Mágica Nerfal escrita por Robert Julliander


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEY
Esse capítulo deveria ser bônus :(
Mas eu tive um bloq KKKK...
Sorry... Finalmente postado,
e não, não será Bônus. Tentarei fazer outro
Bônus só que desta vez sem avisar.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/354568/chapter/27

*--Daniella--*

— Preciso falar com você!— Segurei o telefone, o prendendo entre meu ombro direito e minha cabeça. O gloss cor bubble ( cor rosa bebê da victoria secret), super combinou com meu tom de pele. Ele estava demorando para responder, então chamo sua atenção num tom mais rude.— Você me ouviu? Preciso falar com você!

—Ok, ok ouvi!

— E por que não respondeu?

— Desculpe estava mastigando meu waffler!

— Tanto faz!— Reviro os olhos e logo depois passo o rímel, me inclinando para mais perto do espelho.— Estou pronta!

— Para...?

— Para tirar o sangue do Erick e jogar na porcaria daquele livro!— Passei o blush delicadamente.

— Por que está tão decidida?— Ele disse com a boca cheia, quase não conseguir ouvir.

— Não te interessa! Me encontre antes da escola abrir, na biblioteca!— Desliguei.

Na verdade eu tenho um motivo, ontem eu discutia com Erick e estava pronta para lhe dar a bronca do ano, mas por alguma razão estranha ele me deu uma ordem e obedeci. Como se um dono mandasse o cachorro pra casa, abaixei as orelhinhas e fiz o que ele me ordenara. Eu nunca em minha sã consciência, deixaria de falar verdades na cara dele, só porque ele não aguentara ouvi-las. E sei lá, depois que isso aconteceu me sinto estranha. Como se estivesse leve e olha que eu nem dei um tapa (Já fiz uma vez, caso não saiba o que é dar um tapa é fumar maconha, é eu já experimentei.), a sensação é bem estranha, como se eu visse coisas se movendo.

Sei que acabei de me maquiar e uma das regras da maquiagem é, não fazer exercícios físicos depois deste ato. Mas hoje decidi ir para escola correndo, peguei uma de minhas calças de física, coloquei uma camisa branca qualquer e um tênis. Minha mochila nas costas com roupas descentes e alguns acessórios importantes. Adoro estar preparada fisicamente, é uma das melhores coisas que existem. Correr é mesmo muito bom, os esportes estão na minha vida assim como internet e história está na vida do Rick e, games na vida do Ruan.

Correndo pelas calçadas de Mágica Nerfal, deixando o vento bater em meu rosto. Sinto a adrenalina agir em meu corpo, fervendo meu sangue, fazendo-o pulsar mais rápido. Obviamente meu corpo estava respondendo ao esforço que fazia e o suor já escorria em minha pele. Peguei um atalho, a rua onde entrei é cercada de casas abandonadas. Quando éramos crianças, eu, Erick e Ruan, costumávamos chamar de, “a rua assombrada”. Sempre que íamos andando para escola pegávamos esse atalho, e isso nos rendia brincadeiras e estórias assustadoras. Uma mulher loira de vestido branco estava no meio da rua, talvez se não fosse nessa rua eu não teria medo, mas mulher de branco, no meio da rua deserta, arrodeada por casas abandonadas. Mesmo sendo de dia dá medo cara, Aff Daniella, deixe de ser ingênua e maluca.

Desacelerei os passos, agora estava caminhando. Passei quase do lado da moça, tentei ver seu rosto, mas ela sempre que eu me aproximava, ela virava o rosto, para que eu não visse sua face.

— Oi você está bem? — Perguntei. — Ei estou falando com você!

Ela não me respondia e parecia assustada.


— Onde estou? — Ela pergunta.

— Em Mágica Nerfal, na rua Penas de corvo! — Respondi me esforçando para ver seu rosto. — Sua voz é familiar! — Eu disse, e era mesmo. A voz dela me lembra da voz de alguém, mas não me lembro de quem é. — Aonde você quer ir? — Perguntei educada, droga vou chegar atrasada da escola.

— Eu não sei! — Como é? Essa mulher é doideira é melhor eu sair de junto. — Cadê minha filha e meu marido? — Ela começou a andar no meio da rua, olhando para as casas ao redor, procurando alguém e dificultando mais ainda, minha visão de seu rosto.

— Onde você os viu da ultima vez? — Perguntei seguindo ela.

