Only Unexpected escrita por Lenny Peters


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o: eheheh, apenas avisando que: esse cap contém hentai
—avisando que: pode ter ficado meio pseudo hentai para alguns de vcs, mas ao decorrer do cap vão entender o porquê de tanta falta de nitidez na hora
Peço perdão pelasinúmeras vezes que postei o capítulo, mas apenas não estava danda certo, o nyah estava dando bug



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 –Não estava na hora de tomar a mamadeira e voltar para cama?- pergunta o   homem atrás do balcão. Vejo que ele se dirigiu a Gus, que engole em seco quase na mesma hora. Seremos expulsos daqui, ou pelo menos ele vai, se eu não fizer nada.
 –O que posso fazer por você? - torno minha voz falha, quase rouca, e discretamente puxo minha regata para baixo, deixando mais pele aparente. 
 –O que deseja? - o homem muda o olhar de meu rosto, ao meu colo e rapidamente à Gus. Ele parece meio disposto a disfarçar que não está me olhando.
 –O que você tem?- eu realmente não entendo nada de bebida, e quero ver o que ele está disposto a me mostrar . O fato dele não ter chamado minha atenção quando entramos é porque pareço ser estranhamente mais velha do que realmente sou. Com  minhas pernas longas e minhas curvas maduras; o balconista faz seus olhos passearem pelo meu corpo e em seguida me alcança um engradado com garrafas escuras, me pergunto o que há no interior de cada uma.
 –Obrigada.- viro o rosto e meus cabelos batem nas minhas costas. -Vamos.
  Gus e eu damos o fora de lá o mais controladamente possível. Mas não aguentamos e ao dar os primeiros passos fora do lugar explodimos os dois em gargalhadas.
 –Você viu a cara dele? Urr. - ele ri e tenta imitar a expressão mais abobada possível. Concordo com a cabeça enquanto rio de toda essa situação. -O que fazemos com isso? - ele aponta para o engradado em minha mão e dou de ombros.
 –Nós bebemos.
  x-x-x-
  Estico meus dedos enquanto abro e fecho o punho, não imaginava que abrir uma daquelas garrafas iria ser tão trabalhoso.
 –E a pergunta que não quer calar é, quando e como tudo isso começou. - olho para baixo, enquanto minhas pernas balançam, pairando ansiosamente sobre o Abismo. Olhos para Gus e ele estreita os olhos, pensativo. Seus olhos são redondos e seu nariz é pequeno e arrebitado, com suas sobrancelhas arqueadas e seu porte pequeno e sorriso frágil, possui um conjunto élfico perfeito.
  Gus é bem bonitinho, pra dizer o mínimo,mas é apenas meu amigo. E ele gosta de Katy. E também acho que meu tamanho o assusta.
 –Quando chegamos do trem, logo depois de você me ajudar. Eu a vi pela primeira vez antes antes de chegar ao Fosso. E desde essa hora eu percebi que ela era tão... especial, entende? Eu sempre fui cheio de medos e quando estou com ela, sinto como se nada pudesse me afetar, sabe? Aquela coisa no estômago, como se estivesse realmente vivo... Parece loucura, e às vezes tenho medo que seja mesmo, consegue entender? Nunca se sentiu assim, ou sentiu?- olho em seus olhos e em seguida tomo um gole da garrafa escura. E é diferente de tudo que já tomei, e está longe de ter um sabor agradável; sinto um amargo e odorífero sabor, que me lembra cevada, e após engolir eu sinto algo se propagar pelo meu corpo.
 –Já. Quer dizer, pelo menos eu acho que tenha sido isso. Tenho medo de ter confundido as coisas.
 –Isso acontece, bem...
  Assinto com a cabeça, e de repente minha garganta parece muito seca,e eu termino com a primeira garrafa. Coloco a mão sob a testa, talvez tenha bebido rápido demais. -É, talvez eu tenha... - começo a divagar, e várias imagens passam pela minha cabeça, abro a segunda garrafa e tomo um longo gole.
 –Carl, - Gus chama pelo meu nome, e isso me acorda. -eu não deveria estar aqui.
 –Eu também não. - pego em sua mão, e ela está fria. Ele segura a garrafa aberta na outra mão, mas apenas a segura, não há nada vantajoso nela que ele possa usufruir.
  Gus me encara sério e responde:
 –Você sabe o que eu quis dizer. Meu resultado no teste de aptidão deu Amizade. Eu fiz minha escolha, Carlyn, e eu escolhi errado.
