

– Ok, Scarlet, você vai a festa. - Ele me soltou, girando os olhos.

Scarlet 2 x 0 Hunter (ou G.A.D).

– Apesar de quê eu acho melhor você contratar um estilista, porque você não sabe se vestir.

Nossa.

Que meio-irmão mais sensível eu arrumei, huh?

Scarlet 0 x 6345654 Hunter.

''Ding ding!'' ouvi aquele barulho do gongo na minha cabeça.

''Game over!''pensei novamente e bufei, indo para o andar de cima, voltar para a minha vida de escrava, ou também conhecido como cárcere privado.

Eu vou para uma festa.

Uma festa de verdade.

Uau, me ferrei. Vamos esclarecer:

1 Eu realmente não tenho a mínima noção de moda.

2 Eu não sei o quê vestir.

3 Eu preciso urgentemente comprar roupas novas.

4 Eu não tenho dinheiro.

5 Meus ''queridos pais'' não vão me dar dinheiro.

6 Muito menos o Hunter.

7 Eu praticamente não tenho nenhum amigo aqui.

8 Eu não tenho nenhum talento especial, portanto, não poderei tocar nas ruas e tentar ganhar algumas moedas.

9 Eu não conheço praticamente nada aqui.

10 Eu preciso de um trabalho.

E depois de ficar horas fazendo meu ritual para conseguir pensar no quê fazer, eu finalmente tive uma ideia.

Hunter.

Ah, como eu amo ameaçar as pessoas.

Sorri.

Na hora do jantar, Hunter e eu sentamos á mesa e eu decidi por meu plano em ação.


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Notas finais do capítulo

Let's go: Obrigada pelos reviews, e eu postei antes do previsto u3u
Oh, gente, falem comigo! Tipo, estou necessitada de amigos aqui uhahuah
Vamos ás perguntas para minhas leitoras maravilhosas:
1- Quantos anos vocês têm?
2- Vocês têm twitter e/ou weheartit?
3- Querem que algo específico aconteça na fanfic? (Por exemplo, aparecer os amigos da Scarlet novamente, etc.)
Espero que gostem do capítulo e me desculpem a demora.