— Não lembro ao certo! — Ela estava com a voz chorosa e aperreada. — A minha filhinha é tão pequenina! — Ela se agacha, colocando as duas mãos a frente do rosto, chorando. Me aproximo dela com medo, infelizmente tenho que ajuda-la, é o certo a se fazer, é uma questão de ética não?

— Tente se lembrar de onde os viu pela ultima vez! — Falei me abaixando e colocando as mão por cima de seus ombros. Ela se levantou de forma rápida e desesperada. E mais uma vez não conseguir ver o rosto dela, por que ela não me deixa ver?

— Tenho que ir! Ele quer pegar minha filha!

— Ele? Ele quem? — Perguntei a seguindo, ela correu e a segui. A loira entrou numa rua e quando virei a esquina para entrar na mesma rua, ela não estava mais lá.

Me arrepiei. Corri dali o mais rápido que pude, corri tão depressa que cheguei perto do muro da escola. Apoiei minhas mãos nas pernas sem ar, tentando garantir fôlego desesperada. Quem era aquela e onde ela poderia ter ido? Eu estou ficando louca. Apenas isso, essa coisa de sobrenatural não existe, é tudo lenda urbana e o Patryck, não vai mudar minha mente. Não, ele não vai, estou pensativa sobre o fato louco, de o Erick ser bruxo, e isso está me enlouquecendo.

Entro no vestiário exclusivo para líderes de torcida, onde temos armários separados. Aqui colocamos nossas roupas e bolsas, fora que é extremamente higiênico, o pessoal dos serviços gerais (as mulheres), vem aqui quase o tempo inteiro. Entrei em um dos box, na área de tomar banho. Pendurei minha toalha num gancho, ficando completamente nua. Liguei a água morna, esfregando o sabonete líquido pelo meu corpo, afastando o nojento suor que estava já grudando em mim.

A água estava começando a ficar fria, droga o aquecedor só pode ter quebrado. Eu estava até suportando a água fria, mas ela começou a esfriar de mais. Desligo o chuveiro, e pego minha toalha. Acho que não desliguei o chuveiro direito, porque a água voltou a descer, mais gelada que antes. Desliguei de novo e me virei com a toalha na mão, a porta tem é composta de metal do lado de fora e vidro na parte de dentro. Destranco-a e puxo a maçaneta, mas parecia trancada do lado de fora também.

— Hey! Não estou gostando dessa brincadeira! Podem parar meninas! — Gritei, mas não ouvi ninguém rir ou cochichar. Estou assustada, quem poderia estar fazendo isso?

Comecei a puxar a maçaneta com força, mas a porta não se abria. O vidro da porta estava todo embaçado, geralmente dá pra se ver como um espelho, mas a visão de mim mesma na superfície no vidro, estava emaçada. Então algo começou a enxugar o vidro, criando linhas retas. Como se alguém estivesse passando o dedo num vidro que sofreu umidade, então as linhas começaram a fazer sentindo. Afastei-me da porta, me encostando a parede, alguma coisa, alguém, escreveu no vidro da porta com precisão.

“Ajude-me”.

Gritei como louca, peguei a toalha e puxei a maçaneta. Desta vez não precisei usar força a porta já estava aberta. Sai gritando, andando de costas olhando para dentro do box, até que escorreguei e cai de bunda no chão.

— Dani? O que foi? — Apareceram algumas das garotas do time de torcida.

— Tem, tem alguma coisa ali! — Apontei enquanto uma delas me ajudara a levantar. Megan, uma delas entrou no box, olhando em volta.

— Não tem nada aqui D! — E ela tinha razão, não havia nada. Nem o vidro estava mais embaçado, nem palavras escritas na porta, nada.

— Ok, só me tirem daqui! — Falei cruzando os braços. O que poderia ter acontecido? Desde que conheci Patryck, tenho visto tudo de um jeito diferente, estou ficando maluca. E agora tenho essa sensação esquisita, de alguém estar comigo em todos os lugres que eu vou.

*--*--*--*--*--*

Depois de me vestir e ficar vendo as meninas me olharem como se estivesse tendo problemas psicológicos, fui direto para biblioteca ver meu bibliotecário favorito, (sim estou sendo sarcástica).

— Bom dia flor do dia! — Ele falou sorrindo escorado no balcão da biblioteca. Essa hora ainda não tinha ninguém, mas com certeza, daqui a poucos minutos quando a escola realmente abrir, vai encher de alunos.