  Eu balanço minhas pernas mais rápido e me sinto na obrigação de retribuir a ele de alguma forma, tão bonitinho e inocente.
   -Hey Gus, e se eu te dissesse que não fui feita para viver apenas em um lugar, pensar as mesmas coisas, me comportar de apenas uma forma, o que você diria? 
 –Você está me assustando, Carl. - ele se desencosta e tenta levantar, com seus olhos arregalados, como se fossem sair de suas órbitas. -Eu preciso ir, acho que você...
   -Eu sou Divergente, e não posso ser controlada.- ele me olha como se aquilo que eu disse tivesse sido um insulto, e quase sai correndo, mas algo o segura no lugar.
   -Pelo menos me diga que tem noção do que isso quer dizer. Por favor. -ele se ajoelha ao meu lado, com cabelo caindo nos olhos. Balanço a cabeça, não tenho a mais clara das noções, o que chega a ser pior que nenhuma. Mas isso não importa, e eu abraço-o. Ele é tão pequeno, e se debate fracamente antes de eu soltá-lo. -Eu vou indo. Acho que você precisa ir para a cama, também. Boa noite. 
  Jogo um beijo para Gus enquanto termino minha segunda garrafa, gelada, e isso é bom. O menino se afasta com passos apressados, deve querer mesmo ir tomar a mamadeira. Quando não o vejo mais, pego outra garrafa na mão e saio andando pelos lugares do Fosso. O movimento está tão parado, coloco a bebida ao lado da perna. Resolvo voltar para o dormitório depois de acabar esta aqui. Caminho meio retorcida até onde desejo ir, mas agora já é tarde, e escuro. Sinto minha língua pesar toneladas e espessa. Corro um pouco até ver um pouco de luzes e me sento em um degrau. Mais um gole, isso é ótimo. Meu dia não foi de todo mal. 
  Coloco a cabeça entre as mãos e inspiro, expiro. Alguém toca minha nuca, e todos os pelos de meu pescoço se arrepiam.
   -O que faz aqui?- Tyler me pergunta, e eu rio e olho para ele.
   -É uma boa pergunta. - levanto indicador e percebo minha voz embargada, e minha voz marejada.
   -Quer ajuda? - Não. Fiquei com vontade de gritar, mas eu não estava em posição de negar nada.
  –Claro.- ele puxa minha mão amigavelmente e logo percebo que é a única coisa amigável nele. Seus olhos passeiam pelo meu corpo e eu me sinto nua, talvez até quisesse estar nua, mas sorrio para ele.  -Vamos. - ele diz. Caminhamos por algumas luzes e eu tropeço algumas vezes, e ele me ajuda a me manter de pé, com uma mão em minha cintura. Não demora muito e ouço um barulho metálico típico e ele abre uma porta. Me leva com ele até dentro e acende a luz. Posso pelo menos perceber que seu cabelo não se encontra puxado pra cima, e sim bagunçado, que faz com que alcance a altura do queixo dele. Olhando tão de perto ele parece... Não sei explicar, seu nariz é reto e sem falhas, seus olhos escuros são brilhantes e angulosos e sua pele é macia e terrivelmente pálida. Ele pode até ser considerado atraente, ou deve ser algo no que eu bebi. E então ele leva as mãos a minha cintura e me beija. E não é como foi no beco, é viscoso, e... Estranho. Tudo o que consigo sentir é o gosto da bebida, e tento me distrair passando os dedos em seus cabelos enroscados. Sinto seus dedos pressionando meus quadris e sussurro em seu ouvido.   - Me leve de volta.   ​ -Por que andou bebendo?- ele sussurra de volta. Eu me sinto tonta, e não entendo mais quase nada. Só sei que depois disso que ele me coloca sob uma superfície macia e coberta, enquanto fala coisas que não entendo em meu ouvido e tira sua jaqueta. Então ele sobe por cima de mim e coloca a mão no meu braço. E da melhor forma que posso tento levantar, mas ele me segura. E em seguida puxa minha regata pela minha cabeça calmamente. Examino seu rosto e não sei o que ele exprime. Parece mais atento como um médico, porém seu olhar me diz outra coisa. Ele passa os lábios pelo meu pescoço e os passa pelo meu colo devagar antes de causar um grande calafrio em meu corpo e num reflexo eu lhe dar um tapa. Deve ter sido forte, porque ele virou o rosto para mim e segurou minhas duas mãos com força. Não possuo muitas forças, agora, deixo de me debater na cama e o permito. Tyler volta a encostar seus lábios nos meus