O Mistério da Campista escrita por Lilly


Capítulo 2
Eu viro uma babá


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por estarem lendo o segundo capítulo! Aproveitem! Sei que o capítulo está curto, mas o próximo será maior.



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Quíron nos conduziu ao porão, onde a campista estava alojada. Descendo as escadas, pude observá-la pela primeira vez. Aparentava ter quinze anos, sendo um pouco menor que Annabeth. Suas feições eram delicadas e seus cabelos, lisos e loiros. Sardas cobriam seu rosto.

Ela parecia uma mistura de Annabeth e Rachel, o que parecia contraditório e que me assustou.

Estava deitada em uma maca e ao seu lado havia uma mesa com néctar e ambrosia.

– Demos um pouco de néctar a ela, caso tivesse algum ferimento - disse Quíron - Mas ela parece estar bem.

Annabeth a analisou e franziu a testa.

– Se ela está bem, por que ainda não acordou? - perguntou

O centauro olhou preocupado para a campista.

– Não sabemos - respondeu - Entretanto, concordamos em não acordá-la, vamos deixá-la recuperar-se totalmente.

– Ela fica sozinha aqui? - indaguei

– Na verdade, é por isso que chamei-os - começou Quíron - Gostaria de saber se ficariam aqui durante o dia, quando eu estiver ausente, cuidando dos outros assuntos do Acampamento. Assim, caso ela acorde, terá alguém ausente para explicar sua situação.

Eu não tinha interesse em passar meus dias trancado em um porão enquanto uma campista, que provavelmente servia a Cronos, dormia. Entretanto, não podia desobedecer às ordens de Quíron.

– E nossas atividades? - perguntou Annabeth

– Vocês dividirão os turnos, poderão realizar suas atividades parcialmente - explicou Quíron - Além do mais, vocês já completaram a maior parte do seu treinamento.

Annabeth não aparentava estar satisfeita, mas não fez nenhuma objeção.

– Vocês começarão amanhã. Ou melhor, um de vocês. Decidam quem ficará aqui primeiro - ele sorriu para nós - Descansem, pois amanhã começarão a cumprir a rotina do Acampamento.

Quíron ficou ao lado da campista enquanto eu e Annabeth subíamos as escadas. Ao sair da Casa Grande, perguntei a Annabeth.

– O que achou dela?

– É difícil saber, Percy. Como Ártemis nunca teve um filho, não podemos deduzir algo apenas pela aparência. Para mim, não há nada nela de revelador.

Ficamos em silêncio por algum tempo, até eu lembrar que devíamos definir quem cuidaria da campista amanhã.

– Quem vai ficar na Casa Grande amanhã? - perguntei

– Eu não tenho nada a fazer, já que cheguei a algum tempo - ela deu de ombros - Eu posso começar.

Concordei, dizendo que tinha de cuidar de algumas coisas no dia seguinte. Devia ligar para Rachel, que havia me pedido para entrar em contato assim que chagasse, e também queria conversar com Tyson, meu meio-irmão ciclope.

Chegamos na área dos chalés e nos despedimos. Meu alojamento estava vazio, apenas com o barulho da fonte que meu pai me dera.

Coloquei meu piama e deitei-me, preparando-me para uma noite de sonhos, como era comum no Acampamento.


Em meu sonho, vi Luke, que na verdade era Cronos, conversando com Kelly. Ele estava de costas, mas era facilmente reconhecível por seu cabelo cor de areia. Segurava sua foice, que me dava calafrios, e a apontava ameaçadoramente para a empousai.


– Fez o que mandei? - perguntou com uma voz ancestral - Ou falhou novamente?

Kelly tinha uma expressão assustada, mas curvou-se e respondeu.

– Realizei o que me pediu, senhor. Ela já está no Acampamento. E melhor, ninguém desconfia de nada.

Luke explodiu em uma gargalhada ameaçadora.

– Meu filho nem sequer sabe o que lhe acontecerá! Seu acampamentozinho destruído, seus campistas mortos!

Enquanto ele falava, notei que a empousai procurava algo. Então, de repente, ela sorriu e fixou os olhos em mim.

– Acho que temos companhia, meu senhor - disse ela, aproximando-se.

Luke virou-se e eu pude ver seus olhos dourados, a essência de Cronos. Imobilizei-me e uma sensação horrível tomou conta de mim. O Senhor dos Titãs gritou e me olhou com raiva.

– Perseu Jackson! Sempre nos locais onde não é chamado! - então ele sorriu - Aproveite seus tempos de herói, garoto, pois acabarão cedo.

Então ele levantou a foice e eu soube que seria meu fim. Minha visão ficou turva e eu mergulhei na inconsciência.


Levantei-me assustado, com a certeza de que estava morto. Então, olhei ao redor e percebi que estava em meu chalé. A luz penetrava no local pela janela, já havia amanhecido.


Uma batida na porta me sobressaltou. Levantei-me, peguei contracorrente na cômoda e abri a porta.

Annabeth me olhou e segurou o riso. Meu cabelo deveria estar um ninho de ratos.

– Você sabe que o café da manhã já foi, não é? - perguntou, sorrindo

– O quê? - indaguei, surpreso.

Entrei no chalé correndo e comecei a pentear meu cabelo. Ainda estava de pijama quando lembrei-me que Annabeth estava ali, rindo.

– Era isso que você tinha para fazer hoje? - perguntou

– Você nunca perdeu hora em sua vida, Senhorita Pontual? - rebati

Ela sorriu e avisou que iria à Casa Grande, cuidar da campista, pedindo-me para passar por ali no meio da tarde.

Quando fiquei sozinho, vesti-me e comi uma barra de cereais contrabandeada por Conor Stoll. Quando terminei, peguei um dracma de ouro e o joguei na fonte.

Pedi a Íris que me mostrasse Tyson.



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Notas finais do capítulo

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