— Bom dia um cacete! — Bati na madeira do balcão, como o lugar é muito silencioso, pareceu até mais alto do que eu queria.

— Ui, que aconteceu? Hoje de manhã quando me ligou não parecia tão irritada! — Ele sorriu enquanto limpava despreocupadamente seus óculos.

— Estou vendo coisas! O que você fez comigo?

— Qual é gatinha? Eu num sou o bruxo da história, vai ver aquele seu amigo inocentemente bruxo te lançou alguma maldição! — Ele riu debochado. Mas será que o Erick faria isso comigo? Mas ele é meu melhor amigo, e se eu parar pra pensar, desde que falei com ele ontem me sinto estranha.

— Ele não é bruxo! — Falei abaixando a cabeça.

— Você não está muito convencida disto!

— Ok realmente não estou convencida! Mas bruxo? Essa ideia é bem surreal não acha?

— Se você estivesse estudando do mesmo jeito que eu, seguindo pistas e outras coisas, não acharia estranho! — Ele falou me entregando um livro, o livro estava aberto numa página com o símbolo da bandeira da cidade. Um corvo de asas abertas, uma estrela de seis pontas dourada e uma faixa acima do corvo, com o nome da cidade. — Está vendo?

— O que? Que você é paranoico e quer me deixar maluca? Que quer que eu tire sangue do meu melhor amigo e eu estou concordando com esta ideia absurda? Sim isto eu estou vendo!

— Não Daniella! O corvo é o símbolo dos bruxos, apesar de também significar morte! A estrela é o símbolo dos elementos mais o equilíbrio do bem e o mal! E olha o próprio nome da cidade cara! Você só precisa querer ver, abre seu olho, expande sua mente e veja a verdade! — Ele a cada segundo que me explica suas estranhas teorias me convencia mais. Ele tem razão, tudo esta aqui esse tempo inteiro, mas aceitar que o Erick é um bruxo está fora de cogitação. Não pelo simples fato de ele ser um ser sobrenatural, mas em questões de confiança, de consideração, de amizade!

— Ok! Ainda hoje consigo o sangue do Rick! Mas você fica na sua, certo? Não meche com ele! — Felei o intimidando, ele saiu de trás do balcão e se aproximou de mim.

— Claro gostosa! — Patryck sussurra no meu ouvido me fazendo arrepiar. Então passa amão no meu bumbum, saiu de perto dele e olho com desprezo.

— O recado está dado, em breve nos falaremos! — Olhei pra ele com desprezo e sair da biblioteca. Assim que virei o corredor dei de cara com o quadro de avisos, onde tinha um dos folhetos mais importantes do ano escolar.

Em nossa escola temos uma tradição que costumamos manter. Todos os anos, temos três bailes em nossa escola. São bailes com temas específicos e são as melhores coisas que existem. O folheto de cor vermelha anunciava que o primeiro baile, será no final da próxima semana. Este ano, como a capitã das lideres de torcida, tenho por obrigação organizar estefabulosoevento. Eu tenho tanta coisa bagunçando minha mente, que sinceramente havia esquecido.

Assim como todos os bailes escolares, costumamos eleger uma princesa e um príncipe. Aqui em Mágica Nerfal não é tão diferente, com a diferença em que, a cada baile elegemos uma princesa e príncipe diferentes. E fazemos uma disputa no final do ano, com outro baile. Este evento é o maior de todos, pois decidirá quem é a rainha e rei do ano escolar inteiro. Qualquer um pode colocar seu nome para o feito de princesa e príncipe.

O primeiro baile é o baile das rosas. Nós mulheres temos que usar vestidos vermelhos, não importando o look contanto que seja desta cor especifica. Os homens usam um terno preto, e o único compromisso que eles têm, é de ter uma rosa vermelha pendurada no bolso da frente. O baile é muito lindo e cheio de brilho, contendo uma magia própria. Tudo no dia parece ser gracioso e iluminado. No fim da noite o príncipe eleito deverá entregar a rosa que ele guarda no peito, a princesa. E então todos os garotos devem fazer o mesmo, entregar a rosa para uma garota. Se ela aceitar a rosa, ele poderá beijá-la, se não ele deve amassar a planta na frente da garota demonstrando sua frustração.

O segundo evento é chamado de baile da noite, todas as mulheres devem representar a lua, vestindo trajes amarelos. O que representa sua luz e sua beleza. Os homens usam um terno azul de tom muito escuro, simbolizando o céu negro onde a lua e as estrelas descansam seguras. A princesa e príncipe eleitos neste baile, deveram dançar uma valsa. Eles dois serão agraciados pela atenção de todos, os holofotes em cima do casal fazem as coroas brilharem magicamente. Depois da valsa principal, todos fazem a valsa com seus pares.