e percebo que já não usa mais sua jeans azul escura; flexiona os dois joelhos na lateral de meu corpo e sua mão passa pela minha barriga até minha calça suplex, que eu tiro por mim mesma. Seguro-me para não emitir um sequer ruido quando ele toca minha unidade entre as coxas com sua mão, mesmo não sendo nada forte. Isso... Nunca me aconteceu antes. Alguém me tocar desse jeito, e não estou gostando nada disso. Talvez pudesse ser proveitoso, se ele não fosse quem ele é. E se eu não fosse quem eu sou... Eu não sou mais Carlyn, Carlyn Morgan, a filha estranha de dois líderes francos. Eu sou Carl, uma inicianda da Audácia agora. Posso não me sentir lúcida, mas não posso demonstrar fraqueza. Levanto meu tronco da cama e coloco minhas mãos em suas costas, ao mesmo tempo em que ele se encontra paralelo a mim, com os joelhos em minha lateral. Ainda usamos roupa. Vejo a expressão surpreendida em seu rosto enigmático, e Tyler me pressiona contra a cama de novo e tira de mim o único resto de pudor que tinha, e em seguida faz o mesmo com si próprio. Minha visão embaça, mas percebo que ele não se mexeu. Ficou imóvel, com seu corpo nu pairando acima do meu, e tudo o que consigo fazer é fechar meus olhos. E é exatamente quando sinto seus movimentos em mim, e sua pele roçando na minha, e esse sutil atrito me deixa mais arrepiada. E ele entra em mim, e sinto seu hálito fresco em minha nuca, minhas mãos seguram levemente em seus ombros e ele se impulsiona para frente e para trás, em um vai e vem concentrado. Eu não sei o que faço, a não ser ficar parada, mas é uma espécie de incomodo, então fecho os olhos e deixo ele acabar o que começou. Tyler aumenta a velocidade e sinto algo que se parece muito com dor. Mas não sei o que é, porque de certa forma é bom, mas não admito me sentir bem, não com ele. Ouço sua voz ofegante em meu ouvido e cresce dentro de mim a vontade de vomitar. Sinto uma vontade de falar alguma coisa, de fazer alguma coisa, algo que trespassa todo o meu corpo e pede para sair, e então abro a boca e deixo escapar um pequeno gemido, e acidentalmente olho em seu rosto, vejo o mais vil dos prazeres estampados nela, não consigo encará-lo. E agora, coloco a mão em seu cabelo, não havia onde me segurar, e ao olhar seus ombro vejo toda a tensão se esvaindo de seu corpo ao mesmo tempo em que sinto algo gélido em meu interior. Ele caiu ao meu lado na cama e olha ofegante e sorridente para o teto, e tapo meus pudores com as cobertas que acho, não o quero me olhando.   -O que achou disso, hein? Deve ser a primeira vez que faz uma coisa dessas. -não respondo, apenas aperto os olhos.   -Preciso ir. - ele levanta o tronco da cama e me encara, como se não entendesse   -Não, você não precisa. Há quase uma hora estamos aqui, você não precisa ir tão cedo.  -Eu estou aqui há todo esse tempo? - procuro estabanada pela minha blusa. Preciso dar logo o fora daqui.  -Procurando isto?- Tyler sacode o pequeno pedaço de tecido preto amarrotado. -Me dê isso Tyler!- eu quase grito para ele. -Mas que droga! - me ocorre que não posso falar alto demais. E se achasse uma inicianda seminua no quarto de um treinador? Com certeza isso não me ajudaria, duvido que acreditariam se eu dissesse o que aconteceu.  E isso me revira o estômago. A Audácia não é o lugar para a coragem, onde se preza defender os fracos, quem me dera defender a cidade. Eles devem estar presos a essa ideologia distorcida a muito tempo, e temo que tenho cometido um erro terrível ao revelar a Gus meu segredo. Não me importo em soltar as cobertas e arrancar minha peça de roupa da mão dele. Com passos fortes saio de lá e fecho a porta. Mesmo confiando em Gus como confio, não posso acreditar que meu segredo está a salvo. E há apenas uma forma de sair daqui antes que alguém mais descubra.   Eu preciso ser expulsa da Audácia.

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Notas finais do capítulo

Bom? Ruim? Falem a verdade u.u não dói, e eu aceito críticas, e é por isso que existe o campo de comentários c:
O próximo cap não será narrado pela carl, aguardem e verão.
Até mais, velhinho