O terceiro e não menos importante é o baile de época. É escolhida alguma época pelo diretor e professores, para que nosso verdadeiro tema seja feito. As roupas e acessórios devem combinar com a época proposta por nosso responsável. O evento em si é muito bom, as músicas são legais e o modo de dançar é hilário. Ano passado, escolheram os anos 70, foi muito divertido ver todas aquelas pessoas dançando e imitando astros e pessoas de antigamente. Em fim, você só pode se inscrever para princesa e príncipe a partir de certa idade, que são nos dezesseis anos. Então ano passado nem pude competir, esse ano com certeza irei participar. Espero ganhar no baile das rosas, eu amo esse evento e pra mim é muito importante, ganhar o primeiro. Sim sou extremamente competitiva, ambiciosa e quero ser a princesa deste baile.

— Daniella Rindley! Queira comparecer imediatamente na diretoria!— A voz eletrônica do nosso diretor no auto falante é mesmo irritante.

Bati na porta e uma voz de homem um pouco distante e abafada, pede para que eu entrasse. Ele se levantou e me indicou um lugar a sua frente.

— Bom dia Sta Rindley!— Ele falou enquanto mexia em uma estatueta pequena de corvo. A estatueta é de madeira, entalhada de um jeito estranho.

— Pois não Sr Raven!— Irônico o sobrenome do cara ser corvo né? E tipo, ele adora corvos isso tem alguma influencia?— No que posso ajudá-lo?

— Sta, todos sabemos que você é uma ótima aluna e uma exemplar atleta e muito requerida em nossa amada e enorme escola!— Sorri vitoriosa, me enchendo de orgulho, a imagem que criei de mim é uma das melhores, tudo dando certo.— Mas...— Mas? Como assim? Droga o que fiz de errado? Será que descobriram que fui eu que coloquei uma bomba de festa junina dentro do bebedouro? Que por falar nisso foi hilário ver tanta gente ensopada. Foi meio irresponsável eusei, aliás uma placa de metal acertou a Prof. Paula ano passado. Mas ela está bem isso que importa, nem cicatriz ela tem. Uh? Isso soou mais estranho em minha mente do que pude imaginar.— Você me ouviu?— Droga, fiquei tão distante com meus pensamentos que nem vi o Sr Corvo falar.

— Como disse senhor? Eu, eu estava... Quer dizer! Pode apenas repetir?

— Oh claro! Vocês jovens são mesmo desligados!— Nós rimos.— Eu estava falando que desde que aconteceu o acidente, desculpe por comentar essa tragédia!

— OK!—eu ri de lado meio sem graça. O acidente foi o que levara minha mãe e meu pai de mim de um jeito diferente cada um. Então ele prosseguiu.

— E faz muito tempo que seu pai não aparece por aqui! Ele precisa preencher muitas papeladas e conversar em concelhos de pais e mestres! Não sei o que ele poderia estar fazendo mais é obrigatório que ele venha Ok?

— Uh! É que ele está muito ocupado com um evento que está criando, é o novo empreendimento dele sabe! E estamos muito ansiosos por isso!

— Entendo que queira o melhor para sua família Sta Rindley! Mas seu pai é essencial para a sua vida!

— Por que precisa dele aqui? O Sr mesmo falou que eu estou ótima em tudo que faço!— Tentei persuadi-lo.

— Sei que não quer preocupar seu pai Sta Rindley, mas é o protocolo educacional e temos que seguir a risca, entendeu?

— Ok, ele estará por aqui assim que puder!

— Ele não terá muito tempo! Ele tem o prazo de uma semana, ou infelizmente terei que denunciá-lo ao juizado!

— Não! Não precisa fazer, ele virá na próxima semana prometo!— Eu não sei como mas prometo, pensei sozinha. Sai da sala do diretor, ele trancou a porta. Agora estou definitivamente ferrada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É desta vez D. tá lascada e cheia de problemas...
Alguns leitores nem curtem muito ela...
outros adoram... Mas em fim...
Amando ou odiando vcs terão a oportunidade
de falar com ela nas reviews...
SIM a D. vai responder todas as Reviews deste capitulo *-*
BJUS até o próximo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mágica Nerfal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.